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Protestos foram convocados para domingo em 16 capitais com apoio de artistas, políticos e movimentos sociais
Chefão da Globo fala pela 1ª vez sobre Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro: “Nunca imaginamos passar por isso”
João Roberto Marinho, presidente do Grupo Globo, avalia relação da emissora com quatro presidentes em depoimento ao documentário “O Século do Globo”
2ª temporada de O Mecanismo troca Lula por Temer como vilão da história
Criticada por petistas pela forma como tratou os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff em sua 1ª temporada, a série “O Mecanismo” mudou seu discurso e agora até elogia o PT. Numa guinada narrativa, a produção encontrou novo alvo em outro ex-presidente, Michel Temer, por meio de seu avatar Samuel Thames na trama da ficção. Chamado de “vampirão”, o político é descrito como o maior corrupto e o mais perigoso do Brasil. E seu partido, (P)MDB, seria o responsável por toda a corrupção após a ditadura militar no país. Numa das cenas que mais chama atenção nos novos episódios, o braço direito da delegada Verena (Caroline Abras) na Operação Lava Jato da série, o policial Vander (Jonathan Haagensen), tem uma crise de consciência quando é escalado para fazer a condução coercitiva de Lula (ou melhor, Gino, interpretado por Arthur Kohl). Ele revela que foi o primeiro membro de sua família a fazer faculdade, tudo por causa das políticas inclusivas do ex-presidente. Verena também começa a questionar as investigações ao perceber que a Lava Jato estava sendo usada por políticos para levar adiante seus próprios interesses. Para ilustrar esse questionamento, “O Mecanismo” voltou atrás até em um dos momentos mais polêmicos. No primeiro ano, a ficção botou na boca de Gino/Lula a frase “temos que estancar a sangria”, que na realidade foi dita por Romero Jucá, seu ex-ministro e um dos articuladores do impeachment de Dilma Rousseff. No segundo ano, o deslize é compensado com a repetição da frase por Lúcio Lemes (Michel Bercovitch), o Aécio Neves da trama, que ainda aparece cheirando cocaína. Mesmo Janete Ruscov (Sura Berditchevsky), a Dilma da história, vira vítima das manipulações de seu vice, embora também tropece na própria incompetência. Tudo culmina na descrição de sua queda como um “golpe”, a palavra mágica da narrativa petista, em vez de uma traição entre facções criminosas que até então saqueavam o país juntas. A 2ª temporada de “O Mecanismo” chegou à Netflix na sexta-feira (10/5), com mais oito episódios estrelados por Selton Mello, Caroline Abras, Enrique Diaz e Jonathan Haagensen.
Netflix, Spotfy e outros serviços de streaming já começam a ser taxados
O prefeito de São Paulo João Dória sancionou nesta quarta-feira (15/11), em pleno feriado, o projeto de lei que estabelece a cobrança de impostos para serviços de streaming sediados na cidade, como Netflix e Spotfy. A proposta tinha sido aprovada pela Câmera Municipal no dia 1º de novembro. Com a nova norma, as empresas do setor serão taxadas em 2,9%. A Netflix já se manifestou, afirmando em comunicado que não irá repassar o valor para os assinantes. A cobrança do ISS no setor segue a lei complementar nº 157, sancionada pelo presidente Michel Temer em dezembro do ano passado, que altera a cobrança do imposto e institui a tributação dos sites de streaming por parte dos municípios onde o serviço é contratado. Dória vetou apenas um item no projeto aprovado pela Câmera: a emenda que previa isenção de taxas administrativas para igrejas na cidade de São Paulo. Foi vetada por, segundo a Prefeitura, violar o princípio constitucional da isonomia ao pedir tratamento privilegiado às igrejas.
