Miss Sloane: Jessica Chastain enfrenta a indústria armamentista em trailer dramático
A EuropaCorp divulgou o primeiro trailer de “Miss Sloane”, estrelado por Jessica Chastain (“A Colina Escarlate”). Mais conhecida por seus filmes de ação, a produtora surpreende com seu primeiro drama sério, mas que também é cheio de armas e ameaças de destruição completa. Isto porque a personagem de Chastain é uma estrategista política que decide enfrentar a indústria armamentista nos EUA, e acaba criando inimigos poderosos. Na trama, Elizabeth Sloane é convocada para liderar o debate sobre o controle de armas no país, visando aprovar uma nova legislação, mais rigorosa, e passa a sentir o formidável poder de seus oponentes. Apesar de suas habilidades políticas, sua missão coloca todas as pessoas ao seu redor em risco. O filme tem direção do inglês John Madden (“O Exótico Hotel Marigold”) e deve polarizar o público americano, que mesmo com a banalização dos massacres em escolas, segue evitando o debate do controle do porte de arma, assegurado pela Segunda Emenda da Constituição dos EUA. Segundo Madden, “Miss Sloane” utiliza “Spotlight” como referência na abordagem do tema e contém um grande número de reviravoltas semelhantes à série “House of Cards”. O elenco grandioso também inclui Gugu Mbatha-Raw (“Um Homem Entre Gigantes”), Mark Strong (“Kingsman: Serviço Secreto”), Alison Pill (“Zoom”), Jake Lacy (“Carol”), Michael Stuhlbarg (“Steve Jobs”), John Lithgow (“Interestelar”), Sam Waterston (série “Law & Order”) e Dylan Baker (série “The Americans”). A estreia está marcada para 9 de dezembro nos EUA, em plena temporada dos aspirantes ao Oscar. Ainda não há previsão para o lançamento no Brasil.
Classificação indicativa deixa de ser proibitiva na TV brasileira
O Supremo Tribunal Federal acabou com a vinculação entre o horário de programas de TV e a sua classificação indicativa. A decisão, em vigor desde quinta (1/9), permite aos canais maior flexibilidade na programação de suas atrações. Até então, a classificação era restritiva e não indicativa de fato. Programas “não recomendados para menores de 14 anos” só podiam ser exibidos a partir das 21h impreterivelmente. Esta classificação, incorporada ao Estatuto da Criança e do Adolescente, foi responsável por transformar a tradicional “novela das oito” em “novela das nove” na TV brasileira. Vale lembrar que, no ano passado, Gilberto Braga precisou mudar o destino de uma personagem – inicialmente uma garota de programa – na novela das 21h “Babilônia” para evitar que fosse classificada para 16 anos e, portanto, só liberada para ir ao ar após às 22h. E a Record teve que cortar cenas em que escravos eram chicoteados em “Escrava Mãe”, sua atual novela das 19h, para manter a recomendação em 10 anos. O novo entendimento também facilita a exibição de reprises de novelas durante a tarde. Recentemente, a Record encontrou dificuldades para adequar ao horário sua reprise de “Chamas da Vida”, que tinha classificação de “não recomendada para menores de 14 anos”, resultando numa edição muito retalhada. Sucessos do cinema juvenil com censura 12 anos, como “Esquadrão Suicida” e “Star Trek: Sem Froteiras”, atualmente em cartaz nos cinemas, também não precisarão mais sofrer cortes para passar à tarde. Além disso, a chamada Rede Fuso, que apresentava programação atrasada exclusivamente para os estados do Norte e Nordeste durante o período de horário de verão, deve terminar. Os programas costumavam ir ao ar mais tarde nestas regiões, pela obrigação de vincular a classificação etária e o horário de exibição. Agora, a programação nacional poderá permanecer unificada, apesar do horário de verão nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Foi uma longa batalha. Para se ter ideia, a ação que resultou nessa decisão foi apresentada há nada menos que 15 anos pelo PTB, com apoio da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV). Trata-se, claro, de um exemplo notável da celeridade do judiciário brasileiro. Mas foi mesmo uma batalha. Em contraste à celebração dos canais, organizações de proteção à infância lamentaram a decisão. Várias ONGs, como Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, o Instituto Alana, a ANDI – Comunicação e Direitos e a Artigo 19 encamparam uma campanha contrária à desvinculação dos horários na televisão. Para elas, é grande o risco de maior exposição de crianças a conteúdos violentos e erotizados durante horários impróprios, como ocorria nos anos 1990, antes do Estatuto da Criança e do Adolescente, quando o quadro sensual “Banheira do Gugu” ocupava a faixa das 16h. A publicação do acórdão do STF suprimiu trecho do Estatuto que proibia exibir programas fora dos horários reservados a cada idade, segundo a classificação do Ministério da Justiça. A pasta continuará avaliando a classificação indicativa, que deve ser informada no início de cada atração, mas a partir de agora ela será, como diz seu nome, apenas indicativa – e não mais proibitiva.
