Tom Cruise recebe Oscar honorário e é ovacionado em Hollywood
Ator ganhou sua primeira estatueta em cerimônia que reuniu estrelas, discursos emocionados e articulações para a temporada do Oscar
Max von Sydow (1929 – 2020)
O lendário ator sueco Max von Sydow, que estrelou clássicos como “O Sétimo Selo” (1957) e “O Exorcista” (1973), e participou até de “Game of Thrones”, morreu nesta segunda-feira (9/3) aos 90 anos. Sydow começou a carreira em dois filmes de Alf Sjöberg, “Apenas Mãe” (1949) e “Senhorita Júlia” (1951), ambos premiados em festivais internacionais – respectivamente, Veneza e Cannes. Mas só foi se tornar mundialmente conhecido graças à parceria seguinte, com o cineasta Ingmar Bergman, que se iniciou com “O Sétimo Selo” – também consagrado em Cannes – , onde jogou xadrez com a morte, numa das cenas mais famosas da história do cinema. Bergman o dirigiu em mais uma dezena de filmes premiados, entre eles os espetáculos cinematográficos de “Morangos Silvestres” (1957), que venceu o Festival de Berlim, “O Rosto” (1958), “No Limiar da Vida” (1958), “A Fonte da Donzela” (1960) e “Através de um Espelho” (1961). Sua primeira aparição em Hollywood foi simplesmente como Jesus Cristo, em “A Maior História de Todos os Tempos” (1965). Mas foi o papel do Padre Merrin, no clássico do terror “O Exorcista”, que marcou sua trajetória americana – com direito à reprise na continuação “O Exorcista II: O Herege” (1977). A voz grave e aparência séria logo convenceram Hollywood a lhe caracterizar como vilão ameaçador. O que começou numa pequena cena de “Três Dias do Condor” (1975) tomou grandes proporções em “Flash Gordon” (1980), onde viveu o Imperador Ming, e “007 – Nunca Mais Outra Vez” (1983), como o supervilão Blofeld na última aventura do James Bond vivido por Sean Connery. Ele chegou até a enfrentar Pelé num jogo de futebol, como um oficial nazista em “Fuga Para a Vitória” (1981). No começo da era dos blockbusters, ainda participou das superproduções “Conan, o Bárbaro” (1982) e “Duna” (1984), que ajudaram a consolidar seu nome em Hollywood. Mas, ironicamente, acabou indicado pela primeira vez ao Oscar num filme estrangeiro, “Pelle, o Conquistador” (1987), interpretando um imigrante sueco em busca de uma vida mais digna na Dinamarca. Sua filmografia inclui mais de 100 filmes com alguns dos maiores diretores do cinema mundial. A lista é digna de cinemateca: Ingmar Bergman, William Friedkin, John Huston, Laslo Benedek, Woody Allen, Penny Marshall, David Lynch, Bertrand Tavernier, Win Wenders, Bille August, Andrey Konchalovskiy, Lars von Trier, Dario Argento, Steven Spielberg, Ridley Scott, Martin Scorsese, J.J. Abrams, etc. Sem nunca diminuir o ritmo, ele entrou no século 21 com a sci-fi “Minority Report: A Nova Lei” (2002), de Spielberg, e na última década ainda fez “Robin Hood” (2010), de Scott, “Ilha do Medo” (2010), de Scorsese, e até “Star Wars: O Despertar da Força” (2015), de Abrams. Nesta reta final, ainda foi indicado ao Oscar pela segunda vez em 2012, pelo drama “Tão Forte e Tão Perto”, de Stephen Daldry, e ao Emmy em 2016, por seu participação na série “Game of Thrones”, como o misterioso Corvo de Três Olhos, mentor de Bran (Isaac Hamspead Wright). Seus últimos trabalhos foram o thriller marítimo “Kursk – A Última Missão” (2018) e o ainda inédito “Echoes of the Past”, drama de guerra do grego Nicholas Dimitropoulos, que terá lançamento póstumo. O ator foi casado duas vezes: com a colega de profissão Christina Olin (de 1951 a 1979), com quem teve dois filhos, e com a documentarista Catherine Brelet (de 1997 até sua morte), tendo adotado também os dois filhos dela, vindos de um relacionamento anterior.
Séries Minority Report, The Player, Blood & Oil e Wicked City são canceladas
A baixa audiência das series “Minority Report”, “The Player”, “Blood & Oil” e “Wicked City” já levou suas emissoras a tomarem decisões drásticas. As três primeiras sofreram cortes em sua previsão de produção, com a diminuição imediata do número de 13 episódios originalmente encomendados. Além disso, não serão gravados novos capítulos além dos programados nesta revisão. O que significa, na prática, que elas foram canceladas. Já “Wicked City” interromperá a produção imediatamente. “Minority Report”, da rede Fox, foi a primeira série estreante de 2015 a ter uma redução de episódios anunciada. Pior audiência da fall season, vista por apenas 3,1 milhões em sua estreia, a série já está amargando 1,9 milhão de telespectadores. Assim, a continuação do filme homônimo de 2002 vai se encerrar em seu 10º episódio. “The Player”, da NBC, terá uma duração ainda mais curta, concluindo em seu 9º episódio. A série estrelada por Wesley Snipes somou 4,6 milhões de telespectadores em seu episódio inaugural e se manteve acima dos 4 milhões nas semanas seguintes. Infelizmente, isso a coloca abaixo da média de audiência esperada pela emissora. Por sua vez, “Blood & Oil” tem decepcionado nas noites de domingo na rede ABC. Após a estreia assistida por 6,3 milhões de telespectadores, vem sendo sintonizada por 3,5 milhões em média, e também chegará ao fim após 10 episódios. Encerrando a lista, “Wicked City” bateu o recorde de implosão do ano, ao receber a notícia do cancelamento logo após a exibição de seu terceiro episódio. Mais recente das estreias da temporada, a série foi lançada na rede ABC no dia 27 de outubro diante de 3,3 milhões telespectadores e perdeu 20% desse público no segundo episódio. No terceiro, a sintonia afundou em 1,7 milhão. Como a produção dos episódios estava adiantada, a ABC encerrará sua exibição no 8º capítulo, mas sem dar desfecho para a história. À exceção do tratamento dispensado a “Wicked City”, as redes americanas preferiram uma estratégia mais sutil para anunciar o destino de suas séries de baixa audiência neste ano, evitando usar a palavra “cancelamento” em seus comunicados. Em seu lugar, entrou em cena o eufemismo “corte de produção”. O objetivo é não afugentar ainda mais o público que sintoniza as atrações condenadas. Afinal, os programas continuarão sendo exibidos nas próximas semanas, até esgotarem os episódios produzidos.


