Estreias: “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” e os melhores filmes pra ver em casa
O multiverso indie chega às locadoras digitais. A programação de filmes da semana destaca o maior “blockbuster” independente do ano: “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, um filme de ação e fantasia que virou unanimidade crítica. Há também a bizarrice biológica de David Cronenberg, um terror tailandês de arrepiar, duas produções brasileiras e vários filmes premiados, com destaque para “A Pior Pessoa do Mundo”, que foi indicado a quase 100 prêmios, entre eles dois Oscars, e venceu 22 vezes. Confira abaixo a sugestão semanal dos 10 melhores lançamentos para programar seu cinema em casa. | TUDO EM TODO O LUGAR AO MESMO TEMPO | VOD* Maior sucesso da História do estúdio indie A24 (de filmes como “Midsommar” e “Ex Machina”), a sci-fi com 95% de aprovação da crítica americana no Rotten Tomatoes conta a história de uma mãe de família exaurida pela dificuldade de pagar seus impostos, quando descobre a existência do multiverso e de muitas versões dela mesma em diferentes realidades. Não só isso: um de seus maridos de outro mundo lhe revela que o destino do multiverso está em suas mãos. E para impedir o fim de todos os mundos, a personagem vivida por Michelle Yeoh (“Star Trek: Discovery”) precisará incorporar as habilidades da totalidade de suas versões para enfrentar Jamie Lee Curtis (“Halloween”) e outras ameaças perigosas que a aguardam em sua missão. O elenco ainda destaca Ke Huy Quan (que foi o menino Short Round de “Indiana no Templo da Perdição”) como o marido de Yeoh, Stephanie Hsu (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”) como sua filha e o veterano James Hong (“Aventureiros do Bairro Proibido”), entre outros. Roteiro e direção são dos Daniels, pseudônimo da dupla Daniel Kwan e Daniel Scheinert (ambos de “Um Cadáver Para Sobreviver”), e a produção já é considerada cult. | CRIMES OF THE FUTURE | MUBI A sci-fi bizarra marca a volta do diretor David Cronenberg aos horrores biológicos do começo de sua carreira – e até os efeitos parecem de época, sem nenhum tratamento computadorizado. Centrado em mutações biológicas e performances de arte corporal, o filme chama mais atenção por sua ideias subversivas – frases como “cirurgia é o novo sexo” – e pela ambientação decadente – num futuro em que tudo parece antigo, sem computadores nem celulares – do que pela trama, tão nonsense quanto a de “Videodrome” (1983) e com muitas pontas soltas sem resolução. Nesse futuro onde a tecnologia parece alienígena, as pessoas estão sofrendo mutações espontâneas, com o surgimento de novos órgãos internos. O protagonista, vivido por Viggo Mortensen (“Green Book”), é um performer conhecido por transformar seu corpo em espetáculo, extraindo, com a ajuda da esposa (Léa Seydoux, de “007 – Sem Tempo para Morrer”), suas próprias mutações diante de uma plateia extasiada. Ele também é um assistente voluntário de uma organização burocrática criada para catalogar o surgimento de novos órgãos – e sua biologia única encanta os dois encarregados desse processo, vividos por Kristen Stewart (“Spencer”) e Don McKellar (“Ensaio contra a Cegueira”). Como se não bastasse, secretamente ainda é um informante da polícia. Ele se infiltra entre revolucionários pró-mutação, fingindo permitir que suas performances se tornem plataformas para a próxima fase da evolução humana. | A PIOR PESSOA DO MUNDO | VOD* A obra mais premiada do dinamarquês Joachim Trier (“Mais Forte que Bombas”), vencedora de 19 prêmios internacionais, indicada a dois Oscars (Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Internacional) e com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes, acompanha uma mulher que se aproxima dos 30 anos com uma crise existencial. Vários de seus talentos foram desperdiçados e seu namorado está pressionando para que eles se estabeleçam. Uma noite, ela invade