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  • Série

    Anya Taylor-Joy vai estrelar minissérie da Apple TV+

    2 de dezembro de 2024 /

    "Lucky", produzida por Reese Witherspoon, marca o retorno da atriz ao formato, quatro após o sucesso de "O Gambito da Rainha"

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  • Etc

    Escritora que causou prisão de inocente por 16 anos pede desculpas

    1 de dezembro de 2021 /

    A escritora americana Alice Sebold pediu desculpas nesta quarta (1/12) por causar a condenação injusta de um homem inocente por estupro. Preso e condenado pelo crime, Anthony Broadwater passou 16 anos na prisão e, mesmo depois de cumprir a pena, teve dificuldades de seguir a vida, já que passou a integrar uma lista de agressores sexuais. Ele tinha 20 anos quando foi acusado por Sebold e inocentado na semana passada, aos 61 anos, após uma revisão do caso. Em seu livro de memórias, “Sorte. Um Caso de Estupro”, Sebold descreveu como foi estuprada em 1981, aos 17 anos, no campus de sua universidade, e como encontrou o culpado caminhando na rua dias depois. O homem que ela acusou era Broadwater, completamente diferente do retrato falado feito a partir de sua própria descrição do agressor, e um homem que ela não conseguiu identificar num reconhecimento de suspeitos, ao lado de outros homens pretos. “Lamento, acima de tudo, pelo fato de que a vida que você poderia ter tido foi injustamente roubada de você, e eu sei que nenhuma desculpa pode mudar o que aconteceu com você e nunca mudará”, disse Sebold em seu pedido de desculpas. Por intermédio de seus advogados, Broadwater disse que está “aliviado por ela ter pedido desculpas”. Broadwater foi inocentado graças ao sucesso do livro em que Sebold descreveu o caso. Com título inspirado numa frase que o policial que atendeu ao seu chamado lhe disse – “Você tem sorte de ter sido estuprada, e não estuprada e morta” – , “Sorte” foi publicado em 1999 e vendeu mais de 1 milhão de cópias, lançando a carreira de Sebold como autora. Depois disso, ela escreveu o romance “Uma Vida Interrompida”, ficção espírita sobre outro caso de estupro, desta vez seguido de morte, que foi transformado no filme “Um Olhar do Paraíso” (2009) pelo diretor Peter Jackson. Os direitos de “Sorte” também foram adquiridos para uma adaptação cinematográfica. O negócio foi fechado em 2019, mas as filmagens demoram a começar porque um dos produtores executivos, Timothy Muccianate, viu “discrepâncias” entre as descrições da violação na obra e os registros do julgamento na segunda parte do livro, e decidiu contratar um detetive particular para apurar o que realmente aconteceu. O detetive encontrou provas e pediu análises forenses mais modernas do que as da época do julgamento de 40 anos atrás, e suas descobertas fizeram as autoridades determinarem que havia “falhas sérias” na apuração realizada nos anos 1980, que traziam dúvidas sobre se o verdadeiro criminoso tinha sido condenado. A moção para anular a condenação foi feita pelo promotor público do condado de Onondaga, William J. Fitzpatrick, que observou que as identificações de testemunhas de estranhos, especialmente aquelas que cruzam as linhas raciais, muitas vezes não são confiáveis. Alice Sebold é branca e o Anthony Broadwater é negro. Diante desta reviravolta, a atriz Victoria Pedretti (“Você”, “A Maldição da Mansão Bly”), que interpretaria a versão de Sebold na adaptação de “Sorte”, desistiu da produção, que logo em seguida perdeu seu financiamento e foi cancelada. A editora americana Simon & Shuster que publica “Sorte” também anunciou na terça-feira (30/11) que iria parar de distribuir o livro enquanto trabalhava com Sebold para “considerar como o trabalho poderia ser revisado”. O livro já foi retirado de alguns sites de vendas dos EUA – mas não da Amazon. A Ediouro, que publica o livro no Brasil, ainda não se pronunciou sobre o caso.

