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  • Série

    Ator de “Família Soprano” Jerry Adler morre aos 96 anos

    24 de agosto de 2025 /

    O veterano dos bastidores da Broadway e ator de séries morreu no sábado em Nova York

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  • Filme

    Bo Goldman, roteirista premiado de “Um Estranho no Ninho”, morre aos 90 anos

    26 de julho de 2023 /

    O roteirista Bo Goldman, vencedor do Oscar por “Um Estranho no Ninho” (1975) e “Melvin e Howard” (1980), faleceu na terça-feira (25/7) em Helendale, Califórnia, aos 90 anos. A notícia foi confirmada por Todd Field, diretor e genro de Goldman. Nascido em Nova York, o escritor era filho de Julian Goldman, proprietário da cadeia de lojas de departamento Goldman, que perdeu sua fortuna durante a Grande Depressão dos anos 1930. Desde cedo, ele frequentou apresentações teatrais com seu pai, um apoiador de shows da Broadway, e foi educado nas melhores escolas.   Primeiros passos no teatro e televisão Enquanto estudava em Princeton, Goldman escreveu um musical, “Ham ‘n Legs”, que acabou sendo apresentado no “The Ed Sullivan Show”, programa de TV mais popular da época – onde Elvis e os Beatles cantaram. Após a faculdade e o serviço militar, Goldman começou sua carreira na televisão, onde editou, escreveu roteiros e atuou como produtor associado para a prestigiosa série de antologia “Playhouse 90” da CBS no final dos anos 1950. Ele também foi produtor associado em “The Philco-Goodyear Television Playhouse” e produtor do breve “The Seven Lively Arts” da CBS. Em 1959, ele se lançou na Broadway, assinando tanto as letras quanto a música para uma adaptação musical de “Orgulho e Preconceito”, chamada “First Impressions”, que entretanto fracassou na bilheteria. A experiência negativa o levou de volta à TV, onde finalmente se especializou em roteiros, escrevendo uma adaptação do suspense “Agonia de Amor” (1947), de Alfred Hitchcock, transformada num telefilme de 1962 na rede NBC, e um episódio de 1964 da série “Os Defensores”.   “Um Estranho no Ninho” A transição para o cinema foi marcada por seu trabalho em “Um Estranho no Ninho” (1975), que lhe rendeu seu primeiro Oscar, compartilhado com Lawrence Hauben. O drama psicológico, baseado no romance de Ken Kesey, girava em torno de Randle McMurphy (interpretado por Jack Nicholson), um prisioneiro que finge insanidade para ser transferido para uma instituição mental, acreditando que será um lugar mais confortável para cumprir sua sentença. No entanto, ele logo se depara com a rígida enfermeira Ratched (interpretada por Louise Fletcher), que governa o hospital com punho de ferro. McMurphy desafia a autoridade de Ratched e tenta inspirar os outros pacientes a se rebelarem contra as regras opressivas da instituição, resultando em um confronto emocional e trágico. Filme mais celebrado de 1975, “Um Estranho no Ninho” foi o grande vencedor do Oscar, conquistando as estatuetas de Melhor Filme, Melhor Diretor para Milos Forman, Melhor Roteiro Adaptado para Goldman, Melhor Ator para Jack Nicholson e Melhor Atriz para Louise Fletcher, respectivamente. O feito foi considerado impressionante, pois a última vez que um filme ganhou todos esses troféus tinha sido há mais de 40 anos, com “Aconteceu Naquela Noite” (1934).   “A Rosa” e “Melvin e Howard” Seu roteiro seguinte foi “A Rosa” (1979), drama sobre uma roqueira autodestrutiva, inspirado na vida de Janis Joplin, que catapultou Bette Midler ao estrelato, indicada ao Oscar de Melhor Atriz pelo papel. Em 1980, Goldman ganhou seu segundo Oscar, desta vez de Roteiro Original, por “Melvin e Howard”, uma sátira do Sonho Americano que contava a história de Melvin Dummar. O homem alegava ter conhecido Howard Hughes e ser um dos beneficiários de um testamento suspeito, que surgiu após a morte do excêntrico bilionário.   “Perfume de Mulher” Com o reconhecimento da Academia, Goldman se tornou bastante requisitado para trabalhar em projetos dos grandes estúdios ao longo dos anos 1980 e 1990. Os destaques de sua filmografia incluem ainda o drama “A Chama que Não Se Apaga” (1982), de Alan Parker, “Espiões sem Rosto” (1988), de Richard Benjamin, “Perfume de Mulher” (1992) e “Encontro Marcado” (1998), ambos de Martin Brest, além de trabalho não creditado em filmes como “Segundo Turno” (1984), “Jogo da Vida” (1984) e “Dick Tracy” (1990). Seu roteiro para “Perfume de Mulher”, adaptado do filme homônimo italiano de 1974, rendeu a Al Pacino um Oscar de Melhor Ator, além de render a Goldman uma última indicação na categoria de Melhor Roteiro Adaptado.   Final de carreira e legado Seu último filme foi “Regras Não Se Aplicam” (2016), de Warry Beatty, em que voltou ao universo explorado em “Melvin Howard”. Apesar do sucesso que alcançou, Goldman fez muitos filmes apenas por dinheiro. Pela qualidade de seus textos mesmo nos projetos mais comerciais, ele chegou a ser considerado um dos melhores roteiristas de sua geração. Em 1998, Eric Roth prestou homenagem a sua filmografia, dizendo ao jornal New York Times que o “grande Bo Goldman” era “o roteirista preeminente – em minha opinião, o melhor que existe. Ele tem os créditos mais variados e inteligentes, de ‘Um Estranho no Ninho’ a ‘A Chama que Não Se Apaga’, o melhor filme de divórcio já feito, à ‘Perfume de Mulher’, à grande sátira ‘Melvin e Howard’. Ele raramente comete erros, e consegue manter uma voz americana distinta. E ele consegue se manter atual”.

