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    Cloris Leachman (1926 – 2021)

    27 de janeiro de 2021 /

    A veterana atriz Cloris Leachman, que venceu oito Emmys e um Oscar ao longo de uma carreira de sete décadas, morreu na terça-feira (26/1) de causas naturais em sua casa em Encinitas, na Califórnia, aos 94 anos. Nascida em 30 de abril de 1926, em Des Moines, Leachman começou sua carreira no showbiz ao participar do concurso de beleza Miss America de 1946, o que lhe deu projeção e a levou a aparecer em algumas das primeiras séries da televisão americana, como “The Ford Theater”, “Studio One”, “Suspense”, “Danger” e “Actor’s Studio”. Paralelamente, ela passou a chamar atenção na Broadway, onde começou no pós-guerra. Depois de alguns pequenos papéis, foi escalada como substituta da atriz principal de “South Pacific” e precisou ter que se apresentar no palco durante um imprevisto da intérprete original. Acabou roubando a cena, virando a estrela principal e protagonizando nada menos que oito outros shows da Broadway depois disso, só nos anos 1950. Este sucesso explica porque ela demorou um pouco para emplacar nas telas. Um de seus primeiros papéis recorrentes foi na série da cachorrinha “Lassie” (1957-1958), mas sua presença geralmente se restringia a um episódio por série, incluindo inúmeros trabalhos em séries clássicas dos anos 1960, como “Além da Imaginação” (The Twilight Zone), “Gunsmoke”, “Couro Cru” (Rawhide), “Os Intocáveis” (The Untouchables), “Rota 66” (Route 66), “Alfred Hitchcock Apresenta” (Alfred Hitchcock Presents), “77 Sunset Strip”, “Os Defensores”, “Têmpera de Aço”, “Lancer”, “Mannix”, “Perry Mason” e “Dr. Kildare”, onde voltou a aparecer em vários capítulos. Ao mesmo tempo, Leachman começou a investir na carreira cinematográfica. Seu primeiro papel no cinema foi uma pequena participação no clássico noir “A Morte num Beijo” (1955), de Robert Aldritch, seguido pelo drama de guerra “Deus é Meu Juiz” (1956), com Paul Newman. Seu sucesso na Broadway a manteve distante das telas grandes por mais de uma década, mas permitiu um reencontro com Newman em seu retorno, no clássico blockbuster “Butch Cassidy” (1968). No início dos anos 1970, Leachman finalmente se concentrou nos filmes. E foi reconhecida pela Academia por um de seus papéis mais marcantes, como Ruth Popper, a solitária esposa de meia-idade de um treinador de futebol americano, gay e enrustido, no cultuado drama em preto e branco “A Última Sessão de Cinema” (1971), de Peter Bogdanovich. Seu desempenho poderoso lhe rendeu um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. Em seguida, co-estrelou “Dillinger” (1973), de John Milius, voltou a trabalhar com Bogdanovich em “Daisy Miller” (1974) e quase matou o público de rir numa das comédias mais engraçadas de todos os tempos, “O Jovem Frankenstein” (1974), de Mel Brooks, como Frau Blücher, cujo nome dito em voz alta fazia até cavalos relincharem com apreensão. Brooks, por sinal, voltou a escalá-la como uma enfermeira suspeita em sua segunda melhor comédia, “Alta Ansiedade” (1977). Nesta época, ela também assumiu seu papel mais famoso da TV, como Phyllis Lindstrom, a vizinha metida da série “Mary Tyler Moore” (1970–1977). Ela foi indicada ao primeiro Emmy da carreira pelo papel em 1972. E finalmente venceu como Melhor Coadjuvante em 1974 e 1975. Após o segundo Emmy, sua personagem ganhou atração própria, “Phyllis”, que durou duas temporada (até 1977), além de aparecer em crossovers com a série original e outra derivada, “Rhoda” – e lhe rendeu um Globo de Ouro de Melhor Atriz. Mesmo com a agenda lotada, Leachman ainda conseguiu viver a Rainha Hipólita na série da “Mulher-Maravilha”, em 1975. Ela continuou a acumular créditos no cinema e na TV ao longo dos anos 1970 e 1980 antes de voltar a ter um papel fixo, o que aconteceu na série “Vivendo e Aprendendo” (The Facts of Life). A atriz assumiu o protagonismo das duas últimas temporadas da atração (que durou nove anos) como substituta da estrela original, Charlotte Rae, interpretando Beverly Ann Sickle, a irmã tagarela da personagem de Rae, entre 1986 e 1988. Mais recentemente, ela ganhou dois Emmys e quatro outras indicações por seu papel na sitcom “Malcolm” (Malcolm in the Middle), como a mãe malvada de Jane Kaczmarek (de 2001 a 2006), além de ter rebido nova indicação ao Emmy por interpretar Maw Maw, a bisavó da personagem-título da sitcom “Raising Hope”, entre 2010 e 2014 na mesma rede. Leachman também foi a mãe agitada de Ellen DeGeneres na sitcom “The Ellen Show”, que foi ao ar em 2001-02, e uma paciente de terapia de Helen Hunt no revival de “Louco por Você” (Mad About You), exibido em 2019, quando já estava com 93 anos. A atriz ainda desenvolveu uma carreira robusta como dubladora, a partir da participação da versão “Disney” do anime clássico “O Castelo no Céu” (1986), de Hayao Miyazaki. Ela voltou a trabalhar em outra dublagem de Miyazaki em 2008, em “Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar”, fez parte do elenco do cultuado “O Gigante de Ferro” (1999) e teve um papel de voz breve, mas memorável no filme “Beavis e Butt-Head Detonam a América”, de 1996, como uma mulher idosa que encontra os meninos na estrada várias vezes, chamando-os de “Travis e Bob”. Entre seus últimos trabalhos, estão dublagens de personagens recorrentes das séries animadas da Disney “Phineas e Ferb” e “Elena de Avalor”. E ela ainda pode ser ouvida atualmente nos cinemas dos EUA em seu último papel, como Gran, a velha sogra do protagonista Grug (Nicolas Cage) em “Os Croods 2: Uma Nova Era”, após ser responsável pelas melhores piadas do primeiro filme, de 2013. Atrasado devido à pandemia, “Os Croods 2” só vai estrear no Brasil em março.

