Danny Elfman, compositor dos “Simpsons” e “Wandinha”, volta a ser acusado de assédio sexual
Danny Elfman, compositor musical de produções como “Wandinha”, “Os Simpsons”, “Batman” e “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, voltou a ser acusado de má conduta sexual por uma mulher, que alega ter sido exposta frequentemente à nudez do artista e que ele teria se masturbado enquanto ela dormia ao seu lado. Documentos apresentados na quinta-feira (19/10) na Corte Superior de Los Angeles relatam que a acusadora tinha 21 anos quando conheceu Elfman, então com 47 anos, em Nova York. A mulher é identificada como “Jane Doe” nos papéis judiciais. A acusação A ação judicial nomeia Elfman e sua empresa, Musica de la Muerta, alegando que o compositor cometeu assédio sexual, violência de gênero, imposição intencional de sofrimento emocional, assédio sexual e negligência contra ela de 1997 a 2002. A suposta vítima teria conhecido Elfman em uma festa em abril de 1997. Ambos desenvolveram uma relação amigável, com a mulher aceitando convites frequentes para eventos da indústria, na esperança de impulsionar sua carreira musical. Elfman a tratava como “uma consultora e protegida”, de acordo com os documentos. A relação teria tomado um rumo chocante em uma noite em um quarto de hotel, quando Elfman, alegadamente, “removeu toda a sua roupa até ficar completamente nu, e passeou nu na frente da acusadora, expondo seus genitais”. Elfman teria expressado que essa era a única maneira de ele poder trabalhar, ser criativo e bem-sucedido. A mulher continuou vendo-o, mesmo com as repetidas exposições de nudez, e alegou ter dormido várias vezes na mesma cama com ele nu, enquanto ela permanecia completamente vestida. Eventualmente, Elfman teria revelado que se masturbava durante essas sessões, levando-a a romper o contato. Acusação prévia Esta não é a primeira vez que Elfman enfrenta acusações de abuso sexual relacionada a “protegidas”. Em julho passado, a compositora Nomi Abadi o processou por falta de pagamento de um acordo firmado em 2018, após uma denúncia à polícia. A ação de 2018 também alegava que Elfman se expôs e se masturbou na frente de Abadi sem seu consentimento em várias ocasiões. O documento legal, exposto pela revista Rolling Stone, afirma que Elfman teria que realizar quatro pagamentos pelo silêncio da compositora ao longo de cinco anos, totalizando um valor de US$ 830 mil. Entretanto, não cumpriu o acordo, que teria parte do valor destinada a organizações de caridade. Carreira de sucessos Elfman alcançou grande sucesso nos anos 1980 como líder da banda new wave Oingo Boing, e fez a transição para o cinema ao colaborar com Tim Burton em filmes como “Batman”, “Edward Mãos de Tesoura”, “O Estranho Mundo de Jack”, “A Fantásticas Fábrica de Chocolate”, “Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas” e muitos outros. Ele também encontrou sucesso em projetos do diretor Sam Raimi, como “Homem-Aranha” e “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”. Sua carreira se diversificou com séries como “Os Simpsons” e “Wandinha” (também de Burton), e filmes dos mais diferentes gêneros, numa quantidade de produções impressionante. Ao todo, ele conquistou quatro indicações ao Oscar por “MIB – Homens de Preto”, “Gênio Indomável”, “Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas” e “Milk – A Voz da Igualdade”.
Danny Elfman, compositor de “Wandinha”, é acusado de assédio sexual
Danny Elfman, compositor musical de produções como “Wandinha”, “Os Simpsons” e “Batman”, e ex-cantor da banda Oingo Boingo, foi acusado por crime sexual. De acordo com uma investigação realizada pela Rolling Stone, o músico está sendo processado pela violação de um contrato estabelecido em resposta a alegações de assédio sexual feitas por Nomi Abadi, uma pianista e compositora indicada ao Grammy. A publicação revelou que Abadi está processando o compositor por não cumprir os pagamentos estipulados no acordo de confidencialidade estabelecido pelos dois em 2018, após a pianista acusá-lo. O documento legal afirma que Elfman teria que realizar quatro pagamentos pelo silêncio da compositora ao longo de cinco anos, totalizando um valor de US$ 830 mil. Segundo o veículo, a pianista fez uma denúncia dos comportamentos inapropriados de Elfman em novembro de 2017. No relato da polícia, ela alega que o músico se expôs e se masturbou na frente dela diversas vezes. A investigação também apontou que ela afirma ter sido coagida a participar de uma sessão de fotos nua, com ele garantindo que seria uma “sessão artística”. Em outra ocasião, Elfman ainda teria lhe oferecido um copo com sêmen. De acordo com a Variety, ele supostamente enviou uma foto do copo a Abadi por e-mail com a legenda “para aguçar sua imaginação”. Entretanto, um representante do músico afirmou à Rolling Stone que ele “nunca afirmou que era sêmen” e categorizou o e-mail como “uma