Rapper que baleou Megan Thee Stallion é condenado a 10 anos de prisão
O rapper canadense Tory Lanez, cujo nome verdadeiro é Daystar Peterson, foi condenado a 10 anos de prisão por atirar no pé da rapper Megan Thee Stallion, em um incidente que ocorreu em julho de 2020. A sentença foi proferida na terça-feira (8/8) em Los Angeles, após um julgamento que se estendeu por dois dias em dezembro passado, atraindo atenção mundial e gerando debates sobre questões de gênero no hip-hop, proteção às mulheres negras e misoginia. O caso também trouxe à tona a relutância das vítimas negras em falar com a polícia e a toxicidade online. Detalhes do caso O caso aconteceu após os dois rappers deixarem uma festa em Los Angeles. Tory Lanez foi acusado de atirar no pé de Megan Thee Stallion quando ela estava saindo da casa de Kylie Jenner. Lanez foi julgado e considerado culpado em 23 de dezembro por agressão com arma de fogo semiautomática, porte de arma de fogo carregada e não registrada em veículo, além de disparo de arma de fogo com grande negligência. A sentença final só veio agora, determinando 10 anos de prisão, o que gerou caos no tribunal, com gritos de apelo e tumulto nos corredores. O juiz David Herriford, que proferiu a sentença, afirmou que foi “difícil conciliar” a pessoa gentil e caridosa que muitos descreveram com os crimes pelos quais o rapper foi condenado. Declaração de Megan Thee Stallion Megan Thee Stallion não compareceu à leitura da sentença, explicando que não poderia estar na mesma sala que Tory. Em um comunicado lido no tribunal, ela disse: “Ele não apenas atirou em mim, como também zombou do meu trauma”. Ela ainda destacou que a decisão é uma declaração para todos os sobreviventes, mostrando que suas vidas importam. A rapper testemunhou que Lanez atirou na parte de trás de seus pés e gritou para ela dançar em julho de 2020, após deixarem uma festa na piscina na casa de Kylie Jenner, em Hollywood Hills. Ela teve que passar por uma cirurgia para remover os fragmentos de bala. Em uma declaração lida por um promotor na segunda-feira, ela afirmou: “Desde que fui cruelmente baleada pelo réu, não vivi um único dia de paz. Devagar, mas com certeza, estou me curando e voltando, mas nunca serei a mesma.” Pedido de misericórdia Antes de receber sua sentença, Lanez pediu misericórdia ao juiz Herriford, solicitando liberdade condicional ou uma sentença mínima de prisão. “Se eu pudesse voltar na série de eventos daquela noite e mudá-los eu o faria. A vítima era minha amiga. A vítima é alguém por quem ainda me importo até hoje”, disse o rapper. Ele acrescentou: “Tudo o que fiz de errado naquela noite, assumo total responsabilidade.” O pai de Lanez, Sonstar Peterson, falou emocionado sobre a morte da mãe do rapper quando ele tinha 11 anos. Outras personalidades, como Iggy Azalea, também se pronunciaram, e até mesmo o filho de Lanez, de cerca de 6 anos, enviou uma carta escrita à mão, cujo conteúdo não foi descrito pelo juiz. Cicatrizes permanentes Megan Thee Stallion, agora com 28 anos, já era uma grande estrela em ascensão na época do tiroteio, e sua proeminência aumentou desde então. Ela ganhou um Grammy como melhor nova artista em 2021 e alcançou o 1º lugar nas paradas com “Savage”, com participação de Beyoncé, e como convidada em “WAP”, de Cardi B. O julgamento expôs também a cicatriz permanente que Megan carrega fisicamente. “Ela tem cicatrizes permanentes, fisicamente”, disse o promotor adjunto Alexander Bott em tribunal, “E certamente terá cicatrizes emocionais pelo resto de sua vida.” Em depoimento no final do ano passado, ela descreveu as consequências do tiro, incluindo problemas nos nervos e dor constante no pé. O tratamento da rapper no julgamento também gerou conversas sobre a proteção das mulheres negras e a misoginia específica que elas enfrentam, chamada de “misoginoir”. Os advogados de Lanez apelarão da sentença.
