Estreias: 10 filmes novos pra ver em streaming
A lista de filmes novos nas plataformas de assinatura e locação digital tem ação, rock clássico, drama, romance e produções premiadas. Confira abaixo os 10 lançamentos que chamam mais atenção entre as estreias da semana. | LOU | NETFLIX O thriller de ação à moda antiga lembra as produções estreladas pela geração de fortões famosos dos anos 1980. Só que em 2022 o herói veterano, destemido e fodástico é uma mulher: Allison Janney (vencedora do Oscar por “Eu, Tonya”). O resultado é o mesmo, entretém como antigamente. Com direção de Anna Foerster (“Anjos da Noite: Guerras de Sangue”), o longa também destaca Jurnee Smollett (“Lovecraft Country”) como uma mãe desesperada, que pede ajuda à sua vizinha reclusa e misteriosa (Janney) após sua filha ser raptada no lugar isolado onde moram. As duas iniciam uma jornada perigosa e violenta de resgate, enquanto tentam manter seus segredos, incluindo a impressionante habilidade da vizinha para realizar a missão e a verdadeira razão do rapto. | O ALFAIATE | VOD* Vencedor do Oscar por “Ponte dos Espiões” (2015), Mark Rylance interpreta o alfaiate inglês do título, que trabalhava criando ternos exclusivos na famosa Savile Row de Londres, até que uma tragédia pessoal o faz parar em Chicago, operando uma pequena alfaiataria no pior lado da cidade. Lá ele faz roupas elegantes para as únicas pessoas da região que podem pagá-las: gângsteres. Criticado pela filha por não se importar com quem são seus clientes, ele tem um duro despertar quando sua alfaiataria é invadida por criminosos perigosos, um deles baleado e em busca de quem o “costure”, em meio a uma disputa sangrenta de poder. Primeiro longa dirigido por Graham Moore, roteirista vencedor do Oscar por “O Jogo da Imitação”, o thriller também traz em seu elenco Zoey Deutch (“Influencer de Mentira”), Johnny Flynn (“Stardust”) e Dylan O’Brien (“Amor e Monstros”). E atingiu 85% de aprovação no Rotten Tomatoes. | O CHEF | VOD* Elogiadíssima e eletrizante, a produção britânica traz Stephen Graham (“Venom: Tempo de Carnificina”) como um chef que lida com as pressões da crítica e de funcionários, falta de ingredientes e visitas inesperadas numa noite caótica, tentando manter o controle de seu restaurante. Toda filmada em plano sequência pelo diretor Philip Barantini (“Villain”), ao estilo do filme de guerra “1917”, a obra foi indicada a quatro BAFTAs (o Oscar britânico) e tem impressionantes 99% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes. | ATHENA | NETFLIX Premiado no Festival de Veneza, o filme ultraviolento apresenta uma batalha campal entre os moradores de um subúrbio francês, o Athena do título, e tropas de choque da polícia, após a morte acidental de uma criança gerar uma revolta popular. Visualmente impressionante, o filme é uma extensão dos clipes do diretor Roman Gavras, que já tinha abordado a tensão das periferias no clipe “Stress”, da dupla eletrônica Justice, e mostrado seu forte apuro estético em “Gosh”, de Jamie XX. Para seu longa-metragem, o filho do famoso cineasta político Costa-Gavras (“Z”, “Estado de Sítio”, “Os Desaparecidos”) se juntou ao malinês Ladj Ly, autor do roteiro de “Athena”, que venceu uma prateleira de prêmios com seu longa de estreia, “Os Miseráveis” (2019) – também sobre conflito entre polícia e garotos do subúrbio. Opção porrada. | O HOMEM DO JAZZ | NETFLIX O melodrama de época com roteiro, direção e produção de Tyler Perry (“Um Funeral em Família”) narra o romance proibido de Bayou e Leanne (vividos pelos novatos Joshua Boone e Solea Pfeiffer), dois jovens apaixonados que são separados pela mãe dela em nome de um casamento arranjado com um branco rico. Mas ele nunca consegue esquecê-la e a trama abrange 