PIPOCAMODERNA
Pipoca Moderna
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc

Nenhum widget encontrado na barra lateral Alt!

  • Filme

    Diretor francês consagrado é acusado de assédio por cinco atrizes

    30 de agosto de 2023 /

    O famoso francês Philippe Garrel, de 75 anos, enfrenta acusações de assédio sexual formuladas por cinco atrizes, segundo reportagem divulgada pelo site Mediapart. A notícia teve ampla repercussão na mídia francesa. De acordo com as alegações, Garrel teria oferecido papéis em seus filmes em troca de favores sexuais. O cineasta nega todas as acusações, atribuindo-as a “sentimentos mal interpretados”.   Detalhes das denúncias Anna Mouglalis, atriz que colaborou com Garrel no filme “O Ciúme” de 2013, declarou ao Mediapart que o diretor a convidou para discutir um roteiro sobre “desejo feminino”. Em um encontro subsequente na residência da atriz, Garrel teria se deitado em sua cama sem permissão. Em sua defesa, Garrel disse que passou mal durante a visita e pediu para deitar. Outras mulheres compartilharam experiências similares de tentativas de beijos forçados. Uma atriz, que optou por manter seu nome em anonimato, recordou um encontro em 2018, em que Garrel teria alisado sua perna e tentado beijá-la. Segundo o diretor, foi “apenas um beijo na bochecha”. Laurence Cordier, ex-aluna do Conservatório de Paris onde Garrel lecionava, relatou que, após uma conversa sobre um papel em 2003, o diretor teria a agarrado pela cintura. Marie Vialle, outra ex-aluna, contou que o diretor lhe propôs escrever um filme para ela em 1994 e tentou beijá-la, dizendo: “Não posso fazer o filme se não dormir com você”. Em resposta ao Mediapart, Garrel disse: “Lembro de ter explicado a ela que, como muitos diretores da Nouvelle Vague, gostava de filmar com a mulher por quem estava apaixonado. Se magoei Marie Vialle, por quem tenho muito respeito, sinto muito”.   #MeToo francês As acusações ocorrem em um período em que o movimento #MeToo ganha força na França, exemplificado pelas recentes denúncias contra o ator Gérard Depardieu. Philippe Garrel, pai do igualmente famoso ator Louis Garrel (“Adoráveis Mulheres”), possui uma carreira premiada, com obras aclamadas em festivais de Cannes, Veneza e Berlim. O diretor começou a carreira nos anos 1960, durante o movimento Nouvelle Vague, e é conhecido por filmes como “A Cicatriz Interior” (1972), “A Criança Secreta” (1979), “Amantes Constantes” (2005) e “À Sombra de Duas Mulheres” (2015). Bastante premiado, este ano ele acrescentou no currículo o troféu de Melhor Diretor no Festival de Berlim por seu novo filme, “Le Grand Chariot”.

