Retrospectiva | Os 10 melhores filmes brasileiros de 2024
Lista destaca diversos filmes que foram premiados em festivais internacionais, incluindo o campeão de bilheteria "Ainda Estou Aqui"
Estreias | “Borderlands” e “Armadilha” são as principais novidades de cinema
Além da sci-fi com Cate Blanchett e o suspense de M. Night Shyamalan, a programação recebe um melodrama com Blake Lively, o novo apelo social de Ken Loach e três filmes brasileiros
Estreias | Mostra de São Paulo exibe 362 filmes de 96 países
A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo começa nesta quinta (19/10) sua 47ª edição em clima pré-pandêmico, com a exibição de 362 filmes de 96 países, numa programação estendida a 24 salas de cinema até o dia 1º de novembro. Seleção internacional A abertura fica por conta de “Anatomia de uma Queda”, suspense vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes. Dirigido pela francesa Justine Triet – a terceira mulher a ganhar a Palma de Ouro – , o longa acompanha a investigação da morte de um escritor, que pode ter sido suicídio ou homicídio. A seleção internacional também contará com a exibição inédita de “Maestro”, novo longa de Bradley Cooper, e “Evil Does Not Exist”, de Ryūsuke Hamaguchi, vencedor do Oscar por “Drive My Car”. Também serão exibidos “Afire”, de Christian Petzold, que ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim, e “La Chimera”, com direção de Alice Rohrwacher e participação da brasileira Carol Duarte. Entre os destaques, ainda estão nada menos que 17 títulos que disputam vaga na categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar 2023, incluindo o ucraniano “20 Dias em Mariupol”, em que o diretor e fotojornalista Mstyslav Chernov acompanha os esforços de um grupo de jornalistas ucranianos (os únicos repórteres na cidade do título) que tentam documentar a invasão russa, o turco “Ervas Secas”, de Kuru Otlar Üstüne, que rendeu o prêmio de Melhor Atriz em Cannes para Merve Dizdar, o finlandês “Folhas de Outono”, de Kuolleet Lehdet, que recebeu o Prêmio do Júri em Cannes, e o britânico “Zona de Interesse”, de Jonathan Glazer, vencedor do Grande Prêmio do Júri e do Prêmio da Crítica em Cannes. Filmes brasileiros A programação ainda inclui cerca de 60 longas brasileiros, que integram as seções Apresentação Especial, Competição Novos Diretores e Perspectiva Internacional, e além dos troféus da Mostra também disputam um prêmio da Netflix para exibição na plataforma em mais de 190 países. A lista inclui títulos prestigiados em festivais internacionais, como “A Flor do Buriti”, de João Salaviza e Renée Nader Messora, premiado na mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes, e “Estranho Caminho”, de Guto Parente, consagrado após vencer todos os prêmios possíveis do Festival de Tribeca – a primeira vez que houve uma unanimidade no evento nova-iorquino. Além deles, “O Estranho”, de Flora Dias e Juruna Mallon, foi exibido no Festival de Berlim, “Meu Casulo de Drywall”, de Caroline Fioratti, selecionado no SXSW, e “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião, elogiadíssimo no Festival de Veneza. A forte programação brasileira contempla também novos filmes dirigidos por cineastas como André Novais Oliveira (“O Dia que te Conheci”), Clara Linhart (“Eu Sou Maria”), Cristiane Oliveira (“Até que a Música Pare”), Fábio Meira (“Tia Virgínia”), Helena Ignez (“A Alegria É a Prova dos Nove”), Lúcia Murat (“O Mensageiro”), Luiz Fernando Carvalho (“A Paixão Segundo G.H.”) e Petrus Cariry (“Mais Pesado É o Céu”). Homenagens Junto das estreias, a Mostra prestará uma homenagem ao cineasta italiano Michelangelo Antonioni (1912-2007), que assina a arte do pôster da edição. Serão exibidos alguns de seus principais trabalhos, como “Blow-Up – Depois Daquele Beijo”, “O Deserto Vermelho” e a Trilogia da Incomunicabilidade, composta por “A Aventura”, “A Noite” e “O Eclipse”, além de uma exposição com seus trabalhos como artista plástico. Além disso, a Mostra homenageará dois documentaristas com o prêmio Humanidades: o francês Sylvain George e o americano Errol Morris, que terão sete filmes exibidos na programação, incluindo o mais recente, “O Túnel dos Pombos”. Para completar, o Prêmio Leon Cakoff será dedicado a dois cineastas: Júlio Bressane e o sérvio Emir Kusturica. Bressane terá dois filmes recentes exibidos, o documentário “A Longa Viagem do Ônibus Amarelo”, que tem sete horas de duração, e “Leme do Destino”, história de amor de apenas 27 minutos. A programação completa da 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, com horários e locais de exibição, pode ser conferida no site oficial do evento: https://47.mostra.org/.