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  • Filme

    Victoria Pedretti larga filme de escritora que deixou inocente preso por 16 anos

    28 de novembro de 2021 /

    A atriz Victoria Pedretti (“Você”, “A Maldição da Mansão Bly”) desistiu de estrelar a adaptação de “Sorte – Um Caso de Estupro” (Lucky), após o homem acusado de violência sexual pela obra ser inocentado na semana passada, depois de passar 16 anos preso. Ele foi identificado casualmente pela escritora Alice Sebold, com quem cruzou na rua, e com base nessa identificação e provas circunstanciais foi condenado à prisão. O filme também perdeu seu financiamento e não deverá mais sair do papel. O livro foi escrito em 1999, lançado no Brasil em 2003, e relata o estupro que Alice Sebold sofreu aos 17 anos, em maio de 1981, quando foi atacada dentro do campus da universidade Syracuse, em que estudava. No texto, ela conta ter visto um homem negro se aproximando dela e narra o ocorrido. O título do livro faz referência a uma frase que o policial que atendeu ao seu chamado lhe disse: “Você tem sorte de ter sido estuprada, e não estuprada e morta”. Autora também do livro que virou “Um Olhar do Paraíso” (2009), de Peter Jackson, focado num caso fictício de estupro e morte de adolescente, Sebold negociou a adaptação de “Sorte” em 2019, mas as filmagens demoram a começar porque um dos produtores executivos, Timothy Muccianate, viu “discrepâncias” entre as descrições da violação na obra e os registros do julgamento na segunda parte do livro, e decidiu contratar um detetive particular para apurar o que realmente aconteceu. O detetive encontrou provas e pediu análises forenses mais modernas do que as da época do julgamento de 40 anos atrás, e suas descobertas fizeram as autoridades determinarem que havia “falhas sérias” na apuração de 1982, que traziam dúvidas sobre se o verdadeiro criminoso tinha sido condenado. Ao analisar novamente o caso, os promotores pediram ao juiz da Suprema Corte Estadual para exonerar Anthony J. Broadwater, o homem condenado pelo estupro de Sebold — que ficou 16 anos na prisão — , pois ele era inocente. Na última segunda-feira (22/11), Broadwater foi formalmente inocentado, teve todas as condenações anuladas – de estupro em primeiro grau e cinco acusações relacionadas – e não será mais classificado como agressor sexual. Broadwater nunca assumiu a culpa pelo estupro de Sebold. No fatídico dia, a futura escritora descreveu as características de seu agressor para a polícia, mas o retrato falado não se parecia com o do homem condenado pelo crime. Mesmo assim, ele foi preso cinco meses depois, porque Sebold passou por ele na rua e contatou a polícia, dizendo ter visto seu agressor. O detalhe é que, na hora de identificar o agressor entre outros homens pretos, Sebold voltou a apontar uma pessoa diferente. Isto deveria encerrar a acusação, mas os promotores originais do caso justificaram o erro dizendo que Broadwater e o homem identificado erroneamente haviam tentado enganar e confundir Sebold propositalmente. A condenação de Broadwater (chamado de Gregory Madison no livro) se baseou nesta identificação problemática e em análises de um fio de cabelo encontrada na cena do crime, uma tecnologia que nunca foi considerada acurada e se tornou obsoleta. “Junte um pouco de ciência fajuta com uma investigação falha e temos a receita perfeita para uma condenação errada”, disse à imprensa o advogado de Broadwater, David Hammond. A moção para anular a condenação foi feita pelo promotor público do condado de Onondaga, William J. Fitzpatrick, que observou que as identificações de testemunhas de estranhos, especialmente aquelas que cruzam as linhas raciais, muitas vezes não são confiáveis. Alice Sebold é branca e o Anthony J. Broadwater é negro. “Sorte – Um Caso de Estupro” é cheio de situações racistas, que seriam justificadas pelo choque causado pelo estupro. Em algumas passagens, a escritora assume ver todos os negros como prováveis estupradores. E tudo indica que foi isso que aconteceu com um homem inocente. O livro vendeu mais de 1 milhão de cópias, deu início à carreira da escritora. Três anos depois, ela publicou “Uma Vida Interrompida” (The Lovely Bones), que vendeu 10 milhões de cópias e virou o filme de Peter Jackson indicado ao Oscar. A adaptação de “Sorte” seria escrita e dirigida por Karen Moncreiff (“13 Reasons Why”), mas após o escândalo, a saída da atriz principal e a perda de financiamento, o trabalho de desenvolvimento resultou em tempo perdido. Só que a trama pode ter desdobramentos, com ações judiciais por perdas e danos dos produtores do filme, que devem ter pago adiantado pelos direitos do livro, e do próprio Anthony Broadwater, ao descobrir que Sebold ganhou dinheiro com sua prisão. Em comunicado divulgado por seus assessores, a escritora afirmou que não iria se pronunciar sobre o caso.