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    Carol Arthur (1935 – 2020)

    2 de novembro de 2020 /

    A atriz Carol Arthur, viúva de Dom DeLuise e conhecida por aparecer nas comédias de Mel Brooks, morreu no domingo (1/11) aos 85 anos, na Mary Pickford House, lar de artistas aposentados mantido pelo Motion Picture & Television Fund em Woodland Hills, em Los Angeles. Arthur iniciou sua carreira em 1968 com participações no “The Dom DeLuise Show”, programa de variedades de DeLuise, com quem tinha se casado em 1965. Ela acabou se projetando e, após outros trabalhos, entrou na trupe de Brooks em 1974. Em “Banzé no Oeste”, ela chamou atenção por expressar “extremo desagrado” em relação ao xerife vivido por Cleavon Little em uma carta com palavras fortes. O filme também se tornou a primeira produção cinematográfica em que ela atuou ao lado do marido. Depois de aparecer no sucesso “Uma Dupla Desajustada” (1975), de Herbert Ross, ela retomou a parceria com Brooks – e DeLuise – , vivendo uma mulher grávida em “A Última Loucura de Mel Brooks” (1976), no qual o diretor tentava produzir o primeiro filme mudo em décadas. Ela também estrelou “O Maior Amante do Mundo” (1977), de Gene Wilder, astro dos filmes de Brooks, e “Os Três Super-Tiras” (1979), dirigido por DeLuise, ao lado de seus filhos David DeLuise, Michael DeLuise e Peter DeLuise. O casal ainda voltou a se reunir com o diretor mais duas vezes, em “A Louca! Louca História de Robin Hood” (1993) e “Drácula, Morto mas Feliz” (1995). Seu último trabalho como atriz foi num episódio da série “Sétimo Céu” em 2004. Mas, cinco anos depois, ela voltou a ficar diante das câmeras para homenagear o marido, morto em 2009, gravando depoimentos para o documentário “According to Dom”.

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    Carl Reiner (1947 – 2020)

