Telefilme vai contar a história bizarra da seita sexual de Allison Mack
O canal pago americano Lifetime vai produzir um telefilme sobre o NXIVM, seita sexual que tinha entre seus líderes a atriz Allison Mack (a Chloe de “Smallville”). A dramatização do caso criminal será estrelada por Peter Facinelli (de “Crepúsculo”, “Nurse Jackie” e “Supergirl”). Ele vai interpretar Keith Raniere, líder do grupo, condenado recentemente pelo caso nos EUA. Com o título provisório de “The NXIVM Cult: a Mother’s Nightmare”, o telefilme será focado no drama da atriz Catherine Oxenberg (da série clássica “Dinastia”) e sua luta para salvar a filha do grupo. O lançamento está previsto para o segundo semestre. A atriz Andrea Roth (a mãe de Adaga na série “Manto e Adaga”) fará o papel de Oxenberg, Jasper Polish (“Vingança Sobrenatural”) será sua filha India e Sara Fletcher (“Mom Tested”) fará o papel de Allison Mack. O telefilme do Lifetime já é o quarto projeto anunciado sobre o caso, mas a maioria tem optou pelo registro documental – inclusive a série em desenvolvimento na HBO. O escândalo do NXIVM veio à tona numa reportagem do jornal The New York Times, publicada em novembro de 2017, que denunciou a escravidão sexual promovida pela seita e apontou a atriz Allison Mack como braço-direito do falso guru Keith Rainiere. Após investigação do FBI, todos os líderes foram presos em abril de 2018. Um ano depois, Allison se declarou culpada por extorsão e conspiração criminosa. “Eu preciso admitir a culpa pela minha conduta. Eu me sinto muito mal pelo meu papel neste caso. Eu peço desculpas à minha família e às boas pessoas que eu machuquei com a minha aderência equivocada aos ensinamentos de Keith Raniere”, disse no tribunal. Iniciada como um grupo de auto-ajuda, a organização chegou a receber matrículas de 16 mil pessoas em seus cursos. Ranieri se promovia como um guru de auto-ajuda para famosos, mas usava palestras da organização para selecionar mulheres bonitas como escravas sexuais, que eram convidadas a ingressar no círculo interno, chamado de DOS (abreviatura de “dominus obsequious sororium”), onde a iniciação incluía ter as iniciais do “mestre” marcadas à ferro e fogo na pele. A estrutura da seita se baseava em um esquema-pirâmide. Além de pagar o curso inicial, as participantes eram obrigadas a comprar aulas adicionais com preço ainda mais elevado e motivadas a recrutar outras mulheres e a marcá-las com suas iniciais para “subir” dentro da hierarquia da organização e assim obter privilégios, como se aproveitar das demais escravas. Havia uma condição prévia para participar: ceder informações comprometedoras sobre amigos e familiares, tirar fotos sem roupas e controlar os pertences das recrutas captadas. Nesta sociedade secreta, Raniere era o único homem, conhecido como o “Amo das companheiras obedientes”. Ele era “dono” de um harém. E as escravas dele, por sua vez, tinham um grupo de servas para si, e assim por diante. Todas as escravas precisavam obedecer aos mestres 24 horas por dia e recrutar outras mulheres para a seita. Caso não conseguissem, eram submetidas a castigos como surras. Além disso, elas tinham que tomar banhos de água fria e ficar 12 horas sem comer, mantendo uma dieta diária de apenas 500 a 800 calorias, pois, segundo o “mestre supremo”, mulheres magras eram mais vigorosas.
