Filha de Tadeu Schmidt tranca faculdade após sofrer preconceito
Valentina Schmidt, filha do apresentador Tadeu Schmidt, revelou que decidiu trancar seu curso de Artes Cênicas após enfrentar discriminação por parte de professores. A jovem de 21 anos se identifica como queer e contou que o preconceito se intensificou após a exposição pública sobre sua orientação sexual. Preconceito na sala de aula “Tive alguns professores que me desencorajaram. Uma em especial fazia vários comentários homofóbicos sobre mim e também comentários ofensivos sobre o meu pai. Pensei: ‘Não vou ficar em um ambiente em que não me sinto bem-vinda'”, afirmou Valentina em entrevista ao jornal O Globo. Atualmente, ela estuda Artes Cênicas na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), no Rio de Janeiro. Antes da universidade, Valentina já havia experimentado hostilidades em outros ambientes educacionais. Ela contou que teve de trocar de escola no Ensino Médio por conta do bullying sofrido. “Chegou a um ponto em que eu não aguentava mais. Nunca aceitei injustiça e sempre me posicionava”, revelou. Mas Valentina não enfrenta preconceito apenas no ambiente escolar. A jovem relatou que ataques homofóbicos também são constantes em suas redes sociais. “Se fosse há alguns anos, eu ficaria muito abalada com os comentários que vejo na internet, mas hoje em dia não me abala”, disse. A visibilidade queer A jovem também explicou que o alarde em torno de sua orientação sexual tomou grandes proporções, principalmente devido à visibilidade conferida por ser filha de Tadeu Schmidt, apresentador do “Big Brother Brasil”. “Fiz porque finalmente estava confortável comigo mesma e queria mostrar para o mundo que tenho orgulho de ser quem eu sou”, concluiu Valentina. Tadeu Schmidt é casado há 25 anos com Ana Cristina e, além de Valentina, tem outra filha, Laura.
Globo volta a censurar cena lésbica em “Aruanas”
A Globo voltou a censurar uma cena lésbica na TV. Desta vez, foi uma cena de sexo entre Olga e Ivona na série “Aruanas”. Foi a segunda vez em duas semanas que as sequências amorosas entre as personagens de Camila Pitanga (“Velho Chico”) e Elisa Volpatto (“Bom Dia, Verônica”) são reduzidas pela emissora e a quinta vez seguida que cenas lésbicas foram censuradas no mês de maio – a censura também vetou beijos na novela “Vai na Fé”. Em seu Instagram, Volpatto criticou a decisão da emissora. “Sinceramente, há avanços que a gente faz em sociedade que a gente não pode voltar para trás”, declarou a artista em uma publicação feita na quarta-feira (31/5). Além disso, a atriz decidiu publicar a cena em sua conta. “Rede Globe, que tristeza. Cortaram de novo a cena de duas minas se pegando. Com tanta cena hetero mais fuerte do que essa passando em horário nobre bem nobre… Você nos obriga a entregar ela por aqui”, comentou ela. Apesar de ter sido cortada na TV aberta, a sequência está disponível no Globoplay, na versão integral do episódio. Elisa ainda continuou seu discurso: “Ela [a cena] foi gravada (eu não tô louca, nós gravamos essa cena, né Camila Pitanga?!) e faz parte da narrativa para entendermos a história de Ivona e Olga. Ela existe na íntegra na versão do Globoplay. Sinceramente, há avanços que a gente faz em sociedade que a gente não pode voltar para trás”, criticou. “Vamos, TV Globo. O que a vida quer da gente é coragem”, continuou. Por fim, Volpatto dedicou a cena à comunidade LGBTQAIP+. “[A comunidade mata] Um leão por dia”, justificou. Camila Pitanga não respondeu à menção nem se pronunciou sobre o tema. Além da polêmica entre as atrizes de “Aruanas”, a Globo vem impedindo Regiane Alves (“Uma Pitada de Sorte”) e Priscila Sztejnman (“Uma Quase Dupla”) de se beijarem na novela “Vai na Fé”. As atrizes interpretam, respectivamente, Clara e Helena. Neste caso, a emissora justificou que a novela das sete tem um público evangélico e mais conservador, que pode deixar de assistir ao programa caso se depare com beijos LGBTQAIP+. Já “Aruanas” é uma produção de cunho mais progressista e exibida após as 22h supostamente para pessoas adultas. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Elisa Volpatto (@evolpatto)