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  • Filme

    Filmes online: Confira 12 lançamentos para ver em casa

    27 de agosto de 2021 /

    A programação de estreias digitais não tem blockbusters, mas há um lançamento simultâneo com os cinemas. “Um Animal Amarelo”, de Felipe Bragança, conta a história de um cineasta brasileiro que, atormentado pelo passado escravocrata da família, se lança em viagem de autoconhecimento a Moçambique e a Portugal, levando o espectador a um jornada onde o tropicalismo encontra o realismo mágico. O filme teve boa repercussão em Portugal e conquistou cinco troféus no Festival de Gramado do ano passado. O resto da programação é um convite para “descobertas”. E uma das maiores é que “Tangerine” finalmente chegou ao streaming, disponibilizado com o titulo traduzido para “Tangerina” no MUBI. Primeiro longa-metragem a ser gravado inteiramente com um iPhone, a obra também se destaca pela temática inusitada. Acompanha quase em tempo real uma prostituta trangênero recém-saída da prisão, que parte em busca do namorado/cafetão após descobrir que ele foi infiel durante o tempo em que esteve encarcerada. O humor é adulto e contém violência, mas nunca deixa de surpreender, o que explica a fama de cult da produção. Além disso, a fotografia que explora cores berrantes serviu de cartão de visitas para o diretor Sean Baker sair do Festival de Sundance em 2015 com um contrato para realizar um filme “de verdade” em 35mm – nada menos que o fantástico “Projeto Flórida” (2017), ainda mais colorido, mas com crianças. Se “Tangerina” dá boas-vindas a um novo talento, “Lucky” se despede de outro, o grande Harry Dean Stanton, falecido em setembro de 2017, aos 91 anos, que é mais lembrado como o andarilho atormentado Travis Henderson, de “Paris, Texas” (1984), um dos filmes mais belos já feitos. “Lucky” foi seu último trabalho, um verdadeiro filme-testamento sobre um personagem muito parecido com ele mesmo, descobrindo os sinais da proximidade do fim, mas cercado de amigos, como o diretor David Lynch, que o dirigiu em “Twin Peaks” e participa do longa como ator, e Tom Skerritt, com quem contracenou em “Alien” (1979). Trata-se de um drama sobre a finitude, sobre aceitar a realidade como ela é, tanto em discussões dos próprios personagens quanto nas entrelinhas, mas sem nenhuma amargura. Fãs de adrenalina não precisam se desesperar por falta de opções. Há bons lançamentos entre o terror “Raízes Macabras”, que apresenta um exorcismo brujo não indicado para corações fracos, o disaster movie “O Impensável”, onde aparente terrorismo e ameaça ambiental se combinam em crise apocalíptica, e o thriller “Zona de Confronto”, em que policiais lutam por suas vidas cercados por uma turba cansada de racismo num bairro de imigrantes. A lista ainda inclui dois dramas esportivos que exigem atenção: “O Quinto Set”, sobre a luta contra os limites de um atleta em fim de carreira, e “Slalom – Até o Limite”, que aborda o abuso de técnicos sobre jovens influenciáveis. As duas produções são francesas e muito impactantes. Mas adolescentes podem preferir a maior bobagem da lista: “Ele é Demais”, atualização de um “clássico” da geração X para consumo da geração TikToker. Tão esquecível quanto um vídeo com dois minutos de dancinha, a comédia adolescente que inverte os gêneros de “Ela é Demais” (1999) não vai marcar época como o original. No máximo, vira um “guilty pleasure” para quem ficar curioso em ver como um elenco de celebridades virtuais lida com uma trama que é basicamente sobre os méritos da superficialidade e da falta de identidade própria. Confira abaixo estes e outros títulos (com os trailers) de uma dúzia de opções selecionadas entre os lançamentos das plataformas digitais nesta semana.     Tangerina | EUA | Comédia (MUBI)     Lucky | EUA | Drama (Reserva Imovision)     Raízes Macabras | EUA | Terror (Netflix)     O Inimaginável | Suécia | Thriller (Apple TV, Google Play, Looke, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes)     Zona de Confronto | Dinamarca | Thriller (Apple TV, Google Play, NOW, Sky Play, Vivo Play, YouTube Filmes)     O Quinto Set | França | Drama (Netflix)     Slalom – Até o Limite | França | Drama (Apple TV, Google Play, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes)     Um Animal Amarelo | Brasil, Portugal, Moçambique | Drama (Apple TV, Google Play, YouTube Filmes)     Lina from Lima | Chile, Peru | Drama (MUBI)     Um Ano em Nova York | EUA | Drama (Apple TV, Google Play, NOW, SKY Play, Vivo Play, YouTube Filmes)     Ele é Demais | EUA | Comédia (Netflix)     The Witcher: Lenda do Lobo | EUA | Animação (Netflix)

