Ativistas de Hong Kong realizam boicote bem-sucedido ao filme chinês Ip Man 4
Ativistas pró-democracia em Hong Kong organizaram um boicote ao filme de artes marciais “Ip Man 4: The Finale”, que encerra a franquia “O Grande Mestre” (Ip Man), para protestar contra postura pró-Pequim do produtor Raymond Wong e das estrelas Donnie Yen e Danny Chan. A quarta parte da bem-sucedida franquia quebrou recordes de bilheteria na China, Taiwan e Cingapura. Mas, em Hong Kong, faturou apenas US$ 660 mil em sua estreia no fim de semana passado, atrás de “Star Wars: A Ascensão Skywalker” (que fracassou na China). Para desencorajar o público a assistir ao filme, os ativista encontraram uma forma criativa de manifestação, que troca piquetes por publicações de spoilers do filme nas redes sociais e cartazes em pontos estratégicos com a hashtag #BoycottIpMan4. O boicote foi organizado por usuários do fórum LIHKG, o similar local do Reddit, que tem sido um dos centros estratégicos do movimento pró-democracia de Hong Kong, iniciado em junho e enfrentado de forma dura pelas forças policiais. A ação faz parte da iniciativa popular “círculo econômico amarelo”, que começou a ganhar força nos últimos meses, com o objetivo de valorizar restaurantes, lojas e marcas que apoiam o movimento e prejudicar estabelecimentos “azuis” ou pró-China. Mapas e guias de “restaurantes/lojas amarelos” foram elaborados para incentivar o apoio de cidadãos de Hong Kong aos empreendedores democráticos. Raymond Wong tem notória posição pró-China, tendo organizado um fundo para uma organização contrária a movimentos por democracia em 2014 e criticado publicamente a vitória do drama politizado “Ten Years” no Hong Kong Film Awards em 2015, chamando a consagração do filme na cerimônia de “um grande erro” e “uma piada”. Donnie Yen, que interpreta o personagem-título da franquia, mostrou sua posição política ao subir ao palco e cantar com o líder chinês Xi Jinping em uma festa de gala comemorativa do 20º aniversário da reincorporação de Hong Kong à China continental, em 2017, além de ter feito uma declaração no início deste ano reafirmando a importância da “determinação da pátria”. E Danny Chan, que interpreta Bruce Lee no final da saga (Ip Man foi o mestre de Bruce Lee na vida real), tem apoiado abertamente a polícia de Hong Kong, postando nas mídias sociais que a polícia não deve “pegar leve com nenhum [manifestante]” nem “deixar ninguém escapar”. O produtor veterano Wong inaugurou a franquia “Ip Man” em 2008, fazendo de Yen uma estrela e abrindo caminho para seu envolvimento em superproduções de Hollywood, incluindo o spin-off de “Star Wars”, “Rogue One”, e o vindouro remake live-action de “Mulan”. “Mulan”, por sinal, deve se tornar o próximo alvo de boicote na região. Além de contar com Yen em papel importante, a intérprete da personagem-título, Liu Yifei, expressou apoio à repressão do movimento democrático. A atriz, que também é conhecida como Crystal Liu, usou a plataforma Weibo para dizer que “apoia os policiais” que estão reprimindo brutalmente as manifestações e que as críticas à repressão são “uma vergonha para Hong Kong”. Entretanto, a questão não é assim tão simples. A China é um país totalitário. Muitos confundem a liberdade econômica que tornou o gigante asiático numa potência comercial com a chegada de uma suposta democracia à região, mas a ditadura comunista continua no poder. E sua capacidade de retaliação lembra pesadelos stalinistas, com artistas sendo presos na calada da noite apenas por criticarem o governo ou por agirem de forma a contrariar os princípios do partido. Vale lembrar do sumiço forçado da atriz Fan Bingbing, que foi levada a lugar desconhecido e “pressionada” por cerca de quatro meses para confessar supostos crimes de sonegação de impostos, sendo liberada apenas após “pedir perdão” ao povo chinês pela mesma Weibo e assumir a culpa pelo que o governo a acusava. Neste ano, também veio à tona a notícia de que a China estava obrigando todos seus estúdios e artistas a boicotar a mais tradicional premiação do cinema da região, porque ela é realizada em Taiwan, que, como Hong Kong, rebela-se contra o poder central. Se algum artista chinês participasse ou simplesmente fosse premiado no Golden Horse Awards 2019, que aconteceu em novembro, ficaria proibido de trabalhar no país. Ninguém se rebelou e apenas participantes de Taiwan, Malásia e Singapura concorreram ao chamado “Oscar chinês” deste ano.