    30 de junho de 2020 /

    Lenda do humor americano, Carl Reiner, um dos pioneiros da comédia televisiva dos EUA e responsável por lançar Steve Martin no cinema, morreu na noite de segunda-feira (29/6) em sua casa, em Los Angeles, de causas naturais, aos 98 anos. Com uma carreira de sete décadas, Reiner acompanhou a evolução do humor americano, do teatro de variedades, passando pelos discos de humor até a criação do formato sitcom e a participação em blockbusters modernos. Após escrever piadas para apresentações de Sid Caesar em Nova York e nos programas televisivos “Caesar’s Hour”, que lhe rendeu dois Emmys, e “Your Show of Shows” dos anos 1950, ele criou “The Dick Van Dyke Show”, a primeira sitcom de verdade. E a origem do formato teve início praticamente casual. Reiner vinha sendo convidado a participar de programas de humor e escrever piadas, mas não gostava de nenhum roteiro que recebia. Sua mulher disse que, se ele achava que faria melhor, que então fizesse. E ele fez. Ele escreveu a premissa e os primeiros 13 episódios baseando-se em sua própria vida. E inaugurou um costume novo, ao estabelecer um lugar de trabalho como set de humor, relacionando as piadas à rotina do protagonista no emprego e também em sua casa, com sua mulher e filhos. Era uma situação fixa, que acabou inspirando cópias e originando um novo gênero de humor televisivo – sitcom, abreviatura de “comédia de situação”. Até então então, as comédias se passavam apenas na casa das famílias e, eventualmente, nos lugares em que passavam férias, como em “I Love Lucy”. Pela primeira vez, o humor passou a se relacionar com o cotidiano de trabalho, uma iniciativa que até hoje inspira clássicos, como “The Office”, por exemplo. O roteirista tentou emplacar a série com ele mesmo no papel principal, mas o piloto foi rejeitado. Apesar disso, o produtor Sheldon Leonard garantiu que não tinha desistido. “Vamos conseguir um ator melhor para interpretar você”. Foi desse modo que o escritor de comédias de TV Rob Petrie ganhou interpretação do galã Dick Van Dyke. Isto, porém, fomentou outro problema, quando o ator se tornou maior que o programa, graças a participações em filmes famosos – como “Mary Poppins” (1964) e “O Calhambeque Mágico” (1968) – , razão pela qual “The Dick Van Dyke Show” não durou mais que cinco temporadas, exibidas entre 1961 e 1965. Além do ator que batizava a atração, o elenco ainda destacava, como intérprete de sua esposa, ninguém menos que a estreante Mary Tyler Moore, cujo nome logo em seguida também viraria série. E Reiner, claro, conseguiu incluir em seu contrato a participação como um personagem recorrente. A audiência do programa só estourou na 2ª temporada e de forma surpreendente, numa época em que todos os canais priorizavam séries de western. A atração consagrou Reiner com quatro Emmys e lhe abriu as portas de Hollywood. Consagrado na TV, ele foi estrear no cinema como roteirista de dois longas para o diretor Norman Jewison: “Tempero do Amor” (1963), um dos maiores sucessos da carreira da atriz Doris Day, e “Artistas do Amor” (1965), com Dick Van Dyke. Em seguida, ele resolveu se lançar como diretor. Mas apesar das críticas positivas, “Glória e Lágrimas de um Cômico” (1969), estrelado por Van Dyke, não repercutiu nas bilheterias. O mesmo aconteceu com “Como Livrar-me da Mamãe” (1970), com George Segal. Assim, Reiner voltou à TV, de forma simbólica com uma sitcom chamada “The New Dick Van Dyke Show”, exibida entre 1971 e 1974. Ele tentou emplacar outras séries, como “Lotsa Luck!”, estrelada por Dom DeLuise, que durou só uma temporada, porém a maioria de seus projetos dos anos 1970 não passou do piloto. Por outro lado, a dificuldade na TV o fez tentar novamente o cinema e o levou a seu primeiro êxito comercial como cineasta, “Alguém Lá em Cima Gosta de Mim” (1977), comédia em que o cantor John Denver era visitado por Deus (na verdade, o veterano George Burns). Em 1979, ele firmou nova parceria bem-sucedida com outro comediante iniciante, o ator Steve Martin, a quem dirigiu em quatro filmes: “O Panaca” (1979), “Cliente Morto Não Paga” (1982), “O Médico Erótico” (1983) e “Um Espírito Baixou em Mim” (1984). Reiner ainda escreveu dois destes longas, ajudando a lançar a carreira de Martin, até então pouco conhecido, como astro de Hollywood. A parceria foi tão bem-sucedida que Reiner teve dificuldades de manter a carreira de cineasta após se separar de Martin. Sua filmografia como diretor encerrou-se na década seguinte, após trabalhar, entre outros, com John Candy em “Aluga-se para o Verão” (1985), Mark Harmon em “Curso de Verão” (1987), Kirstie Alley em “Tem um Morto ao Meu Lado” (1990) e Bette Midler em “Guerra dos Sexos” (1997), o último filme que dirigiu. Enquanto escrevia e dirigia, ele desenvolveu o hábito de aparecer em suas obras. E isso acabou lhe rendendo uma carreira mais duradoura que suas atividades principais – mais de 100 episódios de séries e longa-metragens. As participações começaram como figuração, como em “Deu a Louca no Mundo” (1963) e “A História do Mundo – Parte I” (1981), em que dublou a voz de Deus. Mas o fim de sua carreira de cineasta aumentou sua presença nas telas, a ponto de transformá-lo num dos assaltantes da trilogia de Danny Ocean, o personagem de George Clooney em “Onze Homens e um Segredo” (2001), “Doze Homens e Outro Segredo” (2004) e “Treze Homens e um Novo Segredo” (2007). Também apareceu em várias séries, como “Louco por Você” (Mad About You), “House”, “Ally McBeal”, “Crossing Jordan”, “Dois Homens e Meio” (Two and a Half Men), “Parks & Recreation”, “Angie Tribeca” e principalmente “No Calor de Cleveland (Hot in Cleveland), em que viveu o namorado de Betty White. E ainda se especializou em dublagens, após o sucesso da animação “The 2000 Year Old Man” (1975) que criou com outro gênio do humor, Mel Brooks. Seu último papel, por sinal, foi o rinoceronte chamado Carl, que ele dublou no recente “Toy Story 4” e num episódio da série animada “Forky Asks a Question”, da plataforma Disney+ (Disney Plus), produzido no ano passado. Em 1995, Reiner recebeu um prêmio pela carreira do Sindicato dos Roteiristas dos EUA (WGA). Em 2009, o mesmo sindicato voltou a homenageá-lo com o Valentine Davies Award, reconhecendo sua influência e legado para todos os escritores, bem como para a indústria do entretenimento e a comunidade artística em geral. Além de sua atividade nas telas, Reiner escreveu vários livros de memórias e romances. Ele se casou apenas uma vez, com Estelle Reiner, falecida em 2008, e teve três filhos, Sylvia Anne, Lucas e Rob Reiner. Este seguiu sua carreira, virando um reconhecido diretor de cinema – autor de clássicos como “Conta Comigo”, “A Princesa Prometida”, “Harry e Sally: Feitos um para o Outro” e “Louca Obsessão”.

