Diretor de Papai Noel às Avessas confirma que Mira Sorvino estava numa lista negra de Weinstein
O diretor Terry Zwigoff resolveu se manifestar sobre a polêmica lista negra de Harvey Weinstein contra mulheres que lhe disseram “não”. Fazendo eco às declarações feitas por Peter Jackson, que revelou “conselho” para não contratar a atriz Mira Sorvino, Zwigoff disse que teve uma experiência similar. A história de Jackson veio à tona numa entrevista publicada na sexta (15/12) e reforçada numa declaração oficial, após Weinstein tentar negar os fatos. O diretor revelou que o produtor e seu irmão foram contra a inclusão das atrizes Ashley Judd e Mira Sorvino em “O Senhor dos Anéis”, alegando que elas eram “difíceis” de trabalhar. As duas estão entre as atrizes que encabeçaram as denúncias de abuso sexual contra Weinstein. Ao final, Jackson pediu desculpas a Judd e Sorvino por ter acreditado nas mentiras de quem agora se sabe ser um predador sexual, e lamentou ter sido cúmplice na lista negra que prejudicou suas carreiras. Após ler a manifestação de Jackson, Zwigoff tuitou: “Eu estava interessado em incluir Mira Sorvino em ‘Papai Noel às Avessas’, mas toda vez que eu mencionava o nome dela por telefone para os Weinstein, eu ouviria um CLICK. Que tipo de pessoa simplesmente desliga na sua cara assim? Eu acho que agora todos sabemos o tipo de pessoa. Eu realmente sinto muito, Mira”. As duas declarações, somadas à história de Robert Rodriguez sobre Rose McGowan, confirmam a existência de uma lista negra. O produtor usou sua rede de conexões para destruir as carreiras das atrizes que não aceitaram seus avanços. As vítimas já tinham revelado as ameaças, e agora testemunhas se materializam no que pode virar um processo coletivo bilionário de estrelas de Hollywood por perdas e danos contra Harvey e Bob Weinstein. I was interested in casting Mira Sorvino in BAD SANTA, but every time I mentioned her over the phone to the Weinsteins, I'd hear a CLICK. What type of person just hangs up on you like that?! I guess we all know what type of person now. I'm really sorry Mira. https://t.co/9U0PsL2yS5 — Terry Zwigoff (@realzwigoff) December 16, 2017
Peter Jackson reforça acusação contra Weinstein e pede desculpas a Ashley Judd e Mira Sorvino
O diretor Peter Jackson emitiu uma declaração oficial reforçando sua denúncia de que Harvey Weinstein vetou a participação das atrizes Ashley Judd e Mira Sorvino nos filmes de “O Senhor dos Anéis”. A iniciativa foi tomada após Weinstein soltar sua própria nota a respeito da entrevista do cineasta, alegando que a acusação era falsa, porque o elenco só foi contratado quando o projeto saiu de suas mãos e foi adquirido pela produtora New Line. Jackson sustenta a história que contou numa entrevista nesta sexta-feira (15/12), sobre como o produtor e seu irmão foram contra a inclusão das atrizes no elenco, durante a fase de desenvolvimento do projeto, que aconteceu na produtora Miramax. Ashley Judd e Mira Sorvino estão entre as principais atrizes que encabeçaram as denúncias de abuso sexual contra Weinstein. Ele também pediu desculpas às atrizes por ter acreditado nas mentiras de quem agora se sabe ser um predador sexual, e lamentou ter sido cúmplice na lista negra que prejudicou suas carreiras. Leia abaixo o texto de Jackson na íntegra: “Aspectos da negação de Harvey são insinceros. Ele basicamente diz que ‘esta lista negra não pode ser verdade porque a New Line lançou o filme”. Isso é uma deflexão da verdade. Por 18 meses em que nós desenvolvemos ‘O Senhor dos Anéis’ na Miramax, tivemos muitas conversas de elenco com Harvey Weinstein, Bob Weinstein e seus executivos. Durante este período, nenhuma oferta foi feita aos atores porque isso ocorre depois que um filme ganha sinal verde, e a Miramax nunca sinalizou estes filmes. No entanto, muitas conversas ocorreram internamente em relação ao potencial elenco. Fran Walsh e eu lembramos que Morgan Freeman, Paul Scofield, David Bowie, Liam Neeson, Natascha McElhone, Claire Forlani, Francesca Annis, Max von Sydow e Daniel Day Lewis foram alguns dos nomes discutidos com a Miramax pora possíveis papéis nos filmes de ‘O Senhor dos Anéis’. Entre os muitos nomes citados, Fran e eu expressamos nosso entusiasmo por Ashley Judd e Mira Sorvino. Na verdade, até nos encontramos com Ashley e discutimos dois possíveis papéis com ela. Após essa reunião, a Miramax nos mandou ficar longe de Ashley e Mira, porque alegaram ter tido “más experiências” com essas atrizes em particular