Quentin Tarantino rejeita censura da China a Era Uma Vez em Hollywood
O novo filme de Quentin Tarantino, “Era Uma Vez… Em Hollywood”, não será exibido na China. O governo chinês exigiu que algumas cenas fossem alteradas e o diretor se recusou a ceder à pressão, preferindo simplesmente deixar os burocratas do país proibirem sua exibição. Ele se tornou um dos raros cineastas a se impor contra o dinheiro brandido pelos chineses, que tem feito Hollywood se sujeitar à censura local. A censura chinesa teria sido consequência de um apelo de Shannon Lee, filha do lendário ator Bruce Lee, que criticou a maneira como seu pai foi retratado no filme. Ela chegou a polemizar com Tarantino a esse respeito e, segundo apurou a revista The Hollywood Reporter, solicitou à Administração Nacional de Cinema da China que obrigasse o diretor a mudar a forma como Bruce Lee aparece em cena. Em 2013, quando Tarantino ainda trabalhava com o estúdio de Harvey Weinstein, “Django Livre” foi reeditado por conta de seu conteúdo violento e sexual para o mercado chinês. Mas esta versão fracassou, o que fortalece a posição de resistência do cineasta às mudanças pedidas. A Sony aceitou a decisão do diretor, preferindo manter uma boa relação com Tarantino à incerteza de uma boa bilheteria no país. Recentemente, a série animada “South Park” satirizou a política de censura na China e a boa vontade de diversas celebridades e artistas para fazer concessões, permitindo cortes em suas obras para lucrar no país. Logicamente, não só esse episódio teve a exibição proibida na China como toda a série se tornou indisponível no país, de um dia para o outro.
Censura chinesa à Bohemian Rhapsody irrita fãs do Queen e gays do país
A censura sofrida por “Bohemian Rhapsody” nos cinemas da China foi lamentada por fãs do Queen e gays do país. Os censores locais decidiram cortar uma série de cenas relacionadas à sexualidade de Freddie Mercury (Rami Malek), as referências à Aids e os momentos em que a banda consome drogas. “As cenas deletadas afetam a história. O filme é sobre como Freddie encontrou sua identidade, e sua sexualidade é parte disso”, disse Peng Yanzi, ativista de direitos LGBTQIA+ na China e fã de longa data do Queen, em entrevista à revista americana Billboard, que realizou reportagem sobre a polêmica. Outra ativista, Hua Zile, fez questão de comparar a versão chinesa de “Bohemian Rhapsody” com a exibida no território semiautônomo de Hong Kong, que não sofreu censura. “É uma pena o que eles fizeram com o filme”, comentou. “Isso enfraquece a identidade gay do personagem. É desrespeitoso à experiência real de Mercury, e deixa o personagem superficial. Não o vemos crescendo”. Entre as cenas cortadas pelos censores chineses, estão o momento em que Mercury diz para Mary Austin, então sua mulher, que pode não ser heterossexual. O momento em que o vocalista conta aos companheiros de banda que tem AIDS ficou sem o áudio. Su Lei, que trabalha como contadora, disse à Billboard que leu a biografia de Mercury antes de assistir ao filme. “Os cortes foram desnecessários. É uma nova era na China, influenciada por produtos do Ocidente. Todo mundo seria capaz de entender e aceitar [a sexualidade do personagem]”, disse. A lei chinesa não proíbe a exibição da homossexualidade nos cinemas, mas veta expressamente os temas LGBTQIA+ na TV e nos serviços de streaming disponíveis no país. Apesar disso, os censores chineses costumam não autorizar a exibição de filmes com personagens LGBTQIA+. Filmes americanos premiados como “O Segredo de Brokeback Mountain” e “Moonlight” não estrearam no país, e até a versão para menores de “Deadpool 2” (que inclui um casal lésbico de super-heroínas) precisou fazer cortes para entrar na China.