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    Buck Henry (1930 – 2020)

    10 de janeiro de 2020 /

    Morreu o ator, roteirista e diretor Buck Henry, duas vezes indicado ao Oscar, pelo roteiro de “A Primeira Noite de um Homem” (1967) e pela direção de “O Céu Pode Esperar” (1978). Ele também foi cocriador da série clássica “Agente 86” (1965-1970) e faleceu nesta quinta (9/1) aos 89 anos, em Los Angeles, após sofrer uma parada cardíaca no hospital Cedars-Sinai. Henry Zuckerman era filho de um general da Força Aérea dos EUA e da atriz Ruth Taylor, estrela do cinema mudo que protagonizou a primeira versão de “Os Homens Preferem as Loiras” (1928), no papel que 30 anos depois seria vivido por Marilyn Monroe. “Buck” era um apelido de infância, que ele adotou como nome artístico ao estrear como ator. O mais curioso é que Henry ficou famoso como ator antes mesmo de estrelar uma peça, um filme ou uma série, graças a uma pegadinha histórica. Entre 1959 e 1963, ele apareceu como G. Clifford Prout, presidente de uma organização conservadora, numa série de entrevistas em jornais, revistas e programas de TV, para defender a agenda da fictícia Sociedade contra a Indecência dos Animais Nus (SINA, na sigla em inglês). O objetivo era divulgar campanhas, petições e angariar fundos para vestir animais selvagens, que poderiam causar acidentes nas estradas com a distração de sua nudez, e animais domésticos, que traumatizavam crianças por exibir suas partes íntimas sem pudor. A SINA tentou até fechar o Zoológico de São Francisco por mostrar animais indecentes à menores, mas, após quatro anos de zoeira, a farsa foi descoberta. Muitos jornalistas ficaram irritados por terem caído na pegadinha. Mas isso lançou a carreira de Henry. Ele passou a integrar uma trupe de humoristas nova-iorquinos, chamada The Premise, fez stand-up e foi escrever programas de comédia, onde pudesse exercitar seu humor febril. Em 1964, ajudou a criar a série “That Was the Week That Was”, uma sátira de telejornais, em que também apareceu como ator, e roteirizou seu primeiro projeto de cinema, “O Trapalhão”, estrelado por vários integrantes da trupe The Premise. Logo depois disso, juntou-se a outro maluco beleza, Mel Brooks, para conceber uma comédia de espionagem para a televisão. Por incrível que pareça, a rede ABC não achou a premissa engraçada. Mas a NBC, que estava atrás de uma série para o humorista Don Adams, adorou o roteiro de Henry e Brooks, que resultou num dos maiores clássicos televisivos dos anos 1960. Com Adams no papel-título, “Agente 86” durou cinco temporadas, entre 1965 e 1970, continuou em telefilmes até 1995 e ainda rendeu um remake cinematográfico em 2008. Henry ganhou um Emmy de Melhor Roteiro pelo episódio de duas partes “Ship of Spies”, da 1ª temporada. Mas depois de criar o célebre Cone de Silêncio, preferiu seguir carreira no cinema. O diretor Mike Nichols estava descontente com o roteiro de seu segundo longa, que adaptava o livro de Charles Webb sobre um universitário recém-formado, envolvido com a esposa do parceiro de negócios de seu pai. Num impulso, resolveu apostar no roteirista televisivo em ascensão. O resultado foi outro clássico: “A Primeira Noite de Um Homem” (1967), que rendeu a Henry sua primeira indicação ao Oscar – de Melhor Roteiro Adaptado. Henry ainda criou um papel para se divertir no filme, como o gerente do hotel que sugere ter flagrado a atividade sexual do graduado (Dustin Hoffman) e da Mrs. Robinson (Anne Bancroft). Nichols manteve a parceria com o roteirista em seus longas seguintes, “Ardil 22” (1970) e “O Dia do Golfinho” (1973), e nesse meio-tempo Henry ainda assinou o cult psicodélico “Candy” (1968) e as comédias de sucesso “O Corujão e a Gatinha” (1970) e “Essa Pequena é uma Parada” (1972), ambas estreladas por Barbra Streisand. Paralelamente, alimentou sua carreira de ator com pequenos papéis nos filmes que escrevia e também em produções como “O Homem que Caiu na Terra” (1976), com David Bowie, e “Glória” (1980), um dos maiores clássicos de John Cassavetes, além de virar quase um integrante fixo do humorístico “Saturday Night Live”. A experiência atrás e à frente das câmeras o impulsionou a estrear como diretor. Em seu primeiro trabalho na função, dividiu o comando de “O Céu Pode Esperar” (1978) com o astro Warren Beatty. Remake de “Que Espere o Céu” (1941), o filme trazia Beatty como um jogador de futebol americano que voltava a vida no corpo de um milionário, e recebeu nada menos que nove indicações ao Oscar, inclusive Melhor Filme e Direção. Entusiasmado, Henry resolveu dirigir sozinho seu filme seguinte, que ele também escreveu. Mas “Primeira Família” (1980) foi um fracasso clamoroso de público e crítica. Ele nunca mais dirigiu outro filme. E assinou apenas mais quatro roteiros de cinema, todos comédias: a clássica “Trapalhadas na Casa Branca” (1984), com Goldie Hawn, a cultuada “Um Sonho sem Limites” (1995), que transformou Nicole Kidman numa atriz de prestígio, o fracasso “Ricos, Bonitos e Infiéis” (2001), num reencontro com Warren Beatty, e “O Último Ato” (2014), que juntou Al Pacino e Greta Gerwig sem muita repercussão. Nos últimos anos, Henry vinha se dedicando mais à atuação, fazendo pequenas participações em filmes repletos de celebridades. Ele chegou a encarnar o “difícil” papel de si mesmo em “O Jogador” (1992), de Robert Altman, em que tenta convencer o executivo de cinema vivido por Tim Robbins a produzir “A Primeira Noite de um Homem – Parte II”. Mas os demais trabalhos foram todos fiascos de bilheteria, como “À Beira da Loucura” (1999), “Gente Famosa” (2000) e “Luzes, Câmera, Ação” (2004). Acabou chamando mais atenção na TV, com papéis recorrentes nas séries “30 Rock”, na qual viveu o pai de Tina Fey (entre 2007 e 2010), e “Hot in Cleveland”, como noivo de Betty White (em 2011). Sua última aparição televisiva foi como juiz em dois episódios de “Franklin & Bash”, exibidos em 2013.