Miss Sloane: Jessica Chastain enfrenta a indústria armamentista em pôster e fotos de novo drama
A FilmNation divulgou o pôster e as primeiras fotos de “Miss Sloane”, que destacam a atriz Jessica Chastain como uma estrategista política que decide enfrentar a indústria armamentista nos EUA. Na trama, Elizabeth Sloane é convocada para liderar o debate sobre controle de armas, conforme uma nova legislação, mais rigorosa, começa a ganhar força no Congresso americano, e acaba ficando frente a frente contra o formidável poder de seus oponentes. Apesar de suas habilidades políticas, ela acaba colocando a si mesma e as pessoas ao seu redor em risco. O filme tem direção do inglês John Madden (“O Exótico Hotel Marigold”) e deve polarizar o público americano, já que pretende discutir o direito ao porte de arma, assegurado pela Segunda Emenda da Constituição dos EUA. Segundo Madden, “Miss Sloane” utiliza “Spotlight” como referência na abordagem do tema e contém um grande número de reviravoltas semelhantes a “House of Cards”. “Nosso filme é sobre a busca de um objetivo e as pressões que são exercidas, e é adequadamente emocionante de maneiras que você não espera. Isso tudo sempre atento às pessoas que trabalham neste mundo”, declarou Madden à revista Entertainment Weekly. As indústrias da morte já renderam um excelente filme, “Obrigado por Fumar” (2005), que trazia Aaron Eckhart (“Batman: O Cavaleiro das Trevas”) como lobista das fábricas de cigarro. Mas não está claro se “Miss Sloane”, que foi escrito por um estreante, Jonathan Perera, irá se utilizar do mesmo tipo de humor negro. O elenco grandioso de “Miss Sloane” também inclui Gugu Mbatha-Raw (“Um Homem Entre Gigantes”), Mark Strong (“Kingsman: Serviço Secreto”), Alison Pill (“Zoom”), Jake Lacy (“Carol”), Michael Stuhlbarg (“Steve Jobs”), John Lithgow (“Interestelar”), Sam Waterston (série “Law & Order”) e Dylan Baker (série “The Americans”). A estreia está marcada para 9 de dezembro nos EUA.
Disney e Marvel assumem postura política e ameaçam boicote contra lei “religiosa” antigay nos EUA
A Disney e os estúdios Marvel decidiram tomar uma postura política e ameaçar de boicote o estado americano da Georgia, onde vêm rodando seus filmes – como “Homem-Formiga”, “Capitão América: Guerra Civil” e “Guardiões da Galáxia 2” – , caso uma controversa lei antigay seja aprovada pelo governador. “Disney e Marvel são empresas inclusivas e, por mais que tenhamos tido ótimas experiências filmando na Geórgia, nós planejamos levar nossos negócios para qualquer outro lugar caso qualquer legislação que permita práticas discriminatórias se torne lei estadual”, disse um porta-voz dos estúdios nesta quarta-feira. Outras subsidiárias do conglomerado Disney, como a rede ABC, também vão participar do boicote, informou o site The Hollywood Reporter. O motivo da controvérsia se deve à iniciativa de políticos da bancada evangélica local, que enviaram um controverso projeto de lei de liberdade religiosa ao governador Nathan Deal. Deal tem até o dia 3 de maio para decidir se deve ou não sancioná-lo. O projeto, oficialmente intitulado Lei de Proteção do Livre Exercício, diz que nenhum pastor/padre/ministro religioso pode ser forçado a realizar o casamento de pessoas do mesmo sexo e que nenhum indivíduo pode ser forçado a participar de um — disposições que, como apontam os críticos da discriminação, já estão garantidas pela Primeira Emenda. Mas não é só isso. A lei também prevê que nenhuma organização religiosa seja “obrigada a fornecer serviços sociais, educacionais ou de caridade que violem as crenças destas organizações baseadas na fé”. Tais organizações não poderiam ser forçadas a “contratar ou manter como empregada qualquer pessoa cuja crença ou prática religiosa ou a falta delas esteja em desacordo com o que essas organizações acreditam”. Em suma, se sancionada, a lei 757 permitirá que associações religiosas possam se negar a realizar casamentos, dar empregos ou mesmo a prestar serviços a homossexuais. Caso seja aprovada, o precedente criado pela lei pode ser estendido para outros estados e ampliar seus limites para além da “liberdade de religião”. Do jeito que está, já cria discriminação, podendo afetar, inclusive, o atendimento a estudantes e, caso mais extremo, pacientes homossexuais em instituições hospitalares ligadas à igrejas/templos. Grupos de direitos humanos conclamaram que representantes de grandes estúdios