Cuba Gooding Jr. fecha acordo minutos antes de julgamento por estupro
Minutos antes de iniciar seu julgamento por estupro, o ator Cuba Gooding Jr.(vencedor do Oscar por “Jerry Maguire”) fechou um acordo com a vítima fora dos tribunais. O valor negociado não foi divulgado, mas a mulher que o acusava pedia US$ 6 milhões de indenização por danos. O processo contra Gooding começou a ser movido em agosto de 2020. De acordo com a vítima, que não teve seu nome revelado, ela afirma que foi levada a um hotel depois de conhecer o ator de 52 anos em um bar de Manhattan. De acordo com o processo, ele disse que lá se encontrariam com amigos. Em seguida, ele a teria levado para o quarto em que estava hospedado, alegando que iria trocar de roupa, mas, segundo o documento, a estuprou duas vezes. Já os advogados que representam Gooding alegam que o encontro foi totalmente consensual e que a mulher havia se vangloriado de ter tido relações com uma pessoa famosa. Essa não é a primeira vez que Gooding é acusado de um crime dessa natureza. Em 2019 ele foi alvo de três denúncias de agressão sexual. Na ocasião, ele foi acusado de apalpar uma mulher em um restaurante de Nova York, beliscar as nádegas de uma segunda vítima e, um mês depois, tocar o seio de uma terceira pessoa, ato que o próprio ator assumiu ter realizado. No final do ano passado, ele se declarou culpado no julgamento de assédio sexual na justiça de Nova York, mas só foi condenado a cumprir seis meses de aconselhamento – sobre o vício em álcool e seu comportamento. Além disso, teve a acusação amenizada pela promotoria, que buscou uma alegação de violação não criminal, de modo que ficou sem antecedentes criminais. Mas há outras queixas contra o ator – pelo menos 21 mulheres se pronunciaram contra ele nas redes sociais. Nenhum desse casos, porém, tratava de estupro como no acordo recém-firmado. O último trabalho de Gooding foi no filme “A Vida em Um Ano”, lançado em 2020. Quatro anos antes, o ator chegou a ser indicado ao Emmy por interpretar O.J, Simpson, em “American Crime Story.
Leonardo DiCaprio depõe em julgamento de rapper suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro
Leonardo DiCaprio prestou depoimento na segunda-feira (3/4) em um julgamento por corrupção, lavagem de dinheiro internacional e suborno contra Pras Michel, ex-líder do Fugees, um dos grupo mais famosos do hip-hop da década de 1990. Pras Michel é acusado de ajudar a direcionar secretamente dinheiro do empresário malaio Low Taek Jho, mais conhecido como Jho Low, para influenciar a política americana. Low teria planejar um esquema internacional de lavagem de dinheiro e suborno que roubou bilhões do fundo de investimento estatal da Malásia, conhecido como 1MDB. A ligação de DiCaprio com o caso vem de seu relacionamento de anos com Low, que foi um dos principais financiadores do filme “O Lobo de Wall Street” (2013). Os promotores alegam que, de junho a novembro de 2012, Low direcionou mais de US$ 21,6 milhões para serem transferidos de entidades estrangeiras para as contas do rapper, a fim de canalizar dinheiro para a reeleição de Barack Obama em 2012. Eles acusam Michel de pagar cerca de 20 laranjas para fazer doações em seus nomes e esconder de onde o dinheiro realmente vinha. Segundo o depoimento de DiCaprio, Low organizava um “bando de festas luxuosas com muitas pessoas de todo o mundo” em barcos e clubes noturnos, onde costumavam ir celebridades, entre elas Michel. DiCaprio disse que conheceu Low por volta de 2010, em uma festa em Las Vegas, embora tenha uma lembrança muito vaga daquela noite. Low passou a convidá-lo regularmente para festas, incluindo um Ano Novo em que voaram da Austrália para os Estados Unidos num avião particular para ver os relógios baterem meia-noite duas vezes. “Pensei que ele era um grande homem de negócios com muitas conexões diferentes em Abu Dhabi, Malásia. Uma espécie de prodígio no mundo dos negócios, incrivelmente bem-sucedido”, contou DiCaprio. Quando Low demonstrou interesse em financiar o filme “O Lobo de Wall Street”, estrelado por DiCaprio, os advogados do ator e um detetive particular investigaram o financista malaio e, por fim, deram sinal verde ao financiamento. “Isso significa que a verificação de antecedentes foi boa e que ele foi considerado um homem de negócios legítimo”, explicou o astro. Além disso, DiCaprio aceitou presentes de Low para sua fundação ecológica. Mas, em 2015, o astro cortou os laços com Low após suspeitas de que ele estava envolvido no desaparecimento de bilhões de dólares das contas do 1MDB. O empresário, que supostamente fugiu para a China e segue foragido, teria usado o dinheiro para financiar seu estilo de vida, investir no filme de DiCaprio, confraternizar com famosos e influenciar a política. Segundo DiCaprio, o malaio chegou a mencionar que faria uma contribuição significativa ao Partido Democrata. “Uma quantia significativa, em torno de US$ 20 a 30 milhões. Eu disse: ‘Uau, isso é muito dinheiro!”, revelou o ator. De acordo com a promotoria, o integrante do Fugees ajudou em segredo a injetar dinheiro de Low na campanha de reeleição de 2012 do então presidente americano Barack Obama, por meio de empresas fictícias. Nos Estados Unidos, é ilegal que estrangeiros façam doações para campanhas políticas.
