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    O Formidável tira sarro da seriedade de Godard

    4 de novembro de 2017 /

    Michel Hazanavicius procurou saber de Jean-Luc Godard se ele havia visto o seu “O Formidável”, se havia gostado ou desgostado do modo como foi caracterizado nesta comédia autobiográfica baseada no livro de uma das ex-esposas do cineasta, a alemã Anne Wiazemsky. Até onde se sabe, o jovem diretor não recebeu nenhuma resposta de seu “homenageado”. Apesar das aspas, podemos dizer que o filme de Hazanavicius consegue ser ao mesmo tempo uma homenagem a Godard, emulando e trazendo à tona momentos importantes de uma fase da vida e da obra do homem, como também um filme que tira sarro de Godard, vivido por Louis Garrel. O diretor do oscarizado “O Artista” (2011) novamente fala sobre cinema e seus bastidores, mas o foco agora é o cinema francês do final dos anos 1960, quando muita coisa estava mudando no mundo. Em um ano em que tivemos uma comédia que também brinca com os bastidores do cinema francês, a divertida “Rock’n’Roll – Por Trás da Fama”, de Guillaume Canet, é bom ver outro trabalho inteligente e espirituoso sobre o tema. E “O Formidável” talvez exija menos do espectador pouco habituado a ver filmes franceses, mesmo que cinéfilos se divirtam mais com as referências a Godard. A trama ecoa os protestos da primavera de Paris e a radicalização política da época, e se concentra numa tentativa de revolução num cinema que já era considerado revolucionário. Ao final da década de 1960, Godard encontrava-se num momento tão radical de sua vida que rejeitava até mesmo os seus próprios filmes, colocando os marcos da nouvelle vague na categoria de lixo burguês ou arte ultrapassada. Sua intenção era criar algo totalmente novo na forma e no conteúdo e ainda trazer muito da política que ele abraçava naquele momento, o maoismo. Uma das partes mais engraçadas do filme, aliás, é quando Godard fica sabendo que seu filme “A Chinesa” (1967) não foi apreciado pelos chineses. Segundo algumas fontes, os revolucionários chineses acharam que o diretor francês não entendeu nada da ideologia de Mao. Outras passagens bem engraçadas giram em torno das participações de Godard nas manifestações acirradas de 1968, quando havia briga entre a polícia e os estudantes. Além de perder muitos óculos, o diretor sempre se saía mal quando ia para as discussões entre os estudantes comunistas. Uma das melhores coisas do filme merece ser mencionada como destaque: Stacy Martin, a jovem francesa que encantou o mundo em “Ninfomaníaca” (2013), de Lars Von Trier, faz o papel da jovem esposa de Godard, Anne, que atura, com amor e paciência, as bobagens e os arroubos de arrogância daquele homem que se achava melhor do que todos. Com uma mulher tão doce quanto Anne, difícil não pensar no quanto Godard foi vacilão em ter deixado passar alguém tão especial na vida dele. E para acentuar ainda mais essa impressão, o filme a apresenta sem roupa diversas vezes, uma vez, inclusive, evocando uma cena do clássico “O Desprezo” (1963), em que a câmera de Godard passeia pelo corpo nu de Brigitte Bardot. O elenco ainda destaca Bérénice Bejo, esposa de Hazanavicius, que entretanto aparece pouco, em papel de coadjuvante, como uma das amigas de Godard. É um papel pequeno, mas o diretor faz bem em tê-la presente, já que Bejo tem feito uma série de trabalhos muito bons e é uma atriz talentosa.

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    Anne Wiazemsky (1947 – 2017)