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  • Filme

    Harry Dean Stanton se despede do cinema e da vida no poético Lucky

    24 de dezembro de 2017 /

    Pode até não parecer, mas a trajetória de Harry Dean Stanton, falecido em setembro de 2017, perpassou metade da história do cinema americano. Atuando desde os anos 1950, no cinema e na televisão, o ator hoje é lembrado principalmente por aquele que é o papel de sua vida, o do solitário e atormentado Travis Henderson, de “Paris, Texas” (1984), de Wim Wenders, um dos filmes mais belos já feitos. “Lucky”, de John Carroll Lynch, é uma espécie de filme-testamento do ator. O personagem, um senhor de 90 anos que é veterano da 2ª Guerra Mundial, foi totalmente inspirado em Dean Stanton. Afinal, assim como o personagem, o ator nunca casou, nunca teve filhos (não que ele saiba), começou a fumar desde muito cedo e também serviu, como cozinheiro, durante a guerra dos anos 1940. Logo, Stanton acaba por interpretar a si mesmo em “Lucky”, filme que parece pequeno em suas pretensões, mas que alcança uma dimensão poética impressionante. Na trama, Lucky descobre, depois de um desmaio, que seu corpo começa a dar sinais de chegar ao fim. Em sua vida, vemos muitos espaços vazios, desertos, além de bares e restaurantes. Alguns desses lugares se repetem ao longo da narrativa, como que para acentuar a rotina pouco excitante de Lucky. Essa carência de emoções, ou mesmo de pouca energia para desperdiçar, talvez seja um dos segredos da longevidade de Lucky, junto com o apego à sua vida simples e aos pequenos prazeres que sua vida lhe proporciona. E haja simplicidade em sua vida: as únicas coisas que Lucky abastece no mercadinho são cigarros e caixas de leite. O café é tomado na lanchonete, espaço em que ele é tratado como uma espécie de integrante da família, numa cidade pequena onde todo mundo se conhece. Importante, gostoso e enriquecedor ter no filme a participação especial do amigo David Lynch, interpretando alguém muito parecido com o Gordon de “Twin Peaks”. Lynch e Stanton trabalharam juntos em diversos filmes. Na nova temporada da série, inclusive, o ator aparece em cinco episódios, também em um papel semibiográfico, falando sobre o hábito de fumar desde cedo. Lynch, como um diretor que valoriza muito a figura do homem velho, trata com muito carinho aquele homem que carrega quase um século nas costas. Algumas cenas são de uma beleza ímpar: a cena do aniversário do garotinho mexicano, em que Lucky canta uma canção em espanhol; a cena da conversa com um colega aposentado das forças armadas (Tom Skerritt, com quem Stanton trabalhou em “Alien”), que conta uma história fascinante sobre uma garotinha japonesa; a cena em que David Lynch fala sobre o amor incondicional por seu bicho de estimação desaparecido; e há também mistérios em algumas cenas, ainda que bastante ligados ao realismo que o filme promove. Não falta espaço para filosofar sobre a finitude, sobre aceitar a realidade como ela é, tanto em discussões dos próprios personagens quanto nas entrelinhas, o que faz com que o filme fica com o espectador após a sessão. Trabalhos como este justificam a ida ao cinema. Até porque resulta numa paz de espírito, em vez de lamento pelo fim de uma jornada.