    Leia mais
  • Filme

    Festival de Veneza aposta em polêmicas com filmes de Polanski e Woody Allen

    25 de julho de 2023 /

    O 80º Festival de Veneza, que ocorrerá de 30 de agosto a 9 de setembro, anunciou uma seleção de filmes que promete atrair a atenção internacional, mas também gerar controvérsias. Entre os filmes selecionados estão obras de diretores que foram recentemente “cancelados” por denúncias de abusos sexuais: Roman Polanski, Woody Allen e Luc Besson.   Diretores polêmicos Polanski, que fugiu dos EUA em 1978 após ser condenado por agressão sexual a uma adolescente, apresentará seu novo filme, “The Palace”, fora da competição. Woody Allen traz “Coup de Chance”, e Luc Besson estreará “DogMan” na competição. Todos os três cineastas foram alvo de alegações de abuso e, no contexto do movimento #MeToo, de campanhas de cancelamento online. No entanto, apenas Polanski foi acusado formalmente de um crime. Woody Allen foi considerado inocente das alegações de abuso de sua filha adotiva nos anos 1990 e os tribunais franceses rejeitaram repetidamente as acusações contra Besson, inclusive recentemente descartando um caso envolvendo uma suposta agressão a uma atriz belga. Alberto Barbera, diretor do festival, defendeu a escolha de incluir Polanski na programação oficial. “O caso Polanski [tem sido] debatido há 50 anos. Não entendo por que não se pode distinguir entre as responsabilidades do homem e as do artista”, disse ele. “Polanski tem 90 anos, é um dos poucos mestres em atividade, fez um filme extraordinário… Pode ser o último filme de sua carreira, embora eu espero que ele faça como [Joaquim] de Oliveira, que fez filmes até os 105 anos. Eu me posiciono firmemente entre aqueles que no debate distinguem [entre] a responsabilidade do homem e a do artista.”   Filmes descancelados “The Palace”, de Polanski, é descrito como uma comédia negra ambientada em um luxuoso hotel suíço na véspera de Ano Novo em 1999. O elenco inclui John Cleese, Luca Barbareschi, Oliver Masucci, Fanny Ardant e Mickey Rourke. Já “Coup de Chance”, de Allen, é o primeiro filme do diretor em francês. Nos últimos anos, Allen encontrou dificuldades para garantir financiamento nos EUA para seus filmes, após as alegações de abuso de sua filha adotiva, Dylan Farrow, ressurgirem na era pós-#MeToo. No entanto, distribuidores europeus continuaram a apoiá-lo. O novo filme, que será lançado na França em 27 de setembro, inclui um elenco de estrelas francesas, incluindo Lou de Laage, Valerie Lemercier, Melvil Poupaud e Niels Schneider. “DogMan”, de Besson, marca o retorno do diretor ao cinema, após se afastar por quatro anos para lidar com acusações de assédio e estupro. O drama, que traz Caleb Landry Jones como um jovem marcado pela vida, que encontra sua salvação através do amor por seus cães, foi um sucesso de pré-vendas para a Kinology no European Film Market em Berlim em fevereiro, vendendo seus direitos de exibição para quase todo o mundo.   Cinema brasileiro A programação do Festival de Veneza também exibe o longa-metragem brasileiro “Sem Coração”, que fará sua estreia mundial na mostra paralela Horizonte. O filme é uma coprodução oficial entre Brasil, França e Itália, dirigido e escrito por Nara Normande e Tião, e produzido por Emilie Lesclaux, Kleber Mendonça Filho (Cinemascópio), Justin Pechberty, Damien Megherbi (Les Valseurs), Nadia Trevisan, Alberto Fasulo (Itália) e pela Vitrine Filmes. “Sem Coração” se passa no verão de 1996, no litoral de Alagoas, e acompanha Tamara, que está aproveitando suas últimas semanas na vila pesqueira onde mora antes de partir para estudar em Brasília. Ela ouve falar de uma adolescente apelidada de “Sem Coração” por causa de uma cicatriz que tem no peito. Ao longo do verão, Tamara sente uma atração crescente por essa menina misteriosa. O filme foi rodado em locações no litoral de Alagoas, entre setembro e outubro de 2022.   Presença de grandes cineastas Outros destaques do festival são “The Killer”, de David Fincher, que traz Michael Fassbender como um assassino frio que começa a desenvolver uma consciência, e “Maestro”, de Bradley Cooper, um drama sobre o grande maestro Leonard Bernstein. Ambos são lançamentos da Netflix, que também está competindo pelo Leão do Ouro com “El Conde”, do chileno Pablo Larrain, que retrata o ditador Augusto Pinochet como um vampiro. A lista de cineastas americanos ainda inclui Ava DuVernay, que traz “Origin”, sobre o sistema de hierarquia que moldou os EUA, Sofia Coppola, que apresenta a cinebiografia “Priscilla”, cinebiografia de Priscilla Presley, e Michael Mann, que entra na disputa com o drama de corrida “Ferrari”, com Adam Driver no papel de Enzo Ferrari, o fundador da famosa marca de carros. O festival também mostrará a estreia do diretor mexicano Michel Franco em inglês, com “Memory”, um filme ambientado em Nova York e estrelado por Jessica Chastain e Peter Sarsgaard, além de novos filmes do diretor japonês de “Drive My Car”, Ryûsuke Hamaguchi, chamado “Evil Does Not Exist”, e do grego Yorgos Lanthimos, a ficção científica surrealista “Poor Things”, estrelado por Emma Stone.   Seleção europeia A Itália também marca forte presença com seis títulos na competição, liderados pelo filme de abertura “Comandante”, um épico anti-guerra ambicioso estrelado pelo ator italiano Pierfrancesco Favino. Outros destaques italianos incluem “Io Capitano”, de Matteo Garrone, sobre a jornada homérica de dois jovens africanos que deixam Dakar para chegar à Europa, e “Finalmente L’alba”, de Saverio Costanzo, ambientado na Cinecittà durante os anos 1950, quando as famosas instalações de cinema eram conhecidas como a “Hollywood no Tibre”. Da França, vem o já mencionado “Dogman”, de Luc Besson, e “The Beast”, uma sci-fi de Bertrand Bonello que traz Léa Seydoux como uma jovem atormentada que decide purificar seu DNA em uma máquina, que a levará em uma jornada por uma série de vidas passadas. Outros filmes notáveis incluem os poloneses “The Green Border”, de Agnieszka Holland, sobre a crise humanitária desencadeada pelo presidente bielorrusso Lukaschenko, que em 2021 abriu a fronteira da Bielorrússia com a Polônia para migrantes, e “Kobieta Z”, da dupla de diretores Małgorzata Szumowska e Michał Englert. O Festival de Veneza de 2023 acontecerá de 30 de agosto a 9 de setembro.

