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    Justiça dos EUA condena Google por monopólio em publicidade digital

    17 de abril de 2025 /

    Empresa violou leis antitruste em dois mercados estratégicos de anúncios e enfrenta possível desmembramento

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    Organização do Globo de Ouro é processada por jornalista por “monopolizar” Hollywood

    4 de agosto de 2020 /

    A Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês), que organiza a premiação do Globo de Ouro, está sendo processada por uma jornalista norueguesa sob acusação de monopolizar o acesso a artistas de Hollywood para entrevistas e sabotar o trabalho de profissionais que não são seus membros. O processo afirma que o grupo usa o Globo de Ouro para ter acesso privilegiado e monopolizar ilegalmente a informação sobre o entretenimento em Los Angeles, ao mesmo tempo em que cria barreiras quase impossíveis de ser superadas para a aceitação de novos integrantes. “Durante todo o ano, os membros da HFPA usufruem de viagens com todas as despesas pagas para festivais de cinema do mundo todo, onde são tratados com luxo e todos seus desejos realizados pelos estúdios”, acusa o processo apresentado pela jornalista Kjersti Flaa. “Os candidatos qualificados para admissão na HFPA quase sempre são recusados, porque a maioria dos 87 membros não está disposta a compartilhar ou diluir os enormes benefícios econômicos que recebe”, completa a denúncia. A HFPA tem influência considerável no mundo do cinema graças ao Globo de Ouro, um dos prêmios mais importante de Hollywood e que abre caminho para a glória no Oscar. O processo para se tornar membro da HFPA, que dá direito a votar na premiação, é repleto de mistérios. Mas a jornalista traz alguns detalhes à luz em seu processo, apontando que, embora alguns de seus integrantes trabalhem para respeitados veículos da imprensa estrangeira, outros atuam em publicações desconhecidas e suas críticas raramente são vistas. Flaa solicitou a entrada na HFPA em 2018 e no ano passado, mas foi rejeitada ambas as vezes. Ela descobriu que seu nome foi vetado por representar concorrência a outro integrante escandinavo da Associação. Uma das regras obscuras seria a proibição de ingresso de jornalistas que trabalhem em veículos rivais ao de algum membro já estabelecido. Isto realmente cria uma situação que, pela influência do Globo de Ouro, dá a um jornalista membro preferência para entrevistas e coberturas que seu rival não teria acesso. Flaa diz que sua rejeição não tem relação com suas realizações, mas o resultado dessa conspiração dentro da organização. “O HFPA não apenas falha em oferecer um procedimento justo para quem busca se associar, ela nem mesmo finge fazê-lo”, afirma a denúncia. “Não dá ênfase à avaliação da qualidade do trabalho de um candidato. Em vez disso, permite livremente que seus membros baseiem suas decisões de admissão apenas em se um candidato pode se tornar uma ameaça competitiva para um membro existente”. A diretoria da HFPA respondeu às acusações com um comunicado. Diz o texto: “Embora o HFPA ainda não tenha recebido a intimação, ela parece consistente com as tentativas contínuas da senhora Flaa de abalar o HFPA, exigindo que o HFPA a pague e a admita imediatamente, antes da conclusão do processo eleitoral anual aplicado a todos os outros candidatos a integrar o HFPA. O HFPA se recusa a ser chantageado, dizendo à Sra. Flaa que a filiação não é obtida por meio de intimidação”.

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    Cineastas protestam contra a distribuição predatória de Vingadores: Ultimato no Brasil