Astros de Smallville comentam envolvimento de Allison Mack em seita de escravas sexuais
O programa mais recente do podcast “Inside of You”, comandado por Michael Rosenbaum, voltou a reunir o ator com seu colega de “Smallville”, Tom Welling. E em meio a lembranças da série, os astros que viveram Lex Luthor e Clark Kent abordaram a polêmica participação de Allison Mack no NXIVM, grupo que oferecia cursos de auto-ajuda como fachada para uma seita de escravas sexuais. Welling, que ainda não tinha se pronunciado sobre o assunto, revelou-se surpreso ao descobrir no que a intérprete de Chloe Sullivan estava metida após o fim da série da DC Comics. “Eu não sabia nada sobre isso… Fui pego de surpresa ao ler. Soa muito bizarro. Allison sempre foi uma pessoa muito boa comigo”, disse o ator. Rosenbaum já tinha mencionado o fato no podcast. Mas também manifestou incredulidade, embora admita que nunca foi muito próximo da atriz para saber de suas inclinações pessoais ou sexuais. “Tudo que eu sei é que é difícil. Eu sempre digo isso. Se alguém disser: ‘Ei, seu irmão matou alguém’. Vou pensar, ‘Não, é impossível. Você não conhece meu irmão’. Agora, Allison e eu nunca fomos muito próximos na série, como Tom e eu éramos. Então, eu realmente não sabia. Mas se alguém dissesse: ‘Ah, Allison Mack matou alguém’. Eu diria: ‘Não, isso é impossível'”, acrescentou. Meses após ser presa sob acusações de tráfico sexual, Allison Mack se declarou culpada de extorsão e conspiração criminosa, parte de um acordo entre seus advogados e promotores. “Eu preciso admitir a culpa pela minha conduta. Eu me sinto muito mal pelo meu papel neste caso. Eu peço desculpas à minha família e às boas pessoas que eu machuquei com a minha aderência equivocada aos ensinamentos de Keith Raniere”, disse Mack no tribunal. Nesta semana, Keith Raniere, o líder da seita, foi considerado culpado e aguarda sua sentença, que pode ser prisão perpétua. Ele mantinha um harém de escravas sexuais, que, por sua vez, tinham suas próprias escravas, num esquema de pirâmide. Além de Allison Mack, a seita também contou com a participação da herdeira milionária Clare Bronfman, cuja família era dona da destilaria de whisky Seagram, e India Oxenberg, filha da atriz Catherine Oxenberg (da série clássica “Dinastia”).
Donald Trump não pedirá desculpas às vítimas de racismo retratadas em Olhos que Condenam
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que não pretende pedir desculpas aos chamados Central Park Five, os cinco inocentes que ele queria ver mortos e que são tema da minissérie “Olhos que Condenam”, realizada pela cineasta Ava DuVernay para a Netflix. Questionado na terça (18/6) pelo correspondente da Casa Branca April Ryan sobre o tema, Trump retrucou: “Por que você traz essa questão agora? É um momento interessante para falar sobre isso”. Trump continuou: “Você tem pessoas em ambos os lados disso. Eles admitiram sua culpa. Se você olhar para [a promotora] Linda Fairstein, e olhar para alguns dos promotores, eles acham que a cidade nunca deveria ter entrado em acordo sobre esse caso. Então vamos deixar assim”. A história dos cinco rapazes é contada em detalhes na minissérie. A produção mostra como eles foram presos e condenados por estuprar uma mulher branca no Central Park em Nova York, em 1989, apesar de inocentes, sofrendo preconceito por serem negros. Apenas após o verdadeiro culpado confessar, em 2001, e provas de DNA corroborarem sua confissão, é que a Justiça descobriu que as confissões a que Trump se referiu para garantir a culpa deles foram resultado de coação e práticas ilegais da promotoria. O atual presidente dos Estados Unidos foi quem mais atacou publicamente os garotos, chegando a comprar um anúncio de página inteira no jornal The New York Times em 1989 pedindo a volta da pena de morte no estado para puni-los. Eles eram menores e inocentes. Trump, no entanto, insistiu que eles eram culpados durante várias ocasiões, inclusive em tempos tão recentes quanto 2016, após a cidade de Nova York concordar em indenizá-los pelo que ocorreu. Veja abaixo um reprodução do anúncio original de Trump pedindo a pena de morte para os garotos. No texto, ele garante que vai odiar os jovens para sempre. E parece ser um político de palavra.