no passado. Fran Walsh estava na mesma reunião e lembra esses comentários negativos sobre Ashley e Mira tão claramente quanto eu. Não temos motivos para inventar isso. Este tipo de comentário não é incomum – pode acontecer com qualquer estúdio em qualquer filme, quando os nomes de atores diferentes surgem numa conversa – , mas uma vez que você ouve comentários negativos sobre alguém, você não esquece. Nós não estávamos em posição de oferecer a Ashley ou Mira um papel nos filmes, mas tentamos que seus nomes fossem adicionados a uma lista quando o elenco começou a ser definido. Cada papel pode ter muitos nomes de atores listados para futuras audições e reuniões. Nesses relacionamentos de cineastas/estúdio, deve haver consenso na hora de escolher as opções – qualquer um dos lados geralmente pode vetar nomes sugeridos por várias razões, e nos dias anteriores a ‘O Senhor dos Anéis’, não tínhamos o poder de impor ao estúdio uma escolha de elenco. O filme mudou de mãos da Miramax para a New Line antes que o elenco realmente fosse contratado. Mas como nós fomos avisados sobre Ashley e Mira pela Miramax, e nós somos ingênuos o suficiente para assumir que nos disseram a verdade, Fran e eu não incluíamos seus nomes nas conversas sobre o elenco com a New Line. Quase 20 anos depois, lemos sobre as alegações de má conduta sexual feitas contra Harvey Weinstein e vimos comentários de Mira e Ashley, que sentiram que tinham sido colocados numa lista negra pela Miramax depois de rejeitarem os avanços sexuais de Harvey. Fran e eu imediatamente nos lembramos da reação negativa da Miramax quando apresentamos seus nomes e nos perguntamos se, inconscientemente, fomos cúmplices de um suposto prejuízo para suas carreiras, pelas mãos da Miramax. Não temos evidências diretas que liguem as alegações de Ashley e Mira às conversações de 20 anos atrás sobre ‘O Senhor dos Anéis’, mas nós defendemos o que nos foi dito pela Miramax quando levantamos os dois nomes, e estamos relatando isso com precisão. Se fomos cúmplices inconscientes para prejudicar suas carreiras, Fran e eu pedimos desculpas incondicionais tanto para Ashley quanto para Mira.”
Peter Jackson diz que Weinstein proibiu Ashley Judd e Mira Sorvino em O Senhor dos Anéis, confirmando lista negra
O diretor Peter Jackson revelou nesta sexta-feira (15/12), em entrevista ao site Stuff, que, em 1998, o produtor Harvey Weinstein lhe pressionou para não contratar Ashley Judd e a Mira Sorvino para a franquia “O Senhor dos Anéis”. Judd e Sorvino estão entre as dezenas de atrizes que acusaram o produtor de abusos sexuais. E estavam na lista que Jackson apresentou aos irmãos Harvey e Bob Weinstein quando a empresa destes, a Miramax, iria produzir os filmes. “Lembro que a Miramax nos disse que era um pesadelo trabalhar com elas e que devíamos evitá-las a todo custo”, assegurou Jackson na primeira entrevista na qual fala do caso Weinstein. “Naquele momento não tínhamos nenhuma razão para questionar o que estes caras estavam dizendo… Mas agora suspeito que nos deram informação falsa sobre estas duas talentosas mulheres e, como resultado direto, seus nomes foram eliminados da nossa lista de casting”, lamentou o diretor. A declaração provocou a reação imediata das duas atrizes no Twitter. Enquanto Judd comentou que se lembrava desses fatos “muito bem”, Sorvino compartilhou que explodiu em lágrimas ao ler a entrevista de Jackson. “Aí está, a confirmação de que Harvey Weinstein arruinou a minha carreira, algo que suspeitava, mas da qual não tinha certeza. Obrigado, Peter Jackson, por ser honesto. Tenho o coração partido”, escreveu a atriz, que venceu o Oscar por “Poderosa Afrodite” (1995). Na entrevista, Jackson relata também que seu trabalho com os irmãos Weinstein foi muito complicado e que na época na qual controlaram “O Senhor dos Anéis” comportavam-se como “pistoleiros da máfia de segunda classe”. “Não eram o tipo de pessoas com as quais queria trabalhar e por isso não trabalhei”, declarou o diretor, feliz por o filme acabar indo para o estúdio New Line, que comprou os direitos da Miramax por US$ 12 milhões e faturou quase 3 bilhões nas bilheterias mundiais. Mas, por conta dessa negociação, os Weinstein ainda ganharam 2,5% dos lucros da produção. O diretor lembrou ainda que Weinstein ameaçou afastá-lo da adaptação do romance de J.R.R. Tolkien se ele não aceitasse sua exigência de reduzir a história a um só longa-metragem. “Fazer filmes é muito mais divertido com boas pessoas”, concluiu Jackson.