Bohemian Rhapsody vai mostrar Freddie Mercury heterossexual em versão editada para a China
Não é só “Nasce uma Estrela” que vai ganhar uma nova versão após o Oscar 2019. “Bohemian Rhapsody” também. Mas enquanto o romance musical vai acrescentar músicas de Lady Gaga, a cinebiografia musical vai tirar as cenas que retratam Freddie Mercury consumindo drogas e se portando como um homem gay. A nova versão “reprimida” (antônimo de estendida) será exibida exclusivamente nos cinemas da China, onde o filme estreia em 22 de março. Os censores da China já tinham cortado a tradução da palavra “gay” no discurso de Rami Malek, ao vencer o Oscar de Melhor Ator, na noite de domingo (24/2). Mas, ao contrário da “democracia” russa, o regime do Partido Comunista chinês não tem uma política específica anti-gay. É uma discussão que não sai do armário, e que consiste em barrar sem explicações filmes que promovam este modo de vida. Dirigido pelo taiwanês Ang Lee, “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005), por exemplo, não foi lançado comercialmente no país. Para a exibição no país, a Fox cortou cerca de um minuto do longa. E em vez de fomentar protestos, o corte cirúrgico, ironicamente, virou motivo de chacota por quem já achava ridícula a forma como “Bohemian Rhapsody” minimizou a sexualidade do cantor da banda Queen. Bastou tirar um minuto do longa para Freddie Mercury virar um macho man heterossexual. Mesmo com sua castração, o filme será lançado de forma limitada na China, via National Alliance of Arthouse Cinemas (NAAC), uma iniciativa público-privada dirigida pela China Film Archive e apoiada pelo Estado e por um consórcio de exibidores. No entanto, se a bilheteria for alta, a opção pode ser revisada e render um lançamento em mais salas.
Fan Bingbing teria sido libertada após passar quatro meses sem contato com família e advogados
A atriz chinesa Fan Bingbing já teria sido libertada pela polícia chinesa, depois de ficar “desaparecida” por quase quatro meses, de acordo com a revista americana The Hollywood Reporter. Ela voltou a usar as redes sociais na quarta-feira (3/10) para fazer um pedido de desculpas ao governo de seu país e elogiar o Partido Comunista, após ser divulgado que ela devia cerca de US$ 129 milhões em impostos e multas. “Ela recuperou a sua liberdade e está, relativamente, de bom humor”, declarou um executivo próximo a Bingbing para a revista. Pela primeira vez, um jornal chinês, o South China Morning Post, assumiu que atriz tinha sido presa durante o período em que era tratada apenas como “desaparecida” pelos fãs e mau exemplo pelo governo. Presa, não. Ficou sob “vigilância residencial em um local designado”. A nomenclatura oficial usa eufemismo para não falar em prisão, mas a prática é bem pior que a prisão convencional, e similar à política de sequestro de Estado levada adiante pelos Estados Unidos durante a guerra ao terror do governo de George W. Bush. Estar em “vigilância residencial em um local designado” significa ser levado a um lugar desconhecido, isolado, sem direito a advogado nem contato com qualquer pessoa que não sejam autoridades designadas pelo governo. O sistema chinês permite que a polícia detenha suspeitos que são investigados por colocar a segurança do Estado em risco, como em