    Leia mais
  • Etc

    Danny Elfman, compositor de “Wandinha”, é acusado de assédio sexual

    20 de julho de 2023 /

    Danny Elfman, compositor musical de produções como “Wandinha”, “Os Simpsons” e “Batman”, e ex-cantor da banda Oingo Boingo, foi acusado por crime sexual. De acordo com uma investigação realizada pela Rolling Stone, o músico está sendo processado pela violação de um contrato estabelecido em resposta a alegações de assédio sexual feitas por Nomi Abadi, uma pianista e compositora indicada ao Grammy. A publicação revelou que Abadi está processando o compositor por não cumprir os pagamentos estipulados no acordo de confidencialidade estabelecido pelos dois em 2018, após a pianista acusá-lo. O documento legal afirma que Elfman teria que realizar quatro pagamentos pelo silêncio da compositora ao longo de cinco anos, totalizando um valor de US$ 830 mil. Segundo o veículo, a pianista fez uma denúncia dos comportamentos inapropriados de Elfman em novembro de 2017. No relato da polícia, ela alega que o músico se expôs e se masturbou na frente dela diversas vezes. A investigação também apontou que ela afirma ter sido coagida a participar de uma sessão de fotos nua, com ele garantindo que seria uma “sessão artística”. Em outra ocasião, Elfman ainda teria lhe oferecido um copo com sêmen. De acordo com a Variety, ele supostamente enviou uma foto do copo a Abadi por e-mail com a legenda “para aguçar sua imaginação”. Entretanto, um representante do músico afirmou à Rolling Stone que ele “nunca afirmou que era sêmen” e categorizou o e-mail como “uma piada”, esclarecendo que a substância era, na verdade, um creme hidratante.   Elfman negou tudo Desde então, o compositor negou todas as acusações de Abadi. Um de seus representantes ainda categorizou que as “interações limitadas entre Elfman e Abadi, que não envolveram contato sexual, foram totalmente consensuais”. O músico repudiou as denúncias da pianista em uma declaração para a publicação da Rolling Stone, que não trouxe relatos de Abadi. “Como devo responder a acusações tão graves que ser inocente não é uma defesa válida? É angustiante considerar que uma carreira de 50 anos possa ser destruída em um ciclo de notícias devido a acusações vis e completamente falsas de má conduta sexual”, declarou. “As alegações da Sra. Abadi simplesmente não são verdadeiras”. “Permiti que alguém se aproximasse de mim sem saber que eu era a ‘paixão de infância’ dela e que a intenção dela era terminar com o meu casamento e substituir minha esposa. Quando essa pessoa percebeu que eu queria me afastar dela, ela deixou claro que eu pagaria por tê-la rejeitado”, continuou. “Deixei que uma amizade mal aconselhada tivesse consequências de longo alcance, e esse erro de julgamento é totalmente culpa minha. Não fiz nada indecente ou errado, e meus advogados estão prontos para provar com volumosas evidências que essas acusações são falsas. Esta será a última vez que falarei sobre esse assunto”, finalizou. Em contrapartida, o advogado de Abadi, Jeff Anderson, desmentiu todas as declarações do compositor. “Elfman disse que seu relacionamento com Nomi Abadi era platônico e consensual. Sua versão é tão bizarra quanto seu comportamento em relação a ela anos atrás. Não foi platônico. Foi bizarro”, declarou à Variety.   Comportamentos impróprios Ao longo da reportagem, a Rolling Stone ainda reuniu relatos de amigos de Abadi, que afirmaram que os dois se conheceram em 2015. “[Ela] esperava que ele a aceitasse como aprendiz e fosse um trampolim para sua carreira”, disseram. “Abadi visitou o estúdio de gravação de Elfman várias vezes ao longo do ano, onde as alegações de má conduta de Abadi teriam ocorrido”. De acordo com fontes próximas da pianista, diversas situações mostravam o comportamento inapropriado de Elfman. “Ele disse que queria mostrar a ela seu eu autêntico; aparentemente, isso envolvia estar nu frequentemente”, declarou outra fonte. Segundo o veículo, o relatório policial de Abadi afirma que o “comportamento de Elfman mudou de aparentemente amigável para inadequado dentro do primeiro ano”.   O acordo diante do movimento MeToo Na época, Elfman ofereceu um acordo pelo silêncio de Adabi sobre a situação em troca do retorno financeiro. A investigação da Rolling Stone afirmou que ela assinou o contrato “sentindo que tinha pouca escolha”. “Ela sentia que sua carreira acabaria se dissesse que Elfman era um tarado. E ela está certa. Lamento dizer, mas infelizmente é assim que essa indústria funciona”, declarou outro amigo da pianista à publicação. Vale mencionar que o contrato estabelece que parte do valor seria destinada a organizações de caridade e não diretamente a Abadi. Embora o acordo não especifique a causa, o veículo relata que “com base em várias fontes e documentos, a disputa refere-se a alegações de má conduta sexual”. A alternativa foi uma saída encontrada pela equipe de Elfman para preservar a carreira do compositor diante da ascensão do movimento #MeToo, que consistiu em uma enorme ação contra violência sexual. O movimento ganhou notoriedade por expor os crimes sexuais cometidos por grandes nomes da indústria do entretenimento. “Quando confrontado com ameaças da outra parte de tornar públicas inverdades no auge do movimento #MeToo, [Elfman] enfrentou a escolha impossível entre liquidar e continuar sua carreira, ganhando o sustento para sua família, ou decidir lutar pelo que na época era uma batalha impossível, de vencer para contar a verdade – Danny escolheu sua família”, declarou um representante do músico à reportagem. “É decepcionante, mas infelizmente não surpreendente, que essa narrativa infundada seja revivida agora que os pagamentos foram interrompidos. Acusações por si só não equivalem à culpa, e Danny se defenderá e limpará seu nome com o volume de evidências e com as próprias palavras da outra parte – as palavras dela falam por si mesmas”, finalizou. Antes do processo vir a público, Abadi já havia falado abertamente sobre a corrupção e toxicidade na indústria musical, afirmando que o movimento #MeToo ignorou o mundo da composição. Diante do acordo de confidencialidade, esta é a primeira vez que o nome de Elfman é associado as alegações da pianista. “Embora não possamos comentar sobre um processo que ainda não recebemos, o fato é que ele chegou à mídia antes de o réu mostrar que isso é apenas mais uma manobra em uma campanha de anos para exigir dinheiro do Sr. Elfman e sua família. As alegações são infundadas”, afirmou à Variety.

    Leia mais
  • Etc

    Diretor de “O Quinto Elemento” é inocentado de acusações de estupro

    21 de junho de 2023 /

    O diretor Luc Besson, conhecido por “O Quinto Elemento” (1997) e “Lucy” (2014), foi inocentado das acusações de estupro relatadas pela atriz Sand Van Roy. A decisão foi decretada pelo tribunal de justiça francês nesta quarta-feira (21/6) e colocou um fim no processo que durou mais de cinco anos. Ao longo desse período, o julgamento foi marcado por vários episódios que inocentaram Besson. Em comunicado divulgado pelo The Hollywood Reporter, o advogado do diretor, Thierry Marembert, declarou sua vitória. “Confirma todas as decisões dos últimos cinco anos que o consideraram inocente. Assim, definitivamente, põe fim a este processo iniciado em 2018, durante o qual Luc Besson foi sistematicamente inocentado por todos os magistrados que examinaram o caso. Como advogado, saúdo este procedimento exemplar, que permitiu a manifestação da verdade de que Luc Besson é inocente”, disse. A atriz belga-holandesa havia apresentado a primeira denúncia por estupro contra o diretor francês em maio de 2018. Um dia antes do ocorrido, ela se encontrou com ele no hotel de luxo Le Bristol, em Paris. Dois meses depois, a atriz acrescentou outros estupros e agressões sexuais cometidas por Besson na denúncia. Vale mencionar que ela manteve um relacionamento de dois anos com o diretor, quando fez pequenos papéis em alguns de seus filmes, como “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” (2017). O caso começou a apresentar problemas quando a atriz fez exames toxicológicos para corroborar sua alegação de que tinha sido drogada pelo diretor, mas o resultado foi negativo. No final daquele mesmo ano, Besson foi interrogado pela polícia e os promotores encerraram a investigação inicial em fevereiro de 2019, sob a justificativa de falta de evidências. Inconformada com a situação, a atriz apresentou nova denúncia em âmbito civil, que gerou uma reabertura do processo.   Mais oito acusações de agressão Após a acusação de Van Roy, o portal francês Mediapart foi atrás de outras denúncias e colheu depoimento de oito mulheres não identificadas, que também apresentaram acusações de assédio, basicamente por gestos considerados inadequados. Na época, o movimento #MeToo estava repercutindo em Hollywood, o que incentivou mulheres a acusarem agressores que atuavam na indústria do entretenimento, como foi o caso do produtor Harvey Weinstein. Dentre as acusações contra Besson, uma ex-funcionária, encarregada da seleção de elenco em seus filmes, denunciou o diretor por conta de um ambiente de trabalho extremamente sexualizado. Uma atriz não identificada também alegou ter sofrido atos de violência durante as “reuniões profissionais” do diretor em quartos de hotel no início dos anos 2000, onde ele teria se jogado sobre ela. Todas as acusações estariam prescritas e não geraram processos.

