PIPOCAMODERNA
Pipoca Moderna
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc

Nenhum widget encontrado na barra lateral Alt!

  • Etc,  Filme,  Série,  TV

    Sérgio Mamberti (1939-2021)

    3 de setembro de 2021 /

    O ator Sérgio Mamberti morreu na madrugada desta sexta (3/9), em São Paulo, aos 82 anos, de falência múltipla dos órgãos. Enfrentando problemas de saúde ao longo deste ano, ele passou por três internações por disfunção renal e pneumonia, e estava intubado desde o último sábado no hospital da rede Prevent Senior para cuidar de uma infecção nos pulmões. Mamberti teve longa carreira no cinema, televisão e teatro. Formado em artes cênicas pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD), foi, ao lado de seu irmão, Cláudio Mamberti, figura de extrema importância para a história do teatro brasileiro. Realizou montagens históricas, como “O Balcão”, do francês Jean Genet, em uma releitura de 1968 que remetia diretamente ao que passava na Ditadura Militar, e também “Réveillon”, conquistando o Prêmio Molière de Melhor Ator em 1975. A trajetória nas telas começou em 1966, na comédia “Nudista à Força”, estrelada pelo humorista Costinha, que foi seguida por diversos clássicos do cinema brasileiro, incluindo o marco marginal “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), de Rogério Sganzerla, o fenômeno “Toda Nudez Será Castigada” (1973), de Arnaldo Jabor, a pioneira sci-fi distópica “Parada 88 – O Limite de Alerta” (1978), de José de Anchieta, e o tropicalista “O Homem do Pau-Brasil” (1982), de Joaquim Pedro de Andrade, entre muitos, muitos outros lançamentos cinematográficos. Mas foi na TV que ganhou popularidade. Ele apareceu em várias novelas desde “Ana”, da Record, em 1968. Foram mais de 40, apesar de ter chegado à Globo apenas em 1981, ocasião em que interpretou um dos seus personagens mais conhecidos, o Galeno de “Brilhante”. Outros papéis que marcaram época foram o mordomo Eugênio, de “Vale Tudo” (1988), e o carrasco Dionísio, de “Flor do Caribe” (2013). A despedida das novelas aconteceu em “Sol Nascente” (2016), no papel de Dom Manfredo. Seu personagem mais duradouro e querido, porém, ganhou vida numa produção infantil da TV Cultura, o Doutor Victor de “Castelo Rá-Tim-Bum” (1994–1997), dono do bordão “raios e trovões”. Graças à atração, ele virou referência entre as produções para crianças, chegando a trabalhar com Xuxa e Renato Aragão no cinema, respectivamente em “Xuxa Abracadabra” (2003) e “O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili” (2006). Além disso, também se dedicou a desenvolver a Cultura nacional a nível federal, ocupando diversos cargos dentro do Ministério da Cultura durante o Governo Lula. Ele foi Secretário de Música e Artes Cênicas, Secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, Presidente da Fundação Nacional de Artes FUNARTE e Secretário de Políticas Culturais. Sua atuação na política e seus posicionamentos sempre foram fortes. Ele se posicionou contrário ao processo de Impeachment de Dilma Rousseff e deu força para o movimento “Lula Livre”. Versátil, Mamberti manteve-se ativo em todas as mídias até o fim da carreira, trabalhando em filmes adultos como “Jogo das Decapitações” (2013), de Sergio Bianchi, na primeira série brasileira da Netflix, a sci-fi “3%” (2016), e na sitcom “Eu, Ela e um Milhão de Seguidores” (2017), do Multishow. Ele ainda deixou um filme ainda inédito, “O Pastor e o Guerrilheiro”, de José Belmonte. Quase como numa premonição, Mamberti lançou este ano sua autobiografia, “Senhor do Tempo”, em que contou várias histórias do teatro brasileiro e detalhes de sua vida, inclusive sua bissexualidade, que não era exatamente um segredo, assumindo seus dois amores: Vivian Mahr, com quem foi casado de 1964 a 1980, e Ednardo Torquarto, com quem viveu uma relação de 37 anos, até a morte do parceiro em 2019. O artista deixa três filhos, que também seguiram a carreira artística: o ator Duda Mamberti, o produtor Carlos Mamberti e o diretor de TV Fabrízio Mamberti.

    Leia mais
  • Etc,  Filme

    Julio Calasso (1941-2021)

    12 de junho de 2021 /

    O cineasta, ator e produtor musical Julio Calasso morreu na sexta-feira (11/6), aos 80 anos. A informação foi confirmada pela família, mas a causa da morte não foi divulgada. O artista paulistano trocou o curso de Filosofia pelos Teatros Oficina e Arena em 1964. Mas já no ano seguinte se encantou pelo cinema, iniciando a carreira como assistente de Geraldo Sarno no emblemático documentário “Viramundo”. Ele passou três anos trabalhando em produção, roteiro e edição na antiga TV Excelsior, de onde saiu para se tornar assistente de produção do clássico “O Bandido da Luz Vermelha”, de Rogério Sganzerla, marco do cinema marginal, no qual também estreou como ator. Seu passo seguinte foi escrever, produzir e dirigir seu próprio filme, “Longo Caminho da Morte”, em 1972. O longa narrava a vida e morte do Coronel Orestes (Othon Bastos), fazendeiro de café decadente, e antecipava temas como sustentabilidade, a falência da política e da vida no planeta. Foi selecionado para os festivais de Locarno e Nova Deli, mas acabou proibido de participar pela censura federal. A ditadura impediu que Calasso fosse mais apreciado, impactando sua carreira. Desencantado, ele abandonou a direção e até mesmo o cinema, virando produtor artístico de grupos musicais como Joelho de Porco, Novos Baianos, Sindicato e da carreira solo de Moraes Moreira. Até o dia em que recebeu convite para um pequeno papel em “O Vampiro da Cinemateca” (1977), de Jairo Ferreira. Voltou a ser convidado a atuar em “O Baiano Fantasma” (1984), de Denoy Oliveira, “Filme Demência” (1986), de Carlos Reinchenbach, “A Dama do Cine Shanghai” (1987), de Guilherme de Almeida Prado, e quando reparou já tinha virado ator de várias obras, com muitas outras pela frente. Paralelamente, o amor à sétima arte o levou a se tornar idealizador de mostras alternativas e itinerantes, como Cinema Bandido, Cinema de Invenção, Cinema Negro e Cine Teatro Brasil. Entre 1998 e 2007, finalmente voltou a pegar a câmera para começar a filmar imagens de espetáculos teatrais ousados, que resultaram em três documentários licenciados para a Sesc TV. Essa iniciativa foi a semente de sua volta à direção de cinema, com a obra “Plínio Marcos – Nas Quebradas do Mundaréu”, documentário lançado em 2015 com a participação de Neville d’Almeida e Tônia Carrero. Nos últimos anos, Colasso tinha sido descoberto pelas séries, integrando o elenco de “Unidade Básica” e “Me Chama de Bruna” (ambas em 2016). Entre seus últimos trabalhos, destacam-se ainda o filme “Estamos Juntos” (2011), de Toni Venturi, e a comédia “Fala Sério, Mãe!” (2017), de Pedro Vasconcelos, com a qual se despediu das telas.

    Leia mais
@Pipoca Moderna 2025
Privacidade | Cookies | Facebook | X | Bluesky | Flipboard | Anuncie