Após terremoto, Kaysar viaja ao Oriente Médio para ver como estão parentes
O ator Kaysar Dadour, nascido em Alepo, na Síria, deve viajar nesta terça-feira (7/2) para o Líbano, na fronteira com o país natal, para tentar visitar familiares e amigos afetados pelo terremoto de magnitude 7,8 que atingiu parte do país e também o sul da Turquia. O ex-BBB relatou estar arrasado com o episódio que matou, pelo menos, 5 mil pessoas e deixou mais de 10 mil feridas. A tragédia aconteceu na madrugada de segunda-feira (6/2). Em entrevista à apresentadora Ana Maria Braga, durante o programa “Mais Você”, Kaysar relatou que o povo sírio é “um povo esquecido”. Bem preocupado com seus familiares, o ator resolveu voltar – pela primeira vez – após fugir do país, em 2011. Kaysar deve ficar perto da fronteira, pois tem receio de ser barrado ao tentar entrar na Síria. Kaysar saiu de seu país de origem para fugir da guerra civil. O ator chegou a dormir na Ucrânia até conseguir abrigo e foi espancado por extremistas islâmicos por conta de sua religião. Com a perna fraturada, ele resolveu mudar de vida e pediu ajuda para parentes brasileiros, que moram em Curitiba. O artista está na capital paranaense desde 2014 e conseguiu se naturalizar brasileiro. Em 2018, o sírio foi vice-campeão do “BBB 18” e atuou em “Órfãos da Terra”, novela vencedora do Emmy Internacional. A trama falava justamente sobre vítimas da guerra da Síria. O ator usou suas redes sociais para lamentar a tragédia e compartilhar informações sobre o terremoto. “Não basta a guerra e aí vem o terremoto”, desabafou o ex-BBB.
Filme da Mulher-Maravilha é proibido no Líbano
Após pressão de grupos radicais, o Líbano anunciou a proibição do filme da “Mulher-Maravilha” no país. A decisão foi tomada a poucas horas da estreia do longa-metragem. A proibição não tem a ver com a minissaia da heroína ou mensagem de empoderamento feminino, que poderia contrariar crenças islâmicas, mas no fato de o filme ser estrelado por Gal Gadot. A atriz nasceu em Isreal, prestou serviço militar no país (obrigatório para homens e mulheres) e é grande incentivadora das forças israelenses, que estão em conflito com o Líbano há décadas. O Líbano tem uma lei que incentiva o boicote a produtos israelenses e impede que seus cidadãos viajem para Israel ou tenham contato com pessoas desse país. Um grupo denominado “Campanha para Boicote de Apoiadores de Israel-Líbano” foi responsável por pressionar o governo libanês a tomar medidas contra a produção. O grupo já havia tentado proibir anteriormente a estreia de “Batman vs Superman” com o mesmo argumento contra a atriz Gal Gadot, mas não tinha obtido sucesso na ocasião. Antes disso, porém, sua participação na franquia “Velozes e Furiosos” tinha sido encarada com indiferença. A Warner Bros. não se pronunciou sobre a decisão, mas o prejuízo não deve ser grande, já que a previsão era que o filme fosse exibido em apenas 15 cinemas do país, que não tem um grande parque exibidor. Por enquanto, a estreia de “Mulher-Maravilha” segue confirmada em outros países árabes. O filme tem lançamento marcado na Arábia Saudita, Kuwait, Qatar, Oman e Bahrein.

