Maria Helena Dias, atriz de “Elas por Elas”, morre aos 91 anos
A atriz Maria Helena Dias, que marcou a teledramaturgia brasileira com sua atuação em diversas novelas, morreu na última terça-feira (1/8), aos 91 anos. A informação foi confirmada por amigos da artista neste sábado (5/8). Maria Helena estava internada em um hospital no Rio de Janeiro há um mês, após ser acometida por uma broncopneumonia e uma trombose na perna. A atriz foi submetida a uma angioplastia, mas devido à saúde frágil não resistiu ao procedimento. Maria Helena Dias iniciou sua carreira na extinta Rede Tupi, nos anos 1950, quando participou do pioneiro programa “Grande Teatro Tupi”. A atriz também estrelou dezenas de espetáculos nos palcos. Sua primeira novela foi “Renúncia”, em 1964, na TV Record, ao lado de Francisco Cuoco e Irina Grecco. Seis anos depois, estreou na Globo com “Ponte dos Suspiros” (1969), mantendo-se na emissora até o fim da carreira. Trajetória na Globo Ao longo de três décadas, Maria Helena integrou o elenco de diversas novelas, incluindo “Escalada” (1975), “Um Sol Maior” (1977), “Pai Herói” (1979), “Água Viva” (1980) e “Ciranda de Pedra” (1981). Um de seus trabalhos mais conhecidos foi ao ar na novela “Elas por Elas” (1982), quando deu vida a Carmem, mulher que trabalha para sustentar o marido, dois filhos e um cunhado. O destaque foi tanto que ela também viveu a personagem na série “Mario Fofoca”, derivada da novela, que foi lançada em 1983. Por sinal, a atração vai ganhar remake, previsto para estrear no mês que vem. O papel de Maria Helena Dias será revivido por Maria Clara Spinelli, que será a primeira mulher trans a ser protagonista em uma novela brasileira. A atriz também marcou presença em “Tieta” (1989), “Rainha da Sucata” (1990), “A Próxima Vítima” (1995) e outras produções, despedindo-se do gênero em “Cobras e Lagartos” (2006), trama das 19h da TV Globo escrita por João Emanuel Carneiro. Um ano depois, ela se afastou definitivamente da atuação, fazendo seu último papel na série “Carga Pesada”. Trabalhos no cinema Além de sua marcante presença na televisão, Maria Helena Dias também teve uma carreira significativa no cinema e no teatro. A atriz participou de diversos longa-metragens, como “Chofer de Praça” (1958) e “Zé do Periquito” (1960), ambos estrelados por Amácio Mazzaropi, além de “Asfalto Selvagem” (1964), “Vidas Estranhas” (1968), “O Super Manso” (1974), “Corpo Livre” (1985) e “Os Heróis Trapalhões: Uma Aventura na Selva” (1988), onde viveu a mãe dos cantores da banda Dominó. Em entrevista ao jornal O Globo, ela contou que teve problemas com a família por seguir carreira na atuação. “Para a minha família, fui uma espécie de ‘ovelha negra’ no início. Para o pessoal de teatro e TV, sou muito equilibrada. E é natureza. São polos bem diversos, opostos”, disse ela. Ela foi casada duas vezes e não teve filhos, afirmando que não conseguiria se “dividir em profissional, mãe e dona de casa”, mas que admirava as pessoas que conseguiam.
Repórter trans da RedeTV! estuda processar Bruno, da dupla com Marrone, por comentário transfóbico
O cantor Bruno, da dupla sertaneja Bruno e Marrone, causou polêmica ao fazer uma pergunta transfóbica à repórter Lisa Gomes, da RedeTV!. Durante um evento no Villa Country na última sexta-feira (12/5), antes do início da entrevista, o sertanejo questionou Lisa sobre sua intimidade, perguntando “Você tem pau?”. Visivelmente sem reação com o comentário, a repórter respondeu “Como assim?” e o cantor reforçou a pergunta “P*ca”. O momento constrangedor foi registrado por um celular que gravava os bastidores da reportagem. Lisa Gomes, que é uma mulher trans, se sentiu invadida e desrespeitada pelo comentário do cantor. Em entrevista ao colunista Lucas Pasin, ela relatou que se sentiu “um lixo”. “Tive muita dificuldade em aceitar meu corpo e venho cuidando do meu psicológico para lidar com isso. Quando alguém fala esse tipo de coisa é como se você voltasse lá atrás e relembrasse todas as questões que envolvem o processo de transição”, declarou. Embora ainda esteja processando o acontecimento, a repórter disse à colunista Fábia Oliveria que irá se reunir com advogados para avaliar uma possível medida judicial. “Estou conversando com meu jurídico e estudando essa possibilidade. Transfobia não é opinião, é crime! É preciso proteger as trans e não transformá-las em alvo da ignorância, conservadorismo e chacota. Não vou ser chacota de ninguém!”. Ativo nas redes sociais, Bruno ainda não se manifestou sobre o episódio, mas sua assessoria afirmou que ele irá se posicionar até o fim do dia. Lisa pediu à RedeTV! que não exibissem a reportagem inteira com Bruno, e a emissora confirmou que a entrevista não será exibida. Durante o programa “A Tarde É Sua”, da própria RedeTV!, a apresentadora Sonia Abrão condenou a atitude do cantor e defendeu a colega de emissora. “É o que ela diz ‘como assim’ porque é tão sem sentido, é tão agressivo. É baixo, sabe? Muito baixo. “Ele insiste na pergunta”, reclamou a apresentadora. “Ele vai e repete. Que isso gente, qual a graça disso? Se isso fosse uma brincadeira, nenhuma. Se fosse uma brincadeira seria de péssimo gosto. Mas isso não é, chega a ser transfobia”, declarou. A apresentadora reforçou que o cantor deve chamar a repórter para se desculpar e assumir seu erro. “Tem que se tratar”, completou Abrão. “Você fez uma coisa horrorosa e está fazendo outra com você mesmo, tem uma carreira linda, canta pra caramba. Então o que a gente queria é que você se tratasse, se cuidasse. Parasse com a bebedeira que leva você a fazer essas barbaridades”. Até o momento, Bruno não se pronunciou sobre o caso.