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    Cena dublada de Hotel Transilvânia 3 inclui os Gremlins nas férias de Drácula

    7 de maio de 2018 /

    A Sony divulgou um novo pôster internacional e uma cena dublada de “Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas”, que mostra Mavis levando seu pai, o Conde Drácula, numa viagem de férias de surpresa. Mas tudo já começa errado com um voo comandando por gremlins – eles mesmos, os monstrinhos que fizeram sucesso nos anos 1980 e que não devem pertencer ao domínio público como os demais personagens góticos da trama. No longa, Mavis surpreende seu pai Drácula com uma viagem em família num cruzeiro de luxo, para que ele possa tirar férias de todos os outros no hotel, mas o resto da turma decide acompanhá-los. Os monstros aproveitam toda a diversão que o cruzeiro tem para oferecer, até que o inesperado acontece, quando Drácula se apaixona pela intrigante e perigosa capitã do navio – que, na verdade, faz parte da família Van Helsing e planeja vingança contra o vampiro. O elenco de vozes originais volta a contar com Adam Sandler como Drácula e Selena Gomez como Mavis, além de dublagens de Andy Samberg, Kevin James e outros comediantes famosos – até Mel Brooks retorna como o pai de Drácula. A novidade fica por conta de Kathryn Hahn (“Corra!”) como a voz de Erica Van Helsing. Nada que se note nos cinemas brasileiros, onde as animações costumam ser exibidas com dublagem em português. Enfim, a direção também é novamente de Genndy Tartakovsky, que desta vez assina o roteiro em parceria com Michael McCullers (“O Poderoso Chefinho”). A estreia de “Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas” está marcada para 12 de julho no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.

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    Drácula tira férias no novo primeiro trailer dublado de Hotel Transilvânia 3

    21 de março de 2018 /

    A Sony divulgou um novo trailer de “Hotel Transilvânia 3”, em versão dublada e legendada em português. A sequência da franquia animada de sucesso ganhou o subtítulo nacional de “Férias Monstruosas” e mostra a família de Drácula e seus amigos num cruzeiro transatlântico. No longa, Mavis surpreende seu pai Drácula com uma viagem em família por um cruzeiro de luxo, para que ele possa tirar férias de todos os outros no hotel, mas o resto da turma decide acompanhá-los. Os monstros aproveitam toda a diversão que o cruzeiro tem para oferecer, até que o inesperado acontece, quando Drácula se apaixona pela intrigante e perigosa capitã do navio – que, na verdade, faz parte da família Van Helsing e planeja vingança contra o vampiro. O elenco de vozes originais volta a contar com Adam Sandler como Drácula e Selena Gomez como Mavis, além de dublagens de Andy Samberg, Kevin James e outros comediantes famosos – até Mel Brooks retorna como o pai de Drácula. A novidade fica por conta de Kathryn Hahn (“Corra!”) como a voz de Erica Van Helsing. A direção também é novamente de Genndy Tartakovsky, que desta vez assina o roteiro em parceria com Michael McCullers (“O Poderoso Chefinho”). A estreia de “Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas” está marcada para 12 de julho no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.

