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A Cozinha: Estreia de Johnny Massaro como diretor é único filme com sessão extra no Festival do Rio
O filme “A Cozinha”, que marca a estreia do ator Johnny Massaro como diretor, será o único com sessão extra no Festival do Rio. É que houve muita procura e as duas sessões oficiais lotaram, assim o longa voltará a ser exibido no sábado (15/10). Adaptação da peça de mesmo nome de Felipe Haiut, que por sua vez foi concebida na cozinha do próprio Massaro, o filme foi um trabalho entre amigos, incluindo nisto o elenco formado por Ícaro Silva, Bruna Linzmeyer e Júlia Stockler, que é cunhada do agora diretor. A trama gira em torno do reencontro de Miguel, artista em crise, e Rodrigo, um amigo de infância. As presenças inesperadas de Letícia, com quem Miguel vive um relacionamento fracassado, e Carla, noiva de Rodrigo, instauram um clima de tensão entre eles. Em meio a conversas banais e o resgate de memórias reprimidas, a hostilidade entre os quatro aumenta quando Letícia questiona a sexualidade de Miguel. Depois do Festival do Rio, “A Cozinha” será exibida na Mostra de São Paulo, que começa em 20 de outubro e vai até 2 de novembro. Mas o filme ainda não tem previsão de estreia comercial. Veja abaixo o teaser da produção.
Os Últimos Dias de Gilda: Parceiros de Benzinho criam série sobre Rio das milícias e políticos evangélicos
O canal Brasil estreia nesta sexta “Os Últimos Dias de Gilda”, primeira série criada pelo casal Gustavo Pizzi e Karine Teles, dos filmes “Benzinho” e “Riscado”. Os dois já foram casados, mas a parceria criativa continua na produção, que reflete o Rio de Janeiro atual, com suas milícias e mistura de política e religião. A estreia vai acontecer às 22h30 e posteriormente será disponibilizada em streaming na Globoplay. Pizzi e Teles assinam o roteiro. Ele também dirige os episódios, enquanto ela tem o papel principal. Por sinal, “Os Últimos Dias de Gilda” marca a terceira vez que a atriz vive a personagem do título. As duas anteriores foram num monólogo e também numa peça encenada há 18 anos. É esta peça, escrita pelo dramaturgo Rodrigo de Roure, que serve de inspiração para a série. Na trama, Gilda é uma mulher bissexual, que mora sozinha e cria porcos e galinhas para abate. Por recusar a monogamia e se relacionar com amigos, ela vira alvo de ataques dos vizinhos — especialmente a religiosa Cacilda (Julia Stockler), cujo marido, Ismael (Igor Campanaro), é candidato a vereador pelo verossímil “Partido do Senhor”. A série aponta claramente como a violência das milícias avança de braços dados com uma suposta religiosidade, a ponto de ter um grupo paramilitar autointitulado Exército do Senhor, que usa Bíblias para sinalizar as casas de seus protegidos. Mas vale apontar que essa religiosidade não impede o ataque às religiões não evangélicas. Umbandista, Gilda é acusada de “feitiçaria” pelos vizinhos. Em um dos quatro episódios, o terreiro que a personagem frequenta é invadido e destruído por criminosos. Em “Os Últimos Dias de Gilda”, quanto mais crentes, mais intransigentes são os personagens, que promovem perseguição a todos que pensam diferente. É uma fotografia do momento atual. Apesar disso, em entrevista ao jornal O Globo, Karine Teles disse que é possível reverter esse cenário. “O conservadorismo, a misoginia, as disputas de poder, a violência das cidades, todas essas coisas são problemas de séculos no Brasil. Mas percebo que a gente tem feito grandes avanços. Por exemplo, a quantidade de mulheres pretas, de pessoas trans eleitas agora. Gilda fala disso: está tudo muito difícil, mas é possível enxergar luz. Tem que acreditar que é possível transformar”, avalia a atriz e roteirista.