    Leia mais
  • Etc

    Bill Cosby enfrenta 9 acusações novas de agressão sexual

    15 de junho de 2023 /

    Bill Cosby, ator e comediante americano, enfrenta novas acusações de agressão sexual. Ao todo, nove mulheres alegam que foram drogadas e agredidas por Cosby entre os anos de 1979 e 1992, em casas, vestiários e hotéis em Las Vegas, Reno e Lake Tahoe, nos Estados Unidos. De acordo com o site The Hollywood Reporter, os processos foram abertos em um tribunal federal de Nevada. Em uma das acusações, a vítima relata que Cosby a chamou de Nova York para Nevada, alegando que seria seu “mentor de atuação”. Ao invés disso, o ator a estuprou em um quarto de hotel após drogá-la com uma bebida que ele afirmava ser espumante sem álcool.   Nova lei viabiliza acusações contra Cosby O novo processo surge algumas semanas após o governador de Nevada, Joe Lombardo, assinar uma lei que suspende o prazo de prescrição de dois anos para adultos que desejam entrar com processos por abuso sexual. Dessa forma, não há mais uma restrição de tempo para uma vítima poder denunciar o agressor, viabilizando punições por crimes cometidos há muitos anos. Uma das acusadoras de Cosby, identificada como Lise-Lotte Lublin, é natural do estado e apoiou a mudança na lei. “Durante anos, lutei pelos sobreviventes de agressão sexual, e hoje é a primeira vez que poderei lutar por mim mesma”, declarou. “Com a nova mudança na lei, agora posso levar meu agressor Bill Cosby ao tribunal. Minha jornada está apenas começando, mas sou grata por esta oportunidade de buscar justiça”. Ela afirmou que o ator a estuprou em um hotel em Las Vegas em 1989. A lista de denunciantes inclui uma ex-modelo da Playboy, que alegou ter sido drogada e agredida sexualmente por Cosby, juntamente com outra mulher, em sua residência em 1969. O responsável pelas relações públicas de Cosby, Andrew Wyatt, criticou essas leis em um comunicado, afirmando que as mulheres estão buscando atenção da mídia ao processar o ator. “A partir de hoje, não permitiremos mais que essas mulheres apresentem múltiplas alegações supostas contra o Sr. Cosby sem que sejam examinadas no tribunal de opinião pública e no tribunal em si”, declarou.   #MeToo colocou o ator na prisão por 3 anos Anteriormente, o artista de 85 anos chegou a ser condenado por estupro, além de enfrentar acusações de agressão e assédio sexual por mais de 60 mulheres. Cosby foi a primeira celebridade a ser julgada e condenada na época do movimento #MeToo, movimento liderado por diversas artistas e ativistas para incentivar mulheres a denunciarem crimes de violência sexual. Ele passou quase três anos em uma prisão estadual na Filadélfia antes de ter sua condenação anulada por um tribunal superior em 2021. Mesmo assim, o ator voltou a enfrentar processos. No início deste ano, um júri de Los Angeles concedeu uma indenização de US$ 500 mil a uma mulher que afirmou ter sido abusada sexualmente por Cosby na Mansão Playboy quando ela tinha apenas 16 anos, em 1975.