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  • Filme,  Série

    Treat Williams, astro de “Hair” e “Everwood”, morre em acidente de moto aos 71 anos

    13 de junho de 2023 /

    O veterano ator Treat Williams, mais conhecido por seu papel como Dr. Andy Brown na série “Everwood” e por sua performance aclamada no musical “Hair”, faleceu na segunda-feira (12/6) em um acidente de moto próximo a Dorset, Vermont, nos EUA. Ele tinha 71 anos. Ele era conhecido por sua versatilidade, tendo atuado tanto em séries de TV quanto em filmes de sucesso, nos mais diferentes gêneros.   O Acidente O agente de Williams, Barry McPherson, confirmou a morte do ator em um comunicado à imprensa. No texto, informou que o ator morreu ao ser cortado por um carro, enquanto fazia uma curva de moto. “Estou simplesmente devastado. Ele era o cara mais legal. Era muito talentoso”, acrescentou. “Ele era um ator dos atores. Os cineastas o adoravam. Ele era o coração de Hollywood desde o final dos anos 1970. Ele estava realmente orgulhoso de sua atuação este ano. Ele estava tão feliz com o trabalho que eu consegui para ele. Ele teve uma carreira equilibrada”, completou o agente.   O estouro com “Hair” Nascido como Richard Treat Williams em 1º de dezembro de 1951 em Rowayton, Connecticut, ele começou sua carreira em 1975, marcando sua estreia nas telas com um papel no longa “Deadly Hero”. No ano seguinte, ele coadjuvou o drama de guerra “A Águia Pousou”. Mas foi no ano de 1979 em que realmente decolou, quando foi escolhido para protagonizar a adaptação cinematográfica do famoso musical da Broadway, “Hair”, dirigido por Miloš Forman. A performance de Williams como George Berger foi aplaudida pela crítica e pelo público, levando-o a ser indicado ao Globo de Ouro na categoria de “novo astro do ano”. Baseado no musical da Broadway de 1967, “Hair” trazia música, dança e a contracultura dos anos 1960, marcando sua história com uma forte oposição aos valores conservadores e à guerra do Vietnã. A trama seguia um jovem de Oklahoma chamado Claude (interpretado por John Savage) que por acaso acaba se juntando a um grupo de hippies liderado por Berger, na cidade de Nova York, antes de ser convocado para a guerra. A performance vibrante de Williams como Berger, um personagem extrovertido, espirituoso, mas com destino trágico, ajudou a transformar o filme em sucesso e solidificou o lugar do ator no cinema.   “Everwood” e o sucesso na TV Avançando em sua carreira, Williams entrou em seu papel mais notável com “Everwood”. Interpretando o Dr. Andy Brown, um neurocirurgião de Manhattan que muda sua família para o interior do Colorado após a morte de sua esposa, Williams encabeçou a produção por quatro temporadas, ganhando uma indicação ao SAG Award (o troféu do Sindicato dos Atores) por sua performance – à frente de um elenco que ainda tinha ninguém menos que Chris Pratt (“Guardiões da Galáxia”) e Emily VanCamp (“Falcão e o Soldado Invernal”). Já veterano na indústria quando a série começou, Williams trouxe maturidade e profundidade para seu personagem, ganhando o coração dos espectadores ao estrelar todos os 89 episódios da série, de 2002 a 2006.   Outros papéis A longa carreira de Williams rendeu muitos outros papéis importantes. Em 1981, ele chamou atenção como protagonista do drama policial “O Príncipe da Cidade”, dirigido por Sidney Lumet. Na trama, deu vida ao detetive Danny Ciello, um policial de Nova York que decide cooperar com uma investigação de corrupção interna, mas logo se vê preso em uma complexa teia de lealdades divididas. Sua performance intensa lhe rendeu aclamação da crítica, além de uma indicação ao Globo de Ouro por sua atuação excepcional. Outros destaques incluem a comédia “1941 – Uma Guerra Muito Louca” (1979), dirigida por Steven Spielberg, e principalmente o terror “Tentáculos”. Nesse filme de 1998, Treat Williams interpretou o capitão de um barco mercenário, contratado para transportar um grupo de piratas ao meio do oceano, sem saber que o destino era um luxuoso transatlântico atacado por misteriosas e vorazes criaturas marinhas. O filme lançou o estilo de “terror de aventura” do diretor Stephen Sommers, que no ano seguinte transformou essa fórmula no sucesso “A Múmia”. Na TV, além de “Everwood”, Williams teve papel recorrente em “Chicago Fire”, onde interpretou Benny Severide, o pai do personagem principal Kelly Severide (Taylor Kinney), além de ter estrelado a série médica “Heartland”, que só teve uma temporada em 2007, e feito participações especiais em atrações famosas como “Law & Order: SVU”, “White Collar” e “Blue Bloods”. Ele ainda foi indicado para um Emmy em 1996 por interpretar o agente Michael Ovitz no telefilme da HBO “Trapaças no Horário Nobre”, sobre a batalha entre os apresentadores David Letterman e Jay Leno para suceder Johnny Carson na apresentação do talk show mais famoso da TV americana. Williams deixa sua esposa, Pam Van Sant, com quem se casou em 1988, e seus filhos Gill e Elinor.