Weinstein diz que Salma Hayek mente e Antonio Banderas defende honestidade da amiga
Após a atriz Salma Hayek denunciar o assédio de Harvey Weinstein, com direito a ameaças de morte e boicote de seu filme “Frida” (2002), um porta-voz do produtor negou as acusações, dizendo que “não são precisas”. “Todas as alegações sexuais retratadas por Salma Hayek não são precisas e outros que testemunharam os eventos têm opiniões diferentes”, diz o comunicado emitido em nome de Weinstein, que ainda alega que o produtor “não lembra” de ter exigido que ela fizesse uma cena de sexo com uma mulher em “Frida”. “O sr. Weinstein não se lembra de ter pressionado Salma para fazer uma cena gratuita de sexo no filme. Entretanto, isso faz parte da história, já que Frida Kahlo era bissexual”, diz o texto. Diante disse, o ator Antonio Bandeira, amigo de longa data da atriz, foi ao Twitter defender Hayek. “Estou impactado e triste pelo terrível relato que minha queria amiga Salma Hayek tornou público sobre o produtor Harvey Weinstein”, escreveu o ator na rede social, acrescentando: “Sua integridade, honestidade como mulher e profissional me fazem dar total crédito para suas palavras”. Veja abaixo. Estoy impactado y triste ante los terribles hechos que ha hecho públicos mi querida amiga Salma Hayek sobre el productor Harvey #Weinstein. Su integridad, su honestidad como mujer y como profesional me hacen dar absoluto crédito a sus palabras. pic.twitter.com/GZJsgxYGRE — Antonio Banderas (@antoniobanderas) December 14, 2017
Salma Hayek revela assédio, chantagem e ameaça de morte de Harvey Weinstein
A atriz Salma Hayek fez revelações chocantes em um texto escrito para o jornal The New York Times sobre os assédios e traumas que sofreu com o produtor Harvey Weinstein. Segundo a atriz mexicana, Weinstein a perseguiu por anos e tentou convencê-la a tomar um banho com ele e até fazer sexo oral. Após as recusas, ele passou a tratá-la com raiva e a ameaçou de morte. E só teria escapado de ser estuprada por sua amizade com Quentin Tarantino e Robert Rodriguez, responsáveis pelos maiores sucessos do produtor. “Sabendo o que sei agora, eu me pergunto se não foi a minha amizade com eles e George Clooney que me salvou de ser estuprada”, ela reflete no texto. Salma conta que seu inferno começou no ano de 2002, quando estrelou “Frida”. Na época, o estúdio Miramax, de Weinstein, era considerado sinônimo de qualidade e garantia de premiações. Logo, ela lutou para tentar levar seu filme para a produtora. O acordo inicial previa que Weinstein pagasse os direitos do trabalho já desenvolvido por ela. Como produtora, ela receberia um crédito, mas não teria pagamento, “o que não era raro para uma produtora mulher nos anos 1990”. Ele também havia pedido a assinatura de um contrato em que ela se comprometeria a fazer diversos outros filmes com a Miramax, “o que eu pensei que concretizaria meu status como atriz principal”. “Eu não ligava para o dinheiro, estava tão animada em trabalhar com ele e a empresa. Na minha ingenuidade, pensei que fosse meu sonho se tornando realidade. Ele havia validado os últimos 14 anos da minha vida e dado uma chance para mim — uma ninguém. Ele disse sim. Mal sabia eu que logo seria minha vez de dizer não”, contou. “Não para abrir-lhe as portas a qualquer hora da noite, hotel atrás de hotel, locação atrás de locação, onde ele aparecia inesperadamente, incluindo em um local em que eu estava fazendo um filme que ele não estava envolvido. Não para tomar um banho com ele. Não para deixá-lo me ver tomando banho. Não para deixá-lo me dar uma massagem. Não para deixar um amigo nu dele me dar a massagem. Não para deixá-lo fazer sexo oral em mim. Não