Olhos que Condenam vira a série mais vista da Netflix nos Estados Unidos
A Netflix divulgou em suas redes sociais que “Olhos que Condenam” (When They See Us), minissérie da diretora Ava DuVernay (“Selma”), virou a série mais assistida da plataforma de streaming nos Estados Unidos desde sua estreia, no dia 31 de maio. Vale lembrar que a Netflix não revela os números exatos de sua audiência, por isso não há como saber exatamente qual é a audiência da produção. Mas a série teve bastante repercussão e levou duas ex-promotoras, envolvidas no processo que condenou injustamente os cinco personagens na vida real, a perderem seus empregos atuais sob pressão popular. A história dos cinco rapazes que ficaram conhecidos como “Central Park Five” é contada em detalhes na minissérie. A produção mostra como eles foram condenados por estuprar uma mulher branca no Central Park em Nova York, em 1989, apesar de ser inocentes, sofrendo preconceito por serem negros. “Olhos que Condenam” aborda como a polícia e a promotoria de Nova York obrigaram os menores de idade Kevin Richardson, Yusef Salaam, Raymon Santana, Antron McCray e Korey Wise a confessarem o crime, após 30 horas seguidas de tortura psicológica, levando-os a serem condenados, embora exames de DNA, roupas e outras provas físicas indicassem sua inocência. Uma das promotoras chegou a impedir pessoalmente que os menores vissem seus parentes ou advogados antes de confessarem, num franco abuso de autoridade. Foram condenados e presos até que, em 2001, um estuprador serial chamado Matias Reyes confessou o crime. O DNA encontrado na vítima, desprezado na época pela promotoria, corroborou sua confissão. Após as acusações, a vida dos cinco jovens e de suas famílias foram destruídas. E tem um detalhe: quem mais atacou publicamente os garotos foi o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que publicou em 1989 um anúncio de página inteira no jornal The New York Times pedindo a volta da pena de morte no estado para punir os garotos. Que eram inocentes. O tema ecoa o documentário que a diretora Ava DuVernay fez para a Netflix, “A 13ª Emenda”, sobre o sistema prisional americano, que foi indicado ao Oscar 2017. Desta vez, porém, a produção é uma obra de ficção com atores. O elenco conta com Jovan Adepo (“Um Limite Entre Nós”), Vera Farmiga (“Bates Motel”), Felicity Huffman (“Desperate Housewives”), Joshua Jackson (“The Affair”), Famke Janssen (“How to Get Away with Murder”), Jharrel Jerome (“Moonlight”), John Leguizamo (“Bloodline”), Niecy Nash (“Claws”), Chris Chalk (“Gotham”) e Blair Underwood (“Quantico”), entre outros. When They See Us has been the most-watched series on Netflix in the US every day since it premiered on May 31 pic.twitter.com/jS8IXIh03g — Netflix US (@netflix) June 12, 2019
Mulher diz ter sido escravizada por Allison Mack em julgamento de seita sexual
Uma testemunha ouvida durante o julgamento dos líderes da seita NXIVM revelou ter sido escrava sexual da ex-atriz Allison Mack, da série “Smallville”. Identificada apenas como “Nicole”, a mulher contou, em seu depoimento no tribunal, que encontrou com Mack em 2014, quando passava por dificuldades financeiras. Ela entrou no grupo no mesmo ano, por conselho do namorado, para fazer cursos que combinavam atuação e psicologia. Ela declarou que ficou incomodada com a forma como as pessoas idolatravam o líder do grupo, o guru Keith Raniere, mas logo começou a dar aulas e ganhar dinheiro. Em fevereiro de 2016, Nicole foi convidada por Mack a se juntar ao ingressar no círculo interno, chamado de DOS (abreviatura de “dominus obsequious sororium”), onde apenas mulheres eram permitidas. “Ela me contou sobre essa organização de mulheres”, testemunhou “Nicole”. “Isso me faria sentir melhor. Seria exatamente o que me ajudaria a sair de onde eu estava mentalmente naquele momento.” A mulher afirmou que Mack a convenceu a lhe dar uma série de “garantias” para não ir embora, como assinar um termo revelando que foi estuprada pelo pai e documentos liberando o NXIVM de responsabilidade por “danos físicos e psicológicos”. A testemunha diz que, a partir daí, passou a viver uma relação de “escravo e mestre”, sendo dominada psicologicamente por Mack, que a proibia de sair do grupo e até de fazer sexo com seu namorado. E um dia a ex-atriz a levou vendada até Raniere, ordenando-a a ser “uma boa escrava”. Após ter os pulsos e tornozelos amarrados, ela passou então a receber sexo oral de várias pessoas. “Eu estava tão confusa. Foi aterrorizante”, disse a testemunha. Raniere está sendo julgado por tráfico sexual, conspiração, extorsão, trabalho forçado e lavagem de dinheiro. Já Allison Mack declarou-se culpada em abril por conspiração e extorsão. Além de Allison Mack, a seita também contou com a participação da herdeira milionária Clare Bronfman, cuja família era dona da destilaria de whisky Seagram, e India Oxenberg, filha da atriz Catherine Oxenberg (da série clássica “Dinastia”). Segundo “Nicole”, Mack manteve India Oxenberg numa dieta de 500 calorias diárias, quase matando a jovem de fome, porque, apesar de o “mestre supremo” (Raniere) dizer que mulheres magras eram mais vigorosas, isso as tornava mais fracas e sugestionáveis. A história da seita vai virar uma minissérie documental do canal HBO.