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    Louise Fletcher, de “Um Estranho no Ninho”, morre aos 88 anos

    24 de setembro de 2022 /

    A atriz Louise Fletcher, vencedora do Oscar pelo seu papel como a enfermeira Ratched no filme “Um Estranho no Ninho” (1975), morreu na sexta-fera (23/9) de causas naturais na sua casa na França. Fletcher tinha 88 anos. O sucesso de sua interpretação da enfermeira Ratched lhe rendeu uma carreira longa e repleta de vilãs, como no drama “Flores no Sótão” (1987) e na ficção científica “Invasores de Marte” (1986). Louise Fletcher nasceu em 22 de julho de 1934, em Birmingham, Alabama. Tanto o seu pai, o reverendo Robert C. Fletcher, quanto a sua mãe, Estelle, eram surdos. Ele perdeu a audição quando foi atingido por um raio e ela devido a uma doença. “Se eu caísse e me machucasse, eu nunca chorava”, disse Fletcher ao The New York Times em 1975. “Ninguém me ouvia.” Durante a juventude, Fletcher foi enviada para viver com uma tia no Texas. Ela fez faculdade na Carolina do Norte e se formou em 1957. Mas após fazer uma viagem para Los Angeles com um grupo de amigos, decidiu ficar por lá, trabalhando como recepcionista enquanto fazia aulas de atuação à noite. Em 1958, ela conseguiu os seus primeiros trabalhos na televisão, em séries como “Flight”, “Playhouse 90” e “Bat Masterson”. Sua estreia no cinema só aconteceu em 1963, quando conseguiu um papel coadjuvante no filme “Águias em Alerta”, estrelado por Rock Hudson e Rod Taylor. Ela teve o seu primeiro filho, John, em 1961, e quando estava grávida do seu segundo filho, Andrew, Fletcher resolveu se afastar da indústria cinematográfica. Ela era casada com Jerry Bick, um agente literário que produziu alguns filmes de Robert Altman. E foi justamente um desses filmes produzidos pelo marido, “Renegados Até a Última Rajada” (1974), que marcou o retorno de Fletcher ao cinema, 10 anos depois. Ela chegou a dizer que não queria atuar no filme produzido pelo marido, mas Altman insistiu. “Renegados Até a Última Rajada”, estrelado por Keith Carradine e Shelley Duvall, foi o filme que chamou a atenção do diretor Milos Forman, e eventualmente o levou a escalar a atriz para o papel mais importante da sua vida. “Ele estava assistindo ao filme porque estava de olho em Shelley Duvall para interpretar uma das garotas que vem na enfermaria na noite da festa, e lá estava eu”, lembrou Fletcher em uma entrevista de 2016. “Ele disse: ‘Quem é essa?'” O papel foi oferecido para diversas atrizes mais conhecidas como Anne Bancroft, Angela Lansbury, Geraldine Page, Colleen Dewhurst e Ellen Burstyn, mas todas recusaram, muitas afirmando que a personagem era perversa demais. Eventualmente, Forman a ofereceu a Flectcher. “Eu fiz o teste muitas vezes”, disse ela. “Eu não sabia que muitas outras mulheres estavam recusando. Eles ofereceram a muitas estrelas de cinema que recusaram, felizmente para mim. Pense, e se outra pessoa tivesse dito sim?” Para se preparar para o papel Fletcher, observou sessões de terapia em grupo no Oregon State Hospital em Salem, onde o filme foi rodado. Ela passou 11 semanas na instituição durante a realização do filme. Em “Um Estranho no Ninho”, Ratched tem o costume de humilhar seus pacientes e revoga seus privilégios sempre que quer. Quando ela não consegue controlar o recém-chegado Randle McMurphy (Jack Nicholson), ela administra uma terapia de choque nele e o lobotomiza. O papel lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz. No seu discurso, ela disse: “Bem, parece que todos vocês me odiaram tanto que me deram esse prêmio por isso, e estou adorando cada minuto disso. E tudo o que posso dizer é que adorei ser odiada por vocês.” Então, Fletcher prestou homenagem aos pais: “E se me dão licença: para minha mãe e meu pai, quero agradecer por me ensinarem a ter um sonho. Vocês estão vendo o meu sonho se tornar realidade”, disse ela, usando linguagem de sinais. Depois do Oscar, Fletcher teve uma carreira longeva no cinema e na TV. Ela participou de filmes como “O Exorcista II – O Herege” (1977), “O Detetive Desastrado” (1978), “A Mulher de Vermelho” (1979), “Projeto Brainstorm” (1983), “Chamas da Vingança” (1984), “Invasores de Marte” (1986), “Flores no Sótão” (1987), “Jogo Perverso” (1990), “O Jogador” (1992), “Segundas Intenções” (1999), “O Mapa do Mundo” (1999) e “Um Homem Perfeito” (2013). Na TV, um dos seus papeis de maior destaque foi o de Kai Winn na série “Jornada nas Estrelas: Deep Space Nine”. Ela também participou de “Plantão Médico”, “Picket Fences” e “Joan of Arcadia” (essas duas últimas lhe renderam indicações ao Emmy). Mais recentemente, foi vista em “Shameless” e “Girlboss” – seu último trabalho em 2017. Em 2003, o American Film Institute divulgou uma lista com os 100 maiores vilões da história do cinema, e a enfermeira Ratched ficou na 5ª posição, atrás apenas de Hannibal Lecter (de “O Silêncio dos Inocentes”), Norman Bates (“Psicose”), Darth Vader (“Star Wars”) e a Bruxa Má do Oeste (“O Mágico de Oz”). Recentemente, a juventude da personagem vivida por Fletcher foi contada na série “Ratched”, da Netflix, com interpretação de Sarah Paulson.