para me deixar nua com outra mulher. Não, não, não, não, não”, desabafou. Em seguida, ela conta que começou a despertar a fúria de Weinstein, que prometia se vingar e atrapalhar sua vida: “Em um ataque de fúria, ele disse: ‘Eu vou te matar, não pense que não posso’”. “Em seus olhos, eu não era uma artista. Eu não era sequer uma pessoa. Eu era uma coisa: não uma ninguém, mas um corpo”, prosseguiu. Weinstein chegou a ameaçar não lançar “Frida”, pelo qual ela tanto tinha se empenhado. E ela finalmente disse sim para uma condição. Salma aceitou fazer uma cena de sexo com outra mulher para o filme, para que Weistein não impedisse sua distribuição. Descrevendo o dia da filmagem da cena, a atriz disse ter ficado perturbada. “Não por ficar nua com outra mulher, mas porque precisava estar nua com outra mulher por Harvey Weinstein”. “Frida” acabou sendo uma das produções mais premiadas da Miramax, vencendo dois Oscars e rendendo uma indicação a Salma Hayek por seu papel em 2003. E Weinstein quase não lançou o filme por capricho. Ao concluir seu relato, a atriz ressaltou a importância das denúncias feitas por outras pessoas que sofreram com assédios do produtor: “Quando tantas mulheres se apresentaram para descrever o que Harvey tinha feito a elas, eu tive que confrontar minha covardia e aceitar que minha história, por mais importante que fosse para mim, não era nada senão uma gota em um oceano de tristeza e confusão.”
Filha de Woody Allen questiona porque o pai foi poupado dos escândalos de Hollywood
Dylan Farrow, filha do cineasta Woody Allen, assinou uma coluna no jornal Los Angeles Times, criticando Hollywood e a mídia por minimizarem e não darem importância para as alegações de agressão sexual que ela fez contra o pai no começo dos anos 1990. Publicado na quinta (7/12), o artigo intitulado “Por que a revolução #MeToo poupou Woody Allen?” questiona por que figuras proeminentes da indústria — o ex-magnata Harvey Weinstein, o executivo da Amazon Roy Price, o ator Kevin Spacey e outros — foram “expulsas de Hollywood” após as revelação de casos de assédio e violência sexual, enquanto seu pai continua a ter um acordo de distribuição multimilionário com a Amazon, vários atores disponíveis para seus filmes e ninguém parece se sentir incomodado. “Estamos no meio de uma revolução. São acusações contra chefes e executivos de estúdio, jornalistas… As mulheres estão expondo a verdade e os homens estão perdendo seus empregos, mas essa revolução tem sido seletiva”, escreveu Farrow. Ela acusou o próprio pai de tê-la atacado sexualmente quando ela tinha sete anos de idade. Em seu texto, ela afirmou que os detalhes do incidente, a batalha de custódia familiar e o “padrão de comportamento inadequado” do diretor não foram revelados adequadamente ao público. “É um feito da equipe de relações públicas de Allen e de seus advogados que poucos conheçam esses fatos. Isso também diz respeito às forças que historicamente têm protegido homens como Allen: o dinheiro e o poder usados para transformar o simples em algo complicado, a fim de modelar a história”. Farrow continua: “Nesta névoa deliberadamente criada, atores top concordam em aparecer nos filmes de Allen e os jornalistas tendem a evitar o assunto”. Ela observa: “Embora a cultura pareça estar se transformando rapidamente, minhas alegações aparentemente ainda são muito complicadas, muito difíceis e também ‘perigosas’ demais para se enfrentar… É difícil negar a verdade, mas é fácil ignorá-la. Parte o meu coração quando vejo mulheres e homens que eu admiro aceitando trabalhar com Allen. O sistema funcionou para Harvey Weinstein há décadas. Mas ainda trabalha e funciona para Woody Allen”. A denúncia