uma festa, conhece um homem charmoso e se joga em um novo relacionamento, esperando encontrar uma perspectiva diferente em sua vida. Elogiadíssima pelo desempenho, a norueguesa Renate Reinsve (“Oslo, 31 de Agosto”) foi consagrada como Melhor Atriz no Festival de Cannes. | DOWNTON ABBEY: UMA NOVA ERA | VIVO PLAY, VOD* O segundo filme baseado na série britânica volta a trazer a maioria do elenco original numa trama que é literalmente cinematográfica, por mostrar a produção de um filme na propriedade da família Crawley. Em sua volta às telas, os personagens também embarcam numa viagem de veraneio, após a Condessa de Grantham (Maggie Smith) herdar uma villa na Riviera Francesa – e deixar todos curiosos para descobrir o mistério por trás dessa herança. E além de encher a tela com a paisagem esplendorosa do litoral francês, a trama ainda inclui um casamento. O roteiro é de Julian Fellowes, que conduziu a série de época entre 2010 e 2015, e a direção está a cargo do cineasta Simon Curtis (“Sete Dias com Marilyn”). | A MEDIUM | VIVO PLAY, VOD* Longe de ser um terror hollywoodiano, “A Médium” é uma história assustadora baseada na espiritualidade tailandesa. O diretor Banjong Pisanthanakun é especialista no gênero, responsável pelo sucesso “Espíritos” (2004), que virou franquia, e vários outros horrores made in Thailand. Sua abordagem segue de perto a escola “found footage” (mais “Holocausto Canibal” que “A Bruxa de Blair”), com equipe de (falsos) documentaristas mobilizada para acompanhar um exorcismo com rituais muito diferentes dos apresentados nos terrores católicos. Na trama, Nim, uma importante médium que mora ao norte da Tailândia, percebe comportamentos cada vez mais sinistros em sua jovem sobrinha Mink, indicando que talvez ela esteja sendo possuída por uma entidade maligna ancestral. A médium logo descobre que a jovem é vítima de algo que aconteceu em sua família, muitos anos atrás. E a câmera tremida deixa tudo muito mais realista e arrepiante. | A SUSPEITA | VIVO PLAY, VOD* Glória Pires foi premiada no último Festival de Gramado como Melhor Atriz pelo desempenho neste filme, em que interpreta uma policial diagnosticada com Alzheimer. Enquanto se conforma com sua aposentadoria, a investigação de seu último caso aponta um esquema que pode torná-la suspeita de assassinato. Logo, ela percebe que precisará encontrar o verdadeiro culpado, enquanto luta contra os lapsos de memória e recusa os conselhos de pegar leve. Diretor de novelas da Globo, Pedro Peregrino fez sua estreia no cinema à frente deste thriller policial, que foi escrito por dois roteiristas experientes, Newton Cannito (“Bróder”, “Reza a Lenda”) e Thiago Dottori (“VIPs” e “Turma da Mônica: Laços”), em parceria com a produtora Fernanda De Capua (“Domingo”). | INFLUENCER DE MENTIRA | STAR+ Escrita e dirigida pela atriz Quinn Shephard (“Sol da Meia-Noite”), a comédia segue Danni Sanders (Zoey Deutch, de “Zumbilândia: Atire Duas Vezes”), uma aspirante a escritora que é praticamente invisível, sem perspectivas românticas nem seguidores nas redes sociais. Quando ela decide fingir ser uma influencer digital para alavancar seu status social, simples e inocentes montagens para mostrá-la em Paris viram seu pior pesadelo. Isto porque a capital francesa vira palco de um atentado, transformando Danni na principal personagem da mídia sobre o ocorrido. Acumulando fama e seguidores como sobrevivente fake do ataque mortal, ela se vê enredada numa ficção muito maior que jamais imaginou. O elenco também destaca um irreconhecível Dylan O’Brien (“Amor e Monstros”), bem loiro e tatuado, além de Embeth Davidtz (“The Morning Show”), Sarah Yarkin (“O Massacre da Serra Elétrica”), Brennan Brown (“Chicago Med”) e Karan Soni (“Deadpool”). | MINHAS FÉRIAS COM PATRICK | MUBI A comédia rendeu o César (o Oscar francês) de Melhor Atriz para Laure Calamy. A história em si é típica do cinema do país, acompanhando uma farsa