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    Larry Flynt (1942 – 2021)

    11 de fevereiro de 2021 /

    O empresário Larry Flynt, fundador da revista masculina Hustler, morreu na quarta (10/2) em Los Angeles aos 78 anos, vítima de insuficiência cardíaca, enquanto lutava contra uma doença degenerativa. Criador de um império empresarial após o sucesso de sua publicação original, que chegou a superar a vendagem da Playboy nos anos 1970, Flynt convivia com uma paralisia dos membros inferiores desde 1978, após levar um tiro nas costas numa tentativa de assassinato. Ele entrou para a História dos EUA ao enfrentar diversas batalhas jurídicas em defesa da liberdade de expressão e regulação da pornografia nos Estados Unidos. Seu mais famoso embate virou um filme de Milos Forman em 1996, “O Povo contra Larry Flynt”, que rendeu indicação ao Oscar para o ator Woody Harrelson ao interpretá-lo. A obra também venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Curiosamente, a vitória de Flynt na Suprema Corte dos EUA não foi uma luta a favor do erotismo, mas pelo direito de paródia. Ele venceu um processo por difamação movido pelo evangelista Jerry Falwell, após Flynt publicar um anúncio falso na Hustler que mostrava o religioso dizendo que seu primeiro encontro sexual foi com a mãe. Falwell abriu um processo de US$ 50 milhões e ganhou uma decisão de um tribunal inferior, mas em 1988 a Suprema Corte considerou o anúncio uma paródia e protegido pela Primeira Emenda. A partir daí, Flynt abraçou a militância pela liberdade de expressão, sem nunca abandonar seus negócios eróticos.

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    Jean-Claude Carrière (1931 – 2021)

