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  • Filme

    Uma Loucura de Mulher é comédia antiquada em forma e conteúdo

    10 de junho de 2016 /

    Há filmes que parecem não ter razão de existir. Ou não se sabe ao certo o motivo de terem sido concebidos. É o caso de “Uma Loucura de Mulher”, que remete um pouco às screwball comedies da velha Hollywood, mas também à tradição de comédias brasileiras que têm predominado há décadas em nosso cinema. O que incomoda é que, ao remeter a um tipo de humor antiquado, o filme também retoma a tradição preconceituosa e machista de tratar a mulher como uma desequilibrada ou totalmente subjugada à vontade do homem. A mulher do título, Lúcia, vivida por Mariana Ximenes (“Prova de Coragem”), é uma ex-bailarina que abandonou a carreira para se dedicar à vida de esposa de político – a bela, recatada e do lar do deputado e candidato a governador Gero, vivido por Bruno Garcia (“De Pernas pro Ar”). As coisas mudam para Lúcia quando ela percebe que um político muito importante para a ascensão do marido tem mais interesse em levá-la para a cama do que exatamente apenas dançar com ela. O tal político é vivido pelo saudoso Luís Carlos Miéle (“Os Penetras”), em seu último papel nas telas. Mesmo com esse cheiro de naftalina o filme poderia servir como entretenimento conservador, se o diretor e roteirista estreante Marcus Ligocki (coprodutor de “O Último Cine Drive-In”) soubesse tirar algo de engraçado dessa história toda. Lembrando que um bom exemplo desse tipo de cinema que já nasce velho, “Ninguém Ama Ninguém… Por Mais de Dois Anos”, de Clovis Mello, atingiu resultados interessantes e satisfatórios. Já Ligocki não consegue fazer rir e nem sabe (ou não quer) seguir as lições da pornochanchada, aproveitando a beleza de Ximenes e também de Miá Mello (“Meu Passado Me Condena”) no elenco. Ainda assim, “Uma Loucura de Mulher” não é de todo ruim. Há bons créditos iniciais, feitos com animação retrô, que reiteram sua condição anacrônica, mas arrancam alguma simpatia. O fato de a história ser bastante movimentada também ajuda a tornar a diversão leve e relativamente fluida. Principalmente quando a personagem foge para o Rio de Janeiro e lá conhece a fauna de um prédio de série nacional, como a vizinha que tudo vê e o porteiro simpático. E ainda há o reencontro com o primeiro namorado, o que quase torna o filme interessante. O problema é que o diretor e suas duas co-roteiristas põem tudo a perder sempre que as situações parecem se encaminhar para algo razoavelmente engraçado.

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  • Filme

    Uma Loucura de Mulher: Mariana Ximenes faz papel de boba no trailer de mais um besteirol brasileiro

    26 de abril de 2016 /

    Pra quem estava com saudades do besteirol brasileiro, a Imagem Filmes divulgou o pôster e o primeiro trailer de mais uma comédia boba. “Uma Loucura de Mulher” traz Marianna Ximenes (“Os Penetras”) no papel-título. A prévia começa com o tapa que dá origem à sua infâmia. Quando essa reação a uma cantada machista de um senador vai parar nos jornais, seu marido deputado é aconselhado a declará-la louca, o que a faz fugir para não ser internada, escondendo-se no antigo apartamento de seu falecido pai, onde se reconecta com um ex-namorado e passa a ser assediada pelo marido arrependido. A trama não podia ser mais pueril. Mas o vídeo ressalta que a infantilidade é escancarada, graças a cenas de pastelão antigo, com direito a uma perseguição de carros reciclada do primeiro filme da “Pantera Cor-de-Rosa”, de 53 anos atrás. Além de Ximenes, o elenco inclui outras caras conhecidas do gênero besteirol, como Bruno Garcia (“De Pernas pro Ar”), Sergio Guizé (“Vai que dá Certo”), Miá Mello (“Meu Passado Me Condena”), Guida Vianna (“Loucas pra Casar”) e também registra o último papel de Luiz Carlos Miele (“Os Penetras”), que vive o senador estapeado. Filme que marca a estreia na direção de Marcus Ligocki (coprodutor de “O Último Cine Drive-In”), “Uma Loucura de Mulher” foi escrito por Ligocki em parceria com Angélica Lopes (“Até que a Sorte nos Separe”). A estreia está marcada para 2 de junho.