entre amantes. Calamy vive a professora amante do pai de um de seus alunos, que resolve encontrá-lo “por coincidência” nas férias com a esposa e o filho. O passeio pela locação bucólica, porém, envolve um burro (o animal, não o marido) não muito cooperativo. Vagamente inspirada num conto de Robert Louis Stevenson do final do século 19, “Minhas Férias com Patrick” é o segundo filme dirigido por Caroline Vignal, lançado 20 anos após a estreia da cineasta com “Les Autres Filles” (2000). | A FESTA | MUBI A comédia britânica ironiza a esquerda intelectual com humor ferino e fotografia em preto e branco, mas divide opiniões – talvez porque a esquerda intelectual não tenha gostado de se reconhecer no enquadramento da cineasta Sally Potter (“Ginger & Rosa”). Mesmo quem desdenha, dá o braço a torcer para a interpretação de Patricia Clarkson (“A Livraria”), que rouba as cenas como convidada da festa do título, realizada pela personagem de Kristin Scott Thomas (“O Destino de uma Nação”) para comemorar sua indicação a um cargo político. Clarkson ganhou o BIFA, o prêmio do cinema indie britânico. | BARBA, CABELO E BIGODE | NETFLIX O ex-BBB Lucas Penteado interpreta Richardsson, um jovem que termina o Ensino Médio e entra na fase de descobrir o que fazer com a própria vida. Embora sua mãe (Solange Couto) tenha grandes sonhos para seu futuro, a vontade dele é cortar cabelos no Saigon, salão administrado por ela e que enfrenta crise financeira no bairro carioca da Penha. Sem apoio da mãe, ele busca realizar seu sonho por conta própria, envolvendo-se em várias confusões, enquanto espalha cortes estilosos pelo Rio de Janeiro. A direção é de Rodrigo França (“Como Esquecer um Grande Amor”) e Letícia Prisco (diretora assistente de “Minha Mãe é uma Peça 3”), e o elenco também inclui Juliana Alves, Rebecca, MV Bill, MC Carol, Yuri Marçal, Jeniffer Dias, Sérgio Loroza e Neuza Borges. * Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Google Play, Microsoft Store, Loja Prime e YouTube, entre outras, sem necessidade de assinatura mensal.
Filmes online: O melhor da Netflix, Amazon, HBO Max e VOD pro fim de semana
Com lançamentos fortes em streaming, o fim de semana reflete aumento das opções com a chegada da HBO Max e o acirramento da competição entre as plataformas. O serviço da Warner oferece, por sinal, um das melhores alternativas do cinema em casa. “Nem um Passo em Falso” traz o diretor Steven Soderbergh de volta aos golpes mirabolantes e as muitas reviravoltas da franquia “Onze Homens e um Segredo”. Com influência do cinema noir, a trama tem traição atrás de traição, envolvendo criminosos de todos os tipos e um grande elenco encabeçado por Don Cheadle (“Vingadores: Ultimato”) e Benicio Del Toro (“Sicario”). Na Amazon, a fanfarra se concentra na sci-fi “A Guerra do Amanhã”, estrelada por Chris Pratt (“Guardiões da Galáxia”), que cumpre seu papel, mas dá saudades das sutilezas de “Tropas Estelares” (1997). Trata-se de uma história básica de guerra contra alienígenas para salvar o planeta, com o diferencial de que a humanidade precisa viajar no tempo para travar a luta no futuro. “Rua do Medo”, a aposta da Netflix, é bastante ambiciosa: uma trilogia de terror lançada durante três fins de semana consecutivos. E a primeira parte tem tudo para agradar aos fãs do gênero. Nem parece se inspirar numa obra infanto-juvenil – a famosa coleção literária de mesmo nome escrita por R.L. Stine, o “Stephen King das crianças”, que criou “Goosebumps”. Passado em 1994, o longa também é uma boa homenagem ao gênero slasher, dos psicopatas mascarados. Fãs de terror têm mais duas sugestões para conferir em locação digital nos serviços de VOD: a forte antologia “Maratona do Terror”, com vários sustos, e o surpreendente “Shirley”, em que Elisabeth Moss (“The Handsmaid’s Tale”) interpreta a escritora Shirley Jackson, autora de “A Assombração da Casa da Colina” (The Haunting of Hill House), best-seller