casos de terrorismo ou corrupção expressiva, em locais desconhecidos, sem acesso a advogados ou contato com a família. Bingbing teria sido levada para um hotel usado por oficiais para investigar suspeitos de corrupção no subúrbio da cidade de Wuxi, na província de Jiangsu. A atriz de 36 anos é uma das maiores celebridades chinesas, conhecida internacionalmente graças à participações em blockbusters como “Homem de Ferro 3” (2013) e “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (2014), além de ter integrado o júri do Festival de Cannes em 2017. Muito ativa nas redes sociais, ela estava sem postar no Weibo, o Twitter chinês, desde julho, após sofrer acusações de fraude fiscal. Na ocasião, a produtora de Fan Bingbing a defendeu e denunciou “calúnias”. Os problemas de Fan Bingbing começaram em maio, quando um ex-apresentador da TV pública compartilhou documentos na internet, que segundo ele eram contratos da atriz. De acordo com os documentos, Fan teria sido paga oficialmente com 10 milhões de yuans (US$ 1,4 milhão) por quatro dias de trabalho, mas na realidade teria recebido outros 50 milhões de yuans. O escândalo deixou em evidência um sistema suspeito de “contratos duplos”, conhecidos com “yin e yang”, em que atores supostamente assinam documentos com salários diferentes, mas só apresentam o de valor mais baixo para o governo. Trata-se de uma tática para reduzir os impostos recolhidos. Pouco após esta denúncia, no fim de junho, o governo chinês anunciou uma ofensiva contra os “salários exagerados” da indústria cinematográfica do país, para impedir evasões fiscais e o “culto ao dinheiro”. Segundo reportou a agência oficial Xinhua, o governo estaria defendendo o “desenvolvimento saudável da indústria cinematográfica” da China. Ao anunciar a investigação de “casos de evasões fiscais de certos filmes e profissionais de TV, alegados em discussões on-line”, a Xinhua afirmou: “Esses problemas não só empurram os custos de programas de televisão e produções de filmes para cima, como afetam a qualidade da criação, destroem a saúde da indústria cinematográfica e criam uma tendência de adoração ao dinheiro”. No mês passado, o nome de Fan Bingbing apareceu em último lugar numa lista oficial do governo sobre responsabilidade social dos 100 artistas mais famosos da TV e do cinema da China. Sua percentagem de responsabilidade social seria de 0%. O governo afirma que as produções chinesas de cinema devem render mais benefícios à sociedade que bilheterias. De forma significativa, a primeira mensagem que ela postou no Weibo, ao ser libertada, lembra o teor dos vídeos de prisioneiros de terroristas, torturados para denunciar os equívocos de seu modo de vida, influenciado pela decadência ocidental, e elogiar seus captores benevolentes. “Peço perdão aos fãs e à sociedade, a meus amigos que se preocupam, ao público e à administração fiscal nacional”, ela escreveu, acrescentando: “Sem as boas políticas do Partido e do país, sem a atenção repleta de amor das massas, não existiria Fan Bingbing”. Como se tornou “inimiga” do Estado, não se sabe se, mesmo solta, a atriz poderá continuar sua carreira internacional. Seu próximo trabalho seria o thriller “355”, em que apareceria ao lado da francesa Marion Cotillard e da espanhola Penélope Cruz.