    Leia mais
  • Filme

    Cannes: Volta de Johnny Depp ao cinema enfrenta protestos e questionamentos

    16 de maio de 2023 /

    O 76º Festival de Cannes teve início nesta segunda-feira (16/5) e já serviu de cenário para protestos. Nas redes sociais, os apoiadores da atriz Amber Heard (“Aquaman”) manifestaram seu descontentamento com o festival, que irá exibir o novo filme estrelado por Johnny Depp, “Jeanne Du Barry”. No ano passado, Heard e Depp se enfrentaram em uma batalha judicial, da qual o ator saiu vitorioso, mas não sem expor bastidores horripilantes e violentos de seu casamento. Para completar, recentemente, em meio as controvérsias envolvendo Depp, também foi reportado uma agressão da diretora de “Jeanne Du Barry”, Maïwenn, contra um jornalista francês. O longa vem recebendo críticas negativas nas últimas semanas por dar uma nova chance à carreira de Depp como ator, já que o filme é seu primeiro trabalho em três anos. A última produção estrelada por Depp tinha sido o drama “Minamata”, lançado em 2020. O retorno do ator às telonas tem causado indignação dos apoiadores de Amber Heard. Em novembro de 2022, mais de 140 organizações e indivíduos voltados para os direitos das mulheres e a violência doméstica assinaram uma carta aberta em apoio a Amber Heard, contra difamação e assédio online contínuo. Embora Depp e Heard tenham chegado a um acordo em dezembro, com Heard pagando a ele US$ 1 milhão, que ele disse que será doado para instituições de caridade, a controvérsia persiste. Os fãs de Depp também lançaram campanhas de mídia social contra a atriz, incluindo uma petição online com mais de 4,5 milhões de assinaturas pedindo sua remoção do próximo filme “Aquaman e o Reino Perdido” (2023). Com a nova estreia de Depp em Cannes, os apoiadores de Heard estão se manifestando. A jornalista Eve Barlow postou uma mensagem com a hashtag, afirmando: “Cannes parece orgulhoso de sua história de apoio a estupradores e agressores”, e compartilhou um infográfico questionando por que o festival dá visibilidade a predadores. A pessoa por trás da conta do Twitter @LeaveHeardAlone, identificada como Rebecca, conversou com a Variety sobre os motivos de sua franqueza online em relação a Cannes. Rebecca afirmou que o caso Depp vs. Heard se tornou um veículo para a reação contra o movimento #MeToo, e que a indústria cinematográfica parece estar utilizando essa reação para retornar ao status quo. A abertura do festival com Johnny Depp é percebida como um desrespeito. Rebecca ressaltou que a campanha visa destacar a questão maior de homens acusados de abuso sendo protegidos e apoiados pela indústria cinematográfica. Em defesa da escalação do filme para abrir o festival, o diretor de Cannes, Thierry Fremaux, procurou se isentar com a desculpa de que vive em outro país – ou planeta. “Não sei sobre a imagem de Johnny Depp nos Estados Unidos”, disse ele durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira. “Para dizer a verdade, na minha vida só tenho uma regra: é a liberdade de pensar, e a liberdade de expressão e ação dentro de um quadro legal”. Até a atriz Brie Larson (“Vingadores: Ultimato”) foi questionada sobre o caso. Neste ano, a interprete da Capitã Marvel será uma das juradas no festival pela primeira vez, onde fará parte da escolha do vencedor da Palma de Ouro. Durante uma entrevista coletiva do júri do festival, nesta terça-feira (16/5), a atriz não se prolongou ao responder se iria assistir a estreia do filme de Depp. “Você está me perguntando isso? Me desculpe, mas não entendo a correlação e por que está perguntando para mim. Você vai ver, se eu vou ver. Eu não sei como me sinto sobre isso”, disse. Como o novo longa com Depp não está competindo no festival, a atriz não é obrigada a comparecer à sessão. “Tenho o mesmo nível de preparação e cuidado de tudo, seja qual for o orçamento. Um filme é um filme. Esta é a minha primeira vez aqui. Tenho certeza que [os filmes] terão uma ampla gama de escopo, e é isso que torna este festival tão especial”, respondeu ao ser questionada se também iria assistir aos blockbusters que serão exibidos no evento. A atriz é conhecida pelos seus posicionamentos em defesa dos direitos femininos, como seu apoio ao movimento #MeToo, que defende as vítimas de agressão sexual. Um exemplo de seu posicionamento aconteceu durante a cerimônia do Oscar em 2017, quando ela não aplaudiu o ator Casey Affleck, que enfrentava acusações de assédio, quando ele ganhou o prêmio de Melhor Ator por “Manchester à Beira-Mar”. Em sua première no festival francês nesta terça-feira (16/05), “Jeanne Du Barry” contou com a presença de Johnny Deep ao lado da diretora Maïwenn no tapete vermelho, e Brie Larson foi, sim, assistir a abertura do festival junto dos demais jurados. Depp recebeu aplausos dentro do cinema ao chegar para se sentar, enquanto um membro da plateia foi ouvido gritando: “Go, Johnny!”

    Leia mais
  • Etc

    Brendan Fraser se recusa a ir ao Globo de Ouro: “Não sou hipócrita”

    16 de novembro de 2022 /

    O ator Brendan Fraser, que vem de uma performance elogiada em “The Whale” (A Baleia) e é considerado presença garantida nos diversos eventos de premiação da temporada, afirmou que não aceitará convite para participar do Globo de Ouro 2023. A cerimônia marcará 20 anos de um abuso que ele sofreu de um ex-presidente da associação responsável pelo prêmio. Ele deixou clara sua posição numa entrevista para a revista GQ publicada nesta quarta-feira (16/11), em que lembrou o assédio cometido por Philip Berk, ex-presidente da HFPA (Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood), que organiza o Globo de Ouro. “Tenho mais história com a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood do que respeito pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood”, afirmou o ator. “É pelo histórico que tenho com eles [que não vou participar]. E minha mãe não criou um hipócrita. Você pode me chamar de muitas coisas, mas não disso”, completou A denúncia do assédio aconteceu em 2018 na própria GQ. Em uma longa reportagem publicada pela revista americana, o astro da trilogia “A Múmia” revelou que, além da atenção necessária para cuidar do filho autista, o assédio o deixou depressivo e até o desistimulou a continuar a carreira. Em 2003, durante um almoço realizado pela HFPA, à época do Globo de Ouro, Philip Berk apertou as nádegas do ator e enfiou o dedo. “Sua mão esquerda se aproximou, me agarrou na poupa da minha bunda e um de seus dedos tocou no períneo. E começou a movê-lo”, descreveu o ator na publicação. Fraser diz que o gesto o deixou paralisado. “Eu me sentia mal. Eu me senti como uma pequena criança. Senti como se houvesse uma bola na garganta. Eu pensei que ia chorar”. Ele conta que deixou o local imediatamente e cogitou contar o episódio a um policial do lado de fora do local, mas se sentiu humilhado. “[Isso] me fez recolher. Isso me fez sentir recluso.” Em resposta à denúncia, a HFPA declarou ter investigado as alegações e chegado à conclusão de que nada de grave aconteceu. Teria sido uma “piada” mal-interpretada, segundo comunicado oficial. Berk continuou na associação até o ano passado, quando foi demitido devido à circulação de um email racista, em meio às críticas de racismo sofridas pela própria HFPA. Brendan Fraser aproveitou para admitir que apenas os movimentos #MeToo e “Time’s Up” fizeram ele se sentir pronto para falar sobre o que aconteceu. “Eu conheço Rose [McGowan], conheço Ashley [Judd], conheço Mira [Sorvino] – já trabalhei com elas. Eu as chamo de amigas em minha mente. Não falo com elas há anos, mas são minhas amigas. Eu assisti a esse movimento maravilhoso, essas pessoas com coragem de dizer o que eu não tive coragem de dizer. Só eu sei qual é a minha verdade. E é o que eu acabei de falar com você”, finalizou.

