Nelson Motta se despede da Globo após 15 anos
O jornalista Nelson Motta se despediu da rede Globo após 15 anos de colaborações. Ele encerrou sua coluna sobre música e comportamento, que ia ao ar no “Jornal da Globo”, na noite de sexta (29/12). Segundo o jornalista, seu contrato com o telejornal acabou nesta virada de ano e não será renovado. Entre os motivos para o fim da coluna semanal, ele citou o endurecimento dos direitos autorais, que limitou a seis segundos o uso de uma música em matérias jornalísticas. Nesta sexta (30/12), ele agradeceu no Instagram aos telespectadores que o acompanharam nas noites de sextas desde 2008. Aos 79 anos de idade, Nelson Motta ainda não pensa em aposentadoria. Seus planos incluem uma série de palestras sobre diversos assuntos ligados à cultura, além de um novo romance, “Corações de Papel”, a ser lançado no início do ano pela editora Record, e a montagem de um musical sobre Tom Jobim, que ele escreveu e estreia no segundo semestre. Figura lendária dos bastidores da música brasileira desde a bossa nova, Nelsinho, como era conhecido, também apresentou programas importantes como o “Sábado Som” na Globo nos anos 1970, quando apresentou shows incríveis de rock, e “Mocidade Independente” na Band, que serviu de porta de entrada para a new wave no Brasil na década de 1980. Ele também revelou Marisa Monte, colaborou na criação de cerca de 300 canções, inclusive o tema de fim de ano da Globo, produziu o festival Hollywood Rock e até ajudou a conceber a série “Armação Ilimitada”, entre vários outros projetos. Veja abaixo vídeo da última participação do cronista cultural no “Jornal da Globo” e sua despedida pelo Instagram. Nelson Motta se despede do Jornal da Globo após 15 anos de uma parceria que deixou as noites de sexta muito mais alegres: https://t.co/2E16mtscDH #JG pic.twitter.com/Tj3VSCtoBM — Jornal da Globo (@JornalDaGlobo) December 30, 2023 Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Nelson Motta (@nelsonmotta)
Tim Maia narra sua própria história em série da Globoplay
O serviço de streaming Globoplay lança nessa quarta (28/9) a série documental “Vale Tudo com Tim Maia”, no dia em que o cantor completaria 80 anos. Morto em 1998, aos 55 anos, Tim Maia é reconhecido até hoje como um dos maiores cantores do Brasil, e a série documental visa celebrar sua vida e carreira por meio de uma abordagem diferente. A história de Tim Maia já foi narrada em diferentes mídias, como no filme de ficção “Tim Maia” (2014), dirigido por Mauro Lima, e no livro “Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia”, de Nelson Motta. Em ambos os casos, porém, foi contada por outras pessoas. Na série da Globoplay, é ele quem conta a sua história. Dirigida pelo próprio Nelson Motta em parceria com o documentarista Renato Terra (“Narciso em Férias”), “Vale Tudo com Tim Maia” mostra a história do cantor por meio de seus próprios depoimentos, complementando sua trajetória por meio de imagens de arquivo, entrevistas e shows. A escolha por esse ponto de vista único, do próprio cantor, tem um motivo muito claro. “Ninguém conta melhor a sua história do que ele, com a sua linguagem, comédia e barbaridades”, explicou Motta à imprensa. “E Tim era um comediante nato, nós reforçamos isso nele como narrador.” “A série é um mergulho na originalidade e genialidade musical do Tim. Não há análises ou especialistas. O jeito que ele conta as histórias é de chorar de rir. A série é uma espécie de stand up comedy dançante. É aumentar o som e se preparar para rir, se emocionar e dançar”, completa Terra. Para compor o material da série, os realizadores contaram com o auxílio de Carmelo Maia, filho de Tim, que disponibilizou todo o seu acervo de fitas VHS e rolos de filme super-8, que mostram o cantor na sua intimidade. O resultado foram quase 30 minutos de cenas exclusivas, nunca vistas pelo público. O acesso a essas imagens, porém, não foi fácil. Carmelo Maia precisou vencer uma briga judicial com o irmão de criação, Leo Maia. Além destes registros de bastidores, a série também é composta por arquivos da TV Globo e de outras emissoras e rádios. “Vale Tudo com Tim Maia” contém três episódios. O primeiro narra a infância do cantor na Tijuca, a sua ida aos Estados Unidos e o começo do sucesso com os primeiros álbuns. O segundo episódio mostra o seu sucesso e as participações em programas de TV. Por fim, o terceiro episódio é dedicado aos seus momentos íntimos. Além disso, a série é embalada pelos maiores hits do cantor.