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    Filmes com crianças extraordinárias são os destaques da semana nos cinemas

    7 de dezembro de 2017 /

    As melhores estreias de cinema da semana são histórias que trazem crianças com problemas de relacionamento. Enquanto uma delas é o lançamento mais amplo desta quinta (7/12), a outra, premiadíssima, chega em circuito limitado. A programação também entra em clima natalino com a continuação menos engraçada de um comédia do ano passado, despede-se de um ator genial e apresenta três novidades brasileiras. Clique nos títulos dos filmes abaixo para ver os trailers de cada um dos lançamentos. “Extraordinário” leva a mais de 500 telas a elogiada adaptação do best-seller infantil homônimo de RJ Palacio sobre o menino Auggie Pullman, que nasceu com uma deformidade facial e estudou em casa a maior parte da vida, até a família decidir matriculá-lo numa escola regular para que convivesse com outras crianças da sua idade. Dirigido por Stephen Chbosky (“As Vantagens de Ser Invisível”), o filme tem uma mensagem anti-bullying tocante, que supera a fórmula do melodrama, e é estrelado por Jacob Tremblay, o ator-mirim de “O Quarto de Jack” (2015), irreconhecível sob a maquiagem da produção. Ele vive o filho deformado de Julia Roberts (“Jogo do Dinheiro”) e Owen Wilson (“Zoolander”), e neto da brasileira Sonia Braga (“Aquarius”). Sucesso nos cinemas americanos, enfrentou “Liga da Justiça” e “Viva – A Vida É uma Festa” sem se assustar, com 85% de aprovação no site Rotten Tomatoes. “Verão 1993” é o destaque do circuito limitado. Candidato da Espanha a uma indicação no Oscar 2018, acompanha Frida, uma menina de seis anos que vai viver com os tios no campo, após a morte súbita da mãe, mas não consegue se adaptar à nova vida e família. O longa de Carla Simón venceu o troféu de Melhor Filme de Estreia no Festival de Berlim 2017, além de se consagrar no circuito dos festivais. Para completar, tem impressionantes 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. “Perfeita É a Mãe 2” é basicamente a versão feminina de “Pai em Dose Dupla 2” (já em cartaz): uma continuação em que as mães da história original recebem a visita das próprias mães para o Natal. A falta de boas ideias confirma que foi feito a toque de caixa para aproveitar o sucesso do primeiro filme, lançado no ano passado. O resultado foi uma bilheteria abaixo da expectativa e execração da crítica – 27%. Há mais três estreias do cinema americano. Enquanto duas refletem a inquietação que se espera de cineastas indies iniciantes, a terceira é assinada por um diretor famoso e clichê de doer. “Lucky” foi o último filme estrelado por Harry Dean Staton, que morreu em setembro aos 91 anos. Sua carreira foi marcada por papéis fantásticos. E o personagem-título de “Lucky” é um deles: um ateu espirituoso que precisa lidar com a própria mortalidade diante da idade avançada. Staton dá um show de interpretação, numa despedida emocionante do cinema sob aplausos da crítica – 98% no Rotten Tomatoes. Como curiosidade, o longa também marca a estreia na direção do ator John Carroll Lynch, intérprete do palhaço assassino Twisty na série “American Horror Story”. “Em Busca de Fellini” é uma história real em tom de fábula, de uma jovem que cresceu confinada por uma mãe superprotetora e descobre o mundo por meio dos filmes de Fellini. Instigada, ela