Trailer de “Pluft – O Fantasminha” mostra volta de Arthur Aguiar às telas
A Downtown Filmes divulgou o pôster e o trailer da nova adaptação de “Pluft – O Fantasminha”, adaptação da famosa peça infantil de Maria Clara Machado. A prévia resume a premissa e revela a participação de Arthur Aguiar, vencedor do “BBB 22”. As filmagens aconteceram bem antes do reality show, em 2020. No filme, o ex-“Rebelde” vive o marinheiro Sebastião, um dos três amigos de Maribel. O elenco também destaca as crianças Nicolas Cruz e Lola Belli (“Onde Está Meu Coração”), Fabiula Nascimento (“Segundo Sol”), Juliano Cazarré (“Pantanal”), Lucas Salles (“Detetive Madeinusa”) e Hugo Germano (“Desenrola”). A trama clássica mostra como Pluft (Cruz), uma criança fantasma com medo de gente, inicia uma amizade com Maribel (Belli), uma menina com medo de fantasma, que foi raptada pelo terrível pirata Perna-de-Pau (Cazarré). Como os únicos em busca de Maribel são três marinheiros atrapalhados, Pluft se vê impelido a virar o herói da história. Primeiro filme live-action infantil brasileiro produzido para exibição em 3D, o longa dirigido por Rosane Svartman (“Tainá, a Origem”) vai chegar às telas 60 anos depois da primeira adaptação cinematográfica de “Pluft”, que contou com participação de Tom Jobim e Dorival Caymmi. A estreia está marcada para 21 de julho, durante as férias escolares.
Veja as fotos de Pluft – O Fantasminha, primeiro filme infantil brasileiro em 3D
A produtora Raccord divulgou as primeiras fotos de “Pluft – O Fantasminha”, primeiro filme infantil em 3D do Brasil. Orçado em US$ 10 milhões, ele também será o mais caro longa infantil já produzido no país. “Todo o desenho de produção do filme é muito diferente do que se costuma fazer por aqui. Cada detalhe, desde o roteiro, foi pensado para ser filmado em 3D e live-action”, explicou Clélia Bessa, produtora do filme, ao site Filme B. O longa é uma adaptação da clássica peça de teatro escrita por Maria Clara Machado em 1955 e já transformado em filme em 1965 e minissérie em 1975. A trama retrata a inesperada amizade entre a menina Maribel (Lola Belli) e Pluft, um menino fantasma que tem medo de gente. Eles se conhecem quando a menina é sequestrada pelo pirata Perna de Pau (Juliano Cazarré). O elenco também inclui Lucas Salles, Arthur Aguiar e Hugo Germano como os marujos João, Sebastião e Juliano, amigos da menina. Com direção de Rosane Svartman (“Tainá – A Origem”), o filme está sendo rodado em duas etapas. A primeira, com duração de quatro semanas, tem como locações o Rio Grande do Norte e o Rio de Janeiro. Já a segunda, prevista somente para abril, será dedicada às cenas com efeitos especiais. “Estamos tratando de um mundo fantástico, com fantasmas e piratas. O 3D tem essa linguagem, por si só já traz essa magia. A gente sabe que, para ser competitivo, o filme infantil tem que trazer um algo a mais, e neste caso é o 3D”, explicou a produtora, que revelou que o longa terá até filmagens debaixo d’água. A expectativa de lançamento é apenas para 2018. O Brasil ainda engatinha na produção de longas em 3D. Até hoje, foram realizados apenas três filmes para o circuito comercial com a tecnologia: a animação “Brasil Animado” (2011), de Mariana Caltabiano, a comédia besteirol “Se puder… Dirija!” (2013), com Luiz Fernando Guimarães, e a coprodução franco-brasileira “Amazônia” (2013), uma aventura pela maior floresta do mundo guiada pelo olhar de um macaco-prego.