Ainda desaparecida, Fan Bingbing usa rede social para pedir perdão e elogiar Partido Comunista Chinês
A estrela de cinema chinesa Fan Bingbing teria “reaparecido” nas redes sociais, três meses após sumir misteriosamente, para pedir desculpas aos fãs, logo após o governo anunciar que ela deve mais de US$ 129 milhões em impostos e multas por sonegação fiscal. Num texto de tom artificial, a atriz ou alguém com acesso à sua conta na Weibo, o equivalente chinês do Twitter, pediu perdão “aos fãs e à sociedade, a meus amigos que se preocupam, ao público e à administração fiscal nacional”, acrescentando: “Sem as boas políticas do Partido e do país, sem a atenção repleta de amor das massas, não existiria Fan Bingbing”. A atriz de 36 anos é uma das maiores celebridades chinesas, conhecida internacionalmente graças à participações em blockbusters como “Homem de Ferro 3” (2013) e “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (2014), além de ter integrado o júri do Festival de Cannes em 2017. Muito ativa nas redes sociais, ela estava desaparecida do Weibo desde julho, depois que sofreu acusações de fraude fiscal. Na ocasião, a produtora de Fan Bingbing a defendeu e denunciou “calúnias”. Desde então, ninguém mais a viu. E, apesar dos pedidos de desculpas e elogios que soam forçados ao Partido Comunista, a atriz continua fisicamente desaparecida, gerando boatos de que estaria presa pelo governo, num momento que a China aperta o cerco contra personalidades do mundo do entretenimento que teriam enriquecido. De acordo com a agência oficial Xinhua, Fan Bingbing e as empresas da atriz teriam deixado de pagar dezenas de milhões de dólares em impostos, e pelo menos uma pessoa foi detida por ter escondido e “deliberadamente destruído” documentos contábeis, indicou o anúncio do governo, sem revelar a identidade dessa pessoa. Essa informação se soma ao anúncio anterior, que veio a público em setembro, de que a atriz tinha sido colocada “sob controle e aceitará a decisão legal” das autoridades. A publicação estatal Securities Daily também informou na ocasião que a alegada evasão fiscal de Bingbing era “apenas a ponta do iceberg”. “Ela também é suspeita de participar de empréstimos ilegais e outras formas de corrupção. No pior dos casos, ela enfrenta punição legal”. A história foi removida algumas horas após a publicação, aumentando o clima sombrio que acompanha o desaparecimento da estrela. Os problemas de Fan Bingbing começaram em maio, quando um ex-apresentador da TV pública compartilhou documentos na internet, que segundo ele eram contratos da atriz. De acordo com os documentos, Fan teria sido paga oficialmente com 10 milhões de yuans (US$ 1,4 milhão) por quatro dias de trabalho, mas na realidade teria recebido outros 50 milhões de yuans. O escândalo deixou em evidência um sistema suspeito de “contratos duplos”, conhecidos com “yin e yang”, em que atores supostamente assinam documentos com salários diferentes, mas só apresentam o de valor mais baixo para o governo. Trata-se de uma tática para reduzir os impostos recolhidos. Pouco após esta denúncia, no fim de junho, o governo chinês anunciou uma ofensiva contra os “salários exagerados” da indústria cinematográfica do país, para impedir evasões fiscais e o “culto ao dinheiro”. Segundo reportou a agência oficial Xinhua, o governo estaria defendendo o “desenvolvimento saudável da indústria cinematográfica” da China. Ao anunciar a investigação de “casos de evasões fiscais de certos filmes e profissionais de TV, alegados em discussões on-line”, a Xinhua afirmou: “Esses problemas não só empurram os custos de programas de televisão e produções de filmes para cima, como afetam a qualidade da criação, destroem a saúde da indústria cinematográfica e criam uma tendência de adoração ao dinheiro”. No mês passado, o nome de Fan Bingbing apareceu em último lugar numa lista oficial do governo sobre responsabilidade social dos 100 artistas mais famosos da TV e do cinema da China. Sua percentagem de responsabilidade social seria de 0%. O governo afirma que as produções chinesas de cinema devem render mais benefícios à sociedade que bilheterias.