    Leia mais
  • Etc

    Diretor de “Crash – No Limite” é condenado a pagar US$ 10 milhões à vítima de estupro

    15 de novembro de 2022 /

    O cineasta Paul Haggis (“Crash – No Limite”) foi condenado a pagar US$ 2,5 milhões em danos punitivos adicionais à Haleigh Breest, uma profissional de relações públicas que o acusou de abuso sexual. A condenação se soma ao valor de US$ 7,5 milhões concedidos na última quinta (10/11), quando foi originalmente condenado por estupro. Ao todo, o diretor precisará pagar US$ 10 milhões à vítima. Após a sentença, Haggis disse não ter dinheiro para cumprir a sentença e prometeu apelar da decisão do tribunal. “Hoje o júri soube o que os advogados da oposição sabem há anos, que eu gastei todo o dinheiro que tenho à minha disposição”, disse ele do lado de fora do tribunal. “Destruí meu plano de previdência. Eu vivi de empréstimos para pagar este caso em uma crença muito ingênua na justiça. Bem, agora vamos ver o que o tribunal de apelações dirá. Porque nós absolutamente apelaremos. Não posso viver com mentiras como esta. Vou morrer limpando meu nome.” Sua advogada, Priya Chuadhry, completou afirmando que “durante este julgamento, não tivemos permissão para dizer ao júri que o Sr. Haggis está basicamente sem um tostão, e agora o mundo sabe. E estamos ansiosos para limpar o nome dele”. A vítima, Haleigh Breest, não fez comentários fora do tribunal, mas posteriormente seus advogados divulgaram uma declaração. “Após a decisão de sexta-feira de responsabilizar o Sr. Haggis por suas ações, temos o prazer de ver o júri continuar a reconhecer os danos causados à nossa cliente, concedendo-lhe danos punitivos”, disseram os advogados. “A decisão deles envia uma mensagem poderosa de que o comportamento repreensível de Haggis não será tolerado de forma alguma. Estamos orgulhosos de nossa cliente, Haleigh Breest, pela coragem que ela demonstrou ao apresentar este caso e compartilhar publicamente a verdade do que aconteceu com ela. Esperamos que a decisão do júri aqui estabeleça um precedente sobre como outros casos do movimento #MeToo serão decididos daqui para frente.” O julgamento tratou de uma agressão sexual cometida no início de 2013, quando Breest trabalhava assessorando estreias de filmes. Depois de uma festa após a exibição de um filme, Haggis lhe ofereceu uma carona para casa e a convidou para seu apartamento em Nova York para tomar uma bebida. Uma vez dentro do apartamento, Haggis a submeteu a avanços indesejados e, por fim, a obrigou a fazer sexo oral e a estuprou, apesar das súplicas dela pedindo para ele parar. Em sua defesa, Haggis disse que Breest era paqueradora e, embora às vezes seus desejos parecessem “conflitantes”, ela iniciou os beijos e o sexo oral de maneira consensual. Ele disse que não conseguia se lembrar se eles tiveram relações sexuais. Os jurados ficaram do lado de Breest, que disse que sofreu consequências psicológicas e profissionais após seu encontro com Haggis. “Achei que ia pegar carona para casa. Eu concordei em tomar uma bebida. O que aconteceu nunca deveria ter acontecido. Não tinha nada a ver comigo, e tudo a ver com ele e suas ações”, disse ela aos jurados. Outras quatro mulheres também testemunharam que sofreram avanços forçados e indesejados – e, em um caso, estupro – de Haggis em diferentes ocasiões, desde 1996. Nenhuma das quatro entrou com uma ação legal como Breest. “Seu comportamento me mostrou que ele era alguém que nunca iria parar”, testemunhou uma mulher, dizendo que Haggis tentou beijá-la diversas vezes contra sua vontade e até a seguiu para dentro de um táxi e ao seu apartamento em Toronto em 2015. Os advogados do diretor tentaram atacar a credibilidade das acusadoras. Haggis negou todas as acusações e disse aos jurados que as acusações o deixaram abalado. “Estou com medo porque não sei por que essas mulheres – ou por que alguém – mentiriam sobre coisas assim”, disse ele. E sua defesa apresentou aos jurados várias outras mulheres – incluindo sua ex-esposa, a atriz Deborah Rennard – que disseram que Haggis as respeitavam quando elas rejeitavam suas propostas românticas ou sexuais. Durante as três semanas de depoimentos, o julgamento examinou mensagens de texto que Breest enviou a amigos sobre o que aconteceu com Haggis, além de e-mails trocados entre eles antes e depois da noite em questão, e apontou algumas diferenças entre os testemunhos diante do júri e o que registraram os primeiros documentos do tribunal. Além disso, os jurados ouviram extensos testemunhos sobre a Igreja da Cientologia, a religião fundada pelo autor de ficção científica e fantasia L. Ron Hubbard na década de 1950. Haggis foi um adepto da religião por décadas antes de renunciar publicamente e denunciar a Cientologia em 2009. Por meio do testemunho de Haggis e outros ex-membros da Cientologia, sua defesa argumentou que a igreja pretendia desacreditá-lo e poderia ter algo a ver com o processo. Nenhuma testemunha disse que sabia que as acusadoras de Haggis ou os advogados de Breest tinham quaisquer ligações com a Cientologia, e a própria defesa de Haggis reconheceu que Breest não estava envolvida com a religião. Ainda assim, a advogada de Haggis, Priya Chaudhry, procurou persuadir os jurados de que há “pegadas, embora talvez não as impressões digitais, do envolvimento da Cientologia aqui”. Os advogados de Breest chamaram essa linha de defesa de “uma teoria da conspiração vergonhosa e sem respaldo”. O veredicto saiu em meio a outros casos de abuso sexual envolvendo a indústria do entretenimento. Recentemente, outro júri decidiu que Kevin Spacey não abusou sexualmente do ator e então adolescente Anthony Rapp em 1986. Enquanto isso, o ator Danny Masterson e o ex-produtor Harvey Weinstein estão sendo julgados, separadamente, por acusações criminais de estupro em Los Angeles. Ambos negam as acusações, e Weinstein também está apelando de uma condenação em Nova York. Todos os quatro casos foram gerados pelo movimento #MeToo, que revelou os comportamentos abusivos de pessoas poderosas de Hollywood. Breest, em particular, disse que decidiu processar Haggis porque as manifestações públicas que ele fez contra Weinstein a enfureceram: “Esse homem me estuprou e estava se apresentando como um defensor das mulheres para o mundo”, lembrou ela. Além de ter vencido o Oscar de Melhor Filme por “Crash – No Limite” (2004), Haggis também foi responsável pelos roteiros de “Menina de Ouro” (2004), pelo qual foi indicado ao Oscar, “A Conquista da Honra” (2006) e “007: Cassino Royale” (2006), entre muitos outros. Ele também dirigiu os filmes “No Vale das Sombras” (2007), “72 Horas” (2010) e “Terceira Pessoa” (2013) e a minissérie “Show Me a Hero” (2015).

