Ator dos Power Rangers é preso por assassinato
O ator Ricardo Medina Jr., que ficou conhecido como intérprete do Power Ranger vermelho, na série “Power Rangers Wild Force” (2002), foi preso quinta-feira (14/1), acusado de assassinato. De acordo com um comunicado enviado à imprensa pelo escritório de advocacia de Los Angeles, os promotores devem fixar uma fiança no valor de US$ 1 milhão. A prisão ocorre um ano após o indiciamento do ator pelo crime. A vítima é Joshua Sutter, ex-colega de apartamento de Medina. De acordo com a polícia, o incidente aconteceu na madrugada de 31 de janeiro do ano passado, quando Medina foi para o seu quarto com a namorada. Após Shutter forçar a sua entrada no quarto, Medina atingiu-o com uma espada que ele guardava embaixo da cama. O advogado de Medina disse estar confiante na inocência de seu cliente. “Até onde eu sei, nada mudou no último ano quando Rickey foi preso pela primeira vez. Pela evidência que eu sei, ele é tão inocente agora quanto foi no passado”, declarou Allen Bell em entrevista ao canal E!. Além de “Power Rangers Wild Force”, Ricardo Medina Jr. também participou da série “Power Rangers Samurai”, exibida entre 2011 e 2012, na qual manejava uma espada cênica. Seus outros créditos como ator incluem aparições em “Plantão Médico” (em 2003) e “CSI: Miami” (2004), e nos filmes “Confessions of a Pit Fighter” (2005), “Bad Blood” (2006) e “Parasomnia” (2008). O julgamento está marcado para o dia 19 de janeiro. Se condenado, Medina pode ficar 26 anos preso em regime fechado.
Robert Downey Jr ganha indulto de Natal e é perdoado por seus crimes nos anos 1990
O governador do Estado norte-americano da Califórnia, Jerry Brown, concedeu um indulto de Natal ao ator Robert Downey Jr. A clemência atendeu a um pedido do intérprete do Homem de Ferro, que, pelas leis americanas, perdera diversos direitos devido à sua condenação por posse de drogas e armas na década de 1990. Downey foi condenado em 1996 e ficou um ano e três meses preso por violação de condicional, posse de drogas e por levar uma arma escondida em seu veículo. Após isso, ainda passou vários anos em liberdade condicional, terminando de cumprir sua sentença apenas em 2002. Os problemas legais do ator lhe deram a reputação de ser um dos “bad boys” de Hollywood, o que prejudicou sua carreira após ter sido indicado ao Oscar por interpretar Charlie Chaplin no filme “Chaplin”, de 1992. Com o apoio de amigos, como o diretor Shane Black, ele conseguiu dar a volta por cima. Bancado por Jon Favreau no papel-título de “Homem de Ferro”, em 2008, Downey comprovou que tinha se tornado um ator responsável. Mais que isso, virou o astro que Hollywood sempre esperou que ele se tornasse. O perdão do governador da Califórnia permitirá a Downey recuperar todos os seus direitos civis, como a possibilidade de fazer parte de um júri. Além de suas ramificações legais, o indulto também tem a força de reconhecer a grande mudança pela qual o astro passou.
Morena Baccarin terá que pagar R$ 1 milhão de pensão ao ex-marido
A justiça dos Estados Unidos determinou que a atriz brasileira Morena Baccarin deve pagar US$ 23 mil (cerca de R$ 85 mil) por mês em pensão para seu ex-marido, Austin Chick. Isto vai render, por ano, um desembolso de US$ 276 mil (cerca de R$ 1 milhão) para o diretor e roteirista do terror “Girls Against Boys” (2012). Segundo o site TMZ, Chick alegou no processo que a ex-mulher engravidou do ator Ben McKenzie, com quem trabalha na série “Gotham”, enquanto eles ainda tentavam “consertar o casamento”. Morena está grávida de cinco meses do intérprete do Detetive James Gordon. Além disso, ela é mãe de Julius, de 2 anos, e também trava com Chick uma batalha judicial pela guarda do filho. Como a atriz está gravando a série “Gotham” em Nova York, Julius está morando com a mãe. Mas como Chick vive em Los Angeles, ele ganhou o direito de ter um apartamento custeado pela atriz para passar os fins de semana com o filho em Nova York.