Atriz mais popular da China, Fan Bingbing completa dois meses sumida e pode estar presa
Fan Bingbing, uma das atrizes chinesas mais conhecidas do mundo, estrela de “Homem de Ferro 3” e “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, completou dois meses sumida. De acordo com a emissora britânica BBC, ela não é vista em público desde o dia 1º de julho, depois de visitar um hospital infantil, e não se manisfesta nas redes sociais, onde tem um dos maiores números de seguidores da China. Usuária assídua da rede de microblog chinesa Sina Weibo, com mais de 62 milhões de seguidores, Fan Bingbing não usa a plataforma desde o dia 23 de julho. Na ocasião, não postou nada, mas rompeu um hiato já notável para curtir algumas publicações. Três dias depois, o jornal chinês The Economic Observer noticiou que diversas pessoas da equipe de Fan estavam sendo questionadas pela polícia e que o irmão da atriz havia sido impedido de deixar o país. A matéria foi retirada do ar e a família da atriz não comentou o caso. Por conta disso, diversos rumores sobre seu destino vem alimentando fã-clubes e redes sociais. Mas agora vários indícios sugerem que ela está presa. O desaparecimento aconteceu após a atriz ser acusada, em maio, de evasão fiscal pelo apresentador de TV Cui Yongyuan. Ela teria assinado contratos de filmes conhecidos com “yin e yang”, em que atores supostamente assinam documentos com salários diferentes, mas só apresentam o de valor mais baixo para o governo. Trata-se de uma tática para reduzir os impostos recolhidos. O contrato que ela foi acusada de embolsar seria de US$ 1,6 milhão. Pouco após seu sumiço, no fim de junho, o governo chinês anunciou uma ofensiva contra os “salários exagerados” da indústria cinematográfica do país, para impedir evasões fiscais e o “culto ao dinheiro”. Segundo reportou a agência oficial Xinhua, o governo estaria defendendo o “desenvolvimento saudável da indústria cinematográfica” da China. Em junho, o governo começou a investigar “casos de evasões fiscais de certos filmes e profissionais de TV, alegados em discussões on-line”. “Esses problemas não só empurram os custos de programas de televisão e produções de filmes para cima, como afetam a qualidade da criação, destroem a saúde da indústria cinematográfica e criam uma tendência de adoração ao dinheiro”, afirmou a agência oficial do país. Na semana passada, a publicação estatal Securities Daily informou que a atriz tinha sido colocada “sob controle e aceitará a decisão legal” das autoridades. O artigo também afirmava que a alegada evasão fiscal de Bingbing era “apenas a ponta do iceberg”, acrescentando: “Ela também é suspeita de participar de empréstimos ilegais e outras formas de corrupção. No pior dos casos, ela enfrenta punição legal”. A história foi removida algumas horas após a publicação. E nesta semana, o nome de Fan Bingbing apareceu em último lugar numa lista oficial do governo sobre responsabilidade social dos 100 artistas mais famosos da TV e do cinema da China. Sua percentagem de responsabilidade social seria de 0%. O governo afirma que as produções chinesas devem reforçar o benefício à sociedade mais que as bilheterias. Fãs continuam pedindo nas redes sociais para Fan Bingbing comentar se está bem, mas, até agora, nem a atriz nem os estúdios responsáveis pelos seus filmes se manifestaram.
Paul Rudd e Evangeline Lilly imitam os heróis dos Vingadores em vídeo divertido para o mercado chinês
O filme do “Homem-Formiga e a Vespa” só vai estrear na próxima semana na China. Por isso, o casal do título, vivido pelos atores Paul Rudd e Evangeline Lilly, iniciou uma nova rodada de divulgação focada no segundo maior mercado do mundo. Uma das novas entrevistas, realizada durante um junket chinês, também serviu para mostrar a diferença de abordagem da imprensa local. Em vez de ser perguntado sobre o filme, o casal foi convidado a participar de um jogo, tendo que imitar com gestos os principais heróis de “Vingadores: Guerra Infinita” – e até mesmo o vilão Thanos. O resultado, que foi incrementado por animações, ficou bem divertido e pode ser conferido abaixo. “Homem-Formiga e a Vespa” já fez US$ 450,4 milhões em todo o mundo, desde seu lançamento no começo de julho. Embora tenha superado a arrecadação do primeiro filme na América do Norte, o total mundial ainda é inferior aos US$ 519 milhões de “Homem-Formiga” em 2015. Mas a diferença deve ser tirada no mercado chinês, que recebe a produção da Marvel em 24 de agosto. Depois da China, o filme ainda será lançado no Japão, em 31 de agosto.