    6 de outubro de 2017 /

    A atriz alemã Anne Wiazemsky, que estrelou clássicos da nouvelle vague e foi casada por 12 anos com o cineasta Jean-Luc Godard, morreu na quinta-feira (5/10), aos 70 anos, após lutar contra um câncer. Seu nome verdadeiro era Anna Ivanovna Vyazemskaya e ela era uma princesa da dinastia Rurik, que governou a Rússia por mais de 700 anos. Seu nascimento aconteceu em 14 de maio de 1947 na parte ocidental de Berlim, onde sua família se exilou após a revolução bolchevique. Seu pai era um príncipe russo que se tornou diplomata e se casou com uma francesa. Seu avô era o escritor francês François Mauriac. Por conta do trabalho do pai, viveu uma infância nômade, em embaixadas pela Europa e até América do Sul, antes da família se estabelecer em Paris em 1962. Belíssima, encantou o diretor Robert Bresson, que a escalou, logo na estreia, como protagonista de seu clássico “A Grande Testemunha” (1966), aos 18 anos de idade. Ela ficou encantada pela experiência, mas também perturbada pela obsessão de Bresson. O fascínio que exercia no diretor a marcou tanto que ela lhe dedicou grande espaço em sua autobiografia, anos mais tarde. “Num primeiro momento, ele parecia contente em apenas segurar o meu braço ou tocar meu rosto. Mas então vinha o desagradável momento em que ele tentava me beijar. Eu o afastava, e ele não insistia. Mas ficava tão triste que eu me sentia culpada”, escreveu. Seu romance com Godard começou no ano seguinte, nos bastidores de outro filme, “A Chinesa” (1967). Ela tinha apenas 19 anos na época e ele estava no auge da carreira, mas os dois se casaram e ficaram juntos por mais de uma década. Esta história de amor e contracultura foi contada recentemente no filme “O Formidável” (Le Redoutable), de Michel Hazanavicius, atualmente em exibição no Festival do Rio. A atriz trabalhou em outros projetos do cineasta, como a comédia de humor negro “Week-End à Francesa” (1967), o documentário “Sympathy for the Devil” (1968), que misturava cenas dos bastidores da banda Rolling Stones com imagens de revolução, e “Tudo Vai Bem” (1972), quando seu casamento, ao contrário do título, já não ia bem. Wiazemsky também estrelou o grande clássico de Pier Paolo Pasolini, “Teorema” (1968), um marco do cinema da época pela grande voltagem de erotismo. “É quase banal falar do fascínio que um diretor pode ter pela sua atriz principal. A emoção que existiu entre mim e Bresson, voltei a senti-la com Pasolini quando filmávamos ‘Teorema’. Isto pode suscitar boas performances. Mas Pasolini era homossexual. Nem sempre significa que tenhamos de dormir juntos”, ela escreveu. Sua impressionante filmografia sessentista ainda inclui o drama apocalíptico “A Semente do Homem” (1969), de Marco Ferreri, e “Pocilga” (1969), sua segunda parceria com Pasolini. Mas, após a separação de Godard, a qualidade de seus trabalhos despencou, com raras exceções – entre elas “A Criança Secreta” (1979), de Philippe Garrel, e “Rendez-vous” (1985), de André Téchiné. Aos poucos, ela perdeu o interesse em atuar, descobrindo uma nova vocação como escritora de romances e memórias, que revelaram vários episódios da sua vida, mas também das dos seus ilustres antepassados. Ela publicou mais de uma dúzia de livros, alguns inclusive renderam filmes como “Todas Essas Belas Promessas” (2003), “Eu Me Chamo Elizabeth” (2006) e “Un an Après”, de 2015, que inspirou “O Formidável” (2017), em que foi vivida por Stacy Martin (“A Ninfomaníaca”).

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    Diretor de O Artista ousa fazer Festival de Cannes rir de Godard

    21 de maio de 2017 /

    Além de Netflix, o Festival de Cannes também teve cinema neste domingo (21/5). Um filme sobre cinema, para deixar bem claro: o francês “Le Redoutable”, de Michel Hazanavicius (diretor de “O Artista”), sobre o lendário cineasta Jean-Luc Godard. Abordar um personagem tão complexo como Godard, que continua ativo aos 86 anos, foi considerado um desafio, que Hazanavicius transformou em comédia. “Algumas pessoas provavelmente pensam que contar a história de Godard é blasfêmia”, disse o diretor à imprensa. “Meus amigos estavam preocupados. Mas ele não é meu herói ou meu Deus. Godard é como o líder de uma seita e eu sou um agnóstico”. Mesmo assim, Hazanavicius não vê problema em crucificar Godard. Seu filme encontra o cineasta em crise, renegando sua filmografia em meio ao contexto das rebeliões de maio de 1968 na França, logo após filmar “A Chinesa” (1967) sobre uma estudante marxista-maoista, vivida por Anne Wiazemsky, sua musa e esposa. O que atraiu Hazanavicius ao projeto foi o livro de memórias de Wiazemsky, a francesa de origem alemã que cativou os diretores da nouvelle vague. Em 1966, com 18 anos, ela estrelou o filme de Robert Bresson “A Grande Testemunha”, e, durante a filmagem, conheceu Godard, com quem se casou um ano depois. Segundo o diretor, o livro explica como a ainda adolescente ficou apaixonada pelo cineasta de meia-idade, que se mantinha espirituoso, charmoso e rebelde numa época em que a juventude não confiava em ninguém com mais de 30 anos. “Todo mundo já ouviu falar que ele era um cara difícil. Para mim, isso não poderia ter sido toda a história. Havia claramente algo muito sedutor sobre ele”. “É por isso que eu queria que Louis Garrel vivesse Godard”, completou, referindo-se à fama de sex symbol do ator francês, que na tela contracena com a jovem Stacy Martin (revelação de “Ninfomaníaca”). A própria Anne Wiazemsky elogiou a transformação de Garrel, algo que chamou atenção de toda a crítica. “Fiquei hipnotizada com a semelhança alucinante entre Louis Garrel e Jean-Luc. Fala como ele”, declarou a atriz de 69 anos. O que Godard exprime no filme da Hazanavicius, porém, é pura amargura, resultado da impossibilidade de ser jovem para sempre, da dificuldade de revolucionar a sociedade e o cinema como desejaria, e da insustentabilidade de seu casamento. A personalidade difícil não perdoa nem seus fãs, porque gostam de filmes que ele já considerava antigos e ultrapassados em 1968. O mau humor permanente gera frases impagáveis, mas também conduz à situações de pastelão, em que o protagonista sempre quebra seus óculos no final das piadas. Hazanavicius retoma os truques de “O Artista”, ao transformar as características da nouvelle vague em clichês, que ajudam a informar as cenas, ao mesmo tempo em que cutuca Godard e a geração de 1968, ao insinuar que era uma loucura o cineasta desdenhar de seus melhores filmes, especialmente porque ele não sabia nada sobre a luta de classes dos proletários que supostamente abraçava com “A Chinesa”. É realmente uma heresia para os cinéfilos que ainda acreditam que Godard é Deus. E são muitos, como se viu pela quantidade de críticos que considerou seu último filme experimental como um dos melhores do ano passado. “Estou preparado para o pior, mas espero o melhor”, completou o diretor, ciente do que fez.