    9 de fevereiro de 2021 /

    O roteirista e intelectual francês Jean-Claude Carrière, de “A Bela da Tarde”, “A Insustentável Leveza do Ser”, “Danton” e “Esse Obscuro Objeto do Desejo”, morreu na segunda-feira (8/2), aos 89 anos, de causas naturais em sua casa em Paris. Carriere teve uma carreira de mais de meio século como escritor, roteirista, ator e diretor, e recebeu uma série de prêmios e reconhecimentos ao longo da vida. As incursões cinematográficas começaram depois de publicar seu primeiro romance em 1957 e conhecer Pierre Etaix (“Rir é o Melhor Remédio”), com quem colaborou em vários projetos, incluindo “Feliz Aniversário” (1962), vencedor do Oscar de Melhor Curta, que os dois escreveram e dirigiram juntos, e os longas “O Pretendente” (1962), “Yoyo” (1965), “Rir é o Melhor Remédio” (1966) e “Esse Louco, Louco Amor” (1969). Entre seus colaboradores frequentes também se destacou o cineasta mexicano-espanhol Luis Buñuel. Carriere e o mestre do surrealismo cinematográfico começaram a relação artística com a adaptação de “O Diário de uma Camareira” (1964), na qual o escritor também estreou como ator, e a parceria se estendeu até o último filme do diretor. Juntos, eles criaram vários clássicos, inclusive o célebre “A Bela da Tarde” (1967), com Catherine Deneuve, “Via Lactea” (1969), “O Fantasma da Liberdade” (1974) e as obras que lhes renderam duas indicações ao Oscar, “O Discreto Charme da Burguesia” (1972) e “Esse Obscuro Objeto do Desejo” (1977). Com mais de uma centena de roteiros escritos, entre textos originais e adaptações, Carriere teve muitos outros parceiros famosos. Na verdade, sua filmografia é quase um compêndio do cinema europeu, repleto de títulos icônicos como “Viva Maria!” e “O Ladrão Aventureiro” (1967), ambos dirigidos por Louis Malle, “A Piscina” (1969) e “Borsalino” (1970), de Jacques Deray, “Procura Insaciável” (1971) e “Valmont – Uma História de Seduções” (1989), de Milos Forman, “Liza” (1972), de Marco Ferreri, “O Tambor” (1979) e “O Ocaso de um Povo” (1981), de Volker Schlöndorff, “Salve-se Quem Puder (A Vida)” (1980) e “Paixão” (1982), de Jean-Luc Godard, “O Retorno de Martin Guerre” (1982), de Daniel Vigne, “Danton – O Processo da Revolução” (1983), de Andrzej Wajda, “A Insustentável Leveza do Ser” (1988), de Philip Kaufman, e muitos outros. Ele também trabalhou com o mestre japonês Nagisa Ôshima, em “Max, Meu Amor” (1986), e com nosso argentino-brasileiro Hector Babenco, em “Brincando nos Campos do Senhor” (1991). Sem parar de escrever, Carriere seguiu produzindo roteiros até a morte. Entre os filmes mais recentes que projetaram suas páginas nas telas estão “À Sombra de Duas Mulheres” (2015), “Amante por um Dia” (2017) e “Le Sel des Larmes” (2020), todos de Philippe Garrel, “Um Mergulho no Passado” (2015), de Luca Guadagnino, “No Portal da Eternidade” (2018), de Julian Schnabel, e “Um Homem Fiel” (2018), de Louis (filho de Philippe) Garrel. Além disso, ele deixou três textos inéditos, atualmente em produção, um deles também dirigido pelo Garrel mais jovem (“La Croisade”). Bibliófilo, apaixonado por desenhos, astrofísica, vinhos, praticante de Tai-Chi-Chuan (arte marcial), disseminador do budismo e amigo do Dalai Lama, Carriere fez mais em sua vida que a maioria das pessoas do mundo, incluindo escrever cerca de 80 livros (entre contos, ensaios, traduções, ficção, roteiros e entrevistas) e várias peças de teatro. No cinema, ainda atuou em mais de 30 filmes e dirigiu quatro curtas, entre eles “La Pince à Ongles” (1969), que foi premiado no Festival de Cannes. Em 2015, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA lhe homenageou com um Oscar honorário por todas as suas realizações.

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    É Tudo Verdade: Festival de documentários recomeça com filme premiado em Cannes

    23 de setembro de 2020 /

    A 25ª edição do É Tudo Verdade, maior festival de documentário da América Latina, abre a segunda fase de sua programação nesta quarta (23/9) com a exibição de “A Cordilheira dos Sonhos”, do chileno Patrício Guzmán, filme premiado no Festival de Cannes passado. Ele será exibido em sessão para convidados no Drive-in Belas Artes, em São Paulo, e disponibilizado em streaming a partir das 20h30 como parte da mostra online, que vai até o dia 4 de outubro, e apresentará um total de 61 títulos, entre longas e curtas-metragens, espalhados por mostras competitivas e informativas. Em sua fase inicial, realizada entre 25 de março e 15 de abril passado, o festival já apresentou 30 títulos, entre filmes e séries. Um dos principais títulos do evento, o filme de Guzmán fecha uma trilogia formada ainda por “Nostalgia da Luz” (2012) e “O Botão de Pérola” (2015) num ensaio entre o memorialístico e o político sobre os avanços sociais do governo Allende (1970-1973), a repressão brutal da ditadura Pinochet (1973-1990) e a dura herança atual da política econômica desenvolvida no período autoritário do Chile. Outros filmes estrangeiros bem cotados da programação incluem “Forman vs. Forman”, um tributo a Milos Forman, cineasta tcheco responsável por filmes como “Um Estranho no Ninho” (1975) e “Amadeus” (1984), “Golpe 53”, de Taghi Amirani, que analisa o golpe anglo-americano no Irã, e “1982”, de Lucas Gallo, que usa trechos do programa de TV “60 Minutos” para refletir sobre a “guerra das Malvinas”, declarada pela ditadura argentina contra o Reino Unido pelo controle das Ilhas Falkland. Na lista de filmes nacionais, destacam-se ainda “Libelu — Abaixo a Ditadura”, de Diógenes Muniz, sobre a história do grupo de jovens trotskistas que enfrentaram a ditadura no Brasil, “Jair Rodrigues — Deixa que Digam”, de Rubens Rewald, que retrata o artista e o país, “Os Quatro Paralamas”, de Roberto Berliner e Paschoal Samora, sobre a relação de amizade entre os Os Paralamas do Sucesso e o empresário do grupo, e “Utopia Distopia”, em que Jorge Bodanzky revive o período em que cursou a Universidade de Brasília para apresentar um painel da juventude nos anos 1960. O festival se encerra em outubro com a exibição de “Wim Wenders, Desperado”, documentário sobre o diretor alemão de “Paris, Texas” (1984) e “Asas do Desejo” (1987), dirigido pela dupla Eric Friedler e Andreas Frege. Toda a programação estará disponível em plataformas de streaming, de forma gratuita, mas com horários específicos como se fossem sessões de cinema convencional. Maiores informações e acessos aos filmes podem ser encontrados no site oficial: etudoverdade.com.br.