Fãs estão preocupados com o misterioso desaparecimento de uma das atrizes mais famosas da China
Fan Bingbing, uma das atrizes chinesas mais conhecidas do mundo, estrela de “Homem de Ferro 3” e “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, está desaparecida há um mês. De acordo com a emissora britânica BBC, ela não é vista em público desde o dia 1º de julho, depois de visitar um hospital infantil, e não se manisfesta nas redes sociais, onde tem um dos maiores números de seguidores da China, desde o último dia 23. O desaparecimento aconteceu após a atriz ser acusada, em maio, de evasão fiscal pelo apresentador de TV Cui Yongyuan. Ela teria assinado contratos de filmes conhecidos com “yin e yang”, em que atores supostamente assinam documentos com salários diferentes, mas só apresentam o de valor mais baixo para o governo. Trata-se de uma tática para reduzir os impostos recolhidos. O contrato que ela foi acusada de embolsar seria de US$ 1,6 milhão. No fim de junho, o governo chinês anunciou uma ofensiva contra os “salários exagerados” da indústria cinematográfica do país, para impedir evasões fiscais e o “culto ao dinheiro”. Segundo reportou a agência oficial Xinhua, o governo estaria defendendo o “desenvolvimento saudável da indústria cinematográfica” da China. Em junho, o governo começou a investigar “casos de evasões fiscais de certos filmes e profissionais de TV, alegados em discussões on-line”. “Esses problemas não só empurram os custos de programas de televisão e produções de filmes para cima, como afetam a qualidade da criação, destroem a saúde da indústria cinematográfica e criam uma tendência de adoração ao dinheiro”, afirmou a agência oficial do país. O governo afirma que as produções cinematográficas chinesas devem reforçar o benefício à sociedade mais que as bilheterias. A atriz sumiu logo após essas declarações. Usuária assídua da rede de microblog chinesa Sina Weibo, com mais de 62 milhões de seguidores, ela não usa a plataforma desde o dia 23 de julho. Na ocasião, não postou nada, mas rompeu um longo hiato para curtir algumas publicações. Três dias depois, o jornal chinês The Economic Observer noticiou que diversas pessoas da equipe de Fan estavam sendo questionadas pela polícia e que o irmão da atriz havia sido impedido de deixar o país. A matéria foi retirada do ar e a família da atriz não comentou o caso. Fãs continuam pedindo nas redes sociais para Fan Bingbing comentar se está bem, mas, até agora, nem a atriz nem os estúdios responsáveis pelos seus filmes se manifestaram.
Governo chinês decide limitar salário de atores para impedir “culto ao dinheiro”
O governo chinês decidiu limitar os salários dos atores e atrizes do país, para impedir evasões fiscais e o “culto ao dinheiro”. Segundo reportou a agência oficial Xinhua, o governo pretende com essa medida promover o “desenvolvimento saudável da indústria cinematográfica” da China. Segundo a medida, as estrelas de cinema e televisão terão seus salários limitados a 40% de todo o custo da produção e os atores principais não poderão receber mais que 70% do restante do elenco. O governo diz que é preciso acabar com os altos salários na indústria e com os contratos “yin e yang”, em que atores supostamente assinam dois contratos com salários diferentes, mas só apresentam o de valor mais baixo para o governo. Trata-se de uma tática para reduzir os impostos recolhidos. Os casos de contratos “yin e yang” e de evasão fiscal vieram à tona na mídia chinesa no mês passado. Em maio, o apresentador Cui Yongyuan revelou nas redes sociais que um contrato da famosa atriz Fan Bingbing supostamente seria de US$ 1,6 milhão e que celebridades utilizavam os contratos “yin e yang” como meio de cometer o crime fiscal. Os estúdios em que Fan trabalha negaram que a atriz realize evasão fiscal e ameaçaram processar o apresentador por ter revelado seu contrato. Em junho, o governo começou a investigar “casos de evasões fiscais de certos filmes e profissionais de TV, alegadas em discussões on-line”. “Esses problemas não só empurram os custos de programas de televisão e produções de filmes para cima, como afetam a qualidade da criação, destroem a saúde da indústria cinematográfica e criam uma tendência de adoração ao dinheiro”, reporta a agência oficial. O governo afirma que as produções cinematográficas chinesas devem reforçar o benefício à sociedade mais que as bilheterias. Embora não seja tão grande quanto Hollywood, nos Estados Unidos, e Bollywood, na Índia, a indústria de filmes chinesa caminha para se tornar uma das maiores do mundo, com filmes que chegam a arrecadar centenas de milhões de dólares.