Sérgio Sá Leitão é o novo Ministro da Cultura do Brasil
O Brasil tem novo Ministro da Cultura. O quarto em menos de um ano. O jornalista Sérgio Sá Leitão foi anunciado na pasta pela Presidência da República. Segundo o portal UOL, a nomeação de Sá Leitão contou com o apoio do cineasta Cacá Diegues, de quem Michael Temer é próximo e com quem o presidente conversou nas últimas semanas sobre a indicação. Sérgio Sá Leitão sucede a dois demissionários e um interino relutante. A pasta estava sem titular desde 18 de maio, quando Roberto Freire pediu demissão. Ele tinha assumido o Ministério após o pedido de demissão do antecessor, Marcelo Calero, em novembro do ano passado. Já o Ministro interino, João Batista de Andrade, cotado para assumir a pasta, pediu a Temer para não ser efetivado. Os motivos da dificuldade para emplacar um titular na Cultura são escândalos de corrupção do atual governo. A escolha de Sérgio Sá Leitão não deve acalmar os ânimos da classe artística. Durante o último Festival de Berlim, o diretor Marcelo Gomes expressou temor com sua indicação para a direção da Ancine, opção original de Michel Temer. Apesar do acirramento político do país, Sá Leitão já esteve no Ministério da Cultura anteriormente, convidado pelo então Ministro Gilberto Gil, durante o governo de Lula. Desde então, passou por várias estatais, do BNDES à RioFilme, de 2009 a 2015. Por isso, a Presidência ressaltou, em nota, a “ampla e reconhecida experiência” do jornalista de 49 anos. Como Chefe de Gabinete de Gil entre 2004 e 2006, Sá Leitão tomou medidas importantes, como a criação do Programa de Economia da Cultura, a coordenação do Programa de Apoio à Exportação de Música (Pró-Música) e da CulturaPrev, Fundo de Pensão para os Trabalhadores da Cultura. Ao ir para a RioFilme, fez a produtora atingir sua era de ouro, permitindo que o Rio de Janeiro voltasse a se tornar um dos principais polos produtores de audiovisual do país, além de atrair produções internacionais, como “A Saga Crepúsculo: Amanhecer” e “Velozes e Furiosos 5”. Sua gestão inspirou iniciativa similar da Prefeitura de São Paulo, que lançou a SPCine. Apesar disso, Sá Leitão foi acusado de favorecer as grandes produtoras, em detrimento do cinema autoral. Vale observar que sua saída da RioFilme coincidiu com o fim da incipiente era dos blockbusters rodados no país.
Brasil sem Cultura: Terceiro Ministro da Cultura pede demissão em menos de um ano
O cineasta João Batista de Andrade, que substituía interinamente Roberto Freire como ministro da Cultura há um mês, enviou carta ao presidente Michel Temer pedindo sua demissão. No curto comunicado, enviado nesta sexta (16/6), Andrade se coloca à disposição para ajudar na transição, mas informa não querer fazer mais parte do ministério. “Informei que não tenho interesse em continuar. Fico apenas aguardando a nomeação do próximo Ministro e minha recorrente exoneração”, explicou Andrade ao jornal O Globo. Ele acrescentou que não queria participar de uma “roleta”, em alusão ao substituto fixo de Roberto Freire, e que não via viabilidade econômica na pasta, após um corte expressivo de verbas. Andrade ainda declarou que o ministério “não merece” essa situação e ainda criticou outras “interferências” do governo. “Em primeiro lugar porque já há muitos candidatos e eu não quis participar dessa roleta. O Ministério da Cultura não merece. Em segundo lugar por ter recebido um Ministério absolutamente inviabilizado pelo corte de 43% do orçamento e pelas interferências em decisões e indicações ministeriais, como aconteceu na ANCINE”, afirmou ao Globo. Falando para a rádio Joven Pan, Andrade deu mais detalhes sobre o escanteamento do Ministério da Cultura, afirmando que o corte orçamentário incapacitou o Ministério. “Com esse corte, o Ministério mal consegue andar. Não consegue desenvolver projeto nenhum”, ele afirmou. Mas a gota d’água teria sido a escolha do novo presidente da Agência Nacional do Cinema (ANCINE). Andrade disse que o governo “passou por cima” da indicação do Ministério da Cultura, que assim ficou inviabilizada não apenas economicamente, mas também politicamente. “A Debora Ivanov era a indicação de todas as entidades do cinema e também do Ministério da Cultura. O governo resolveu que vai nomear outra pessoa”, revelou. “Então, completamente atropelou a iniciativa do Ministério, não levou em conta as indicações do Ministério. Então, com o Ministério, sem orçamento e desautorizado, eu pergunto: o que eu tô fazendo aqui?”, desabafou Andrade. Para ele, foi criado um desgosto crescente do governo em relação à pasta, que levou à sua inviabilização e desprestígio. Andrade ainda prevê um futuro “péssimo” para a Cultura. Vale lembrar que seu antecessor, Roberto Freire, decidiu sair do governo após o estouro do escândalo de corrupção envolvendo a delação de Joesley Batista, dono da JBS, e o presidente Michel Temer. E o antecessor deste, Marcelo Calero, demitiu-se após ser assediado por um colega do governo para corromper. Em um ano, o Brasil trocou três vezes de Ministro da Cultura. E em todas as oportunidades, os que estavam no cargo pediram para sair diante de desmandos políticos. Vale lembrar que uma das primeiras iniciativas de Michel Temer ao assumir o cargo de Presidente foi extinguir o Ministério da Cultura. Ele só voltou atrás após a pressão de artistas e da sociedade civil.