de 1959 que inspirou a série da Netflix batizada no Brasil de “A Maldição da Residência Hill”. A história de suspense é supostamente baseada num caso real. A lista também destaca animações de talentos brasileiros. Mas enquanto “Miuda e o Guarda-Chuva”, de Amadeu Alban, é uma unanimidade para crianças de todas as idades, “America: The Motion Picture”, que é parcialmente animada pelo Combo Studio, tende a dividir opiniões ao mostrar a luta pela independência dos EUA como uma história de super-heróis patrióticos engraçadinhos. Tem mais, inclusive um documentário premiado. Confira abaixo a seleção (com os trailers) dos 10 melhores filmes disponibilizados em streaming nesta semana. Nem um Passo em Falso | EUA | Suspense (HBO Max) A Guerra do Amanhã | EUA | Sci-Fi (Amazon Prime Video) Rua do Medo: 1994 | EUA | Terror (Netflix) Shirley | EUA | Suspense (Apple TV, Google Play, NOW, Vivo Play) Maratona do Terror | EUA | Terror (Apple TV, NOW, Vivo Play) Memórias de um Amor | Reino Unido | Drama (Apple TV, Google Play, Looke, Vivo Play, YouTube Filmes) Minhas Férias com Patrick | França | Comédia (Apple TV, Google Play, Now, Vivo Play, YouTube Filmes) Miuda e o Guarda-Chuva | Brasil | Animação (Apple TV, Google Play, Now, Vivo Play, YouTube Filmes) America: The Motion Picture | EUA | Animação (Netflix) Três Estranhos Idênticos | Reino Unido, EUA | Documentário (Netflix)
O pior filme do ano estreia nos cinemas
Oficialmente, a principal estreia desta quinta (6/5) nos cinemas é “Godzilla vs. Kong”. Mas o filme não só saiu na quinta passada como liderou as bilheterias do último fim de semana em “pré-estreia”, conforme registrado. A lista factual de lançamentos é composta por filmes bem menores, figurativa e literalmente, em relação aos monstros gigantes da Warner. Um dos destaques é o drama brasileiro “Raia 4”, sobre uma pré-adolescente apática que se dedica à natação competitiva. Sua expressão quase inalterada durante a projeção reflete uma história em que aparentemente nada acontece, até que tudo acontece, num final daqueles que ressignifica a história, rende discussões e justifica a consagração do longa de estreia do jovem gaúcho Emiliano Cunha com o Prêmio da Crítica – além do Kikito de Melhor Fotografia – no Festival de Gramado de 2019. A programação tem mais dois filmes premiados. A comédia francesa “Minhas Férias com Patrick” rendeu o César (o Oscar francês) de Melhor Atriz para Laure Calamy. A história em si é típica do cinema do país, acompanhando uma farsa entre amantes. Calamy vive a professora amante do pai de um de seus alunos, que resolve encontrá-lo “por coincidência” nas férias com a esposa e o filho. O passeio, porém, envolve um burro (o animal, não o marido) não muito cooperativo. O outro título “premiado” é “Music”, estreia da cantora Sia como cineasta. Levou três Framboesas de Ouro, consagrando-se como o mais premiado do anti-Oscar 2021, o troféu que ninguém quer, porque ridiculariza os piores filmes e artistas do ano. Catástrofe absoluta, com apenas 8% de aprovação no Rotten Tomatoes, o musical de Sia sobre uma garota autista (a musa mirim da cantora, Maddie Ziegler) é tão ruim, mas tão ruim que ainda vai virar cult. “Music” levou três Framboesas para casa: Pior Atriz, para Kate Hudson, Pior Atriz Coadjuvante para Maddie Ziegler e Pior Direção para Sia. Para quem gosta, há outra ruindade chegando nos cinemas, o terror “Rogai por Nós”, com 27% no Rotten Tomatoes, e outro cult, o final de “Fate/Stay Night”, uma das sagas de anime mais dark de todos os tempos – imagine “Battle Royale” com mágica – , mas que só fará sentido para quem viu a série e os outros dois longas da franquia. Confira abaixo os trailers de todos esses lançamentos. Raia 4 | Brasil | 2019 Minhas Férias com Patrick | França, Bélgica | 2020 Music | EUA | 2020 Rogai por Nós | EUA | 2021 Fate/Stay Night Heavens Feel: III – Spring Song | Japão | 2020