Ex-promotora do caso retratado em Olhos que Condenam se demite após pressão popular
A ex-promotora Linda Fairstein não resistiu à pressão e pediu demissão da ONG Safe Horizon, na qual trabalhava há mais de 20 anos ajudando vítimas de abusos e crimes violentos, e da Universidade Vassar, onde participa do conselho. Ela foi alvo de campanha nas redes sociais para ser demitida, após ser retratada como vilã na série “Olhos que Condenam” (When They See Us). Lançada na última sexta-feira (31/5), a produção da Netflix, dirigida por Ava DuVernay (“Selma”), aborda a prisão injusta de cinco adolescentes negros que foram condenados por estupro de uma mulher branca no Central Park, em 1989. Eles passaram anos presos e só foram inocentados porque o verdadeiro culpado confessou o crime. Fairstein (interpretada na série pela atriz Felicity Huffman) foi implacável em apontar a culpa dos cinco adolescentes e até hoje se nega a assumir os erros na investigação que levaram os jovens a serem condenados. Uma reportagem do TMZ revelou que ela estava sendo fortemente pressionada a pedir demissão. Além de ser alvo da hashtag #CancelLindaFairstein no Twitter, sua presença nas entidades de que participava também indignava colegas e funcionários, após o caso voltar à mídia. O site apurou que o conselho da Safe Horizon planejava demiti-la de qualquer jeito. Ela também teria abandonado outros trabalhos que realizava, nas fundações God’s Love We Deliver e Joyful Heart. Mas seus principais rendimentos vêm de livros de suspense da personagem Alexandra Cooper, que criou após ganhar notoriedade com o caso dos Cinco do Central Park. Uma petição online, no site Change.org, também pede para que esses livros sejam boicotados. 70 mil pessoas já assinaram. A série é impiedosa ao retratá-la, da mesma forma como ela foi impiedosa com os jovens que condenou na vida real. Na época do crime, Linda era chefe da unidade de crimes sexuais de Manhattan e não teria agido corretamente ao investigar quem era o real culpado pelo estupro da mulher no Central Park, coagindo os cinco menores inocentes até que eles confessassem qualquer coisa. Causando comoção nos Estados Unidos, “Olhos que Condenam” detalhou como a polícia e a promotoria de Nova York obrigaram os menores de idade Kevin Richardson, Yusef Salaam, Raymon Santana, Antron McCray e Korey Wise a confessarem o crime, após 30 horas seguidas de tortura psicológica, levando-os a serem condenados, embora exames de DNA, roupas e outras provas físicas indicassem sua inocência. Fairstein teria impedido pessoalmente que os menores vissem seus parentes ou advogados antes de confessarem, num franco abuso de autoridade. Eles ficaram presos entre 5 a 12 anos em reformatórios (um deles, que já tinha 16 anos na época, foi enviado para um presídio de adultos) até que o verdadeiro culpado confessou. Em 2001, um estuprador serial chamado Matias Reyes conheceu Wise quando ambos foram transferidos para a mesma prisão. Depois de ser preso, Reyes tinha se tornado religioso e queria reparar seus crimes. Assim, decidiu assumir que tinha sido ele quem realmente estuprou a mulher do Central Park e foi único responsável pelo ataque. O DNA encontrado na vítima, desprezado na época pela promotora, corroborou sua confissão. De acordo com o TMZ, Raymond Santana, um dos jovens condenados injustamente, afirmou que a ex-promotora finalmente está pagando por seus crimes. “Mesmo que seja 30 anos depois”, disse. Quase 30 anos depois da prisão dos jovens, o atual prefeito de Nova York, Bill de Blasio, concordou em pagar uma indenização de R$ 40 milhões como compensação pela injustiça que eles sofreram. Em processo movido pelos cinco contra o município, eles acusavam a polícia, os promotores e outras autoridades de racismo. Mesmo assim, o prefeito anterior, Michael Bloomberg, recusava-se a pagar qualquer indenização. Após as acusações, a vida dos cinco jovens e de suas famílias foram destruídas. E tem um detalhe: quem mais atacou publicamente os garotos foi o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que publicou em 1989 um anúncio de página inteira no jornal The New York Times pedindo a volta da pena de morte no estado para punir os garotos. Na época, Trump era apenas um empresário arrogante. Mas, caso fosse bem-sucedido em sua campanha, teria o sangue de cinco inocentes em suas mãos. Isto, claro, não lhe serviu de lição alguma, nem ao público. O mesmo tom sanguinário tem mantido Trump popular nos Estados Unidos, ao encomendar campanhas publicitárias que retratam imigrantes latinos como ladrões, assassinos e estupradores, para justificar dar-lhes o pior tratamento possível nos serviços de imigração – como separar crianças dos pais. O detalhe não passa despercebido pela série. Embora a história de “Olhos que Condenam” se passe nos anos 1980, a diretora Ava Duvernay deixa claro que a eleição de Trump prova que muitas coisas permanecem iguais nos Estados Unidos.