    27 de abril de 2019 /

    A Disney estalou os dedos e a maioria dos filmes desapareceram das salas de cinema para dar lugar à estreia predatória de “Vingadores: Ultimato” no Brasil. Mas a façanha despertou o lado Vingadores da classe cinematográfica brasileira. O longa do vilão Thanos foi lançado na quinta-feira (25/4) em 2,7 mil das 3,3 mil salas existentes no circuito nacional, ocupando cerca de 80% de todos os espaços físicos destinados à projeção de filmes no país. Isto enquanto “Shazam!” e “Capitã Marvel” continuavam a ser exibidos na maioria das salas, deixando pouco espaço para outras estreias e sufocando os filmes que já estavam em cartaz. Segundo alguns cineastas, a superprodução da Disney teria sido favorecida principalmente pela ausência da cota de tela para este ano, que espera para ser assinada pelo governo Bolsonaro, e pelo enfraquecimento da Agência Nacional de Cinema (Ancine), que tinha regras sobre o setor que não estão mais em vigor. Por conta da estreia massiva, a comédia brasileira “De Pernas pro Ar 3”, com mais de 1 milhão de ingressos vendidos em duas semanas, perdeu 300 salas do circuito. Mariza Leão, produtora do filme, reclamou para o jornal O Globo que mesmo as salas que ainda exibem o filme fatiaram suas sessões com o lançamento da Disney. “Em 153 cinemas, o filme é colocado em duas sessões diárias, e em 199 cinemas, fica em apenas uma sessão diária. Isto é uma perversidade do ponto de vista cultural e econômico”, apontou. A produtora enviou uma carta à diretoria colegiada da Ancine protestando contra a falta de regras reguladoras do mercado cinematográfico. Além da ausência da cota de tela, ela menciona no texto a regra da “dobra”, segundo a qual os exibidores eram obrigados a manter o filme em cartaz se ele atingisse uma média de público. “Filmes com performance acima de média saem de salas sem nenhuma explicação, sem nenhuma defesa. Tal fato gera prejuízos incalculáveis a investimentos tanto públicos quanto privados”, acrescentou. O cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, cujo filme “Bacurau” foi selecionado para a mostra competitiva do Festival de Cannes, ecoou a reclamação da produtora em sua página no Facebook “‘De pernas pro Ar 3’ estava dando dinheiro. Quando o mercado corre sem lei, sua lógica é a de subtrair para ganhar, e não a de somar com diversidade. Os dois filmes poderiam ir bem, sem desequilíbrio”, escreveu. O outro lado da questão é defendido pelo presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras (Feneec) e diretor da rede de cinemas GNC, Ricardo Difini Leite, que não quer regulação e defende que a diminuição de salas de “De Pernas pro Ar 3” foi “natural”. “Estamos falando do maior lançamento do ano, que teve uma procura fenomenal. É precipitado dizer que ‘Vingadores: Ultimato’ vai prejudicar ‘De pernas pro Ar 3’. O filme brasileiro continua em muitas salas, mas teve diminuição da média de forma natural”, disse ao jornal O Globo. A questão realmente divide exibidores e cineastas. Daniel Caetano, presidente da Associação Brasileira de Cineastas (Abraci), acredita que a regulação é necessária e ajuda o mercado a funcionar, sendo construída em conjunto com os agentes desse mercado. “Eu entendo que o mercado tenda a esse modelo, mas acredito que faz parte das funções do governo criar mecanismos regulatórios que evitem que as leis de mercado acabem canibalizando o próprio mercado”, explica. Em nota, a Ancine disse que vai “monitorar a questão”. “O assunto é pauta da Câmara Técnica de Salas de Exibição, que conta com representantes de associações de distribuidores, exibidores e produtores do audiovisual”, limita-se a dizer. Atualmente, a Ancine encontra-se parada, sem poder investir na produção de novos filmes e séries, devido a um processo do Tribunal de Contas da União. Além do cancelamento de liberação de recursos para novos projetos, também não está sendo emitida a Salic, uma espécie de certidão de nascimento para que filmes e séries existam oficialmente. Em palestra na Rio2C, evento do audiovisual brasileiro, o diretor da Ancine jurou que a agência continua funcionando. Segundo ele, “a Ancine não parou, é só um momento de transição”. Esse “momento de transição” também inclui a falta de pressa ou interesse do presidente Jair Bolsonaro em assinar a cota de tela para este ano. Sem essa assinatura, o próximo grande lançamento do ano – o período de maio a agosto é de um grande lançamento por semana – pode ocupar 90% das salas sem infringir a (falta de) legislação do setor. A discussão não é específica sobre um filme. É sobre todo o mercado.

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    Vingadores: Ultimato pode estrear em mais de 80% dos cinemas brasileiros