Tudo parece natural em Boi Neon, filme de sensibilidade extraordinária
Apesar de ser um aspecto da cultura popular, que coexiste com shows de bandas de forró, a vaquejada não é muito bem vista por quem vê crueldade na brincadeira de laçar o boi e fazê-lo ir ao chão. De fato é, mas também não se pode negar sua existência, nem perceber o quanto se trata de um tipo de negócio que movimenta uma quantidade significativa de pessoas, principalmente nas cidades do interior do Nordeste. “Boi Neon”, o novo longa-metragem de Gabriel Mascaro, não só trata do assunto, como tem a ousadia de mostrar a vida das pessoas que atuam em seus bastidores, personagens que não passariam de figurantes na lógica de qualquer outro filme convencional, uma vez que o cinema costuma privilegiar quem fica sob os holofotes ou tem uma história de vida mais ligada a uma trajetória de sucesso. Mascaro inverte também a lógica de gênero, evitando mostrar um vaqueiro com os estereótipos mais comuns. Iremar, interpretado por Juliano Cazarré (“Serra Pelada”), trabalha nos currais, sendo responsável por limpar o rabo do boi e prepará-lo para os peões do espetáculo. No entanto, ele sonha em trabalhar com confecção, especialmente feminina. Até tem uma máquina de costuma bem simples e monta seus manequins a partir do que encontra no lixão. E convive com uma mulher que também foge ao estereótipo feminino, Galega, a mãe solteira vivida por Maeve Jinkings (“O Som ao Redor”), que dirige o caminhão da trupe. Como já havia mostrado em seu trabalho anterior, “Ventos de Agosto” (2014), Mascaro demonstra uma obsessão pelos corpos, seja do homem ou da mulher (e, no caso de “Boi Neon” também dos animais), e muito da força do filme vem do modo como ele visualiza esses corpos. Algumas cenas, porém, podem até ser consideradas fortes, levando em consideração como o cinema brasileiro vem se domesticando desde a década de 1990, com a chamada retomada. De fato, o cineasta pernambucano inclui em seu filme imagens explícitas de sexo (com direito a membro em ereção) e não hesita em mostrar uma cena com um cavalo que certamente vai dar o que falar durante e depois das sessões, até por ser também engraçada. Mas apesar de se destacar dentro da estrutura narrativa, essas cenas não são feitas com um intuito sensacionalista, mas para mostrar os corpos como algo natural, ainda que momentos íntimos, como o sexo, o banho e a depilação, sejam considerados de natureza privada. Além da naturalidade com o trato do corpo, também pode causar estranheza ao grande público a estrutura pouco convencional da narrativa, que foge ao tradicional formato “introdução-desenvolvimento-conclusão”, embora esses elementos estejam presentes, mas de uma maneira mais moderna, por assim dizer. Mascaro privilegia o recorte de determinados momentos das vidas de seus personagens, e lhes dá profundidade. A força de cada cena e diálogo do filme, desde as simples conversas de Iremar com a garotinha que não tem contato com o pai, com os outros vaqueiros colegas ou com Galega, é captada com um senso de realismo impressionante, como já se podia notar em “Ventos de Agosto”, e próprio de um diretor que começou com documentários. Não por acaso, as cenas das vaquejadas se destacam como apropriações de eventos reais. Mas a experiência documental também pode ser traçada em sua opção por focar os bastidores e os personagens menos evidentes das vaquejadas. É fácil entender porque “Boi Neon” fez tanto sucesso no circuito dos festivais internacionais – foi premiado nos festivais de Veneza, Toronto, Rio, Nantes, Hamburgo e Adelaide, entre outros. Difícil é não ficar encantado com a sensibilidade do filme e a forma extraordinária com que capta a vida de pessoas tão simples.
Boi Neon: Filme brasileiro mais premiado do ano ganha primeiro trailer
Filme brasileiro mais premiado de 2015, “Boi Neon” ganhou seu primeiro trailer e pôster. A prévia lista a coleção de troféus e participações em festivais internacionais, além de elogios da imprensa americana, mas convence mesmo pelas qualidades que permite vislumbrar, como as belas imagens e a sensibilidade que Juliano Cazarré (“Serra Pelada”) demonstra no papel principal. Consagrado nos festivais do Rio, Veneza (Itália), Toronto (Canadá), Adelaide (Austrália), Nantes (França) e Hamburgo (Alemanha), “Boi Neon” se passa no Nordeste do Brasil, acompanhando o drama particular da família de um vaqueiro, que viaja acompanhando vaquejadas, mas cujo sonho é trabalhar com moda, confeccionando vestidos. Segundo longa de ficção do pernambucano Gabriel Mascaro – o primeiro, “Ventos de Agosto”, ganhou menção especial no Festival de Locarno do ano passado -, também destaca Maeve Jinkins (“O Som ao Redor”) no elenco central. A estreia comercial está marcada para o dia 14 de janeiro.