The Hollywood Reporter inclui brasileiras de A Vida Invisível na lista das melhores atuações de 2019
A revista americana The Hollywood Reporter divulgou nesta segunda (16/12) uma lista com as 25 melhores atuações de cinema em 2019, de acordo com seus críticos, e teve brasileiras na seleção. A dupla formada por Carol Duarte e Julia Stockler, protagonistas de “A Vida Invisível”, entrou no ranking. “É irônico que um grande filme sobre irmandade envolva duas irmãs que passam boa parte do filme cruelmente separadas”, escreveu o crítico David Rooney sobre a performance da dupla, que foi considerada em conjunto. “No entanto, o laço criado no começo do filme de Karim Aiunouz é indelével, graças à intensidade única destas relativas novatas, cujas emoções se desenrolam à beira de uma ansiedade dolorosa. Da frustração que beira a insanidade à vulnerabilidade nervosa, elas acabam chegando em uma resignação de partir o coração”, completou. Além de Stockler e Duarte, a lista incluiu outras performances de filmes feito fora dos EUA, como Antonio Banderas (“Dor e Glória”), Pierre Deladonchamps e Vincent Lacoste (“Conquistar, Amar e Viver Intensamente”), Nora Hamzawi (“Vidas Duplas”), Tom Mercier (“Synonymes”), e Noémie Merlant e Adèle Haenel (“Retrato de uma Jovem em Chamas”). Destes, apenas o filme de Pedro Almodóvar (“Dor e Glória”) está na disputa de Filme Internacional com “Vida Invisível”. A revista também citou os desempenhos hollywoodianos de Brad Pitt (“Era Uma Vez em Hollywood”), Joaquin Phoenix (“Coringa”), Joe Pesci (“O Irlandês”), Lupita Nyong’o (“Nós”), Eddie Murphy (“Meu Nome É Dolemite”), Alfre Woodard (“Clemency”), Taylor Russell (“Waves”), Mary Kay Place (“A Vida de Diane”), George MacKay (“1917”), Jennifer Lopez (“As Golpistas”), Chris Galust e Lolo Spencer (“Give Me Liberty”), Adam Driver e Scarlett Johansson (“História de um Casamento”), Awkwafina (“The Farewell”) e Timothée Chalamet (“Adoráveis Mulheres”). Mas não os elogiados trabalhos de Adam Sandler em “Jóias Brutas” (Uncut Gems) e Renée Zellweger em “Judy”.
A Vida Invisível merece todo o reconhecimento que vem conquistando
A reflexão sobre o machismo e a condição opressora vivida pelas mulheres de gerações passadas – nossas mães, nossas avós etc – já era um tema caro a Karim Aïnouz desde seu primeiro filme, o curta-metragem “Seams” (1993), realizado quando o cineasta morava nos Estados Unidos, e que poderia muito bem servir como extra de alguma edição especial em BluRay de “A Vida Invisível” (2019), o novo e premiado filme do diretor cearense. Em “Seams”, Aïnouz entrevista sua mãe, suas tias e sua avó, a fim de saber como era o casamento, como era o relacionamento com os homens no passado. E a presença masculina, na grande maioria dos relatos, se mostrava, para usar um termo atual, tóxica. Em “A Vida Invisível”, o diretor adapta o romance “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, da jornalista pernambucana Martha Batalha, que conta a história de duas irmãs vivendo no Rio de Janeiro dos anos 1950, e que são separadas pelo destino, com a ajuda de homens capazes de oprimir, mentir e maltratar essas mulheres. No caso, o patriarca da família de Eurídice (Carol Duarte) e Guida (Julia Stockler) é essa principal mão poderosa e opressora. Mas, como um filme que abraça o melodrama com todas as forças, “A Vida Invisível” também brinca bastante com as ironias perversas da vida, com a forma como tudo parece conspirar para que aquelas duas irmãs não se vejam. A separação ocorre pela primeira vez quando Guida foge com um marinheiro grego e volta para casa grávida e frustrada – o jovem que parecia ser o seu príncipe encantado era na verdade um canalha. Guida vê como opção voltar para a casa dos pais, mas é expulsa pelo pai, que ainda conta que a irmã Eurídice está na Europa. Mal sabia Guida que sua irmã havia se casado com um homem patético, vivido por Gregório Duvivier, e que morava ali mesmo, no Rio de Janeiro. A cena do casamento e a noite de núpcias do novo casal passa toda a sensação de desconforto extremo da mulher. Na verdade, ela é praticamente estuprada na primeira noite. A imagem dos dois se olhando no espelho, após o sexo nada bom para a jovem, é memorável. Enquanto Guida se esforça para viver uma vida de mãe solteira, Eurídice tenta não engravidar, a fim de conseguir sua tão sonhada vaga em um conservatório de música. Ela é pianista e gostaria muito de estudar piano, aprofundar-se naquilo que mais ama. As duas, porém, vão vivendo uma vida de frustrações – Guida não consegue novos relacionamentos estáveis com os homens e Eurídice acaba engravidando contra sua vontade. O filme também afasta uma visão romântica da maternidade. É importante destacar que as duas protagonistas não são mulheres conformadas com suas condições no mundo do patriarcado. Guida é independente e tenta ser alegre, ir a festas e ter aventuras