Estreias online: Veja 10 sugestões de filmes para o fim de semana
Cada vez mais consolidado, o circuito digital de cinema permite reunir um Top 10 de ótimas opções para este fim de semana – à exceção da 10ª indicação, que pode até ser considerada, na verdade, uma contraindicação. Para começar, o melhor da lista. Entre opções para todos os gostos, da comédia romântica ao terror, o grande destaque é “Mosul”, produção americana com atores árabes e possivelmente o melhor filme de guerra dos últimos tempos – pelo menos, desde “Falcão Negro em Perigo” (2001). Por ser totalmente falado em árabe, o longa não passou nos cinemas, sendo negociado diretamente com a Netflix. Como esperado, a decisão em favor da autenticidade fortaleceu o realismo das cenas, que são brutais. Supertenso e repleto de ação, “Mosul” se passa na cidade do título, um local completamente destruído por bombas, em que um grupo de policiais iraquianos tenta impedir o avanço carniceiro do Estado Islâmico. Primeiro filme dirigido pelo roteirista Matthew Michael Carnahan – que começou a carreira escrevendo “O Reino”, de 2007, igualmente passado no Oriente Médico – , “Mosul” ainda tem produção assinada pelos irmãos Russo, diretores de “Vingadores: Ultimato” – e, por enquanto, está com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. Os destaques da programação também incluem dois filmes de enorme potencial cult e que devem agradar quem busca alternativas criativas às produções americanas de apelo comercial. Com fotografia de cores psicodélicas e clima perturbador ao extremo, o terror colombiano “Luz: A Flor do Mal” – também com 100% no RT – ilustra como a fé pode se tornar distorcida, ao acompanhar uma família crente numa comunidade isolada nas montanhas. Em tom completamente diverso, a comédia finlandesa “Heavy Trip” encontra seu humor numa fonte pouco provável: o extremamente sisudo thrash/death/black metal finlandês. A trama gira em torno de uma banda iniciante que acredita estar no rumo do estrelato internacional – isto é, de sua primeira viagem à Noruega – , mesmo que jamais tenha se apresentado fora de sua garagem. Tem 94% no Rotten Tomatoes e é recomendadíssimo para quem gosta de comédias de rock. “A Galeria dos Corações Partidos” (mais) e “Uncle Frank” (menos) também divertem. E vale conferir ainda o longa brasileiro “O Barco”, de Petrus Cariry, que venceu três prêmios técnicos no Festival Cine Ceará de 2018, incluindo Melhor Fotografia por suas imagens que evocam atmosfera sobrenatural. Na verdade, de todas as opções, só uma destoa muito. Projeto de prestígio da Netflix, “Era uma Vez um Sonho” (Hillbilly Elegy) deve ter sido concebido visando vagas no Oscar, mas o resultado acabou tendo nível de melodrama convencional de televisão. Dirigido por Ron Howard (“Han Solo: Uma História Star Wars”), o filme traz Glenn Close (“A Esposa”) e Amy Adams (“Objetos Cortantes”) como mãe e filha, e conta uma história geracional de autodestruição pelo vício, pobreza e outras limitações já vista muitas vezes antes. Com apenas 25% de aprovação no RT, entra nesta lista apenas pelos nomes envolvidos. Mosul | EUA | 2020 Disponível na Netflix Luz: A Flor do Mal | Colombia | 2019 Disponível na Apple TV/iTunes, NOW e Vivo Play Heavy Trip | Finlândia | 2020 Disponível na NOW e Vivo Play Uncle Frank | EUA | 2020 Disponível na Amazon A Galeria dos Corações Partidos | EUA | 2020 Disponível na Apple TV/iTunes, NOW, SKY Play e Vivo Play A Verdadeira História de Ned Kelly | Austrália | 2019 Disponível na Apple TV/iTunes e Vivo Play Nosso Amor | EUA | 2019 Disponível na Apple TV/iTunes, Google Play, NOW, Vivo Play e YouTube Filmes A Batida Perfeita | EUA | 2020 Disponível na Apple TV/iTunes e SKY Play O Barco | Brasil | 2018 Disponível na Apple TV/iTunes, NOW e Vivo Play Era uma Vez um Sonho | EUA | 2020 Disponível na Netflix
Festival Cine Ceará premia filme de diretor catalão