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    Os monstros tiram férias no primeiro primeiro trailer dublado de Hotel Transilvânia 3

    16 de novembro de 2017 /

    A Sony divulgou dois pôsteres e o primeiro trailer de “Hotel Transilvânia 3”, em versão dublada e legendada em português. A sequência da franquia animada de sucesso ganhou o subtítulo nacional de “Férias Monstruosas”. No longa, Mavis surpreende seu pai Drácula com uma viagem em família por um cruzeiro de luxo, para que ele possa tirar férias de todos os outros no hotel, mas o resto da turma decide acompanhá-los. Os monstros aproveitam toda a diversão que o cruzeiro tem para oferecer, até que o inesperado acontece, quando Drácula se apaixona pela intrigante e perigosa capitã do navio. O elenco de vozes originais volta a contar com Adam Sandler como Drácula e Selena Gomez como Mavis, além de dublagens de Andy Samberg, Kevin James e outros comediantes famosos – até Mel Brooks retorna como o pai de Drácula. A direção também é novamente de Genndy Tartakovsky, que desta vez assina o roteiro em parceria com Michael McCullers (“O Poderoso Chefinho”). A previsão de estreia de “Hotel Transilvânia 3” é para julho de 2018.

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    Dick Gautier (1931 – 2017)

    15 de janeiro de 2017 /

    Morreu Dick Gautier, que foi um dos espiões mais populares da série clássica “Agente 86”. Ele faleceu na sexta (13/1) aos 85 anos, em uma casa de assistência para idosos em Arcadia, na Califórnia, nos EUA, depois de lutar contra uma doença de longa data. Richard Gautier começou a carreira fazendo comédia stand-up e recebeu uma indicação ao Tony (o “Oscar do teatro”) ao interpretar um cantor inspirado em Elvis na produção original de “Bye, Bye Birdie”, na Broadway. Isto o levou a receber convites para trabalhar na TV, onde os cachês eram mais altos. O ator apareceu como o agente Hymie em apenas seis episódios de “Agente 86” (1965-1970), mas, como as participações foram espalhadas ao longo de quatro temporadas, tornou-se um dos personagens mais longevos da série, que fazia uma paródia dos filmes de espionagem dos anos 1960. A piada é que Hymie era um robô. Além de ser incrivelmente forte, ele tinha um supercomputador como cérebro e componentes mecânicos em um compartimento em seu peito. Originalmente, o androide tinha sido construído com propósitos malignos pela organização Kaos (a KGB da série), mas acabou virando um agente do Controle (a CIA da série) porque o Agente 86 do título, Maxwell Smart (Don Adams), foi o primeiro a tratá-lo como uma pessoa real. Max até convidou Hymie para ser seu padrinho no episódio clássico do casamento com a Agente 99 (Barbara Feldon), em 1968. Por sinal, foi a última aparição de Gautier na série. Mas ele ainda voltou a viver o robô num telefilme de reunião do elenco, lançado em 1989. Ainda nos anos 1960, Gautier integrou o elenco fixo de “Mr. Terrific”, uma série de comédia de super-herói, que não fez o mesmo sucesso e foi cancelada ao final da 1ª temporada, deixando-o à deriva, como ator convidado de inúmeras atrações clássicas, como “Gidget”, “A Feiticeira”, “O Show da Patty Duke”, “A Noviça Voadora” e “Mary Tyler Moore” – curiosamente, todas séries com protagonistas femininas. Ele teve a chance de virar protagonista em outra produção de comédia criada por Mel Brooks, o lendário cineasta que também criou “Agente 86”. Lançada em 1975, “When Things Were Rotten” satirizava as aventuras de Robin Hood, interpretado por Gautier. Mas a atração durou apenas 13 episódios. Nunca mais teve outra oportunidade como aquela e, no resto da carreira, alinhou dezenas de participações em episódios de séries famosas, de “As Panteras” até a mais recente “Estética” (Nip/Tuck) em 2010, seu último trabalho. Entretanto, no meio dessa rotina, Gautier acabou descobrindo um novo talento: a dublagem. Ele estreou fazendo vozes adicionais na série animada “Galtar e a Lança Dourada” (1985), um sub-“He-Man” da Hanna-Barbera, e logo emplacou inúmeras atrações animadas. Foi Serpentor em “Comandos em Ação” e até o herói Hot Rod em “Transformers”, além de ter participado de dezenas de desenhos que marcaram época, de “Batman: A Série Animada” a “A Vaca e o Frango”. Gautier também apareceu em meia dúzia de filmes, como “Divórcio à Americana” (1967), em que viveu o advogado de Dick Van Dyke, “Adivinhe Quem Vem para Roubar” (1977) e “Billy Jack Vai a Washington” (1977). Menos conhecido foi seu talento como roteirista. Ele escreveu dois filmes sensacionalistas: “Maryjane” (1968), sobre os perigos da maconha, e “Wild in the Sky” (1972), em que ativistas negros sequestram um avião, além de dois episódios da série “O Jogo Perigoso do Amor”. Como se não bastasse, ainda foi cartunista, tendo inclusive lançado livros sobre como desenhar. “Desenhar tem sido meu hobby, minha terapia, um delicioso passatempo e ocasionalmente a minha salvação – que me ajudou a superar alguns apuros financeiros quando eu era um ator sem trabalho”, ele escreveu na introdução de seu livro “The Creative Cartoonist”, em 1989.