    Leia mais
  • Etc

    Primeira Dama da Califórnia vai depor como vítima no julgamento de Weinstein

    10 de outubro de 2022 /

    A documentarista Jennifer Siebel Newsom (“Fair Play”), esposa do atual governador da Califórnia, Gavin Newsom, vai depor como vítima no julgamento do produtor Harvey Weinstein (“Os Oito Odiados”), que começou nessa segunda (10/10), em Los Angeles. A data do depoimento de Newsom ainda não foi divulgada. “Como muitas outras mulheres, minha cliente foi agredida sexualmente por Harvey Weinstein em uma suposta reunião de negócios que acabou sendo uma armadilha”, disse a advogada Elizabeth Fegan, ao site Deadline. “Ela pretende testemunhar em seu julgamento a fim de buscar alguma medida de justiça para as sobreviventes e como parte do trabalho de sua vida para melhorar a vida das mulheres”. A advogada ainda afirmou que Newsom não pretende discutir este assunto fora do tribunal e pediu respeito pela decisão da Primeira Dama. Até esta segunda identificada apenas como “Jane Doe” (Joana Ninguém) no processo, Newsom teria sido estuprada por Weinstein entre setembro de 2004 e setembro de 2005, em Los Angeles, de acordo com documentos judiciais. Apesar de ter sido revelada agora como acusadora, Jennifer Siebel Newsom (que além de ser documentarista também tem uma extensa carreira como atriz) já tinha assumido que era uma das vítimas do produtor. Ela detalhou o ataque de Weinstein em um artigo publicado em 2017, no Huffington Post. “Eu era ingênua, nova na indústria e não sabia como lidar com seus avanços agressivos – convites de trabalho de um amigo tarde da noite no Festival de Cinema de Toronto e, mais tarde, um convite para encontrá-lo e conversar sobre um papel no Hotel The Peninsula, onde a equipe estava presente e, de repente, desapareceram, deixando-me sozinha com essa lenda de Hollywood extremamente poderosa e intimidadora”, escreveu ela na ocasião. O relato original de Siebel Newsom veio logo após o jornal New York Times expor as décadas de estupros, agressões e ameaças de assédio de Weinstein contra atrizes e outras mulheres na indústria do entretenimento. Weinstein está enfrentando quatro acusações de estupro, quatro acusações de cópula oral forçada, uma acusação de penetração sexual forçada, uma acusação de agressão sexual por contenção e agressão sexual, em diferentes incidentes envolvendo cinco mulheres no condado de Los Angeles, entre 2004 a 2013. Ele já foi condenado a 23 anos de prisão por um júri de Manhattan em março de 2020 por conta de outros crimes sexuais, e pode aumentar sua sentença para 140 anos de prisão se for considerado culpado em Los Angeles. O julgamento iniciou com a seleção do júri, processo que pode durar até duas semanas. Portanto, as acusadoras e suas testemunhas só devem começar a ser ouvidas depois do dia 22 de outubro. A expectativa é que o processa tenha duração de até dois meses no tribunal. Atualmente, Weinstein apela da decisão do tribunal de Nova York para tentar reverter ou diminuir sua sentença. O documentário mais recente de Jennifer Siebel Newsom, “Fair Play” (2022), venceu o Bergen International Film Festival. Seus trabalhados anteriores incluem “The Mask You Live In” (2015), vencedor de um prêmio no Festival Internacional de Las Vegas, e “Miss Representation” (2011), indicado ao Grande Prêmio do Juri no Festival de Sundance.

    Leia mais
  • Filme

    Ela Disse: Trailer recria bastidores da reportagem que derrubou Harvey Weinstein

    15 de julho de 2022 /

    A Universal divulgou o trailer legendado de “Ela Disse”, drama baseado nas denúncias de assédio, abuso e estupro contra um dos mais poderosos produtores de Hollywood, Harvey Weinstein. A prévia mostra Carey Mulligan (“Bela Vingança”) e Zoe Kazan (“Doentes de Amor”) no papel das jornalistas do New York Times que investigaram e publicaram pela primeira vez as denúncias contra Weinstein, que abalaram Hollywood e deram início ao movimento #MeToo. Apesar da dificuldade inicial para conseguir quem assumisse as denúncias – conforme o trailer mostra – , uma vez publicada a reportagem inspirou uma centena de mulheres, inclusive estrelas de primeira grandeza de Hollywood, a revelar as tentativas de abusos e até mesmo estupros praticados impunemente pelo produtor – e dono de estúdio de cinema – por mais de três décadas. A sucessão de acusações fez ruir um esquema de proteção que incluía pagamentos por baixo dos panos, acordos de confidencialidade, ameaças de retaliação profissional e até serviços de vigilância e intimidação profissional, levando o magnata à julgamento e para a cadeia. Ao vir à tona, os crimes de Weinstein também tiveram um efeito dominó, inspirando novas denúncias contra poderosos chefões que abalaram os alicerces da indústria do entretenimento e as relações trabalhistas em todo o mundo – com ecos até na queda do presidente da CBF e da Caixa Econômica Federal no Brasil. O é baseado no livro de mesmo nome, lançado em 2019, que conta os detalhes da investigação sobre os boatos que circulavam há anos a respeito da conduta sexual de Weinstein. A história foca nos bastidores de meses de investigações e obstáculos legais que as jornalistas enfrentaram para publicar suas reportagens, lutando contra a fortuna e o poder de um homem que ganhou mais agradecimentos que Deus na História do Oscar. As personagens principais são as jornalistas Megan Twohey e Jodi Kantor, que fizeram a apuração, publicaram a reportagem, escreveram o livro e ganharam o prêmio Pulitzer (o Oscar do jornalismo) com a história. Mulligan vive Twohey e Kazan é Kantor na adaptação cinematográfica, que tem roteiro da inglesa Rebecca Lenkiewicz (“Desobediência”) e direção de Maria Schrader (da minissérie “Nada Ortodoxa”). Weinstein, que argumentou em sua defesa ter feito apenas sexo consensual, foi condenado em março de 2020 em Nova York a 23 anos de prisão por estupro e abuso sexual. Ele ainda enfrenta outras acusações de estupro em Los Angeles. “Ela Disse” estreia em 18 de novembro nos EUA e ainda teve a data de lançamento confirmada no Brasil.