Juventude de Glauber Rocha vai virar filme
A produtora Vânia Catani (“O Palhaço”, “Zama”) comprou os direitos de “A Primavera do Dragão”, biografia escrita por Nelson Motta, que conta a juventude de Glauber Rocha (1939-1981). A obra procura recuperar a trajetória dos anos de ouro do cineasta mais famoso do Cinema Novo, autor de clássicos como “Barravento” (1962), “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e “Terra em Transe” (1967), para narrar a juventude de um gênio precoce contra a monotonia cultural. Segundo a coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, o roteiro já está sendo escrito e as filmagens começarão em breve. Mas não há informações sobre a equipe que desenvolve a adaptação.
Marília Pêra será tema de minissérie da Globoplay
A atriz Marília Pêra (1943-2015), que marcou época no cinema e na TV em obras como “Pixote: A Lei do Mais Fraco” (1980) e “O Primo Basílio” (1988), será tema de uma minissérie documental na Globoplay. A produção terá quatro episódios escritos por Nelson Motta, que foi casado com a atriz. Os dois tiveram duas filhas. “É uma mistura de documentário e entretenimento com grandes cenas completas de Marília no cinema, no teatro e na televisão”, explicou Motta ao jornal O Globo. A direção está a cargo do veterano cineasta Zelito Vianna (“Morte e Vida Severina”) e ainda não há previsão de estreia.
Noites Tropicais: Memórias musicais de Nelson Motta vão virar série
O célebre livro “Noites Tropicais”, em que o jornalista Nelson Motta traça suas memórias, vai virar série. Na obra lançada em 2000, Motta conta suas aventuras e desventuras no mundo da música brasileira como um Forest Gump tropical, que esteve presente em momentos chaves do final dos anos 1950 até o início da década de 1990. Por suas páginas, desfilam figuras como Vinícius de Moraes, João Gilberto, Roberto Carlos, Chico Buarque, Elis Regina, Rita Lee e Tim Maia (responsável pelos melhores trechos), além de muitos, mas muitos outros. Os direitos da obra foram adquiridos pela Delicatessen Filmes e, além de vir junto como produtor associado, Nelson também vai colaborar no roteiro. A coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, mencionou uma “primeira temporada” de oito episódios, sugerindo que o projeto pode se estender por vários anos de exibição. Mas a partir da década de 1980, quando comandou o programa “Mocidade Independente” na Band, a diferença de gerações levou o escritor a cometer algumas gafes (que precisam de revisão na adaptação), como subestimar a importância da banda Ira! Ainda não foi divulgado qual canal ou plataforma exibirá a série. Nelson Motta também está envolvido no roteiro de uma cinebiografia da cantora Rita Lee, anunciada há exatamente três anos.
Vida de Rita Lee vai virar filme
A vida da cantora Rita Lee vai virar filme nacional. Ela assinou contrato com a produtora Biônica Filmes (“Os Homems São de Marte…”, “Reza a Lenda”) para a adaptação de seu livro “Rita Lee – Uma Autobiografia”, lançado em 2016. O acordo prevê ainda a produção de um documentário e uma série original para a televisão. No livro, Rita aborda sua infância, os primeiros passos da carreira, a época dos Mutantes, do Tutti Frutti, sua prisão em 1976, o casamento e os filhos com Roberto de Carvalho. O roteiro do filme será assinado por Patricia Andrade (“Gonzaga: De Pai pra Filho”) e o jornalista Nelson Motta (“O Canto da Sereia”), mas a atriz que viverá Rita ainda não foi escolhida. As gravações só devem começar em 2019 e não há previsão para estreia. Vale lembrar que este não é o primeiro filme anunciado sobre a vida de Rita Lee. Em 2014, o diretor Márcio Macena, que negociou os direitos da vida da cantora para o musical “Rita Lee Mora ao Lado”, chegou a revelar seus planos para transformar a peça num filme, estrelado pela mesma intérprete da cantora no teatro, a atriz Mel Lisboa.