40 anos de segredos e mentiras, um enorme drama familiar e o incrível blues do sudeste dos Estados Unidos. O filme é um novelão de época, que se valoriza com músicas arranjadas e produzidas pelo vencedor do Grammy e indicado ao Oscar Terence Blanchard (“Infiltrado na Klan”) e coreografia da lendária Debbie Allen (“Fama”). | AOS NOSSOS FILHOS | VOD* O filme dirigido pela portuguesa Maria Medeiros (atriz de “Pulp Fiction”) adapta a peça de Laura Castro sobre uma ex-prisioneira política (Marieta Severo) que decide se divorciar (de José de Abreu) e não aceita o desejo da filha lésbica (a própria Laura Castro) de ter um filho com a esposa. A notícia da gravidez gera um embate intenso, em que mãe e filha discordam completamente em suas opiniões sobre família. Paralelamente, há um contraponto com crianças doentes à espera de adoção. O roteiro foi premiado no Festival de Cinema LGBTQIAP+ de Milão. | O TIO CANIBAL | VOD* O trash sanguinolento de rock horror acompanha uma banda punk prestes a embarcar em sua primeira turnê. Como eles não têm carro, aceitam a proposta de um caipira roqueiro e boa praça, que não só oferece sua van para a viagem como acaba se juntando a eles como roadie. O único problema é que o bom velhinho também é um canibal. Se não tomar seu remédio antes da meia-noite, ele vira um pesadelo ambulante. O terrir indie tem roteiro e direção de Matthew John Lawrence – que venceu vários prêmios com seus curtas de terror no circuito dos festivais de cine fantástico – e agradou em cheio a crítica especializada no gênero – tem 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, mas apenas com resenhas de blogs de terror. | FLAG DAY | VOD* O novo filme dirigido e estrelado por Sean Penn (“O Gênio e o Louco”) é uma produção em família, em que ele dirige e contracena com seus filhos adultos, Dylan e Hopper Penn, frutos de seu matrimônio com Robin Wright (de “House of Cards”). Aos 28 anos, Dylan (que foi figurante em “Elvis & Nixon”) tem o maior destaque de sua carreira como protagonista da trama, uma filha com dificuldades para superar o legado carinhoso, mas sombrio do pai, um vigarista procurado pela polícia – e interpretado pelo próprio Sean Penn. O elenco também incluiu, entre outros, Josh Brolin (o Thanos de “Vingadores: Ultimato”) e Katheryn Winnick (a Lagertha de “Vikings”). Mas o drama não empolgou, atingindo apenas 40% de aprovação da crítica. Não deixa de ser um progresso comparado ao trabalho anterior de Penn atrás das câmaras, “A Última Fronteira” (2016), que agradou míseros 8%. | SIDNEY | APPLE TV+ O documentário exalta o legado e a história do primeiro ator negro a vencer o Oscar, que sempre fugiu dos clichês racistas de Hollywood e nunca interpretou um personagem subserviente. Produzido pela apresentadora Oprah Winfrey, o filme intercala imagens históricas com depoimentos de vários astros negros, como Denzel Washington, Halle Berry, Spike Lee e Morgan Freeman, emocionados ao falar do ídolo, além do próprio Poitier, em conversa registrada pouco antes de sua morte em janeiro deste ano. Com uma carreira repleta de papéis marcantes, a trajetória do imigrante pobre das Bahamas que virou estrela de Hollywood se confunde com a luta pelos direitos civis nos EUA. A luta racial esteve presente em sua filmografia desde o primeiro papel, em “O Ódio é Cego” (1950), como um médico negro que precisa tratar de dois irmãos racistas. E seus filmes mais lembrados dão lições sobre o tema, todos lançados em 1967: “Adivinhe Quem vem para Jantar”, em que viveu o noivo da filha de brancos supostamente liberais, “Ao Mestre, com Carinho”, no papel de um professor que conquista o respeito de adolescentes brancos rebeldes de Londres, e “No Calor da Noite”, no qual deu vida ao