Netflix cria prêmio para filmes brasileiros em parceria com a Mostra de São Paulo
A Netflix anunciou neste sábado (7/10) uma parceria com a 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo para a criação do Prêmio Netflix. O objetivo é selecionar e adquirir os direitos de distribuição de um filme brasileiro de ficção que participe do evento e ainda não tenha contrato com nenhuma plataforma de streaming. O vencedor será revelado no encerramento da Mostra, em 1 de novembro. Seleção e alcance global O filme escolhido para o Prêmio Netflix será exibido pela plataforma em mais de 190 países, ampliando significativamente o alcance da produção nacional. A iniciativa surge em um momento em que o cinema brasileiro busca maior visibilidade internacional, e a parceria com a gigante do streaming pode ser um passo importante nesse sentido. “Celebramos essa nova parceria com a Netflix e o estímulo que este prêmio traz à produção brasileira de cinema. Entre nossas missões, está apoiar e promover a produção cinematográfica brasileira, exibindo filmes nacionais e proporcionando visibilidade a novos talentos, e o prêmio reforça isso”, disse Renata de Almeida, diretora da Mostra, em comunicado. “A criação desse prêmio representa um marco em nosso compromisso de mais de uma década com o audiovisual brasileiro, e, mais que nunca, com o cinema nacional autoral. É mais um passo em nossa jornada de colaboração com criadores e profissionais do cinema”, acrescentou Gabriel Gurman, diretor de filmes da Netflix no Brasil. Filmes brasileiros A programação deste ano inclui cerca de 60 longas brasileiros, que integram as seções Apresentação Especial, Competição Novos Diretores e Perspectiva Internacional. Os filmes das duas últimas são inéditos em São Paulo. No caso dos novos diretores, são títulos de cineastas que têm até dois títulos no catálogo. Todos os brasileiros da Perspectiva Internacional e da Competição Novos Diretores concorrem ao Prêmio do Público da Mostra, que também inclui o Troféu Bandeira Paulista de Melhor Filme Brasileiro. A lista inclui títulos prestigiados em festivais internacionais, como “A Flor do Buriti”, de João Salaviza e Renée Nader Messora, premiado na mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes, e “Estranho Caminho”, de Guto Parente, consagrado após vencer todos os prêmios possíveis do Festival de Tribeca – a primeira vez que houve uma unanimidade no evento nova-iorquino. Além deles, “O Estranho”, de Flora Dias e Juruna Mallon, foi exibido no Festival de Berlim, “Meu Casulo de Drywall”, de Caroline Fioratti, selecionado no SXSW, e “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião, elogiadíssimo no Festival de Veneza. A forte programação brasileira contempla ainda novos filmes dirigidos por cineastas como André Novais Oliveira (“O Dia que te Conheci”), Clara Linhart (“Eu Sou Maria”), Cristiane Oliveira (“Até que a Música Pare”), Fábio Meira (“Tia Virgínia”), Helena Ignez (“A Alegria É a Prova dos Nove”), Lúcia Murat (“O Mensageiro”), Luiz Fernando Carvalho (“A Paixão Segundo G.H.”) e Petrus Cariry (“Mais Pesado É o Céu”). Seleção internacional Ao todo a Mostra exibirá 