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    Michael Lonsdale (1931 – 2020)

    21 de setembro de 2020 /

    O ator Michael Lonsdale, que ficou conhecido como o herói de “O Dia do Chacal” e o vilão de “007 Contra o Foguete da Morte”, morreu nesta segunda-feira (21/8) em sua casa em Paris aos 89 anos, após uma carreira de seis décadas. Filho de pai britânico e mãe francesa, Lonsdale cresceu em Londres e no Marrocos, onde descobriu o cinema de Hollywood em sessões com as tropas americanas durante a 2ª Guerra Mundial, mas só foi se dedicar às artes ao regressar a Paris em 1947, por influência de seu tio Marcel Arland, diretor da revista literária NRF. Ele estreou no teatro aos 24 anos e logo se mostrou interessado por experiências radicais, em adaptações de Eugène Ionesco e em parcerias com Marguerite Duras. A estreia no cinema aconteceu em 1956, sob o nome Michel Lonsdale. Ele participou de várias produções francesas até sofrer sua metamorfose, virando Michael ao ser escalado por Orson Welles em “O Processo” (1962), adaptação do célebre texto de Kafka rodada na França com Anthony Perkins e Jeanne Moreau. Dois anos depois, voltou a ser dirigido na França por outro mestre de Hollywood, Fred Zinnemann, no drama de guerra “A Voz do Sangue” (1964). Mas apesar da experiência com dois dos maiores cineastas hollywoodianos, decidiu retomar o nome Michel e mergulhar no cinema de arte francês, atuando em clássicos da nouvelle vague como “A Noiva Estava de Preto” (1968) e “Beijos Proibidos” (1968), ambos de François Truffaut, “Sopro no Coração” (1971), de Louis Malle, e “Não me Toque” (1971) e “Out 1: Spectre” (1972), os dois de Jacques Rivette. Entretanto, Fred Zinnemann não o esqueceu e se tornou responsável por introduzi-lo no cinema britânico, ao lhe dar um papel de destaque na adaptação do thriller “O Dia do Chacal” (1973), como o obstinado detetive Lebel, que enfrentou o vilão Carlos Chacal. Ele chegou a ser indicado ao BAFTA (o Oscar britânico), mas não foi desta vez que voltou a ser Michael, permanecendo no cinema francês com papéis em “Deslizamentos Progressivos do Prazer” (1974), de Alain Robbe-Grillet, e “O Fantasma da Liberdade” (1974), de Luis Buñuel, onde chegou a mostrar seu traseiro em cenas sadomasoquistas, pelo “amor à arte”. Paralelamente, aprofundou sua relação com a escritora Marguerite Duras, estrelando quatro filmes que ela dirigiu: “Destruir, Disse Ela” (1969), “Amarelo o Sol” (1971) e “India Song” (1975), onde se destacou como um vice-cônsul torturado, repetindo o papel em “Son Nom de Venise dans Calcutta Désert” (1976). No mesmo ano de “India Song”, que o projetou como protagonista, Lonsdale estrelou o clássico “Sessão Especial de Justiça” (1975), de Costa-Gravas, cuja denúncia do sistema penal à serviço de governos corruptos (no caso, da França ocupada por nazistas) rendeu discussões acaloradas – assim como censura – em vários países. A repercussão do filme de Costa-Gravas o projetou para além da França, levando-o a trabalhar com o inglês Joseph Losey (“Galileu”, “A Inglesa Romântica” e “Cidadão Klein”) e o austríaco Peter Handke (“A Mulher Canhota”), o que o colocou no radar dos produtores da franquia “007”. Em “007 Contra o Foguete da Morte” (1979), Lonsdale viveu o diabólico Drax, um industrial bilionário e pianista, que pretendia envenenar a população da Terra e, em seguida, repovoar o planeta com alguns escolhidos, que ele selecionou para viver em sua estação espacial. O ator comparou seu personagem a Hitler em uma entrevista de 2012. “Ele queria destruir todo mundo e fazer surgir uma nova ordem de jovens muito atléticos… ele estava completamente louco.” Para enfrentar o James Bond vivido por Roger Moore, Lonsdale decidiu voltar a ser Michael e assim foi “adotado” pelo cinema britânico, aparecendo em seguida num dos filmes ingleses mais bem-sucedidos de todos os tempos, “Carruagens de Fogo” (1981). Lonsdale também participou do blockbuster “O Nome da Rosa” (1986) e de vários filmes notáveis dos anos seguintes, firmando parceria com o mestre do drama de época britânico James Ivory nos clássicos “Vestígios do Dia” (1993) e “Jefferson em Paris” (1995), no qual interpretou o imperador Luis XVI. Apesar do sucesso em inglês, ele nunca filmou nos EUA, mas trabalhou em mais três thrillers de diretores americanos famosos. Dois desses filmes foram dirigidos na Inglaterra por John Frankenheimer: “O Documento Holcroft” (1985), estrelado por Michael Caine, e “Ronin” (1998), em que contracenou com Robert De Niro. O terceiro foi “Munique” (2005), de Steven Spielberg, em cenas rodadas na França. Mesmo com essas experiências, ele nunca se interessou por Hollywood, preferindo trabalhar com cineastas europeus como Milos Forman (“Sombras de Goya”), François Ozon (“O Amor em 5 Tempos”), Catherine Breillat (“A Última Amante”), Ermanno Olmi (“A Aldeia de Cartão”), Xavier Beauvois (“Homens e Deuses”) e até o centenário cineasta português Manoel de Oliveira (no último longa do diretor, “O Gebo e a Sombra”). Ativo até 2016, quando se aposentou, Lonsdale só foi receber seu primeiro grande prêmio na véspera de seus 80 anos, o César (equivalente francês do Oscar) por seu papel coadjuvante como sacerdote livre e heroico em “Homens e Deuses” (2010). A consagração como homem de fé foi importante não apenas para a carreira de Lonsdale. Ele professava fé cristã pela influência de uma madrinha cega e, em 1987, ingressou na Renovação Carismática Católica antes de fundar o “Magnificat”, um grupo de oração para artistas. Solteiro e sem filhos, Lonsdale também foi pintor e emprestou sua voz inconfundível a inúmeros documentários e audiolivros.