    Leia mais
  • Etc

    Diretor de “Aftershock” é condenado a cinco anos de prisão no Chile

    17 de maio de 2022 /

    O diretor Nicolás López foi condenado a cinco anos de prisão no Chile na segunda-feira (16/5) após ser condenado por agressão sexual contra duas atrizes. Ele é conhecido pelo filme de catástrofe “Aftershock” (2012), em que dirigiu Eli Roth e Selena Gomez, e pelo roteiro de “Bata Antes de Entrar” (2015), estrelado por Keanu Reeves e Ana de Armas. O cineasta chileno foi condenado no Tribunal Criminal Oral de Viña del Mar, perto de Santiago, de acordo com uma reportagem da Associated Press. O tribunal também o absolveu de três acusações de estupro, incluindo uma de menor, devido à insuficiência de provas. Ele foi condenado por abuso em incidentes que ocorreram entre 2004 e 2016. Os promotores acusaram López de aproveitar as reuniões de trabalho e seu status de chefe para atacar atrizes e forçá-las a ter relações sexuais. Ele convidaria mulheres para testes em sua produtora ou em sua casa, onde lhes propunha relações sexuais em troca de trabalho. As denúncias vieram à tona em 2018 no jornal chileno El Mercurio, com queixas de oito mulheres, que se apresentaram alegando abuso. López, que trabalhou com algumas das atrizes jovens mais conhecidas do Chile, graças a sucessos de bilheteria local como as comédias “Sin filtro” (2016) e “Não Estou Louca” (2018), negou irregularidades, mas os investigadores recuperaram mensagens de texto que reforçaram a acusação. O processo causou grande escândalo no Chile, dando início a uma versão nacional do movimento #MeToo, que denunciou vários casos de abuso sexual cometidos por pessoas poderosas, especialmente na indústria do entretenimento. O veredito de culpado foi declarado no mês passado, mas a sentença e a prisão só foi decretada agora.

    Leia mais
  • Série

    “Bull” é cancelada na 6ª temporada

    19 de janeiro de 2022 /

    A rede CBS vai finalmente tirar “Bull” do ar. O drama legal terminará em sua 6ª temporada, que está atualmente em exibição nos EUA. O cancelamento foi adiantado pelo astro Michael Weatherly, que tuitou na terça-feira (18/1) que “foi um privilégio interpretar o Dr. Jason Bull, mas depois de 6 temporadas de histórias incríveis, é hora de buscar novos desafios criativos e encerrar sua história”. Teria sido a decisão do ator de não renovar seu contrato que levou ao cancelamento da atração, segundo apurou o site The Hollywood Reporter. O fato de Weatherly decidir o destino do programa é… sem comentários. Muitos esperavam que “Bull” fosse acabar há três anos, quando a CBS precisou pagar US$ 9,5 milhões à atriz Eliza Dushku como indenização por assédio praticado por Weatherly, e por ter sido dispensada após denunciar o incômodo à produção. Weatherly disse que fez apenas piadas, não sofreu punição e emitiu um comunicado dizendo que não tinha culpa pela demissão da atriz. “Mais de 10 milhões de pessoas veem ‘Bull’ toda semana. Michael é adorado pelo nosso público e, mesmo depois dessas denúncias, todo mundo continua assistindo. Então, é uma atração popular que queremos manter no ar”, disse sem rodeios o presidente da emissora, Kelly Kahl, em 2019. Ela ainda está à frente da empresa. Dois anos depois, os bastidores da série voltaram a render escândalo. Denúncias dos roteiristas contra abusos morais e a transformação do ambiente de trabalho num local tóxico levaram a CBS a demitir o produtor Glenn Gordon Caron, showrunner da série, em 2021. O caso não é isolado. A quantidade de denúncias de abuso moral nas séries da CBS é anormal. Nos últimos anos, atores de “NCIS: New Orleans”, “SEAL Team”, “Hawaii Five-0”, “Magnum” e “MacGyver” denunciaram produtores poderosos que foram demitidos. Em compensação, a maioria dessas séries foi cancelada logo em seguida. Por outro lado, os astros das produções permanecem intocados. A mesma impunidade dada a Michael Weatherly se estendeu a outro ator famoso de série da CBS. Uma denúncia de Pauley Perrette contra Mark Harmon, por agressão nas gravações de “NCIS”, não deu em nada, considerando a permanência do ator até a 19ª temporada, atualmente em exibição. Vale lembrar que a CBS é a mesma rede que teve seu presidente Les Moonves envolvido em várias denúncias de assédio e abuso sexual, trazidas à tona em reportagens da revista New Yorker por diversas mulheres, inclusive funcionárias da empresa. Moonves foi o executivo mais poderoso da TV tolhido pelo movimento #MeToo, que surgiu no final do ano passado, após a exposição dos casos de abuso praticados pelo produtor Harvey Weinstein ao longo de três décadas. Para evitar ser demitido do comando da empresa, ele pediu demissão em 2018, buscando realizar um acordo milionário para sua saída do cargo.

    Leia mais
 Mais Pipoca
Mais Pipoca 
@Pipoca Moderna 2025
Privacidade | Cookies | Facebook | X | Bluesky | Flipboard | Anuncie