de Dylan foi trazida à tona durante a separação do diretor e, após a opinião pública se voltar contra Allen, sua equipe legal virou o jogo, deixando mal sua ex, Mia Farrow, acusada de mentir e ensaiar os próprios filhos para se vingar do ex. Mas o juiz do caso não se deixou convencer e não permitiu que Allen tivesse custódia da menina. Na ocasião, ele tinha começado um relacionamento com outra filha de Farrow, Soon-Yi Previn, adotada durante o casamento anterior da mulher, o que alimentou rumores. Allen está até hoje casado como Soon-Yi. Dylan é irmã de Ronan Farrow, que desempenhou um papel importante na revelação dos escândalos de Weinstein, ao publicar uma reportagem na revista The New Yorker que reuniu os primeiros testemunhos de estupros sofridos por vítimas do produtor. Há dois anos, Ronan também questionou a impunidade de Allen num artigo publicado na época da participação do diretor no Festival de Cannes. Na ocasião, ele cobrou o silêncio da imprensa, que o paparicou no evento. Diante disso, Allen chegou a comentar que temia uma “caça às bruxas” após o estouro do escândalo de Weinstein. “Você não vai querer entrar numa atmosfera de caça às bruxas, uma atmosfera de Salem, onde qualquer cara que pisca para um garota em seu escritório de repente tem que ligar para seu advogado para se defender”, declarou. “Isso também não é certo. Mas claro, eu espero que tudo isso transforme em benefício para as pessoas ao invés de apenas uma história trágica”.
James Cameron diz que quase bateu em Harvey Weinstein com o Oscar de Titanic
O diretor James Cameron contou que sua vitória no Oscar de 1998 quase virou pancadaria. Ele esteve prestes a bater no produtor Harvey Weinstein com uma das estatuetas conquistadas naquela noite por “Titanic”. A situação foi revelada por Cameron em uma entrevista à revista Vanity Fair. Segundo o cineasta, a discussão entre os dois aconteceu no intervalo da premiação, pouco antes do anúncio do filme vencedor, e foi interrompida pela música que marca o retorno dos comerciais, além do apelo de alguns colegas sentados ao redor. “Eu iria acertá-lo com meu Oscar”, garante o diretor. “Mas então a música que indica que devemos retornar aos nosso assentos começou a tocar e aqueles que estavam ao nosso redor ficaram me alertando, dizendo ‘aqui não, aqui não!’. Foi como se estivesse tudo bem se brigássemos no estacionamento da festa, mas não ali no salão, porque estaríamos ao vivo”. A briga foi motivada pela forma como a Miramax – empresa na época comandada por Weinstein – tratou o cineasta Guillermo del Toro na produção de “Mutação”. Cameron é amigo de longa data do diretor mexicano. “Harvey chegou até mim todo vaidoso, falando o quanto tinha sido maravilhoso para a carreira de Toro. Eu simplesmente falei a verdade, pontuando o ‘quão maravilhoso’ ele realmente tinha sido para o diretor, baseado no que eu próprio sabia. Isso acabou iniciando uma discussão”. Weinstein costumava ser considerado o pior produtor para se trabalhar em Hollywood, mas ao mesmo tempo também era o mais premiado. Ele só não ganhou mais agradecimentos que Stephen Spielberg na história das premiações do Oscar, mas superou Deus no quesito. Ao todo, suas produções tiveram 303 indicações ao Oscar e resultaram em 75 estatuetas. Seu nome também deve ser bastante pronunciado no Oscar 2018, mas por outros motivos, após décadas de abusos sexuais do produtor virem à tona. Por sinal, Weinstein não poderá participar da cerimônia, pois foi expulso da Academia. Os organizadores do Oscar anunciaram sua exclusão da organização por meio de um comunicado, afirmando que ele “não merece respeito de seus colegas”. Saiba mais sobre o escândalo aqui.