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    Ivan Passer (1933 – 2020)

    11 de janeiro de 2020 /

    O diretor tcheco Ivan Passer morreu na quinta-feira (9/1) em Reno, Nevada (EUA), aos 86 anos, de causa não revelada. Ao lado de Milos Forman, Vera Chytilova e Jan Nemec, Passer esteve à frente da “new wave” do cinema da Tchecoslováquia dos anos 1960, que representou um afastamento dramático do realismo socialista promovido pelo governo comunista. Natural de Praga, Passer foi colega de ensino médio de Forman e do futuro presidente da República Tcheca, Václav Havel. E causou sensação já em sua estreia como diretor, “Iluminação Íntima”, em 1965. Até hoje, o longa permanece como uma de suas obras mais aclamadas. Também foi em 1965, logo após se formar na prestigiosa escola de cinema FAMU, que ele estreitou sua parceria criativa com Forman, escrevendo dois dos filmes mais famosos do colega, “Os Amores de uma Loira” (1965) e “O Baile dos Bombeiros” (1967), ambos indicados ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Após a invasão soviética da Checoslováquia pelas tropas russas em 1968, numa repressão violenta à chamada “Primavera de Praga”, Passer e Forman fugiram do país e se mudaram para os Estados Unidos. Mas enquanto Forman se consagrou com dois Oscars, pela direção dos clássicos “Um Estranho no Ninho” (1975) e “Amadeus” (1984), Passer não emplacou grandes sucessos. Seus filmes de exílio incluem o thriller “Morte Silenciosa” (1971), que contava com um jovem Robert De Niro, “O Jogo da Trapaça” (1976), com Omar Shariff, a produção britânica “O Banco dos Trapaceiros” (1977), com Michael Caine, a comédia “Criador” (1985), com Peter O’Toole, e o romance “Primeiro Verão de Amor” (1988), com Laura Dern, além de telefilmes e obras que não chegaram ao Brasil. Apesar da falta de hits, um longa desse período se tornou bastante cultuado: “Obstinação” (1981). Estrelado por Jeff Bridges, o filme era um thriller de influência hitchcockiana, ao estilo dos suspenses dirigidos por Brian De Palma naquela época. O diretor também dirigiu “Pretty Hattie’s Baby” (1991), baseada na história real de Fauna Hodel, uma garota branca adotada por uma mãe negra nos anos 1950 – a mesma história que no ano passado foi transformada em minissérie por Patty Jenkins com o título “I Am the Night”. Mas o longa nunca foi lançado, por brigas entre os estúdios que financiaram a produção – interrompida quando faltavam dois dias de filmagens agendadas. A atriz Alfre Woodward chegou a dizer que o papel de Hattie foi o melhor trabalho de sua carreira. O desastre de “Pretty Hattie’s Baby” traumatizou Passer, que passou a se dedicar a telefilmes. Ele ainda causou impacto ao decidir expor seus velhos inimigos comunistas com a telebiografia “Stalin” (1992), que rendeu um Globo de Ouro a Robert Duvall por sua interpretação do ditador soviético. Passer só retornou ao Leste Europeu após a queda do Muro de Berlim e o fim da Cortina de Ferro, para rodar seu último filme: “Nômade”, que ele codirigiu com o russo Sergei Bodrov no território do Uzbequistão. Dois anos depois, ele foi homenageado em seu país natal com um Globo de Cristal pelas contribuições artísticas de sua carreira. A homenagem aconteceu durante a edição de 2008 do Festival de Karlovy Vary, o mais importante festival de cinema do Leste Europeu.