decide conhecer a Itália e ver de perto as imagens que a encantaram no cinema. Embora pareça uma criação de cinéfilo, o filme é baseado na vida de Nancy Cartwright, a dubladora de Bart Simpson nos Estados Unidos. Ela própria assina o roteiro, que tem 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. “Apenas um Garoto em Nova York” marca a volta de Marc Webb às comédias românticas, após o fracasso espetacular de seus filmes do Homem-Aranha. Mas o resultado é muito diferente do cultuado “(500) Dias com Ela” (2009). O roteiro foi escrito por Allan Loeb (“Rock of Ages: O Filme”) e é centrado em um jovem que descobre que seu pai está tendo um caso. O filho tenta impedir que isso aconteça, mas no processo acaba se envolvendo com a mulher. Callum Turner (“Assassin’s Creed”) é o protagonista, Pierce Brosnan (“November Man: Um Espião Nunca Morre”) vive seu pai e Kate Beckinsale (“Anjos da Noite: Guerras de Sangue”) interpreta a amante. O triângulo tão velho quando Édipo Rei implodiu nas bilheterias norte-americanas, com apenas US$ 624 mil e uma péssima cotação – 33%. Três filmes brasileiros completam a programação. “Altas Expectativas” se diferencia das histórias de ricos instantâneos e vigaristas que marcam os besteiróis nacionais por usar suas piadas para contar uma “fábula” de superação e romance. Roteiro e direção da dupla Pedro Antônio (“Tô Ryca!”) e Alvaro Campos (“Leo & Carol”) contam o dilema de um treinador de cavalos anão que se apaixona por uma barista, mas sua baixa autoestima lhe impede de se declarar. Cansado de ser humilhado pela estatura, ele acaba revidando um comediante que o ridiculariza durante uma apresentação de stand-up e impressiona pelo humor autodepreciativo, iniciando uma nova carreira. E um dia faz a jovem melancólica, que ele adora, rir pela primeira vez em muito tempo, abrindo as portas para seu coração. O príncipe encantado incompreendido é Leonardo Reis, conhecido em shows de stand-up como Leo Gigante. A bela da história é interpretada por Camila Márdila, que dividiu com Regina Casé o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Sundance 2015 por “Que Horas Ela Volta?”. E não falta sequer o indefectível rival-vilão (o Gaston da vez), vivido pelo canalha favorito do cinema brasileiro, Milhem Cortaz (“O Lobo Atrás da Porta”). “Encantados” assume mais claramente o tom fantasioso de sua narrativa, ao materializar uma versão tupiniquim dos romances adolescentes sobrenaturais que foram tendência em Hollywood há meia década atrás. De fato, o filme é de 2014, mas só “desencantou” nos cinemas agora – trazendo consigo o “exilado” José Mayer. Na trama, a filha de um influente político paraense tem visões de um índio bonitão nas águas da Ilha de Marajó. Se o samba-enredo parece conhecido é porque a combinação de folclore, rios místicos e clichês da literatura tem sido a base de sucessos noveleiros como “Pantanal” (1990) e “Velho Chico” (2016) – sem esquecer que já há uma versão adulta similar, “Ele, o Boto” (1987). A direção é de Tizuka Yamasaki, que chegou a ser apontada como diretora promissora nos anos 1980, antes de se especializar em filmes da Xuxa. A menor distribuição cabe ao documentário da semana, “Corpo Delito”, sobre um preso que vai para o regime aberto com uma “tartaruga” no tornozelo. A gíria prisional é a novidade da história.

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