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    Gene Wilder (1933- 2016)

    30 de agosto de 2016 /

    Morreu o ator americano Gene Wilder, um dos comediantes mais populares e influentes da década de 1970, que interpretou Willy Wonka no clássico “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (1971), o personagem-título de “O Jovem Frankenstein” (1974) e inúmeros outros personagens marcantes, numa carreira repleta de sucessos. Ele faleceu na segunda (29/8) devido a complicações decorrentes do Alzheimer, aos 83 anos em Stamford, no Estado de Connecticut. Seu nome verdadeiro era Jerome Silberman. Ele nasceu em 1933, em Wisconsin, e a inspiração para seguir a vida artística veio aos 8 anos de idade, quando o médico de sua mãe, diagnosticada com febre reumática, o chamou num canto e lhe deu a receita para a saúde de sua mãe: “Faça-a rir”. Jerome só foi virar Gene aos 26 anos, pegando emprestado o nome do personagem Eugene Gant, dos romances de Thomas Wolfe, para fazer teatro. Ele participou de várias montagens na Broadway, antes de estrear no cinema como um refém no clássico filme de gângsteres “Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas” (1967). Mas foi outro filme do mesmo ano, “Primavera para Hitler” (1967), que determinou o rumo da sua carreira. Vivendo um jovem contador, que se associava a um produtor picareta de teatro para montar a pior peça de todos os tempos, Wilder construiu seu tipo cinematográfico definitivo – tímido, compenetrado, mas atrapalhado o suficiente para causar efeito oposto à sua seriedade, fazendo o público rolar de risada. Até a sisuda Academia de Artes e Ciências Cinematográficas sorriu para ele, com uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. “Primavera para Hitler” venceu o Oscar de Melhor Roteiro de 1968 e inaugurou a bem-sucedida parceria do ator com o diretor e roteirista Mel Brooks. Os dois ainda fizeram juntos “Banzé no Oeste” (1974) e “O Jovem Frankenstein” (1974), que figuram entre os filmes mais engraçados da década de 1970. O primeiro era uma sátira de western e o segundo homenageava os filmes de horror da Universal dos anos 1930, inclusive na fotografia em preto e branco. Com “O Jovem Frankenstein”, Wilder também demonstrou um novo talento. Ele foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro pelo filme, que coescreveu com Brooks. Muitas das piadas que marcaram época surgiram de improvisações que ele inclui no filme, em especial seus confrontos com o impagável Mary Feldman, conhecido pelos olhos tortos, no papel de Igor. Seu sucesso com o público infantil, por sua vez, jamais superou sua aparição em “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (1971), como o alegre mas misterioso Willy Wonka, num show de nuances que manteve o público hipnotizado, como um mestre de picadeiro. Mesmo assim, a idolatria das crianças de outrora também vem de seu papel como a Raposa, que roubou a cena de “O Pequeno Príncipe” (1974). Mas Wilder também fez filmes “cabeças”, trabalhando com Woody Allen em “Tudo o Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo e Tinha Medo de Perguntar” (1972), e com o diretor de teatro Tom O’Horgan (responsável pelas montagens de “Hair” e “Jesus Cristo Superstars”) na adaptação de “Rhinoceros” (1974), de Eugene Ionesco, um clássico do teatro do absurdo. Tantas experiências positivas o inspiraram a passar para trás das câmeras. Ele escreveu e dirigiu “O Irmão mais Esperto de Sherlock Holmes” (1975), sátira ao personagem de Arthur Conan Doyle, em que voltou a se reunir com seus colegas de “O Jovem Frankenstein”, Madeline Kahn e Marty Feldman. O sucesso da empreitada o fez repetir a experiência em “O Maior Amante do Mundo” (1977), em que viveu um rival de Rodolfo Valentino, no auge do Cinema Mudo. Entre um e outro, acabou atuando em outro grande sucesso, “O Expresso de Chicago” (1976), filme do também recém-falecido Arthur Hiller. Com referências aos suspenses de Alfred Hitchock, o filme combinou ação e humor de forma extremamente eficaz, a ponto de inspirar um subgênero, caracterizado ainda por uma parceria incomum. O segredo da fórmula era pura química. A química entre Wilder e seu parceiro em cena, Richard Pryor, responsáveis pelo estouro do primeiro “buddy film” birracial de Hollywood – tendência que logo viraria moda com “48 Horas” (1982), “Máquina Mortífera” (1987), “A Hora do Rush” (1998) e dezenas de similares. Logo depois, ele fez uma parceria ainda mais inusitada, cavalgando com Harrison Ford em “O Rabino e o Pistoleiro” (1979), penúltimo filme da carreira do mestre Robert Aldrich. Wilder ainda voltou a se reunir com Pryor mais três vezes. O reencontro, em “Loucos de Dar Nó” (1980), foi sob direção do célebre ator Sidney Poitier, que logo em seguida voltou a dirigi-lo em “Hanky Panky, Uma Dupla em Apuros” (1982), coestrelado por Gilda Radner. O ator acabou se apaixonando pela colega de cena e os dois se casaram em meio às filmagens de seu filme seguinte, o fenômeno “A Dama de Vermelho” (1984). Foi o terceiro casamento do ator, mas o primeiro com uma colega do meio artístico. Escrito, dirigido e estrelado por Wilder, “A Dama de Vermelho” marcou época e transformou a então desconhecida Kelly LeBrock, intérprete da personagem-título, numa dos maiores sex symbols da década – “A Mulher Nota Mil”, como diria o título de seu trabalho seguinte – , graças a uma recriação ousada da cena do vestido de Marilyn Monroe em “O Pecado Mora ao Lado” (1955). O estouro foi também musical. A trilha sonora, composta por Stevie Wonder, dominou as paradas graças ao hit “I Just Call to Say I Love You”, que, por sinal, venceu o Oscar de Melhor Canção. Bem-sucedido e respeitado como um artista completo, Wilder voltou a se multiplicar na frente e atrás das câmeras com “Lua de Mel Assombrada” (1986). O título também era uma referência à seu recente casamento com Radner, a atriz principal da trama. O tom da produção lembrava suas antigas comédias com Mel Brooks, mas as filmagens acabaram marcadas por uma notícia triste: Gilda Radner descobriu que tinha câncer. Durante o tratamento, o casal chegou a comemorar a remissão da doença. Aliviado, Wilder filmou uma de suas comédias mais engraçadas, “Cegos, Surdos e Loucos” (1989), seu terceiro encontro com Pryor, novamente dirigido por Hiller, em que os dois vivem testemunhas de um crime. O problema é que o personagem de Wilder é mudo e o de Pryor é cego. Radner morreu uma semana após a estreia e Wilder nunca recuperou seu bom-humor. Fez seu filme de menor graça, “As Coisas Engraçadas do Amor” (1990), dirigido por Leonard Nimoy (o eterno Sr. Spock), e em seguida encerrou a carreira cinematográfica, compartilhando sua despedida com o amigo Richard Pryor, em “Um Sem Juízo, Outro Sem Razão” (1991), no qual viveu um louco confundido com milionário. Ele se casou novamente em 1991, mas manteve viva a memória da esposa ao ajudar a fundar um centro de diagnóstico de câncer em Los Angeles com o nome de Gilda Radner. Profissionalmente, ainda tentou emplacar uma série na TV, “Something Wilder”, que durou só 15 episódios entre 1994 e 1995, e seguiu fazendo pequenos trabalhos esporádicos na televisão. Por conta de uma de suas últimas aparições na telinha, na 5ª temporada de “Will & Grace”, exibida em 2003, ele venceu o Emmy de Melhor Ator Convidado em Série de Comédia. Dois anos depois, ninguém o convidou a participar do remake de “A Fantástica Fabrica de Chocolate” (2005), dirigido por Tim Burton e com Johnny Depp em seu famoso papel. Ele resumiu sua opinião sobre o filme dizendo: “É um insulto”. Tampouco foi lembrado pelos responsáveis por “Os Produtores” (2005), versão musical de “Primavera para Hitler”. Hollywood o esqueceu completamente. Um dos maiores talentos humorísticos que o cinema já exibiu. “Um dos verdadeiros grandes talentos dos nossos tempos. Ele abençoou cada filme que fizemos com sua mágica e me abençoou com sua amizade”, definiu Mel Brooks em sua conta no Twitter.