Vingadores: Guerra Infinita vira maior filme de super-heróis de todos os tempos com US$ 1,6 bilhão
A Marvel quebrou seu próprio recorde de arrecadação. Neste fim de semana, “Vingadores: Guerra Infinita” atingiu impressionantes US$ 1,6 bilhão de bilheteria mundial. Trata-se da 5ª maior arrecadação de cinema de todos os tempos. E a maior entre todos os filmes de super-heróis já lançados, superando o US$ 1,5 bilhão do primeiro “Os Vingadores”, de 2012. À frente de “Vingadores: Guerra Infinita” estão apenas quatro filmes, e o primeiro da lista deverá ser ultrapassado ainda nesta semana. É que a diferença para “Jurassic World” é de somente US$ 65 milhões. Os demais estão mais distantes, pois pertencem à elite absoluta, como os três únicos filmes que renderam mais de US$ 2 bilhões: “Star Wars: O Despertar da Força” (2B), “Titanic” (2,1B) e “Avatar” (2,7B). De forma avassaladora, o novo filme de super-heróis da Marvel faturou cerca de US$ 500 milhões na última semana. Grande parte deste valor foi obtido na China, onde a produção estreou na sexta (11/5) e registrou a segunda maior abertura internacional de todos os tempos – não teria conseguido quebrar o recorde de “Velozes e Furiosos 8”. Graças a este desempenho, o terceiro “Vingadores” atingiu US$ 1 bilhão somente no mercado internacional. O rendimento na América do Norte, por sua vez, chegou a US$ 547,8M, após três fins de semana seguidos como o filme mais visto dos Estados Unidos e Canadá. Este ímpeto contou com ajuda de um calendário repleto de lançamentos fracos. Prevendo seu sucesso, os estúdios rivais trataram de sair da frente, praticamente estendendo o tapete vermelho para a comemoração de recordes de bilheteria. Mas o vento vai parar de soprar a seu favor já no próximo fim de semana, quando enfrentará seu primeiro adversário à altura: nada menos que outro super-herói da Marvel, “Deadpool 2”. Ainda que tenha censura mais elevada, o que diminui seu público, a continuação de “Deadpool” deve tomar a liderança de “Vingadores: Guerra Infinita” em vários países, impossibilitando planos de maiores conquistas.
Vingadores: Guerra Infinita estreia na China e já quebra primeiro recorde no país
“Vingadores: Guerra Infinita” finalmente estreou na China na sexta-feira (10/5). E já bateu seu primeiro recorde por lá. Segundo a revista The Hollywood Reporter, o longa da Marvel registrou a maior pré-venda de ingressos no país. O terceiro “Vingadores” fez US$ 47,5 milhões em pré-venda até a noite de quarta-feira, deixando na poeira o antigo recordista hollywoodiano, “Velozes e Furiosos 8”, que havia gerado US$ 25 milhões em venda antecipada. O oitavo capítulo da franquia de Vin Diesel também detém o recorde de bilheteira de filme estrangeiro no país: US$ 392,8 milhões. Ou seja, é provável que esta marca seja a próxima a ser derrubada pelo filme dos super-heróis. Se esse sucesso todo se confirmar, “Vingadores: Guerra Infinita” pode chegar a US$ 2 bilhões nas bilheterias mundiais. Até hoje, apenas três filmes superaram esta marca: “Star Wars: O Despertar da Força (US$ 2 bilhões), “Titanic” (US$ 2,1 bilhões) e “Avatar” (US$ 2,7 bilhões). Atualmente, a produção da Marvel é a 13ª maior bilheteira de todos os tempos, com US$ 1,2 bilhão de arrecadação mundial.