Cineasta João Batista de Andrade é o novo Ministro da Cultura
O cineasta João Batista de Andrade é o novo Ministro da Cultura do Brasil. Ele era secretário-executivo da pasta e assumiu interinamente o comando do Ministério, após a renúncia do Senador Roberto Freire. Batista havia sido convidado a substituir Manoel Rangel na presidência da Ancine (Agência Nacional do Cinema) a partir de maio. Entretanto, com a renúncia de Freire na última quinta (18/5), precisa assumir o MinC, de acordo com o previsto no regimento da pasta. Aos 77 anos, Andrade acumula mais de 50 anos de carreira no cinema. Seu filme mais famoso é “O Homem que Virou Suco” (1980), que trata de um poeta retirante (José Dumont) que chega a São Paulo. Seu novo cargo foi publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira (22/5). De acordo com o MinC, não há prazo para que um ministro oficial seja nomeado. E, diante do cenário político turbulento do país, é provável que isto nem sequer aconteça. As denúncias de corrupção, por sinal, foram citadas por Freire como razão de sua renúncia. “Tendo em vista os últimos acontecimentos e a instabilidade política gerada por fatos que envolvem diretamente a Presidência da República, eu, Roberto João Pereira Freire, decido em caráter irrevogável renunciar ao cargo de Ministro de Estado da Cultura”, o senador declarou, em sua carta para o presidente da República Michel Temer. Vale lembrar que o ministro anterior, Marcelo Calero, também tinha renunciado, citando como razão assédio para se tornar corrupto. Veja abaixo a íntegra do pedido de demissão de Roberto Freire.
Brasil tem novo Ministro da Cultura
O Palácio do Planalto informou que o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) será o novo ministro da Cultura, após Marcelo Calero pedir demissão. Presidente nacional do PPS (Partido Popular Socialista), que surgiu do antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro), Freire foi convidado pelo presidente Michel Temer para assumir o cargo na sexta-feira (18/11), após Calero pedir demissão, alegando razões pessoais. Marcelo Calero entrou no governo em maio deste ano, após Temer assumir interinamente a Presidência da República. Inicialmente, ele foi nomeado secretário nacional de Cultura, órgão que foi vinculado ao ministério da Educação por algumas semanas, mas que voltou a ter autonomia depois da pressão de movimentos de grupos culturais contra a extinção do Ministério da Cultura (MinC). Na carta de demissão, ele agradeceu a Temer a “honra” de ocupar o cargo e disse que tomou a decisão, de ordem pessoal, em “caráter irrevogável”. “Durante os últimos seis meses, empreguei o melhor dos meus esforços, apoiado por uma equipe de extrema qualidade para pensar a política cultural brasileira. Saio do Ministério da Cultura com a tranquilidade de quem fez tudo o que era possível fazer, frente os desafios e limitações com os quais me defrontei. E que o fez de maneira correta e proba”, escreveu Calero. Apesar do tom cordato da carta, Calero saiu do cargo denunciando pressões de um colega do governo Temer, para a aprovação de um empreendimento imobiliário milionário na Bahia, que estava para ser embargado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ex-ministro acusou Geddel Vieira Lima, ministro-chefe da Secretaria de Governo, de tê-lo pressionado a produzir um parecer técnico para favorecer seus interesses pessoais. Há 50 anos atuando na política brasileira, Roberto Freire lutou pela redemocratização e pela anistia desde os tempos do MDB. Ele já foi candidato a presidente da República (em 1989, pelo PCB), elegeu-se senador (1995-2002), deputado estadual e federal e fundou o PPS em 1992, quando liderou uma dissidência do PCB. O deputado informou que ainda não conversou com o presidente e que pretende falar também com Calero. Mas o novo ministro começa com uma boa notícia para o setor, que é a disposição de Temer em injetar mais recursos para políticas da área, já tendo anunciado um aumento de 40% no orçamento do Ministério da Cultura para 2017.
Michel Temer aumenta verba do MinC e estende benefícios da Lei do Audiovisual até 2022
O Presidente Michel Temer anunciou na noite de segunda (7/11), em cerimônia da Ordem do Mérito Cultural, que irá estender os benefícios da Lei do Audiovisual até 2022. Além dessa continuidade de investimento na produção cinematográfica nacional, o Presidente da República anunciou um aumento de 40% no orçamento do Ministério da Cultura (MinC) para 2017. Segundo ele, o setor está sendo privilegiado em momento de crise e “arrocho” devido à sua importância. “A cultura é o mais importante bem do povo brasileiro. É por meio dela que nós nos comunicamos”, disse Temer, para uma plateia repleta de artistas, que também celebraram o ano do samba e a grande homenageada, Dona Ivone Lara. Vale lembrar que Temer chegou a extinguir o MinC em maio, logo após assumir a presidência, transformando-o numa secretaria subordinada ao Ministério da Educação. A reação negativa da classe artística o fez mudar de ideia e anunciar a recriação do Ministério, nove dias depois.