    22 de abril de 2019 /

    O lançamento de “Vingadores: Ultimato” vai monopolizar os cinemas do Brasil no fim de semana. Aparentemente, a Disney planeja aproveitar a paralisação da Ancine (Agência Nacional de Cinema), o fim do Ministério da Cultura, a ausência de assinatura no novo acordo de cotas de telas e outros desmontes promovidos pelo governo Bolsonaro no cinema brasileiro para realizar o maior lançamento já visto no país. Isto porque “Vingadores: Ultimato” será lançado em 2,7 mil salas na quinta-feira (25/4). O Brasil fechou 2018 com apenas 3,3 mil salas de cinemas – no país inteiro – , segundo relatório da Ancine. Assim, o lançamento da Disney ocupará 81,8% do total de telas disponíveis para a exibição de filmes no país. Por muito menos, a Ancine chegou a ameaçar o parque exibidor com a criação de regras rígidas para a circulação de cópias no mercado. Isto aconteceu após “Jogos Vorazes: A Esperança — Parte 1” utilizar 1,3 mil salas em seu lançamento em 2014. O então presidente da Ancine, Manoel Rangel, chamou de “predatória” a ocupação de quase 50% das salas existentes na época por apenas um filme. Ele alertou que a estratégia de monopólio expulsava outras produções do circuito e homogeneizava a oferta. Para evitar que a Ancine regulasse o mercado, distribuidores e exibidores assumiram um compromisso público, em dezembro de 2014, comprometendo-se a nunca mais realizar lançamentos “predatórios”. Entre outros pontos, acordaram que um mesmo filme só poderia ser exibido em até duas salas em multiplexes que possuam entre 3 e 6 salas, e só ocupar um terceiro espaço em complexos com mais de 9 salas de cinema. Mas, com a saída de Rangel da Ancine, pouco a pouco esse acordo foi sendo “esquecido”. Até ser derrubado pela Justiça Federal em novembro do ano passado. Mesmo assim, nenhum filme jamais ocupou mais de 2 mil salas no país simultaneamente. Um dos lançamentos mais amplos dos últimos tempos, “Aquaman” bateu recorde de arrecadação para a Warner com estreia em 1,6 mil salas. “Vingadores: Ultimato” será lançado em 1,1 mil salas a mais. O recorde de bilheterias do Brasil pertence ao filme anterior da franquia, “Vingadores: Guerra Infinita”, que vendeu 3,6 milhões de ingressos e faturou R$ 65,1M (milhões) no país no ano passado. O filme foi lançado em “mais de mil salas”, segundo informação genérica da distribuidora. Por sua vez, “Vingadores: Ultimato” já esgotou sessões em mais de 900 salas, de acordo com o site Ingresso.com. As transações para sessões do filme corresponderam a 96,6% das vendas totais no site, que comercializa tickets para as redes Cinemark, Playarte, Espaço Itaú, Kinoplex, Cinépolis, UCI e outras.

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    Rogue One, prólogo da saga Star Wars, chega a mais de 1,2 mil cinemas no Brasil