detetive policial Virgil Tibbs, investigando um assassinato numa região racista do sul dos EUA. Este filme entrou para a História por mostrá-lo retribuindo um tapa num racista. Foi a primeira vez que um negro estapeou um branco racista no cinema. Além disso, no auge de sua popularidade, ele ainda decidiu virar diretor, dirigindo oito filmes entre 1972 e 1990. Um dos mais simbólicos, “Dezembro Ardente” (1973), foi motivado pelo desejo simples de viver um romance com uma mulher negra nas telas, algo que nunca tinha feito em sua longa e prestigiosa carreira, porque, até então, Hollywood não estava interessada em mostrar romances entre casais negros. | TRAVELIN’ BAND: CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL AT THE ROYAL ALBERT HALL | NETFLIX A lendária performance de 1970 do Creedence Clearwater Revival no Royal Albert Hall de Londres materializa-se pela primeira vez num documentário primoroso, que mostra a banda liderada por John Fogerty na melhor fase da carreira. Dirigido por Bob Smeaton (da minissérie “The Beatles Anthology”), o filme combina as performances ao vivo de clássicos como “Fortunate Son”, “Proud Mary” e “Bad Moon Rising” com entrevistas de bastidores e uma breve história da banda, com uma grande variedade de imagens inéditas. O lançamento em streaming marca a única filmagem da formação original do CCR a ser disponibilizada na íntegra para os fãs. Os shows da Inglaterra aconteceram nos dias 14 e 15 de abril de 1970 – poucos dias depois que os Beatles anunciaram sua separação – e fizeram parte da primeira turnê europeia do quarteto, que incluiu paradas na Holanda, Alemanha, França e Dinamarca. O grupo estava simplesmente no auge, vindo de Woodstock e com cinco singles no Top 10 dos EUA no ano anterior. Mas o detalhe mais significativo é que o show do Albert Hall ficou conhecido pelos admiradores da banda por ter originado um dos maiores equívocos da história do rock. Em 1980, a gravadora do CCR disponibilizou um disco ao vivo chamado “The Royal Albert Hall Concert”, que virou um fenômeno de vendas mundial. Só que, na verdade, seu conteúdo era um show gravado em Oakland, na Califórnia. Anos após o vexame, o álbum foi relançado com novo título: “The Concert”. E o verdadeiro show do Royal Albert Hall, que tinha sido realmente gravado em alta fidelidade, permaneceu inédito em disco por mais de cinco décadas. Agora, junto com o documentário, o concerto inglês finalmente vai virar disco, com áudio restaurado e remasterizado, numa edição dupla de vinil, acompanhada pelo Blu-ray do filme, CD de hits e diversos outros materiais para colecionadores.
Filmes online: Confira 20 estreias pra ver em casa no fim de semana
A programação digital deste fim de semana traz muitos filmes inéditos na tela grande, o que faz a lista comercial ser mais fraquinha que as opções cinéfilas. Um dos raros egressos do circuito cinematográfico é “Cry Macho – O Caminho para a Redenção”, dirigido e estrelado por Clint Eastwood. O filme marca a volta do ator, atualmente com 91 anos de idade, aos papéis de cowboy que o consagraram na juventude. Com clima de faroeste moderno, a trama gira em torno de um ex-astro de rodeio que aceita o pedido de um antigo patrão para trazer o filho do homem para casa, afastando-o de sua mãe alcoólatra. Atravessando a zona rural do México em seu caminho de volta para o Texas, a dupla enfrenta uma jornada inesperadamente desafiadora, na qual o cavaleiro cansado do mundo tenta encontrar seu próprio senso de redenção ensinando ao menino o que significa ser um bom homem. Entre os títulos populares inéditos, “Coquetel Explosivo” traz Karen Gillan (“Jumanji: Próxima Fase”) como uma “John Wick” feminina, lutando contra um batalhão de assassinos armados enviado