360 filmes, com destaque para a seleção internacional, que contará com a exibição inédita de “Maestro”, novo longa de Bradley Cooper, e “Evil Does Not Exist”, de Ryūsuke Hamaguchi, vencedor do Oscar por “Drive My Car”. Também serão exibidos “Afire”, de Christian Petzold, que ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim, e “La Chimera”, com direção de Alice Rohrwacher e participação da brasileira Carol Duarte. Homenagens Junto das estreias, a Mostra prestará uma homenagem ao cineasta italiano Michelangelo Antonioni (1912-2007), que assina a arte do pôster da edição. Serão exibidos alguns de seus principais trabalhos, como “Blow-Up – Depois Daquele Beijo”, “O Deserto Vermelho” e a Trilogia da Incomunicabilidade, composta por “A Aventura”, “A Noite” e “O Eclipse”. A Mostra também homenageará dois documentaristas com o prêmio Humanidades: o francês Sylvain George e o americano Errol Morris, que terão sete filmes exibidos na mostra, incluindo o mais recente, “The Pigeon Tunnel”. Para completar, o Prêmio Leon Cakoff será dedicado a dois cineastas: Júlio Bressane e o sérvio Emir Kusturica. Bressane terá dois filmes recentes exibidos, o documentário “A Longa Viagem do Ônibus Amarelo”, que tem sete horas de duração, e “Leme do Destino”, história de amor de apenas 27 minutos. A 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo ocorrerá entre os dias 19 de outubro e 1 de novembro na capital paulista.
“Mussum, o Filmis” vence o Festival de Gramado
A cinebiografia “Mussum, o Filmis” foi o grande vencedor do Festival de Gramado de 2023, conquistando o Kikito de Melhor Filme na premiação da noite de sábado (19/8) na serra gaúcha. Emoção do elenco O filme que dramatiza a história de Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum de “Os Trapalhões”, também premiou Ailton Graça como Melhor Ator por retratar o humorista e fundador do grupo Originais do Samba. Ao receber o troféu, ele não conseguiu segurar as lágrimas. “Meu primeiro”, disse o ator, que nunca havia ganhado um prêmio em sua carreira. Ao todo, o primeiro longa-metragem dirigido pelo ator Silvio Guindane venceu seis troféus, inclusive de Melhores Atores Coadjuvantes para Yuri Marçal, intérprete de Carlinhos, a versão jovem de Mussum, e Neusa Borges. Marçal fez um discurso emocionado que levantou a platéia. “Realmente é muito difícil de falar, eu não esperava de forma alguma por isso, mas eu não pretendo ser nem um pouco modesto”, começou o ator. “Na [faculdade de] Teatro e TV, em 2013, assim que eu estava para me formar eu ouvi a frase de um diretor que falou assim: ‘Eu tenho muita gente aqui querendo se formar, muita gente querendo ser ator. Mas uma das pessoas que eu tenho certeza que nunca vai poder ser é você, Yuri”, relatou, emocionado. Afirmando que decidiu enfrentar o desafio, desabafou: “A mensagem do filme que mais me emocionou é uma que o Mussum fala no final […] onde ele conta sobre a mãe dele ter lutado a vida inteira para ele poder ter oportunidade. Então, quero agradecer neste momento à minha mãe, que eu sei que ela, mesmo sem estudo, batalhou muito para eu ter a oportunidade de fazer o que quiser, de eu