Harvey Weinstein passou lista com quase 100 nomes para equipe que deveria brecar escândalo sexual
O jornal britânico The Guardian apurou que o produtor Harvey Weinstein tinha uma lista com quase 100 nomes, que foram passados para equipes contratadas para evitar o surgimento de acusações de assédio sexual contra ele. A lista teria sido escrita pelo próprio Weinstein no início do ano, meses antes do surgimento de acusações que o implicaram no ruidoso escândalo sexual que virou Hollywood do avesso. Ou seja, antes de a primeira reportagem-denúncia ser publicada pelo jornal New York Times em outubro, o que demonstra que ele tinha conhecimento da movimentação dos jornalistas. Há duas semanas, a revista The New Yorker descobriu que o produtor contratara empresas de investigações privadas, uma delas composta por ex-agentes do serviço secreto de Israel e outra envolvida em manobras contra a operação Lava-Jato no Brasil, para investigar, pressionar e se possível chantagear pessoas que poderiam denunciá-lo. Agora vem a notícia de que produtor teria fornecido para estes profissionais os nomes de 91 pessoas ligadas à indústria cinematográfica, entre atores, assessores de imprensa, investidores e outros, para que fossem monitorados, com o objetivo de averiguar o que eles sabiam sobre a má-conduta de Weinstein e se algum deles pretendia divulgar essas informações. Mais de 50 nomes foram destacados em vermelho, indicando prioridade. Entre eles estavam os das atrizes Rose McGowan, Sophie Dix, Annabella Sciorra e Laura Madden, que vieram a público denunciar alguns dos assédios mais graves, com acusações de estupros contra Weinstein. Anotações indicavam que algumas delas tinham sido contatadas pelas equipes. Curiosamente, o número de pessoas que acusam publicamente Harvey Weinstein de assédio, agressão ou estupro é bastante similar ao tamanho da lista, segundo levantamento da atriz italiana Asia Argento, que somou no Twitter mais de 90 vítimas. Após Ashley Judd tomar coragem para ser a primeira a falar com a imprensa sobre o comportamento do magnata, na reportagem do New York Times publicada em 5 de outubro, diversas estrelas famosas foram encorajadas a compartilhar suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive de Asia Argento. E logo em seguida o jornal Los Angeles Times desnudou a conexão do produtor com o mundo da moda, com denúncias de modelos. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, do BAFTA (a Academia britânica), do PGA (Sindicato dos Produtores) e da Academia de Televisão, responsável pelo Emmy. Sua esposa, Georgina Chapman, estilista da grife Marchesa, pediu divórcio e ele ainda deve enfrentar um processo criminal. Desde então, outros casos foram denunciados, abrindo as portas para inúmeras acusações de assédios, abusos e estupros na indústria do entretenimento.
Polícia de Nova York revela que prisão de Harvey Weinstein é iminente
A acusação de estupro da atriz Paz de la Huerta (série “Boardwalk Empire”) contra Harvey Weinstein deverá resultar na prisão do produtor. O detetive Robert Boyce, da polícia de Nova York, afirmou à agência Associated Press que a denúncia é consistente e já há evidências apuradas. Segundo a agência, numa reunião interna da equipe policial, Boyce também disse que, se Weinstein estivesse em Nova York neste momento e o estupro alegado tivesse sido recente, “nós iremos imediatamente fazer a prisão. Sem dúvida”. Mas como Weinstein está em outro estado e as alegações falam num estupro acontecido há sete anos, os investigadores devem reunir mais provas em primeiro lugar. Paz de la Huerta fez as acusações na revista Vanity Fair, onde relatou que foi vítima de dois estupros de Weinstein em Nova York, com pouco mais de um mês de diferença. O primeiro aconteceu em novembro de 2010, quando o produtor se ofereceu para levá-la a seu apartamento e pediu para subir e tomar uma bebida. “Senti medo, não foi consensual, tudo aconteceu muito rápido… Ele se colocou dentro de mim… quando acabou disse que me ligaria. Fiquei na cama em choque”, disse a atriz, que tinha 26 anos na ocasião. O segundo estupro teria acontecido em dezembro do mesmo ano. O produtor, embriagado, apareceu em seu edifício e exigiu subir até o apartamento. “Foi repugnante, é como um porco. (…) me estuprou”. Além de contar a história para a imprensa, ela tomou coragem para denunciar o produtor na polícia, o que a maioria das acusadoras de Weinstein não fez. Mais de 90 mulheres já acusam publicamente Harvey Weinstein de assédio, agressão ou estupro, segundo levantamento da atriz italiana Asia Argento, desde que Ashley Judd tomou coragem para ser a primeira a falar com a imprensa sobre o comportamento do magnata, em reportagem do jornal The New York Times publicada em 5 de outubro. A denúncia encorajou diversas estrelas famosas a compartilharem suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive de Asia Argento. E há três semanas o jornal Los Angeles Times desnudou a conexão de Weinstein com o mundo da moda, com denúncias de modelos. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, do BAFTA (a Academia britânica) e do PGA (Sindicato dos Produtores). Sua esposa, Georgina Chapman, estilista da grife Marchesa, pediu divórcio e ele ainda deve enfrentar um processo criminal. Desde então, outros casos foram denunciados, abrindo as portas para inúmeras acusações de assédio na indústria do entretenimento. Apenas contra o diretor James Toback, já passam de 300 denúncias. Weinstein insiste que todas as relações foram consensuais. Sua porta-voz Holly Baird afirmou à AFP que o produtor iniciou terapia e busca um “melhor caminho”. “Ele espera que, se conseguir progredir o suficiente, receberá uma segunda chance”.