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  • Luiz Carlos Miele
    Filme,  TV

    Luiz Carlos Miele (1938 – 2015)

    14 de novembro de 2015 /

    Morreu o ator, apresentador, cantor e diretor Luiz Carlos Miele. Ele faleceu na manhã desta quarta-feira (14/10), aos 77 anos de idade, em seu apartamento em São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro, após sentir indisposição e sofrer um mal súbito por volta das 8h23. Luiz Carlos Miele nasceu em 31 de maio de 1938, em São Paulo. Filho da atriz e cantora Regina Macedo (cujo nome real era Irma Miele), ele cresceu em meio ao showbusiness brasileiro do começo do século 20, frequentando programas de rádio desde a infância e dando literalmente “os primeiros passos” da TV brasileira. Sua estreia artística aconteceu por acaso, aos 12 anos de idade, quando o menino que seria protagonista da radionovela “Meu Filho, Meu Orgulho”, na Rádio Excelsior, ficou muito nervoso durante o teste. Regina sugeriu que o filho assumisse o papel, e assim começou uma carreira marcada por “acidentes” e casualidades, como o próprio Miele costumava contar. A transição para a TV também foi fruto de um famoso acidente. Miele estava na rádio Tupi quando a televisão chegou no Brasil, trazida por Assis Chateaubriand. Curioso, o menino entrou no estúdio da TV Tupi durante uma das primeiras transmissões ao vivo e, sem querer, passou na frente da câmera, de calça curta. “Daí alguém falou ‘A TV brasileira dá os primeiros passos’. E os primeiros passos da TV foram as minhas pernas”, ele recordou, em entrevista ao UOL. A estreia oficial na TV acabou acontecendo no “Clube do Canguru Mirim”, programa infantil da TV Tupi em que contracenou com os então adolescentes Érlon Chaves, Régis Cardoso e Walter Avancini. Entretanto, ele não demorou a demonstrar interesse em outras áreas do entretenimento. Em 1959, mudou-se para o Rio de Janeiro para trabalhar na TV Continental como diretor de estúdio e assistente de edição. Como o salário era baixo, precisava dividir um apartamento no Catete com outros seis moradores, incluindo o ator Francisco Milani. Mas a mudança também o inseriu em outro universo artístico. “Miele não era um saudosista, estava sempre pensando em seu próximo projeto. Uma das figuras mais importantes para o entretenimento brasileiro” – João Marcelo Bôscoli No mesmo ano, Miele conheceu o jornalista e letrista Ronaldo Bôscoli, um dos nomes envolvidos na então nascente bossa nova e com quem formaria uma das mais importantes duplas do showbusiness brasileiro. Juntos, produziram shows no hoje lendário Beco das Garrafas, em Copacabana, trabalhando com cantores como Elis Regina, Wilson Simonal e Sérgio Mendes. O êxito da empreitada os levou a organizar espetáculos de alguns dos principais artistas brasileiros, como Roberto Carlos, e até estrangeiros, como Sarah Vaughan. Também tiveram uma boate no Rio, a Monsieur Pujol, por onde passaram, entre 1970 e 1974, astros como Dione Warwick, Burt Bacharach e Stevie Wonder. O sucesso da dupla chamou a atenção da então nascente TV Globo, que os contratou no mesmo mês em que foi fundada, em abril de 1965, para produzir programas musicais. Foram dezenas de programas, entre eles “Alô, Dolly”, “Um Cantor por Dez Milhões, Dez Milhões por uma Canção” e a pioneira série de comédia “Dick & Betty 17”, estrelada pelo cantor Dick Farney e a atriz Betty Faria em 1965 – o primeiro sitcom da Globo. A maior realização televisiva da dupla, porém, foi ao ar num canal rival: o célebre programa “O Fino da Bossa”, apresentado por Elis Regina e Jair Rodrigues na TV Record. Além disso, também produziram “Musical em Bossa 9”, “Dois no Balanço” e a série de comédia “Se Meu Apartamento Falasse”, com Cyl Farney e Odete Lara, na TV Excelsior. Entre muitas outras atrações. Os dois acabaram voltando à Rede Globo em 1970, onde produziram programas de Elis Regina e Marília Pêra e assumiram a direção musical do “Fantástico”. “O Miele não tinha noção da sua