de Hollywood se manifestassem contra o projeto de lei, pedindo um boicote ao estado caso a lei seja sancionada. “Como outros estados, a Geórgia oferece incentivos fiscais para produções de cinema e TV, e como resultado, a indústria do entretenimento tem uma pegada econômica imensa no estado. Mas, se esta lei for sancionada, seus funcionários, seus contratados, todos aqueles que trabalham em suas produções estão em risco de sofrer discriminação chancelada pelo Estado. Isso está errado. É anti-americano. É uma afronta a todos os valores dos quais Hollywood se orgulha”, disse Chad Griffin, presidente da Human Rights Campaign, em um evento no último dia 19. Ele continuou: “Vocês têm a influência e a oportunidade de não apenas derrotar esse projeto, mas para enviar uma mensagem de que há consequências para leis perigosas e odiosas como essa”. O governador republicano já havia criticado versões anteriores do projeto, afirmando que vetaria qualquer medida que permitisse a discriminação no estado “a fim de proteger as pessoas de fé”. Porém, no último dia 18 ele afirmou estar “agradavelmente surpreso” com a nova versão que lhe foi enviada. Deal ainda não indicou se intenciona assinar ou não o projeto. Em 22 de fevereiro deste ano, o governador participou das celebrações do Dia do Filme, que celebrava os mais de US$ 1,7 bilhão gastos por produções audiovisuais no estado entre 1 de junho de 2014 a 30 de junho de 2015. Apesar de seu entusiasmo com a lei, Nathan Deal precisa dar satisfação a grandes empresas que já se posicionaram contra a lei. Além da Disney, Coca-Cola, Home Depot e UPS ameaçam boicotar o estado, que pode entrar em crise financeira. “Para as empresas da Geórgia competirem pelos melhores talentos, temos que ter locais de trabalho e comunidades diversas e acolhedoras para todas as pessoas, não importando raça, sexo, cor, nacionalidade, etnia, religião, idade, deficiência, orientação sexual ou gênero”, disseram as megacorporações em comunicado conjunto. Até a NFL, Liga Nacional de Futebol Americano, advertiu, no último dia 18, que se o projeto passar, a decisão de realizar o Super Bowl em Atlanta em 2019 ou 2020 pode ser afetada. O estado é um dos finalistas para sediar a partida, um dos eventos mais importantes do calendário esportivo americano. Times locais como os Atlanta Braves, Atlanta Falcons e Atlanta Hawks também engrossam a lista dos que se opõem à lei.
Ministério Público Federal quer acabar com excesso de cópias dubladas nos cinemas brasileiros
O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo apresentou ação civil pública contra a Agência Nacional de Cinema (Ancine) e dez distribuidoras de filmes que atuam no país para exigir obrigatoriedade de legendas nos filmes lançados no território nacional. A ação visa proibir as distribuidoras de fornecer apenas cópias dubladas, e a Ancine deverá fiscalizar o cumprimento da ordem. De acordo com o MPF, o objetivo é garantir acessibilidade das pessoas com deficiência auditiva aos filmes exibidos nos cinemas brasileiros, garantindo uma cota de cópias legendadas de cada lançamento. Em inquérito feito pelo Ministério Público, verificou-se que muitos cinemas no país disponibilizam somente cópias dubladas dos filmes, o que inviabiliza a compreensão do conteúdo pelas pessoas com deficiência auditiva, apesar de a legislação brasileira garantir a elas o direito de acesso aos meios de comunicação. Na ação, o MPF pede a adoção dos recursos técnicos necessários para a acessibilidade. Mas o Ministério Público quer mais que a simples legendagem – no que contaria com apoio incondicional de todos os cinéfilos brasileiros. A ação visa incluir a legenda de formato closed caption, que inclui os efeitos sonoros, a fim de garantir a total compreensão da obra pelos deficientes até em lançamentos nacionais. Mais controversa, porém, é a determinação de interferir na imagem da obra original, ao pedir a inclusão de uma janela na tela, trazendo um intérprete de libras (linguagem de sinais) num espaço fixo sobre a imagem projetada no cinema, durante o filme inteiro. A ação pede, em caráter liminar, que, em um prazo de 60 dias, as distribuidoras de filmes citadas insiram legendas abertas ou descritivas na forma closed caption, assim como a janela com intérprete de libras em cópias de todas as produções audiovisuais destinadas ao mercado nacional. A Ancine ainda não se manifestou sobre a ação.