    15 de dezembro de 2016 /

    “Rogue One: Uma História Star Wars” é disparada a maior estreia da semana. Mais que isso, com lançamento em mais de 1,2 mil telas, é também uma das dez maiores estreias de todos os tempos no país – o recorde pertence a “Star Wars: O Despertar da Força”, distribuído em 1.504 salas há exatamente um ano – metade de todos os cinemas do Brasil. Bastante aguardado, o filme é um prólogo do clássico “Guerra nas Estrelas”, apresentando um grupo de rebeldes nunca visto antes na franquia, mas também o saudoso vilão Darth Vader. A trama gira em torno de uma missão para roubar os planos de construção da Estrela da Morte, a arma de destruição do Império que é derrotada no filme de 1977. Apesar de muitos relatos de problemas nos bastidores, o ritmo é empolgante e faz o longa escalar a lista dos melhores títulos da saga. Com 85% de aprovação no Rotten Tomatoes, também estreia neste fim de semana nos EUA – lá, em mais de 4 mil telas, isto é, em mais cinemas que todo o parque exibidor nacional. Adiado para não chegar aos cinemas tão próximo da tragédia da Chapecoense, “Sully – O Herói do Rio Hudson” também supera expectativas. Em cartaz em 261 salas, a produção conta a história real do piloto de avião que impediu um acidente de graves proporções ao realizar um pouso de emergência no Rio Hudson, em Nova York, salvando a vida de todos os passageiros. Mas mesmo considerado um herói pela mídia, ele precisou lidar com o escrutínio e acusações, durante a investigação de seus atos. Lembra “O Voo” (2012), mas consegue superar comparações, muito por conta da dobradinha formada pelo ator Tom Hanks e o diretor Clint Eastwood, dois veteranos que não enferrujam, apenas se aprimoram. Sucesso de bilheteria e crítica nos EUA (86% de aprovação), tem aparecido até em algumas listas importantes de Melhores Filmes do ano. Com ainda mais destaque na temporada de premiações, “Neruda” é a obra sul-americana mais celebrada do ano. Candidato do Chile ao Oscar, o novo filme de Pablo Larraín é uma delícia, que usa tom farsesco para contar fatos reais: a caçada policial ao poeta Pablo Neruda, “o comunista mais importante do mundo”, no final dos anos 1940. Sofisticado por um lado, no uso da metalinguagem, o longa também usa elementos de comédia maluca, evocando até a franquia “Pantera Cor-de-Rosa” na forma atrapalhada com que o inspetor vivido por Gael Garcia Bernal tenta prender aquele que é muito mais esperto que ele. Estreia em 34 telas. Sem muito espaço no circuito devido à guerra de blockbusters, a comédia brasileira “Magal e os Formigas” também tem seu jeito surreal de lidar com a realidade. O filme é praticamente uma homenagem ao cantor Sidney Magal, girando em torno de um fã mau-humorado que, em meio à crise financeira, resolve entrar num concurso para imitá-lo. No processo, acaba redescobrindo o bom humor. E tudo isso com uma ajuda do próprio Magal, que aparece apenas para ele, dando-lhe conselhos de vida. Há quem lembre de “Quero Ser John Malkovich” (1999), mas o tom abordado está mais para “A Procura de Eric” (2009), com direito à parábola moral de fábula encantada. Não que esteja neste nível ou seja tão engraçado quanto parece. As piadas fraquinhas renderam apenas 16 salas. O circuito limitado ainda recebe duas produções de perfil de festival. O romeno “Sieranevada” chegou a ser exibido em Cannes, e gira em torno do encontro de uma grande família num jantar para celebrar seu patriarca recém falecido. O diretor Cristi Puiu (“Aurora”) dá ao evento um tom de tragicomédia – em 13 salas. Bem mais ambicioso, o nepalês “Nas Estradas do Nepal” foi exibido em Veneza e usa a jornada de dois meninos, de castas e crenças diferentes, para retratar uma região belíssima, que ganha contornos horríficos por viver tantos anos mergulhada em guerra. Apesar do tema universal, o diretor estreante Min Bahadur Bham optou por uma filmagem de câmera parada, que não deixa o filme ser confundido com uma versão infantil de Hollywood sobre a barbárie. Por isso, a distribuição é confinada a apenas quatro salas do Rio e uma de Porto Alegre. Clique nos títulos de cada lançamento para ver seus trailers.

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    Capitão América: Guerra Civil registra segunda maior estreia de todos os tempos no Brasil

    30 de abril de 2016 /

    “Capitão América: Guerra Civil” tornou-se a segunda maior estreia de cinema no Brasil em todos os tempos, com US$ 2,7 milhões (cerca de R$ 9,3 milhões) de arrecadação na quinta-feira (28/1), o dia de seu lançamento. O filme também teve a maior distribuição de todos os tempos no país, ocupando quase 50% de todas as telas disponíveis no parque exibidor nacional – 1,4 mil salas. O monopólio foi uma das razões para o bom desempenho nas bilheterias nacionais, inferior apenas ao de “Star Wars: O Despertar da Força”, que faturou R$ 9,5 milhões em sua estreia em dezembro no país – também com operação abafa, ocupando número recorde de salas. A bilheteria nacional de “Capitão América: Guerra Civil” foi antecipada numa reportagem do site da revista Variety sobre o sucesso internacional do filme. Com apenas um dia em cartaz, a produção já soma US$ 38,7 milhões em todo o mundo, contabilizados de 30 países diferentes. A Coreia do Sul lidera a lista, com US$ 7,7 milhões, seguida pela França, com US$ 3,7 milhões. O Brasil é o terceiro maior mercado do filme. Estimativas apontam que a produção da Marvel pode render US$ 200 milhões apenas nos cinco primeiros dias em cartaz, antes de sua estreia nos Estados Unidos, prevista para a próxima sexta (6/5). O filme também foi muito bem-recebido pela crítica internacional. No site americano Rotten Tomatoes, que avalia a nota média dos críticos americanos, “Capitão América: Guerra Civil” atingiu 94% de aprovação. Com direção dos irmãos Anthony e Joe Russo, o longa explora a divisão dos Vingadores em dois times opostos, após o Capitão América recusar o plano do governo americano para supervisionar os super-heróis depois dos acontecimentos de “Vingadores: Era de Ultron” (2015), que causaram muitas mortes de civis.