passageiras com alguns homens; Eurídice, por sua vez, tenta, à sua maneira, mesmo grávida, a vaga no conservatório. Enquanto isso, o filme vai entrecortando a narrativa com as cartas que Guida envia para a irmã, no endereço de seus pais, sonhando que um dia elas seja respondidas. Infelizmente, passam-se anos e as cartas não chegam a Eurídice. É uma situação bastante triste, que aproxima “A Vida Invisível” de um tipo de melodrama mais duro, como o do alemão Rainer Werner Fassbinder, do que dos exemplares clássicos hollywoodianos, como os filmes de Leo McCarey, que provocam o choro com mais facilidade. No filme de Aïnouz, o choro fica preso na garganta, pelo menos em boa parte da metragem. O filme foi gravado em película com uma câmera intacta de 1960, o que passa uma impressão de obra saída de tempos atrás, embora haja um diálogo direto com o momento atual. No aspecto visual, há ainda uma busca pelas cores saturadas na fotografia de Hélène Louvart, responsável pela direção de fotografia de “Feliz como Lázaro” (2018), de Alice Rohrwacher, e o uso do vermelho com certa constância, além da umidade do verde das árvores. E, há, claro, a presença maravilhosa de Fernanda Montenegro como a versão idosa de Eurídice, para fechar com chave de ouro este trabalho, vencedor da mostra Um Certo Olhar em Cannes, indicado ao Spirit Awards e um dos favoritos à vaga no Oscar, na categoria de Melhor Filme Internacional. Karim Aïnouz e toda a equipe, incluindo o produtor Rodrigo Teixeira, merecem todo o sucesso que a obra anda conquistando mundo afora. E isso em um momento necessário para o cinema brasileiro, que ao mesmo tempo que chegou a um ponto de excelência e de visibilidade mundial em festivais, segue sendo atacado por um governo estúpido. Estúpido, burro e perverso, como o pai de Eurídice e Guida.
A Vida Invisível vai tentar emplacar indicação ao Oscar de Melhor Fotografia
O filme “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz, escolhido pelo Brasil para tentar uma vaga entre os indicados ao Oscar de Melhor Filme Internacional, pode obter nomeação em outra categoria: Melhor Fotografia. Em entrevista para o podcast Cinema Varanda, o produtor Rodrigo Teixeira (“Me Chame Pelo Seu Nome”) revelou que a equipe de produção acredita no potencial de Hélène Louvart, a diretora de fotografia francesa do filme, para conquistar votos da Academia. Seu currículo é repleto de prêmios, que incluem os trabalhos feitos para obras internacionais celebradas como “Pina 3D” (2011), “Ratos de Praia” (2017) e “Feliz como Lázaro” (2018). No sábado passado, ela venceu o 40º Festival Internacional de Cinematógrafos, uma espécie de Cannes dos diretores de fotografia, realizado na Macedônia, por seu trabalho em “A Vida Invisível”. “Ela acabou de ganhar um prêmio essa semana que é o Oscar dos fotógrafos. Acho que tem uma chance muito grande. A Amazon quer comprar essa briga e para isso teríamos que antecipar um pouco a estreia do filme nos Estados Unidos, porque senão estaríamos concorrendo apenas como filme estrangeiro”, disse Rodrigo. Com isso, o lançamento de “A Vida Invisível” deve acontecer em dezembro nos Estados Unidos, em vez de janeiro como estava planejado. A fotografia do filme brasileiro não é a única privilegiada por Teixeira para o Oscar 2020. Três filmes que ele produziu podem entrar na disputa da categoria. Além do trabalho de Hélène Louvart, “Ad Astra”, com direção fotográfica de Hoyte van Hoytema, e “O Farol”, fotografado em preto e branco por Jarin Blaschke, são fortes candidatos. Destes, apenas “A Vida Invisível” terá apoio da Amazon. A plataforma adquiriu os direitos da distribuição internacional do filme e pretende fazer campanha para sua premiação no Oscar. O que é uma mistura de boa notícia com alívio, já que, diferente dos anos anteriores, o atual governo brasileiro não apoia o cinema nacional. Nem a Ancine, nem a Apex, muito menos o Ministério da Cidadania darão apoio à campanha do longa – ou a qualquer outro filme que queira ser exibido no exterior até que novas eleições mudem o presidente do Brasil. Baseado em livro de Martha Batalha, o filme explora temas atualmente em voga em Hollywood: a denúncia do machismo e o empoderamento feminino. A trama acompanha Eurídice e Guida, duas irmãs jovens e inseparáveis que enfrentam os pais conservadores no Rio de Janeiro dos anos 1950 para realizar seus sonhos. Eurídice (Carol Duarte, de “O Sétimo Guardião”) quer ser pianista na Áustria e Guida (Julia Stockler, da série “Só Garotas”) quer ir atrás de seu amor na Grécia. Nada sai como planejado, mas as duas contam com o apoio de outras mulheres para sobreviver ao mundo machista. A estreia no Brasil vai acontecer em duas fases. Primeiro, “A Vida Invisível” foi lançado em algumas salas de Fortaleza (CE) em 19 de setembro. Já a distribuição nos demais estados está marcada apenas para 31 de outubro.