Promotora que acusou inocentes de estupro pode perder emprego após série da Netflix
A estreia da série “Olhos que Condenam” (When They See Us) na última sexta-feira (31/5) está dando o que falar nos Estados Unidos. A produção da Netflix, dirigida por Ava DuVernay (“Selma”), aborda a prisão injusta de cinco adolescentes negros que foram condenados por estupro de uma mulher branca no Central Park, em 1989. Eles passaram anos presos e só foram inocentados porque o verdadeiro culpado confessou o crime. Por conta do impacto da série, a opinião pública vêm pressionando pela demissão da “vilã” da história, a ex-promotora Linda Fairstein (interpretada na série pela atriz Felicity Huffman), que foi implacável em apontar a culpa dos cinco adolescentes. Até hoje, ela se nega a assumir os erros na investigação que levaram os jovens a serem condenados. De acordo com uma reportagem do site TMZ, Fairstein está sendo pressionada a pedir demissão da organização sem fins lucrativos “Safe Horizon”, na qual ela trabalha há mais de 20 anos ajudando vítimas de abusos e crimes violentos. Além de ser alvo da hashtag #CancelLindaFairstein no Twitter, sua presença na entidade também estaria indignando colegas e funcionários, após o caso voltar à mídia. O CEO da ONG disse que vai avaliar o caso, mas o TMZ apurou que o conselho planeja demiti-la de qualquer jeito. A série é impiedosa ao retratá-la, da mesma forma como ela foi impiedosa com os jovens que condenou na vida real. Na época do crime, Linda era chefe da unidade de crimes sexuais de Manhattan e não teria agido corretamente ao investigar quem era o real culpado pelo estupro da mulher no Central Park, coagindo os cinco menores inocentes até que eles confessassem qualquer coisa. De acordo com o TMZ, Raymond Santana, um dos jovens condenados injustamente, disse que a ex-promotora finalmente está conseguindo o que merece. “Mesmo que seja 30 anos depois”, disse. Causando comoção nos Estados Unidos, “Olhos que Condenam” detalhou como a polícia e a promotoria de Nova York obrigaram os menores de idade Kevin Richardson, Yusef Salaam, Raymon Santana, Antron McCray e Korey Wise a confessarem o crime, levando-os a serem condenados, embora exames de DNA, roupas e outras provas físicas indicassem sua inocência. Eles ficaram presos entre 5 a 12 anos em reformatórios (um deles, que já tinha 16 anos na época, foi enviado para um presídio de adultos) até que o verdadeiro culpado confessou. Testes posteriores de DNA confirmaram que o autor do crime era mesmo Matías Reyes, que já cumpria prisão perpétua desde 1989 por outros crimes, inclusive estupros. Quase 30 anos depois do crime, o atual prefeito de Nova York, Bill de Blasio, concordou em pagar uma indenização de R$ 40 milhões aos rapazes. O processo movido pelos cinco acusava a polícia, os promotores e outras autoridades de racismo. Mesmo assim, o prefeito anterior, Michael Bloomberg, recusava-se a pagar qualquer indenização. Após as acusações, a vida dos cinco jovens e de suas famílias foram destruídas. E tem um detalhe: quem mais atacou publicamente os garotos foi o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que publicou em 1989 um anúncio de página inteira no jornal The New York Times pedindo a volta da pena de morte no estado para punir os garotos. Na época, Trump era apenas um empresário arrogante. Mas, caso fosse bem-sucedido em sua campanha, teria o sangue de cinco inocentes em suas mãos. Isto, claro, não lhe serviu de lição alguma, nem ao público. O mesmo tom sanguinário tem mantido Trump popular nos Estados Unidos, ao encomendar campanhas publicitárias que retratam imigrantes latinos como ladrões, assassinos e estupradores, para justificar dar-lhes o pior tratamento possível nos serviços de imigração – como separar crianças dos pais. O detalhe não passa despercebido pela série. Embora a história de “Olhos que Condenam” se passe nos anos 1980, a diretora Ava Duvernay deixa claro que a eleição de Trump prova que muitas coisas permanecem iguais nos Estados Unidos.