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    Louis Garrel é Jean-Luc Godard em primeiro teaser de cinebiografia

    29 de março de 2017 /

    O filme francês “Le Redoutable”, em que o ator Louis Garrel (“Dois Amigos”) vive o cineasta Jean-Luc Godard, ganhou seu primeiro teaser. Com legendas em inglês, a prévia registra uma entrevista de Godard por meio de um plano fechado em seu intérprete, destacando no close a transformação convincente do galã no infant terrible, o que é uma façanha e tanto, tendo em vista como os dois são diferentes. Com entradas de calvice, mas ainda jovem, Godard é retratado durante sua fase mais contestadora, nos anos 1960. Além de Garrel, o elenco também destaca Stacy Martin, revelação de “Ninfomaníaca” (2013), como a atriz alemã Anne Wiazemsky. O filme vai contar o romance entre Godard e Wiazemsky, iniciado nos bastidores de “A Chinesa”, em 1967. Ela tinha apenas 19 anos na época, mas os dois se casaram e ficaram juntos por mais de uma década. A trama é baseada no livro autobiográfico “Un An Après”, de Wiazemsky, e tem direção de Michel Hazanavicius, que retorna ao tema dos bastidores cinematográficos de “O Artista”, seu filme mais conhecido – e que lhe rendeu do Oscar de Melhor Direção em 2012. Ainda não existe previsão para a estreia de “Le Redoutable”.

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    Louis Garrel vira Jean-Luc Godard em fotos de cinebiografia

    16 de agosto de 2016 /

    A revista Paris Match publicou as primeiras fotos de “Le Redoutable”, em que o ator Louis Garrel (“Dois Amigos”) vive o cineasta Jean-Luc Godard. A transformação do galã no infant terrible do cinema francês é bastante convincente, quase inacreditável, tendo em vista como os dois são diferentes. Com entradas de calvice, mas ainda jovem, Godard é retratado durante sua fase mais contestadora, nos anos 1960. Além de Garrel, as fotos também registram Stacy Martin, revelação de “Ninfomaníaca” (2013), como a atriz alemã Anne Wiazemsky. O filme vai contar o romance entre Godard e Wiazemsky, iniciado nos bastidores de “A Chinesa”, em 1967. Ela tinha apenas 19 anos na época, mas os dois se casaram e ficaram juntos por mais de uma década. A trama é baseada no livro autobiográfico “Un An Après”, de Wiazemsky, e tem direção de Michel Hazanavicius, num retorno ao tema dos bastidores cinematográficos que lhe rendeu o Oscar de Melhor Direção em 2012 por “O Artista”. As filmagens começaram há apenas duas semanas em Paris e ainda não existe previsão para a estreia de “Le Redoutable”.

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    Louis Garrel viverá Jean Luc-Godard no novo filme do diretor de O Artista

    5 de maio de 2016 /

    O ator Louis Garrel (“Dois Amigos”) vai viver o cineasta Jean Luc-Godard no filme “Le Redoutable”, dirigido por Michel Hazanavicius. O projeto está sendo anunciado como uma homenagem ao gênio do movimento nouvelle vague pelo chefe de vendas do estúdio Wild Bunch, Vincent Maraval. “Não é exatamente uma comédia, mas será alegre e carinhoso em grande estilo”, ele descreveu para o site Screen Daily. O filme também marcará a volta de Hazanavicius ao tema dos bastidores cinematográficos, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Direção em 2012 por “O Artista”, e irá focar o romance de Godard com a atriz alemã Anne Wiazemsky, iniciado durante as filmagens de “A Chinesa”, em 1967. Ela tinha apenas 19 anos na época, mas os dois se casaram e ficaram juntos por mais de uma década. A trama é baseada no livro autobiográfico “Un An Après”, de Wiazemsky. A jovem atriz será vivida por Stacy Martin, revelação de “Ninfomaníaca” (2013). “Le Redoutable” ainda não tem data de lançamento definido.

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