Atriz de Boardwalk Empire diz que Harvey Weinstein a estuprou duas vezes
A atriz americana Paz de la Huerta (série “Boardwalk Empire” e terror “Nurse – A Enfermeira Assassina”) afirmou que Harvey Weinstein a estuprou duas vezes em 2010, aumentando a lista de denúncias sexuais contra o produtor de Hollywood. Ela fez as acusações na revista Vanity Fair, onde relatou que as agressões aconteceram em Nova York, com pouco mais de um mês de diferença. A primeira aconteceu em novembro de 2010, quando Weinstein se ofereceu para levá-la a seu apartamento e pediu para subir e tomar uma bebida. “Senti medo, não foi consensual, tudo aconteceu muito rápido… Ele se colocou dentro de mim… quando acabou disse que me ligaria. Fiquei na cama em choque”, disse a atriz, que tinha 26 anos na ocasião. O segundo estupro teria acontecido em dezembro do mesmo ano. O produtor, embriagado, apareceu em seu edifício e exigiu subir até o apartamento. “Foi repugnante, é como um porco. (…) me estuprou”. A polícia de Nova York “está a par das denúncias de agressão sexual”, afirmou à AFP (agência France Presse) o sargento Brendan Ryan, que também disse que a polícia está “colaborando com o Ministério Público de Manhattan”. Segundo a rede CBS, já teria sido designado um procurador de crimes sexuais para este caso. Mais de 90 mulheres já acusam publicamente Harvey Weinstein de assédio, agressão ou estupro, segundo levantamento da atriz italiana Asia Argento, desde que a atriz Ashley Judd tomou coragem para ser a primeira a falar com a imprensa sobre o comportamento do magnata, em reportagem do jornal The New York Times publicada em 5 de outubro. A denúncia encorajou diversas estrelas famosas a compartilharem suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive da atriz Asia Argento. E há três semanas o jornal Los Angeles Times desnudou a conexão de Weinstein com o mundo da moda, com denúncias de modelos. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, do BAFTA (a Academia britânica) e do PGA (Sindicato dos Produtores). Sua esposa, Georgina Chapman, estilista da grife Marchesa, pediu divórcio e ele ainda deve enfrentar um processo criminal. Desde então, outros casos foram denunciados, abrindo as portas para inúmeras acusações de assédio na indústria do entretenimento. Apenas contra o diretor James Toback, já passam de 300 denúncias. Weinstein insiste que todas as relações foram consensuais. Sua porta-voz Holly Baird afirmou à AFP que o produtor iniciou terapia e busca um “melhor caminho”. “Ele espera que, se conseguir progredir o suficiente, receberá uma segunda chance”.
