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    Google homenageia primeira atriz travesti das novelas brasileiras

    22 de agosto de 2022 /

    O Doodle, ilustração no topo do buscador Google, prestou uma homanagem a Cláudia Celeste, primeira atriz travesti a aparecer numa novela brasileira. A homenagem comemora o aniversário de 34 anos da estreia de Celeste na novela “Olho por Olho”, da Rede Manchete, exibida em 1988. Cláudia Celeste nasceu em 14 de julho de 1952, em Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Na sua juventude, ela serviu no exército e, depois da sua dispensa, começou a trabalhar como cabeleireira. Em pouco tempo, resolveu fazer a transição de gênero e, posteriormente, iniciar sua carreira artística. Entre as décadas de 1950 e 1960, ela fazia apresentações como bailarina no conjunto de casas noturnas do Beco das Garrafas. Em 1973, Celeste estrelou o espetáculo “O Mundo é das Bonecas”, no Teatro Rival, na Cinelândia, seu primeiro grande espetáculo. Foi também uma apresentação pioneira, por ter sido o primeiro show de travestis a obter uma licença do governo depois da proibição de espetáculos do gênero pela ditadura militar. Em 1975, Claudia fez a sua estreia no cinema, aparecendo na comédia “Motel”, dirigida por Alcino Diniz, e no ano seguinte se inscreveu e venceu o concurso de beleza Miss Brasil Pop, que a projetou para a televisão. O diretor Daniel Filho assistiu ao espetáculo “Transetê no Fuetê” e resolveu incorporar um número na novela “Espelho Mágico” (1977), da TV Globo, sem saber que Cláudia era travesti. Ela gravou cenas contracenando com Sonia Braga. Mas sua participação novela foi cortada depois que a imprensa transformou a participação num escândalo. A Gazeta de Notícias de 8 de agosto de 1977 estampou a manchete: “Cláudia (ou melhor, Cláudio), o travesti que enganou todo mundo”. Os episódios em que ela apareceria nunca foram ao ar. “Antes, ninguém sabia que eu era travesti, nem Daniel Filho. Ninguém nunca me perguntou! E, como ficou muito ti-ti-ti, tiraram os capítulos que eu já tinha feito“, contou Cláudia em entrevista à revista Geni em 2013. Em 1978, ela venceu o prêmio de Miss Brasil Gay (que hoje é chamado de Miss Brasil Trans). Esse prêmio a colocou novamente em evidência e lhe abriu novas oportunidades, como os filmes “Beijo na Boca” (1982), de Paulo Sérgio de Almeida, e “Punk’s, Os Filhos da Noite” (1982), de Levi Salgado. Na mesma época, Cláudia Celeste estava atuando nos espetáculos “Gay Fantasy”, “Bonecas com Tudo em Cima” e “Febre”. Sua carreira como atriz de teatro a levou para fora do país, e ela se apresentou em casas de espetáculos pela Europa. Com o fim da ditadura militar, Cláudia Celeste pôde finalmente aparecer numa novela. Em 22 de agosto de 1988, ela fez a sua estreia em “Olho por Olho”, na TV Manchete. Interpretando Dinorah, uma personagem recorrente, ela se tornou a primeira travesti a participar de uma novela brasileira, com atraso de uma década em relação à participação cortada pela pressão conservadora. Cláudia Celeste foi casada com o bailarino Paulo Wagner, com quem contracenou em diversos espetáculos. Além de atriz e dançarina, também foi diretora, produtora e autora. Ela faleceu em 13 de maio de 2018, vítima de pneumonia. Relembre a participação dela em “Olho por Olho”.

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    Cláudia Celeste (1952 – 2018)

    14 de maio de 2018 /

    A atriz Cláudia Celeste, primeira travesti a atuar em novelas brasileiras, morreu na madrugada de domingo (13/5), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. Segundo informações das redes sociais, a atriz estava com pneumonia e o quadro se agravou. Carioca de Irajá, Cláudia começou a carreira como dançarina Go Go-Girl do Beco das Garrafas, após trabalhar como cabeleireira em Copacabana. Mas não demorou a teatralizar sua vida, após se destacar num concurso de danças como “A Lebre Misteriosa do Imperial”, nome que fazia referência a seu padrinho artístico, Carlos Imperial. Foi o produtor artístico quem também a batizou de Cláudia Celeste. Sua estreia nos palcos aconteceu na montagem histórica de “O Mundo É das Bonecas”, em 1973, no lendário Teatro Rival, na Cinelândia. Realizado por Américo Leal (avô da atriz Leadra Leal), foi o primeiro show de travestis a obter uma licença do governo, depois da ditadura militar proibir este tipo de produção. A projeção a levou a ser eleita Miss Brasil Trans e a chamar atenção de produtores de cinema e TV. Ela acabou estreando nas telas na comédia “Motel” (1974), três anos antes de o diretor Daniel Filho resolver incorporar um espetáculo do Rival – “Transetê no Fuetê” – na trama da novela “Espelho Mágico” (1977), da TV Globo. A atriz chegou a contracenar com a mocinha Sonia Braga. Mas sua participação na novela acabou cortada depois que a imprensa celebrou – ou denunciou – a primeira travesti na TV. “Antes, ninguém sabia que eu era travesti, nem Daniel Filho. Ninguém nunca me perguntou! E, como ficou muito ti-ti-ti, tiraram os capítulos que eu já tinha feito”, contou a atriz em entrevista à revista Geni, em 2013. Mas Cláudia foi recompensada e manteve seu pioneirismo, 14 anos depois. Em 1988, ela se tornou a primeira travesti a integrar o elenco de uma novela do início ao fim. Foi em “Olho por Olho”, na extinta TV Manchete, no qual interpretou a travesti Dinorá, apaixonada por Mário Gomes. Ela também participou de dois filmes nos anos 1980: o drama criminal “Beijo na Boca” (1982), também estrelado por Mário Gomes, e o inacreditável trash futurista “Punks – Os Filhos da Noite” (1982), com Lady Francisco. Na época desse filme, até chegou a ensaiar uma carreira como cantora de rock, formando a banda Coisa que Incomoda. Em 2016, a atriz foi a grande homenageada na primeira edição do Festival TransArte, evento que trata de identidade de gênero e sexualidade.

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