A Vida Invisível: Candidato brasileiro ao Oscar destaca participação de Fernanda Montenegro em novo trailer
Um novo trailer de “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz (“Praia do Futuro”), foi divulgado com algumas novidades. Para começar, a prévia foi disponibilizada pela Sony – e não por uma distribuidora indie, como a Vitrine – e ressalta que o filme é o candidato brasileiro a uma vaga no Oscar 2020. O vídeo também destaca o papel de Fernanda Montenegro, primeira e última atriz a aparecer na tela. Ela encerra a apresentação fazendo um convite ao público para ver a obra nos cinemas. Além de representar o Brasil na busca de uma indicação ao Oscar, o longa foi considerado o Melhor Filme da mostra Um Certo Olhar, no Festival de Cannes, e premiado no Festival de Munique com o CineCoPro Award — destinado à melhor coprodução do cinema alemão com outros países. Também esteve nas seleções oficiais dos festivais de Sydney, na Austrália, do Midnight Sun, na Finlândia, de Karlovy Vary, na República Tcheca, no Transatlantyk Festival, na Polônia, e no Festival de Jerusalém, em Israel. Para completar, ainda foi elogiado em publicações de prestígio como as revistas americanas The Hollywood Reporter (que o relacionou como um dos 10 melhores filmes de Cannes) e Variety (para quem é “um forte concorrente do Brasil na corrida ao Oscar de Melhor Filme Internacional”), e atualmente registra 100% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Livre adaptação do romance homônimo de Martha Batalha, “A Vida Invisível” é definido como um “melodrama tropical”, que acompanha Eurídice e Guida, duas irmãs jovens e inseparáveis que enfrentam os pais conservadores no Rio de Janeiro dos anos 1950 para realizar seus sonhos: Eurídice quer ser pianista na Áustria e Guida quer ir atrás de seu amor na Grécia. Nada sai como planejado e desses desejos frustrados surge um desencontro que as separa. Mas as duas contam com o apoio de outras mulheres para sobreviver ao mundo machista. O elenco de “A Vida Invisível” reúne Carol Duarte (“O Sétimo Guardião”) e Julia Stockler (série “Só Garotas”) como protagonistas, além de Gregório Duvivier (“Desculpe o Transtorno”), Nikolas Antunes (“Ilha de Ferro”) e Flavio Bauraqui (“Impuros”). Fernanda Montenegro (“Infância”) tem pequena participação como a versão madura de Euridice. O filme já pode ser visto de forma limitada nos cinemas de Fortaleza (CE) a partir desta quinta (19/9), para cumprir regra de qualificação ao Oscar, mas o lançamento nacional amplo está marcado apenas para o dia 31 de outubro. A produção também ganhou um novo pôster, que pode ser conferido abaixo.