piada”, esclarecendo que a substância era, na verdade, um creme hidratante. Elfman negou tudo Desde então, o compositor negou todas as acusações de Abadi. Um de seus representantes ainda categorizou que as “interações limitadas entre Elfman e Abadi, que não envolveram contato sexual, foram totalmente consensuais”. O músico repudiou as denúncias da pianista em uma declaração para a publicação da Rolling Stone, que não trouxe relatos de Abadi. “Como devo responder a acusações tão graves que ser inocente não é uma defesa válida? É angustiante considerar que uma carreira de 50 anos possa ser destruída em um ciclo de notícias devido a acusações vis e completamente falsas de má conduta sexual”, declarou. “As alegações da Sra. Abadi simplesmente não são verdadeiras”. “Permiti que alguém se aproximasse de mim sem saber que eu era a ‘paixão de infância’ dela e que a intenção dela era terminar com o meu casamento e substituir minha esposa. Quando essa pessoa percebeu que eu queria me afastar dela, ela deixou claro que eu pagaria por tê-la rejeitado”, continuou. “Deixei que uma amizade mal aconselhada tivesse consequências de longo alcance, e esse erro de julgamento é totalmente culpa minha. Não fiz nada indecente ou errado, e meus advogados estão prontos para provar com volumosas evidências que essas acusações são falsas. Esta será a última vez que falarei sobre esse assunto”, finalizou. Em contrapartida, o advogado de Abadi, Jeff Anderson, desmentiu todas as declarações do compositor. “Elfman disse que seu relacionamento com Nomi Abadi era platônico e consensual. Sua versão é tão bizarra quanto seu comportamento em relação a ela anos atrás. Não foi platônico. Foi bizarro”, declarou à Variety. Comportamentos impróprios Ao longo da reportagem, a Rolling Stone ainda reuniu relatos de amigos de Abadi, que afirmaram que os dois se conheceram em 2015. “[Ela] esperava que ele a aceitasse como aprendiz e fosse um trampolim para sua carreira”, disseram. “Abadi visitou o estúdio de gravação de Elfman várias vezes ao longo do ano, onde as alegações de má conduta de Abadi teriam ocorrido”. De acordo com fontes próximas da pianista, diversas situações mostravam o comportamento inapropriado de Elfman. “Ele disse que queria mostrar a ela seu eu autêntico; aparentemente, isso envolvia estar nu frequentemente”, declarou outra fonte. Segundo o veículo, o relatório policial de Abadi afirma que o “comportamento de Elfman mudou de aparentemente amigável para inadequado dentro do primeiro ano”. O acordo diante do movimento MeToo Na época, Elfman ofereceu um acordo pelo silêncio de Adabi sobre a situação em troca do retorno financeiro. A investigação da Rolling Stone afirmou que ela assinou o contrato “sentindo que tinha pouca escolha”. “Ela sentia que sua carreira acabaria se dissesse que Elfman era um tarado. E ela está certa. Lamento dizer, mas infelizmente é assim que essa indústria funciona”, declarou outro amigo da pianista à publicação. Vale mencionar que o contrato estabelece que parte do valor seria destinada a organizações de caridade e não diretamente a Abadi. Embora o acordo não especifique a causa, o veículo relata que “com base em várias fontes e documentos, a disputa refere-se a alegações de má conduta sexual”. A alternativa foi uma saída encontrada pela equipe de Elfman para preservar a carreira do compositor diante da ascensão do movimento #MeToo, que consistiu em uma enorme ação contra violência sexual. O movimento ganhou notoriedade por expor os crimes sexuais cometidos por grandes nomes da indústria do entretenimento. “Quando confrontado com ameaças da outra parte de tornar públicas inverdades no auge do movimento #MeToo, [Elfman] enfrentou a escolha impossível entre liquidar e continuar sua carreira, ganhando o sustento para sua família, ou decidir lutar pelo que na época era uma batalha impossível, de vencer para contar a verdade – Danny escolheu sua família”, declarou um representante do músico à reportagem. “É decepcionante, mas infelizmente não surpreendente, que essa narrativa infundada seja revivida agora que os pagamentos foram interrompidos. Acusações por si só não equivalem à culpa, e Danny se defenderá e limpará seu nome com o volume de evidências e com as próprias palavras da outra parte – as palavras dela falam por si mesmas”, finalizou. Antes do processo vir a público, Abadi já havia falado abertamente sobre a corrupção e toxicidade na indústria musical, afirmando que o movimento #MeToo ignorou o mundo da composição. Diante do acordo de confidencialidade, esta é a primeira vez que o nome de Elfman é associado as alegações da pianista. “Embora não possamos comentar sobre um processo que ainda não recebemos, o fato é que ele chegou à mídia antes de o réu mostrar que isso é apenas mais uma manobra em uma campanha de anos para exigir dinheiro do Sr. Elfman e sua família. As alegações são infundadas”, afirmou à Variety.