por seu antigo patrão. Ao salvar uma criança no meio de uma missão, ela é considerada traidora e para sobreviver precisará contar com ajuda de uma antiga assassina profissional, também conhecida como sua mãe, vivida por Lena Headey (a Cersei de “Game of Thrones”), e as colegas dela, Carla Gugino (“Watchmen”), Angela Bassett (“Pantera Negra”) e Michelle Yeoh (“Star Trek: Discovery”). Há ainda “As Passageiras”, comédia de terror e ação que volta a trazer Lucy Frye como vampira após “Academia de Vampiros” (2014). A trama segue um estudante falido chamado Benny (Jorge Lendeborg Jr., de “Bumblebee”) que, desesperado por dinheiro, aceita um “bico” para servir como chofer noturno de duas jovens misteriosas, conduzindo-as a várias “festas”, apenas para descobrir que elas são vampiras sanguinárias. As passageiras do título são interpretadas por Frye e Debby Ryan (“Insaciável”), mas a trama inclui muitos outros vampiros vividos por estrelas famosas como Megan Fox (“As Tartarugas Ninja”), Sydney Sweeney (“Euphoria”), Alfie Allen (“Game of Thrones”) e Alexander Ludwig (“Vikings”), que travam uma guerra secreta na noite de Los Angeles. São opções medianas, que empalidecem diante das alternativas dramáticas. O esloveno “Apagada”, por exemplo, é terror da vida real. Conquistou sete prêmios internacionais com a história da mulher que dá entrada num hospital para ter um filho e se vê às voltas com um pesadelo burocrático, após o sumiço de sua ficha a tornar incapaz de provar que deu a luz. Outro lançamento premiado, o grande vencedor do Festival Karlovy Vary de 2014 – e de mais 16 troféus – “A Ilha do Milharal” acompanha os esforços de um agricultor e sua neta para plantar milho numa ilha sazonal, criada pelo movimento das marés, em meio a conflitos militares. Com oito vitórias em festivais, o iraniano “Crianças do Sol” encontra paralelos em “Ali Babá e os 40 Ladrões” para abordar a pobreza na infância. Indicado a nada menos que oito troféus César (o Oscar francês), “Memórias da Dor” faz uma espécie de bioficção dos livros da escritora francesa Marguerite Duras, ao contar o período em que ela passou esperando o marido voltar de um campo de concentração. Também há um documentário sobre a cantora Tina Turner, uma comédia do Porta dos Fundos e muito mais. São, ao todo, 20 opções de estreias para assistir nas plataformas digitais neste fim de semana. As sugestões podem ser conferidas logo abaixo, com seus respectivos trailers. Coquetel Explosivo | EUA | Ação (Netflix) As Passageiras | EUA | Terror (Netflix) Experimentos Macabros | Canadá | Terror (Google Play, NOW, Vivo Play) Pixie | EUA | Comédia (HBO Max) Mais que Amigos: Vizinhos | França | Comédia (Netflix) Peçanha Contra o Animal | Brasil | Comédia (Amazon Prime Video) Cry Macho – O Caminho para a Redenção | EUA | Drama (Apple TV, Google Play, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes) Espírito Indomável | Canadá | Drama (NOW) Memórias da Dor | França | Drama (Reserval Imovision) Uma Cidade em Alerta | Alemanha | Drama (NOW) Uma Mulher Inesquecível | Alemanha | Drama (Google Play, NOW, Vivo Play) Apagada | Eslovênia, Croácia, Sérvia | Drama (Supo Mungam Plus) Além dos Sonhos | Suécia | Drama (Supo Mungam Plus) O Alfaiate | Grécia | Drama (Supo Mungam Plus) DNA | França, Argélia | Drama (Google Play, Looke, YouTube Filmes) A Ilha do Milharal | Georgia | Drama (MUBI) Crianças do Sol | Irã | Drama (Apple TV, Google Play, NOW, SKY Play, Vivo Play, YouTube Filmes) A Candidata Perfeita | Arábia Saudita | Drama (Google Play, Looke, NOW, Telecine, Vivo Play, YouTube Filmes) Tina | EUA | Documentário (Apple TV, Google Play, Vivo Play, YouTube Filmes) Injustice | EUA | Animação (Apple TV, Google Play, Vivo Play, YouTube Filmes)