poder ter o direito de escolha”, contou, ovacionado pela plateia. A lista de troféus recebidos pelo “Filmis”, que estreia em 2 de novembro nos cinemas, completa-se com o Kikito de Melhor Trilha Sonora para Max de Castro e o prêmio de Melhor Filme na votação do Júri Popular. Os demais prêmios Entre os outros filmes, apenas dois foram premiados. E o campeão de troféus foi o cineasta Petrus Cariry, que ficou com três Kikitos por “Mais Pesado É o Céu”: Melhor Direção, Melhor Fotografia e Melhor Montagem (prêmio que dividiu com Firmino Holanda). Para completar, o filme rendeu à atriz Ana Luiza Rios um Prêmio Especial do Júri. O Kikito de Melhor Atriz ficou com Vera Holtz por “Tia Virgínia”, de Fábio de Meira, que também recebeu os troféus de Melhor Roteiro (para Meira), Direção de Arte, Desenho de Som e do Júri da Critica. Nas premiações específicas para filmes gaúchos, “Hamlet”, de Zeca Brito, incluindo Filme, Direção e Ator (para Frederico Restori), enquanto “Anhangabaú”, de Lufe Bollini, levou o Kikito de Melhor Longa-metragem Documental. A edição do Festival de Cinema de Gramado foi marcada pela morte da atriz Léa Garcia na terça feira (25/8), que seria homenageada no evento aos 90 anos. A atriz receberia no dia seguinte à sua morte o troféu Oscarito pela sua contribuição ao cinema nacional. O prêmio acabou entregue a seu filho, Marcelo, juntando-se aos quatro Kikitos que a atriz recebeu em vida. Lista de vencedores Confira abaixo a lista de longas premiados no 51º Festival de Cinema de Gramado. Longas-metragens Brasileiros Melhor Filme: “Mussum, O Filmis”, de Silvio Guindane Melhor Direção: Petrus Cariry, por “Mais Pesado é o Céu” Melhor Ator: Aílton Graça, por “Mussum, O Filmis” Melhor Atriz: Vera Holtz, por “Tia Virgínia” Melhor Roteiro: Fábio Meira, por “Tia Virgínia” Melhor Fotografia: Petrus Cariry, por “Mais Pesado é o Céu” Melhor Montagem: Firmino Holanda e Petrus Cariry, por “Mais Pesado é o Céu” Melhor Trilha Musical: Max de Castro, por “Mussum, O Filmis” Melhor Direção de Arte: Ana Mara Abreu, por “Tia Virgínia” Melhor Atriz Coadjuvante: Neusa Borges, por “Mussum, O Filmis” Melhor Ator Coadjuvante: Yuri Marçal, “Mussum, O Filmis” Melhor Desenho de Som: Rubem Valdés, por “Tia Virgínia” Prêmio Especial do Júri: Ana Luiza Rios de “Mais Pesado é o Céu” Júri da Crítica: “Tia Vírginia”, de Fábio Meira Júri Popular: “Mussum, O Filmis”, de Silvio Guindane Longas-metragens Gaúchos Melhor Filme: “Hamlet”, de Zeca Brito Melhor Direção: Zeca Brito, por “Hamlet” Melhor Ator: Frederico Restori, por “Hamlet” Melhor Atriz: Carol Martins, por “O Acidente” Melhor Roteiro: Marcelo Ilha Bordin e Bruno Carboni, de “O Acidente” Melhor Fotografia: Bruno Polidoro, Joba Migliorin, Lívia Pasqual e Zeca Brito, por “Hamlet” Melhor Direção de Arte: Richard Tavares, de “O Acidente” Melhor Montagem: Jardel Machado Hermes, de “Hamlet” Melhor Desenho de Som: Kiko Ferraz, Ricardo Costa e Cristian Vaz, por “Céu Aberto” Melhor Trilha Musical: Rita Zart e Bruno Mad, por “Céu Aberto” Júri Popular: “Sobreviventes do Pampa”, de Rogério Rodrigues Longas-metragens Documentais Melhor Filme: “Anhangabaú”, de Lufe Bollini




