Dua Lipa retorna com “Houdini” após falso sumiço de três anos
Após uma espera de três anos e meio desde o lançamento de “Future Nostalgia”, Dua Lipa apresentou seu novo som com o lançamento do clipe de “Houdini”, primeiro single de seu terceiro álbum. E é mais discoteca, com uma sonoridade sintética do começo dos anos 1980, no melhor estilo ABBA. Apesar do longo tempo desde o último álbum, Dua Lipa fez tudo menos sumir neste período, gravando com Elton John, Megan Thee Stallion, Calvin Harris e até atuando no filme “Barbie”. Entretanto, sua nova música fala justamente de desaparecimento, numa referência direta ao ilusionista húngaro-americano Harry Houdini, famoso por seus atos de escapismo no começo do século 20. A música tem produção de Kevin Parker, do Tame Impala, e o clipe dirigido por Manu Cossu (conhecido por seu trabalho com a banda francesa M83) mostra Dua Lipa em um estúdio de dança, estabelecendo paralelos visuais com uma famosa cena do filme “Outro Conto da Nova Cinderela” (2008), estrelado por Selena Gomez. Lipa, conhecida pelo seu olhar apurado para a moda, aparece estilizada em um corselete de rede de Dion Lee, calças de pista de Martine Rose e tênis Puma. A letra “eu apareço e desapareço, me pegue ou sumo Houdini” evoca a habilidade de Houdini em iludir as plateias e se libertar de amarras e algema, e é evocada na encenação, que utiliza os espelhos do estúdio para criar ilusões, alternando cenas da cantora bailando solitária e, ao ser refletida no espelho, acompanhada por diversos dançarinos.
Lady Gaga vira roqueira no clipe de Perfect Illusion
A cantora Lady Gaga divulgou o clipe de “Perfect Illusion”, primeiro single de seu novo álbum, “Joanne”. O vídeo registra sua transformação em roqueira, rodando microfone pelo fio, batendo cabeça, chutando areia e até pulando com integrantes de uma banda. Mas é tudo miragem, porque ela continua a ser uma cantora solo de música pop, e está mesmo é delirando sozinha no meio do deserto-metáfora do clipe, dirigido pelas fotógrafas de moda Ruth Hogben e Andrea Gelardin (responsáveis pelo visual de “Joanne”). Por incrível que pareça, alguns fãs de Madonna acusaram Gaga de plagiar “Papa Don’t Preach”, especialmente no refrão. Mas a música está mais para uma versão dubstep de Pat Benatar, que fez muito sucesso com essa fórmula híbrida de melodias pop e pose roqueira. O DNA é o mesmo, com batidas dançantes, refrão gritado e guitarras distorcidas – tocadas pelo coautor da música, Kevin Parker, o homem por trás da banda Tame Impala. Para completar, a atmosfera de “rock” e “ilusão” do clipe também é do tempo da MTV. “Perfect Illusion” é apenas o aperitivo de “Joanne”, que terá várias outras participações roqueiras, como Father John Misty, líder da banda Fleet Foxes, Josh Homme, do Queens of The Stone Age, Florence Welch e Beck. A conversão roqueira de Lady Gaga é mais uma curva numa carreira que jamais seguiu linha reta, do começo mais ligado ao hip-hop, passando pelo pop dançante, o flerte com o pop gótico e quase parando no lounge dos duetos com Tony Bennett. Sem identidade clara, ela lança “Joanne”, intitulado com seu nome do meio, no dia 21 de outubro.