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    Milos Forman (1932 – 2018)

    14 de abril de 2018 /

    O cineasta Milos Forman, vencedor de dois Oscars de Melhor Direção, morreu nesta sexta em Hartford, no estado americano de Connecticut, aos 86 anos. “Morreu em paz, rodeado por sua família e seus amigos íntimos”, disse a viúva do diretor às agências de notícia. A causa da morte, definida como uma “breve doença”, não foi divulgada. Famoso por clássicos do cinema americano, Forman era tcheco. Nasceu em 18 de fevereiro de 1932, na cidade de Caslav, perto de Praga, e perdeu seus pais nos campos de concentração nazistas durante a 2ª Guerra Mundial, vítimas do Holocausto. Sua carreira como cineasta começou nos anos 1960, em meio à nova onda cinematográfica que desafiava o regime comunista da então Tchecoslováquia. Nesse período, rodou longas como “Os Amores de uma Loira” (1965), drama feminista estrelado por sua bela ex-cunhada Hana Brejchová, e “O Baile dos Bombeiros” (1967), no qual denunciou a burocracia da sociedade comunista. Esta fase de inovação no cinema da Tchecoslováquia durou até 1968, quando a repressão soviética esmagou com tanques a Primavera de Praga. Forman se exilou nos Estados Unidos, onde deu continuidade a sua carreira com “Procura Insaciável” (1971), uma comédia sobre pais que procuram a filha que fugiu de casa, premiada no Festival de Cannes. Em 1975, veio o reconhecimento da Academia com “Um Estranho no Ninho”, filme em que Jack Nicholson se vê preso num hospício. A denúncia dos abusos do tratamento psiquiátrico conquistou cinco prêmios no Oscar: Melhor Filme, Ator (Nicholson), Atriz (Louise Fletcher), Roteiro Adaptado e, claro, Diretor. Seus filmes seguintes foram o musical “Hair” (1979), adaptação do espetáculo homônimo da Broadway e marco da contracultura hippie, e o drama “Na Época do Ragtime” (1981), que lidava com racismo na era do jazz. Mas foi por outro tipo de música que Forman voltou a conquistar um Oscar. A Academia ficou novamente a seus pés com “Amadeus” (1984), sobre a rivalidade intensa entre o jovem prodígio da música erudita Wolfgang Amadeus Mozart e o compositor italiano Antonio Salieri. As filmagens aconteceram em Praga, marcando seu primeiro retorno a seu país natal desde 1968. Além do Oscar de Direção, o longa venceu mais sete categorias, incluindo Melhor Filme. Ele deu muito azar em seu projeto seguinte, “Valmont – Uma História de Seduções” (1989), por ter sido precedido por “Ligações Perigosas” (1988), adaptação da mesma obra de Choderlos de Laclos. Mas sacudiu a poeira com “O Povo contra Larry Flint”, cinebiografia do editor da revista masculina Hustler, que defendia o direito à liberdade de expressão – o tema mais importante de sua filmografia. O longa lhe rendeu sua última indicação ao Oscar, em 1997, além de um Globo de Ouro. Forman completou sua filmografia americana com mais duas cinebiografias: “O Mundo de Andy” (1999), com Jim Carrey como o comediante Andy Kauffman, que lhe rendeu o Leão de Prata no Festival de Berlim, e “Sombras de Goya” (2006), com Stellan Skarsgård no papel do pintor Francisco de Goya, retratado em meio aos horrores da inquisição espanhola. Após estes trabalhos, ele voltou a Praga, finalmente livre do comunismo, e retomou contato com as referências culturais de sua juventude. Forman retomou literalmente suas raízes, decidindo filmar uma comédia musical tcheca de 1965, que ele próprio já havia adaptado para a TV do país em 1966, agora na companhia dos filhos, como a compartilhar sua história de vida. O resultado, “Dobre Placená Procházka” (2009), foi seu último filme.

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    Jim e Andy: Trailer de documentário revela bastidores surreais do clássico O Mundo de Andy

    19 de outubro de 2017 /

    A Netflix divulgou o trailer do documentário “Jim e Andy”, dedicada aos bastidores do filme “O Mundo de Andy”. No longa de 1999, Jim Carrey interpretou seu ídolo Andy Kaufman, pioneiro do stand-up e astro da série “Taxi” (1978–1983), falecido em 1984. E assim como Andy fazia com seus personagens na vida real, Jim Carrey virou Andy Kaufman durante todo o período da produção, sem deixar de vivê-lo nem quando as câmeras se desligavam. As cenas dos bastidores ficaram guardadas por quase 20 anos e só agora revelam toda a experiência surreal, acompanhadas por uma entrevista atual de Jim Carrey – irreconhecível, sob a barba espessa – e a música tema do longa original, “Man on the Moon”, composta pela banda R.E.M.. “O Mundo de Andy” rendeu a Jim Carrey o troféu Globo de Ouro. O filme também conquistou o Urso de Prata no Festival de Berlim pela direção de Milos Forman. O documentário tem direção de Chris Smith (“The Yes Men”) e estreia em 17 de novembro.

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