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    Capitão América: Guerra Civil tem um dos maiores lançamentos de todos os tempos no Brasil

    28 de abril de 2016 /

    A estreia de “Capitão América: Guerra Civil” monopoliza os cinemas brasileiros a partir desta quinta (28/4). A Disney lançou o filme em nada menos que 1,4 mil salas. Trata-se do segundo maior lançamento de todos os tempos no país, ocupando quase 50% de todo o parque exibidor nacional. O recorde pertence a “Star Wars: O Despertar da Força”, que ocupou 1.504 salas em dezembro passado. O filme dos super-heróis é ótimo, mas mesmo que fosse podre já teria vantagem para abrir em 1º lugar e até conquistar um possível recorde de bilheteria com esta exposição excessiva. Além disso, como teve lançamento monstro, todo o resto da programação precisa se espremer para o circuito alternativo. As “demais” estreias somam nada menos que oito filmes, entre eles um drama estrelado por um ex-intérprete de super-herói, Tobey Maguire, da trilogia original do “Homem-Aranha”. Enquanto “Capitão América” introduz o novo Homem-Aranha, Maguire segue a carreira com a cinebiografia do enxadrista Bobby Fischer em “O Dono do Jogo”, uma história de gênio torturado que remete ao premiado “Uma Mente Brilhante” (2001). Maior estreia limitada, chega em 55 salas. A comédia francesa “O que Eu Fiz para Merecer Isso” vem a seguir, em 22 salas, enquanto o resto tem distribuição contada nos dedos das mãos. Em dez salas, o documentário vencedor de Berlim, “Fogo no Mar”, de Gianfranco Rosi, registra o êxodo dos refugiados para a Europa em uma perigosa travessia. Já a lista dos que ocupam menos de cinco salas inclui o drama francês “Dois Rémi, Dois”, inspirado em “O Duplo”, de Fiódor Dostoievski, e, criminosamente, quatro ótimos longas brasileiros. O premiado “Exilados do Vulcão”, de Paula Gaitán, vencedor do Festival de Brasília de 2013, esperou quase três anos para chegar as cinemas. E recebeu isso do mercado: uma sala em São Paulo, uma no Rio, uma em Belo Horizonte, uma em Aracaju e outra em Vitória. A situação é ainda pior para “A Frente Fria que a Chuva Traz”, que marca a volta de Neville D’Almeida aos cinemas. O diretor de clássicos como “A Dama do Lotação” (1978) e “Os Sete Gatinhos” (1980) não filmava há duas décadas, desde “Navalha na Carne” (1997). E o esforço de seu retorno é saudado com exibição em duas salas, uma no Rio e outra em São Paulo. Absurdo!!! A marginalização sofrida é desproporcional. Não apenas pelo conteúdo, baseado na peça de um dramaturgo atual, Mário Bortolotto (“Nossa Vida Não Cabe Num Opala”), como pela embalagem, com um elenco repleto de estrelas jovens bastante populares – Chay Suede e Bruna Linzmeyer. Ou seja, há apelo comercial. O que aumenta ainda mais o questionamento a essa sabotagem explícita. Será que o cinema brasileiro é tão desprezível que o mercado não se importa em fazer isso com um cineasta do porte de Neville D’Almeida? Será que a culpa é da Disney, que ocupou as salas; do circuito exibidor, que ofereceu as salas; ou da Ancine, que só bufa diante do número de salas disponíveis para os lançamentos nacionais? Claro que, como é praxe neste país, a culpa será das vítimas, que erraram ao produzir filmes brasileiros de qualidade e voltaram a errar ao tentar lançá-los durante o período em que os blockbusters sufocam o circuito (6 dos 12 meses do ano). Humilhante. Para completar as estreias, o mercado ainda espreme o documentário futebolístico “Geraldinos”, de Pedro Asbeg e Renato Martins, vencedor do prêmio do público na última Mostra de Tiradentes, em uma sala em São Paulo, e “Teobaldo Morto, Romeu Exilado”, de Rodrigo de Oliveira, em três salas entre Vitória, Goiânia e Aracaju. Pela ganância desmedida e falta de regulamentação, o filme dos super-heróis da Marvel será lembrado, infelizmente, como vilão. De propósito ou não, assumiu o papel de grande inimigo do cinema nacional, impossibilitando, com sua tática de dominação, que trabalhos reconhecidamente competentes pudessem alcançar maior público. O melhor filme já feito pela Marvel não merecia virar emblema do descontrole do mercado.

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