Harvey Weinstein é expulso do Sindicato dos Produtores
O sindicato dos produtores de cinema e TV dos Estados Unidos (PGA) expulsou Harvey Weinstein, afirmando que o assédio sexual não será mais tolerado na organização. A decisão foi anunciada quatro semanas após o jornal New York Times trazer à tona as primeiras denúncias de assédio sexual contra o produtor, que teriam acontecido ao longo de quatro décadas. A princípio, o PGA daria oportunidade para Weinstein se defender. “O senhor Weinstein terá a oportunidade de responder (às acusações) antes que o sindicato tome uma decisão em 6 de novembro”, chegou a informar a entidade em comunicado. Mas o aumento significativo de mulheres que abandonaram o silêncio para denunciar o produtor fez com a decisão fosse antecipada e sem direito a controvérsia. “Diante da conduta amplamente informada do senhor Weinstien – alimentada por novas informações – a junta nacional do sindicato dos produtores aprovou, por unanimidade, impor a proibição vitalícia ao senhor Weinstein, expulsando-o de manera definitiva”. “Este passo sem precedentes é um reflexo da seriedade com a qual o sindicato recebe as numerosas denúncias de décadas de má conduta do senhor Weinstein. O assédio sexual não pode mais ser tolerado em nossa indústria ou dentro do sindicato”. Mais de 50 mulheres já acusam publicamente Harvey Weinstein de assédio, agressão ou estupro, desde que a atriz Ashley Judd tomou coragem para ser a primeira a falar com a imprensa sobre o comportamento do magnata, na reportagem do jornal The New York Times publicada em 5 de outubro. Em pouco mais de uma semana, diversas estrelas famosas compartilharam suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive da atriz Asia Argento. E há duas semanas o jornal Los Angeles Times desnudou a conexão de Weinstein com o mundo da moda, com denúncias de modelos. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, e também pelo BAFTA, a Academia britânica. Sua esposa, Georgina Chapman, estilista da grife Marchesa, pediu divórcio e ele ainda deve enfrentar um processo criminal. Desde então, outros casos foram denunciados, abrindo as portas para inúmeras acusações de assédio na indústria do entretenimento. Apenas contra o diretor James Toback, já passam de 300 denúncias.
Annabella Sciorra diz ter sido estuprada por Harvey Weinstein em sua própria casa
A atriz americana Annabella Sciorra, indicada ao Emmy pela série “Família Soprano” (The Sopranos), somou-se às mulheres que afirmam ter sido estupradas pelo produtor Harvey Weinstein. Em entrevista à revista The New Yorker, que anteriormente tinha publicado as primeiras acusações de estupro contra Weinstein, ela contou que a violência aconteceu no início da década de 1990, depois de um evento em Nova York. Desde que ela filmou “A Noite que Nunca Nos Encontramos” (1993) para a Miramax, era sempre convidada para jantares e festas do estúdio, e algumas vezes ia de carona para casa. Na noite fatídica, Weinstein se ofereceu para conduzi-la. Minutos depois de tê-la deixado em casa, ela bateu em sua porta, entrou “como se fosse dono do lugar e começou a desabotoar a camisa”, a atriz relatou. Sciorra disse ter pedido reiteradas vezes que ele fosse embora. “Mas ele me jogou na cama e subiu em cima de mim”, contou. Apesar de resistir ao avanço, a atriz afirma que o magnata cinematográfico usou seu peso para forçá-la e a estuprou. “Tentei me defender, mas não tinha forças”, explicou. “Nas noites seguintes, não conseguia dormir. Coloquei móveis contra a porta, como nos filmes (…) Estava muito envergonhada”, admitiu. Sciorra caiu em depressão, mas decidiu não tornar o estupro público por ter medo de represálias. Após dar um tempo sua carreira, ele resolveu retomar o trabalho. E Weinstein voltou a assediá-la. Isso durou vários anos e, traumatizada, ela passou a dormir com um bastão de beisebol perto da cama. Além dela, a atriz Daryl Hannah também contou ao New Yorker ter sido assediada pelo empresário no início dos anos 2000. O magnata se meteu em seu quarto de hotel como “um touro furioso” e depois perguntou se podia tocar em seus seios. A atriz afirma que, depois de negar-se, sua carreira sofreu “repercussões imediatas”. Os dois testemunhos se somam aos de mais de 50 mulheres que acusam publicamente Harvey Weinstein de assédio, agressão ou estupro, desde que a atriz Ashley Judd tomou coragem para ser a primeira a falar com a imprensa sobre o comportamento do magnata, numa reportagem do jornal The New York Times publicada em 5 de outubro. Em pouco mais de uma semana, diversas estrelas famosas compartilharam suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive da atriz Asia Argento. E na semana passada o jornal Los Angeles Times desnudou a conexão de Weinstein com o mundo da moda, com denúncias de modelos. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, e também pelo BAFTA, a Academia britânica, e o Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (PGA). Sua esposa, Georgina Chapman, estilista da grife Marchesa, pediu divórcio e ele ainda deve enfrentar um processo criminal. Desde então, outros casos foram denunciados, abrindo as comportas para inúmeras acusações de assédio na indústria do entretenimento. Apenas contra o diretor James Toback, já passam de 300 denúncias.