César 2021: Oscar francês consagra comédia e protesto de atriz nua
O filme “Adieu Les Cons”, de Albert Dupontel, foi o grande vencedor do prêmio César, considerado o “Oscar francês”, em cerimônia realizada na noite de sexta-feira (12/3) em Paris. Consagrado como o Melhor Filme Francês do ano, o longa de humor negro levou ao todo cinco estatuetas, incluindo Melhor Direção e Roteiro Original para Dupontel. Outro fato marcante da premiação aconteceu no palco, quando a veterana atriz Corinne Masiero resolveu se despir até ficar nua para apresentar o prêmio de Melhor Figurino, em apoio aos trabalhadores da Cultura. A cena não foi cortada durante a exibição ao vivo pelo Canal Plus e acabou viralizando nas redes sociais, mas sem chegar a escandalizar como a célebre invasão do nudista no Oscar de 1974. Outros apresentadores do evento também se manifestaram contra o fato de os cinemas franceses terem ficado fechados durante a maior parte do ano passado, em duas fases distintas da pandemia, e ainda permanecerem, desde o outono do ano passado (nossa primavera), sem previsão de reabertura. Mas ninguém mais tirou as roupas. A Academia Francesa, porém, tirou uma categoria da premiação, o Prêmio do Público, que vai para o filme de maior bilheteria. O evento contou com participação de uma plateia seleta, formada por 150 pessoas testadas e sentadas de forma socialmente distante na célebre sala de concertos Olympia. As únicas pessoas que não usaram máscaras foram os apresentadores no palco e a orquestra, além dos vencedores. O principal vencedor, Dupontel, não esteve presente. Por isso, coube à produtora de “Adieu Les Cons” (Bye Bye Morons), Catherine Bozorgan, aceitar vários prêmios em seu nome. O filme, produzido pela Gaumont, foi lançado apenas por uma semana na França antes do fechamento dos cinemas. Sua trama acompanha uma mulher gravemente doente que tenta encontrar seu filho há muito perdido com a ajuda de um burocrata suicida e um ativista cego. O segundo filme mais premiado foi “Adolescentes” de Sébastien Lifshitz, que venceu três troféus, incluindo Melhor Documentário. Ele já está disponível em VOD no Brasil. Já o longa com maior número de indicações, “Les Choses Qu’On Dit, Les Choses Qu’On Fait” (Love Affair (s)), de Emmanuel Mouret, conquistou apenas um prêmio, de Melhor Atriz Coadjuvante para Emilie Dequenne. Entre os premiados, ainda chamou atenção o reconhecimento ao trabalho da jovem Fathia Youssouf, protagonista de “Lindinhas/Mignones”, da Netflix, que viu seu trabalho ser distorcido por conservadores em todo o mundo, inclusive no governo brasileiro. Foi Eleita Melhor Atriz Estreante, aos 14 anos de idade. Por fim, também merece destaque a vitória de “Druk: Mais Uma Rodada” como Melhor Filme Estrangeiro. O drama dinamarquês, dirigido por Thomas Vinterberg e estrelado por Mads Mikkelsen, somou seu 33º troféu, entre eles o da Academia Europeia, como Melhor Filme Europeu do ano, e chega forte ao Oscar. A estreia nacional estava prevista para 25 de março, mas os cinemas brasileiros devem estar fechados nesta data. Confira abaixo o manifesto comentadíssimo de Corinne Masiero e todos os vencedores da 46ª edição do César. "No culture, no future." L'intervention (dé)culottée de Corinne Masiero en soutien aux intermittents. #César2021 pic.twitter.com/Uhd8ibEfgj — CANAL+ (@canalplus) March 12, 2021 Adieu Les Cons | Melhor Filme, Direção, Roteiro Original, Fotografia, Cenografia e Ator Coadjuvante Adolescentes | Melhor Documentário, Edição e Som Nós Duas | Melhor Filme de Estreia Minhas Férias com Patrick | Melhor Atriz Un Fils | Melhor Ator Les Choses Qu’On Dit, Les Choses Qu’On Fait | Melhor Atriz Coadjuvante Lindinhas/Mignones | Melhor Atriz Estreante Sou Francês e Preto | Melhor Ator Estreante A Garota da Pulseira | Melhor Roteiro Adaptado A Boa Esposa | Melhor Figurino La Nuit Venue | Melhor Trilha Sonora Josep | Melhor Animação Druk: Mais Uma Rodada | Melhor Filme Estrangeiro