Olhos que Condenam: Minissérie da diretora de Selma ganha novo trailer legendado
A Netflix divulgou o pôster e um novo trailer legendado de “When They See Us”, minissérie que ganhou o título nacional de “Olhos que Condenam”. Na trama, a diretora Ava DuVernay retoma a temática de denúncia e injustiça racial de seu filme “Selma: Uma Luta Pela Igualdade” e do documentário “A 13ª Emenda”. A história examina o caso que ficou conhecido como “Central Park Five”, em que cinco adolescentes negros foram condenados por estuprar uma mulher branca no Central Park, em Nova York, em 1989, apesar de ser inocentes. Cada episódio vai se centrar num dos garotos e todos os cinco foram escritos e dirigidos por DuVernay, numa narrativa que abrange desde o interrogatório da polícia, na primavera de 1989, até a exoneração em 2014, após passarem 25 anos na prisão sem culpa alguma. A ideia é expôr o preconceito que se esconde por trás da justiça criminal dos Estados Unidos. O tema ecoa o documentário que a cineasta fez para a Netflix, “A 13ª Emenda”, sobre o sistema prisional americano, que foi indicado ao Oscar 2017. Desta vez, porém, a produção é uma obra de ficção com atores. O elenco conta com Jovan Adepo (“Um Limite Entre Nós”), Vera Farmiga (“Bates Motel”), Felicity Huffman (“Desperate Housewives”), Joshua Jackson (“The Affair”), Famke Janssen (“How to Get Away with Murder”), Jharrel Jerome (“Moonlight”), John Leguizamo (“Bloodline”), Niecy Nash (“Claws”), Chris Chalk (“Gotham”) e Blair Underwood (“Quantico”), entre outros. A estreia está marcada para 31 de maio em streaming.
Estúdio de Harvey Weinstein entra com pedido de liquidação total
O estúdio de cinema que pertencia aos irmãos Bob e Harvey Weinstein protocolou um pedido para liquidar todos os seus bens, como garantia para pagar os processos contra seus executivos e diretores decorrentes da quebra de contratos e das acusações de abuso sexual que derrubaram Harvey. Em documentos anexados ao processo de falência, os advogados da antiga The Weinstein Company pedem ao juiz de falências de Delaware que converta a ação em uma liquidação total, em vez do plano de reestruturação que havia sido protocolado em março de 2018. Diversas rodadas de mediação nos últimos 10 meses foram incapazes de resolver os pedidos de responsabilização decorrentes da conduta de Weinstein, disseram os advogados, que vem negociando com seguradoras, credores e mulheres que processaram a empresa. Não está claro o que há para ser liquidado, já que a empresa vendeu sua livraria de filmes para a empresa de investimentos Lantern Capital, sediada no Texas, além de seu negócio de produção de televisão e um punhado de filmes inéditos. A empresa caiu em desgraça depois que cerca de 100 mulheres, a maioria jovens atrizes e outras profissionais da indústria cinematográfica, acusaram Harvey Weinsten de assédio, abusos e até estupros em denúncias que remontam a décadas. A onda de denúncias deu origem ao movimento #MeToo, que acabou passando a limpo a conduta de produtores e astros poderosos das indústrias do cinema e da TV dos Estados Unidos. Algumas acusações de abusos mais recentes de Weinstein, que não foram prescritas, irão a julgamento em setembro. Ele se diz inocente e alega que todos os contatos com as mulheres foram consensuais.