Polanski vence novo processo e não será extraditado para os EUA
A justiça polonesa negou o pedido dos Estados Unidos para extraditar Roman Polanski, mantendo a suposta impunidade do cineasta no caso de abuso sexual de menor em que foi condenado em 1977. Ele se arriscou a enfrentar o processo na Polônia para garantir o direito de filmar na terra natal de seus pais. O diretor de filmes de sucesso como “O Bebê de Rosemary” (1968), “Chinatown” (1974) e “O Pianista” (2002) foi acusado de violentar Samantha Geimer em 1977, quando ela tinha 13 anos, após uma sessão de fotos em Los Angeles. Ele tinha 43 anos. Embora tenha celebrado um acordo judicial, declarando-se culpado e cumprido pena de 42 dias na prisão, Polanski fugiu para a França ao obter liberdade condicional, antes de uma nova audiência em 1978, temendo que seu acordo original fosse revisto por outro juiz. Como é cidadão francês, ele não poderia ser extraditado do país, o que o tornou, desde então, foragido da justiça americana. Mesmo foragido, ele continuou filmando na França e conquistando reconhecimentos da indústria cinematográfica. Chegou até a vencer o Oscar nos EUA, por seu trabalho em “O Pianista”. Mas o caso de quatro décadas não foi esquecido pela justiça americana, que, em 2009, conseguiu convencer a Suiça a prendê-lo, quando ele desembarcou no país a caminho do Festival de Zurique. Curiosamente, o caso repercutiu negativamente e, com o apoio da comunidade artística, ele lutou contra a extradição e ganhou, voltando para sua casa na França. Logo em seguida, foi premiado como Melhor Diretor no Festival de Berlim por “O Escritor Fantasma” (2010). Assim como a justiça suiça, os poloneses consideraram que Polanski tinha cumprido sua pena original e que seus direitos tinham sido violados na perseguição movida pelos EUA. Contudo, a promotoria de Los Angeles argumenta que o diretor continua sendo um fugitivo e está sujeito à prisão imediata nos Estados Unidos, porque ele fugiu do país antes da sentença. Em entrevista coletiva, Polanski se disse agradecido e aliviado pela decisão do tribunal polonês. “O caso acabou, pelo menos na Polônia, eu espero. Eu posso suspirar com alívio. É difícil descrever quanto tempo, energia e esforço isso custa, quanto sofrimento que trouxe para a minha família”, ele se manifestou, afirmando já ter cumprido sua pena. “É simples. Eu me declarei culpado, eu fui para a prisão. Eu cumpri o meu castigo. Acabou”, resumiu. A promotoria tem até sete dias para recorrer da decisão do tribunal. Se isso não for feito, Polanski ficará livre para rodar na Polônia o seu novo projeto: “The Dreyfus Affair”, adaptação cinematográfica do livro “An Officer and a Spy”, de Robert Harris. A obra conta a história real do militar judeu francês Alfred Dreyfus, que foi falsamente acusado de traição e condenado à prisão na Ilha do Diabo no final do século 19. Logo, a suspeita de um ato de antissemitismo ganhou força e ele acabou exonerado. O caso é famosíssimo e o único exemplo conhecido em que um artista conseguiu mudar de fato o curso da História. O “caso Dreyfus” sofreu reviravolta após o escritor Emile Zola escrever um célebre ensaio editorial, intitulado “J’accuse” (Eu Acuso), no formato de carta aberta ao Presidente da França e publicado na primeira página do jornal L’Aurora. Graças a este texto, a condenação de Dreyfus tomou proporções de escândalo, virando consternação pública e gerando clamores contra a injustiça. Uma eventual ordem de extradição não obrigaria mais Polanski, hoje com 82 anos, a voltar aos EUA, mas atrapalharia seus planos para fazer o longa-metragem na Polônia. Este seria apenas seu segundo longa totalmente filmado no pais, após “A Faca na Água” (1962), no começo de sua carreira.