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    David Huddleston (1930 – 2016)

    5 de agosto de 2016 /

    Morreu o ator David Huddleston, que ficou conhecido pelo papel-título da cultuada comédia dos irmãos Coen, “O Grande Lebowski” (1998). Ele sofria de problemas no coração e nos rins, segundo sua família, e faleceu na quinta (4/8), aos 85 anos, na cidade de Santa Fé, nos EUA. No clássico dos anos 1990, Huddleston encarnava um milionário que era confundido por mafiosos com outro Lebowski, papel desempenhado por Jeff Bridges. Os personagens de ambos tinham o mesmo nome, o que sempre causava confusões, num dos filmes mais engraçados e reverenciados dos Coen. Antes disso, Huddleston trabalhou bastante na televisão, desde os anos 1970, em séries como “A Feiticeira”, “Bonanza”, “Gunsmoke”, “Mary Tyler Moore”, “Kung Fu”, “Police Woman” e “Os Waltons”, até produções mais recentes, como “The West Wing”, “Jericho”, “It’s Always Sunny in Philadelphia” e “Gilmore Girls”, na qual viveu o prefeito Harry Porter. Um de seus personagens mais populares na TV foi o “vovô Arnold” na série “Anos incríveis”, estrelada, durante o começo dos anos 1990, pelo jovem Fred Savage. Ele também atuou em duas comédias concebidas por Mel Brooks: “Banzé no Oeste” (1974) e o remake “Os Produtores” (2005). E, além de “O Grande Lebowski”, trabalhou com Jeff Briges em “Má Companhia” (1972), um dos primeiros filmes de ambos. “Foi um grande prazer trabalhar com ele duas vezes”, disse Bridges, em depoimento para o site The Hollywood Reporter. “David encarava seu trabalho com uma alegria que transformava tudo em diversão. Foi maravilhoso ‘brincar’ com ele”, comentou, completando, em referência ao papel que ambos viveram em 1998: ‘O Grande Lebowski está morto. Longa vida ao Grande Lebowski”.

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