própria importância” – Roberto Menescal Neste retorno, Miele acumulou funções e se desdobrou para atuar como apresentador de atrações musicais, como o festival MPB Shell, e shows de variedades como “Miele Show” e “Sandra & Miele” (com a atriz Sandra Brea), investindo ainda na carreira de comediante, com participações em três humorísticos que marcaram época: “Faça Humor, Não Faça Guerra” (1970-1973), “Satiricom” (1973-1976) e “Planeta dos Homens” (1976-1982) – ao lado de Jô Soares, Renato Corte Real, Berta Loran, Paulo Silvino, Renata Fronzi, Agildo Ribeiro e outras feras do humor nacional. Paralelamente, também fez shows de humor, gravou discos (dois deles em parceria com Elis e até o primeiro rap brasileiro, “O Melô do Tagarela”, lançado em 1980) e investiu na carreira de ator de cinema. A estreia na tela grande foi em “Um Homem e Sua Jaula” (1969), seguido pela cultuada comédia “O Capitão Bandeira Contra o Dr. Moura Brasil” (1971), de Antonio Calmon. Em ambas, atuou com o amigo Hugo Carvana. Na fase de ouro da Embrafilme, participou ainda do drama clássico “A Estrela Sobe” (1974), de Bruno Barreto, e das antologias “Cada um Dá o que Tem” (1975) e “Ninguém Segura Essas Mulheres” (1976). Em 1976, após a morte do humorista Manuel de Nóbrega, Miele passou a apresentar o humorístico “A Praça da Alegria” na Rede Globo. Do mesmo modo que Manuel na versão original, ele chegava à praça cenográfica, sentava-se no banco e tentava iniciar a leitura de um jornal, quando era interrompido, a todo momento, pelos mais variados tipos, que surgiam de todos os lados. Essa versão do programa durou até 1979, com roteiros e participação de Carlos Alberto de Nóbrega, que depois assumiria o programa de seu pai como “A Praça É Nossa” no SBT. Miele ainda trabalhou na TV Manchete, a partir de 1985, e apresentou o programa “Coquetel” em 1992 no SBT, antes de se focar exclusivamente no trabalho de ator, retomando o cinema numa participação em “O Homem Nu” (1997), dirigido pelo velho amigo Hugo Carvana. Uma década depois, os dois reatariam a parceria no filme “Casa da Mãe Joana” (2008). Ele também participou de três lançamentos recentes, as comédias “As Aventuras de Agamenon, o Repórter” e “Os Penetras”, ambas de 2012 e estreladas pelo jovem humorista Marcelo Adnet, e a cinebiografia “Não Pare na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho” (2014). “Em outro país, o Miele teria sido o maior showman de todos os tempos” – Sandra Sá Nos últimos anos, voltara a ser presença constante na TV, atuando como integrante fixo do elenco de “Mandrake” (2005-2013), série de detetive inspirada na obra de Rubem Fonseca, no canal pago HBO, e em diversas produções da Globo, como as séries “Casos & Acasos” (2008), “Tapas e Beijos” (2011), “A Teia” (2014), a minissérie “O Brado Retumbante” (2012), a novela “Geração Brasil” (2014), o programa “Domingão do Faustão” (competiu no quadro Dança dos Famosos em 2014) e os humorísticos “Zorra Total” e “Tomara que Caia”. Neste programa, fez sua última aparição televisiva, exibida no dia 6 de setembro. Como ator, Miele ainda deixa uma participação inédita no filme de comédia “Uma Loucura de Mulher”, estreia na direção de Marcus Ligocki (produtor de “O Último Cine Drive-In”), que só chegará aos cinemas em 2016. Cheio de planos, ele até chegou a gravar o piloto de um novo programa de TV, em que lembrava causos de sua vida agitada, e planejava rodar o país com o one-man show “Miele — Contador de Histórias”, título de seu mais recente livro de memórias. Mas, novamente, um acidente aconteceu no meio do caminho. “Estou tristíssima, mas Miele não era um cara de ficar deitadinho dodói. Morreu animadíssimo como foi a vida inteira”, destacou a atriz e amiga Betty Faria. “Não consigo dizer nada além de lugares comuns sobre essa pessoa fantástica. Ele era um amigo de verdade, não só um colega de trabalho. Saudades, só isso”, despediu-se o colega Jô Soares.

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