Governo Bolsonaro não vai apoiar campanha de A Vida Invisível ao Oscar 2020
Pela primeira vez neste século, o governo brasileiro não apoiará o filme escolhido para representar o país na disputa de uma indicação ao Oscar 2020. “A Vida Invisível”, filme de Karim Aïnouz, não terá respaldo algum do governo Bolsonaro em sua campanha de divulgação nos Estados Unidos, considerada crucial para atrair a atenção dos eleitores da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Segundo o UOL apurou, nem a Ancine nem o Ministério da Cidadania aprovaram apoio financeiro ao filme. O governo brasileiro autorizou apenas o apoio institucional da campanha brasileira. Isto é, a inclusão da marca do governo federal no filme. Isto porque “A Vida Invisível” foi parcialmente financiado com recursos oriundos da Lei do Audiovisual. Como comparação, em 2018, durante o governo Temer, o longa escolhido para representar o país na disputa, “O Grande Circo Místico”, de Cacá Diegues, recebeu cerca de R$ 200 mil do antigo Ministério da Cultura para sua divulgação em Hollywood. O corte reflete também o fim de apoio da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) para o programa Cinema do Brasil, voltado à exportação de filmes brasileiros, e outras iniciativas similares. Felizmente, “A Vida Invisível” conta com um produtor de bom trânsito em Hollywood, Rodrigo Teixeira, dono da RT Features, que produziu, entre outros, “Me Chame pelo Seu Nome” (indicado ao Oscar de Melhor Filme em 2018), e fechou um acordo de distribuição internacional com a Amazon, que pretende investir um bom orçamento em marketing, para dar visualidade ao longa e o ajudar a conquistar espaço na disputa. A ideia é lançar primeiro nas salas de cinemas dos Estados Unidos, até o mês de dezembro, antes de chegar ao streaming, na Amazon Prime Video, que fará a distribuição internacional. “A Vida Invisível” é candidato muito mais forte que “O Grande Circo Místico”, do ano passado, por ter participado de competições internacionais e vencido prêmio de Melhor Filme da mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes. Ele ainda segue sendo exibido nos principais eventos de cinema do mundo, do Festival de Londres ao Festival de Toronto. Além disso, inclui Fernanda Montenegro no elenco, já indicada ao Oscar de Melhor Atriz por “Central do Brasil”. Sem esquecer que o diretor Karim Aïnouz (“Praia do Futuro”) também possuiu uma carreira reconhecida internacionalmente. O filme, baseado em livro de Martha Batalha, ainda explora temas em voga em Hollywood: a denúncia do machismo e o empoderamento feminino. A trama acompanha Eurídice e Guida, duas irmãs jovens e inseparáveis que enfrentam os pais conservadores no Rio de Janeiro dos anos 1950 para realizar seus sonhos. Eurídice (Carol Duarte, de “O Sétimo Guardião”) quer ser pianista na Áustria e Guida (Julia Stockler, da série “Só Garotas”) quer ir atrás de seu amor na Grécia. Nada sai como planejado, mas as duas contam com o apoio de outras mulheres para sobreviver ao mundo machista. A estreia no Brasil vai acontecer em duas fases. Primeiro,”A Vida Invisível” será lançado em algumas salas do Nordeste a partir de 19 de setembro. A distribuição nos demais estados, porém, está marcada apenas para 31 de outubro.
O Tradutor, estrelado por Rodrigo Santoro, é candidato de Cuba ao Oscar de Melhor Filme Internacional
Pela primeira vez na História, Cuba indicou um candidato para disputar o Oscar de Melhor Filme Internacional (categoria que até este ano era conhecida como Melhor Filme de Língua Estrangeira). E a obra escolhida é uma produção estrelada por artista brasileiro. Trata-se de “O Tradutor”, protagonizado por Rodrigo Santoro. No filme, Santoro fala espanhol e russo, dando vida à história real de Manuel Barriuso Andin, pai dos diretores Rodrigo e Sebastián Barriuso, que estreiam na direção de longas. A trama gira em torno de Manuel (Santoro), um professor universitário de literatura russa convocado a trabalhar na ala infantil de um hospital em Havana, que recebeu vítimas do acidente nuclear de Chernobyl. Ele auxilia a comunicação entre os médicos e os pacientes, que foram enviados pela Rússia para receber tratamento em Cuba. Mas o fato de serem crianças o deixa abalado. “O Tradutor” foi exibido no Festival de Sundance, nos Estados Unidos, lançado em abril passado no Brasil. O candidato do Brasil na disputa por uma vaga é “A Vida Invisível”, do diretor Karim Aïnouz. A lista com todos os candidatos ainda passará pela triagem de um comitê da Academia, que divulgará uma relação dos melhores, geralmente nove pré-selecionados, no final do ano. Dentro desses, cinco serão escolhidos para disputar o Oscar. Os indicados ao Oscar 2020 serão divulgados no dia 13 de janeiro e a premiação está marcada para o dia 9 de fevereiro, em Los Angeles.