O filme “Petra” foi o grande vencedor do 28º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema. Coprodução da Espanha, França e Dinamarca, o longa do diretor catalão Jaime Rosales conquistou o Troféu Mucuripe nas categorias de Melhor Longa-metragem, Direção, Roteiro e Ator (Joan Botey). O filme, que conta a história de uma jovem em busca da identidade do pai biológico, foi vencedor também do Prêmio da Crítica. As conquistas representam as primeiras vitórias da produção europeia num festival internacional, após ser exibido em maio na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes. A estreia comercial está marcada apenas para outubro na Espanha. Entre os brasileiros, quem se saiu melhor foi o longa cearense “O Barco”, de Petrus Cariry, com quatro prêmios: Melhor Fotografia, Trilha Sonora Original, Som e o prêmio Olhar Universitário. Outros destaques da premiação incluem o chileno “Cabras de Merda”, de Gonzalo Justiniano, vencedor nas categorias de Melhor Direção de Arte e Atriz (Natalia Aragonese), e “Diamantino”, uma coprodução de Portugal, França e Brasil, dirigida pela dupla Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, vencedor na categoria de Melhor Montagem. Ou seja, metade dos oitos filmes exibidos foram premiados. E isto que há 12 categorias de premiação, um exagero desproporcional em relação à disputa, quase como se a intenção fosse premiar todo mundo. Essa facilidade, claro, diminui muito a importância de se vencer um troféu no evento. O júri da Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem foi composto por Belisario Franca (Brasil), Stephen Bocskay (Estados Unidos), Belisa Figueiró (Brasil), Gustavo Salmerón (Espanha) e Emilio Bustamante (Peru). Na mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem o filme “Nova Iorque”, do pernambucano Leo Tabosa, teve vitória dupla, eleito pelo júri oficial da mostra e também pela votação da crítica. Veja a lista dos vencedores: MOSTRA COMPETITIVA IBERO-AMERICANA DE LONGA-METRAGEM Prêmio da “Petra”, de Jaime Rosales Olhar Universitário: “O Barco”, de Petrus Cariry Melhor Ator: Joan Botey, por “Petra” Melhor Atriz: Natalia Aragonese, por “Cabras de Merda” Melhor Direção de Arte: Carlos Garrido, por “Cabras de Merda” Melhor Trilha sonora original: João Victor Barroso, por “O Barco” Melhor Som: Yures Viana, Erico Paiva e Petrus Cariry, por “O Barco” Melhor Montagem: Raphaelle Martin-Holger, por “Diamantino” Melhor Fotografia: Petrus Cariry, por “O Barco” Melhor Roteiro: Jaime Rosales, Michel Gaztambide, Clara Roquet, por “Petra” Melhor Direção: Jaime Rosales, por “Petra” Melhor Longa-metragem: “Petra” MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA DE CURTA-METRAGEM Troféu Samburá – Melhor diretor de curta-metragem: Gulherme Gehr, por “Plantae” Troféu Samburá – Melhor Curta-metragem: “O Vestido de Myriam”, de Lucas Rossi Olhar Universitário: “O Vestido de Myriam”, de Lucas Rossi Prêmio da “Nova Iorque”, de Leo Tabosa Melhor Produção Cearense: “A Canção de Alice”, de Barbara Cariry Melhor Roteiro: Sabrina Garcia, por “Só Por Hoje” Melhor Direção: Lucas Rossi, por “O vestido de Myriam” Melhor Curta-metragem: “Nova Iorque”, de Leo Tabosa
Lizzy Caplan vai estrelar minissérie baseada no filme O Barco: Inferno no Mar
O canal pago europeu Sky anunciou a produção de uma minissérie baseada no filme clássico “O Barco: Inferno no Mar”. A trama está sendo apresentada como uma continuação do longa de Wolfgang Petersen, por sua vez baseado num livro de Lothar G. Buchheim. “Esta nova produção, apoiada por um roteiro tremendo, um elenco aclamado, equipe internacional, locações deslumbrantes e um orçamento grandioso, mais comumente associado a filmes, será uma sequência digna do trabalho icônico no qual se inspira”, disse a produtora Jenna Santoianni, no comunicado do anúncio da série. Com oito episódios, a atração intitulada “Das Boat” vai acompanhar a tripulação de um submarino alemão e a ação da resistência francesa em 1942, durante a 2ª Guerra Mundial. O elenco destaca Rick Okon (“Romeos”) como o capitão do submarino do título e Lizzy Caplan (série “Masters of Sex”) como uma integrante da resistência. Também fazem parte da produção August Wittgenstein (série “The Crown”), Vicky Krieps (“Hanna”), Jonathan Zaccaϊ (“Robin Hood”), Leonard Scheicher (“Finsterworld”) e Robert Stadlober (“Tempestade de Verão”). Todos os episódios serão dirigidos pelo cineasta alemão Andreas Prochaska (“O Vale Sombrio”), visando uma estreia na temporada de outono europeu. A Sky irá transmitir a série no Reino Unido, Alemanha e Itália.