For the People é cancelada após duas temporadas
A rede ABC anunciou o cancelamento de “For the People” após duas temporadas. A série era a produção menos vista de Shonda Rhimes, responsável por “Grey’s Anatomy”, “Scandal” e “How to Get Away With Murder”. Criada por Paul William Davies (roteirista de “Scandal”), “For the People” também era o segundo drama jurídico da Shondaland, mas se diferenciava de “How to Get Away With Murder” por mostrar não uma, mas duas equipes rivais de advogados iniciantes, que trabalham sob supervisão de veteranos na promotoria e na defensoria pública. Ou seja, como “Raising the Bar”, exibida há dez anos no canal pago TNT. Vale lembrar que a ABC quase rejeitou a série, que para ser aprovada precisou ter seu piloto refilmado com mudanças no elenco. A atriz principal, Britt Robertson (das séries “Under the Dome” e “Girlboss”), foi acrescentada em cima da hora, em substituição a Britne Oldford (série “Hunter”). Os demais atores eram Jasmin Savoy Brown (série “Leftovers”), Ben Rappaport (“Mr. Robot”), Susannah Flood (“Chicago Fire”), Wesam Keesh (“Awkward.”), Regé-Jean Page (minissérie “Raízes/Roots”), Ben Shenkman (“Royal Pains”), Hope Davis (“Wayward Pines”), Vondie Curtis-Hall (“Demolidor”) e Anna Deavere Smith (“Nurse Jackie”), além de Charles Michael Davis (“The Originals”) a partir da 2ª temporada. O último episódio vai ao ar na próxima quinta (16/5) nos Estados Unidos.
Olhos que Condenam: Minissérie da diretora de Selma ganha fotos e trailer legendado
A Netflix divulgou 16 fotos novas e o trailer completo legendado de “When They See Us”, minissérie que ganhou o título nacional de “Olhos que Condenam”. Na trama, a diretora Ava DuVernay retoma a temática de denúncia e injustiça racial de seu filme “Selma: Uma Luta Pela Igualdade” e do documentário “A 13ª Emenda”. A história examina o caso que ficou conhecido como “Central Park Five”, em que cinco adolescentes negros foram condenados por estuprar uma mulher branca no Central Park, em Nova York, em 1989, apesar de inocentes. Cada episódio vai se centrar num dos garotos e todos os cinco foram escritos e dirigidos por DuVernay, numa narrativa que abrange desde o interrogatório da polícia, na primavera de 1989, até sua exoneração em 2014, após passarem 25 anos na prisão sem culpa alguma. A ideia é expôr o preconceito que se esconde por trás da justiça criminal dos Estados Unidos. O tema ecoa o documentário que a cineasta fez para a Netflix, “A 13ª Emenda”, sobre o sistema prisional americano, que foi indicado ao Oscar 2017. Desta vez, porém, a produção é uma obra de ficção com atores. O elenco conta com Jovan Adepo (“Um Limite Entre Nós”), Vera Farmiga (“Bates Motel”), Felicity Huffman (“Desperate Housewives”), Joshua Jackson (“The Affair”), Famke Janssen (“How to Get Away with Murder”), Jharrel Jerome (“Moonlight”), John Leguizamo (“Bloodline”), Niecy Nash (“Claws”), Chris Chalk (“Gotham”) e Blair Underwood (“Quantico”), entre outros. A estreia está marcada para 31 de maio em streaming.
Seita sexual da atriz Allison Mack vai virar série documental da HBO
A HBO fará uma série documental sobre a seita NXIVM, que é acusada de promover escravidão sexual e uma rede de tráfico de mulheres, e tem entre seus integrantes a ex-atriz Allison Mack, da série “Smallville”. Ainda sem título definido, a série terá direção de Jehane Noujaim e Karim Amer, responsáveis por “The Great Hack”, documentário sobre o escândalo da Cambridge Analytica, que abalou a credibilidade do Facebook. Noujaim chegou, inclusive, a participar de um workshop do NXIVM em 2010, o que lhe permite trazer uma perspectiva única para a produção. De acordo com a HBO, a série trará uma visão profunda e diferenciada das experiências dos integrantes da seita. Este escândalo veio à tona quando uma reportagem do jornal The New York Times, publicada em novembro de 2017, denunciou a escravidão sexual promovida pela seita e apontou a atriz Allison Mack como braço-direito do falso guru Keith Rainiere. Iniciada como um grupo de auto-ajuda, a organização chegou a receber matrículas de 16 mil pessoas nos cursos do grupo NXIVM. Ranieri se promovia como um guru de auto-ajuda para famosos, mas usava palestras da organização para selecionar mulheres bonitas como escravas sexuais, que eram convidadas a ingressar no círculo interno, chamado de DOS (abreviatura de “dominus obsequious sororium”), onde a iniciação incluía ter as iniciais do “mestre” marcadas à ferro e fogo na pele. A estrutura da seita se baseava em um esquema-pirâmide. Além de pagar o curso inicial, as participantes eram obrigadas a comprar aulas adicionais com preço ainda mais elevado e motivadas a recrutar outras mulheres e a marcá-las com suas iniciais para “subir” dentro da hierarquia da organização e assim obter privilégios, como se aproveitar das demais escravas. Havia uma condição prévia para participar: ceder informações comprometedoras sobre amigos e familiares, tirar fotos sem roupas e controlar os pertences das recrutas captadas. Nesta sociedade secreta, Raniere era o único homem, conhecido como o “Amo das companheiras obedientes”. Ele era “dono” de um harém. E as escravas dele, por sua vez, tinham um grupo de servas para si, e assim por diante. Todas as escravas precisavam obedecer aos mestres 24 horas por dia e recrutar outras mulheres para a seita. Caso não conseguissem, eram submetidas a castigos como surras. Além disso, elas tinham que tomar banhos de água fria e ficar 12 horas sem comer, mantendo uma dieta diária de apenas 500 a 800 calorias, pois, segundo o “mestre supremo”, mulheres magras eram mais vigorosas. No início do mês, Allison se declarou culpada por extorsão e conspiração criminosa. “Eu preciso admitir a culpa pela minha conduta. Eu me sinto muito mal pelo meu papel neste caso. Eu peço desculpas à minha família e às boas pessoas que eu machuquei com a minha aderência equivocada aos ensinamentos de Keith Raniere”, disse no tribunal. Ela é acusada de recrutar várias mulheres para a seita, prometendo que se tratava de um programa de aperfeiçoamento pessoal onde elas seriam ajudadas por outras mulheres a alcançarem os seus objetivos. A atriz chegou a ser presa em conexão com o caso, assim como o próprio Raniere, mas pagou fiança de US$ 5 milhões e espera julgamento em prisão domiciliar na casa dos pais, em Los Alamitos, na Califórnia (EUA). Além de Allison Mack, a seita também contou com a participação da herdeira milionária Clare Bronfman, cuja família é dona da destilaria de whisky Seagram, e India Oxenberg, filha da atriz Catherine Oxenberg (da série clássica “Dinastia”).
Atriz de Fuller House se declara inocente no caso das fraudes universitárias dos EUA
A atriz Lori Loughlin (“Fuller House”) e o marido, Mossimo Giannulli, declararam-se inocentes no caso do escândalo das fraudes universitárias, em que são acusados de pagar subornos para conseguir a admissão de suas filhas em universidades prestigiosas dos Estados Unidos. Loughlin e Giannulli são acusados de pagar US$ 500 mil para que a Universidade do Sul da Califórnia (USC) aceitasse suas duas filhas como estudantes. Elas entraram na cota esportiva da universidade, como atletas de remo, sem nunca terem praticado o esporte. O casal faz parte de um grupo de 33 pais e mães acusados de crimes semelhantes. Nem todos se declararam inocentes. Outra atriz envolvida no escândalo, Felicity Huffman (“Desperate Housewives”), optou por se declarar culpada e pronta para enfrentar as consequências de suas ações. Após o envolvimento no escândalo, Loughlin foi demitida de todos os projetos de que participava, entre eles a 5ª e última temporada de “Fuller House”, que a Netflix pretende lançar ainda este ano. Ela também foi cortada da série “When Calls the Heart”, que estrelava para o canal norte-americano Hallmark, e teve a produção de seus telefilmes “Garage Sale Mysteries” cancelados – o 16º longa estava em produção no Canadá. As duas atrizes eram as personalidades mais conhecidas de um grupo de 50 pessoas denunciadas na Operação Varsity Blues do FBI, que desbaratou um esquema de fraudes para que filhos de pessoas ricas pudessem entrar com mais facilidade em universidades de elite nos Estados Unidos. Entre os pais envolvidos há diretores executivos de empresas e sócios de importantes escritórios de advocacia. Todos foram detidos e liberados sob fiança para aguardar o julgamento do processo em liberdade. O líder do esquema fraudulento, William Rick Singer, concordou em se declarar culpado de acusações de fraude e está cooperando com as autoridades. Segundo as autoridades, Singer cobrou cerca de US$ 25 milhões para garantir as admissões às universidades por meio de trapaças nas provas ou subornos a treinadores para recrutar estudantes sem habilidades para equipes esportivas das escolas – atletas têm vagas preferenciais nas faculdades dos EUA por conta da competitividade dos jogos universitários.