Harvey Weinstein é condenado a mais 16 anos de prisão
O produtor de cinema americano Harvey Weinstein voltou a ser condenado nos EUA por abuso sexual. Ele recebeu uma nova pena de 16 anos por estupro num tribunal de Los Angeles nesta quinta-feira (23/2). A sentença se soma aos 23 anos que Weinstein já está cumprindo em Nova York após uma condenação de 2020. Os jurados do Tribunal Superior de Los Angeles consideraram Weinstein culpado de três acusações: estupro forçado, cópula oral forçada e penetração sexual por objeto estranho. O veredito foi dado em dezembro passado, mas a sentença só foi revelada nesta quinta-feira. Todas as três acusações foram relacionadas a uma mulher, referida como “Jane Doe 1” no tribunal. Ela disse ter sido agredida em um hotel de Beverly Hills em fevereiro de 2013, enquanto estava na cidade para participar do Los Angeles Italia Film Festival. Weinstein, no entanto, escapou de outras quatro acusações. Ele foi absolvido de uma acusação de agressão sexual envolvendo uma massoterapeuta e os jurados não entraram em consenso sobre duas acusações feitas por Jennifer Siebel Newsom, documentarista e esposa do governador Gavin Newsom da Califórnia, e da modelo e roteirista Lauren Young. No julgamento, os promotores tentaram estabelecer um padrão de comportamento abusivo de Weinstein por meio dos depoimentos de quatro testemunhas, cujas alegações levaram às sete acusações criminais, bem como de outras quatro mulheres que tiveram permissão para testemunhar que haviam sido abusadas por ele. A defesa de Weinstein optou por uma tática sensacionalista ao argumentar que as mulheres tiveram um relacionamento consensual com o Sr. Weinstein e conscientemente fizeram sexo com ele em troca de favores profissionais. O advogado Mark Werksman chegou a chamar as vítimas de “vagabundas”, ao buscar justificar os atos do seu cliente como parte da cultura de Hollywood. Segundo Werksman, o que Weinstein cometeu não foi estupro, mas “sexo transacional”, algo que ele afirma ser comum na indústria do cinema dos EUA. “Olhe para o meu cliente”, disse Werksman, durante o julgamento. “Ele não é nenhum Brad Pitt ou George Clooney. Você acha que essas lindas mulheres transaram com ele porque ele é gostoso? Não, foi porque ele é poderoso”. Durante o interrogatório de Siebel Newsom, ele acusou-a de reenquadrar sua experiência com Weinstein como negativa somente após a explosão do movimento #MeToo em 2017. A certa altura, ele disse aos jurados que a Sra. Siebel Newsom era “apenas mais uma idiota que dormiu com Harvey Weinstein para progredir na vida”. Ao longo de dois dias de testemunho, Siebel Newsom disse que foi estuprada por Weinstein em 2005 em seu quarto de hotel em Beverly Hills depois que ela concordou em se encontrar com ele para discutir sua carreira. Ela disse que não se apresentou antes porque tentou ignorar o incidente como “uma forma de deixar de lado minha tristeza, meu medo, meu trauma, para que eu pudesse seguir em frente com minha vida”. “Durante o julgamento, os advogados de Weinstein usaram sexismo, misoginia e táticas de intimidação para atacar, rebaixar e ridicularizar nós, sobreviventes. Este julgamento foi um forte lembrete de que nós, como sociedade, temos trabalho a fazer. Para todos os sobreviventes – vejo vocês, ouço vocês e estou com vocês”, disse Siebel Newsom em um comunicado sobre o veredito. As primeiras denúncias contra Weinstein renderam recentemente um filme, “Ela Disse”, que foi lançado em dezembro nos cinemas brasileiros.
Argentina chega a sua 8ª indicação ao Oscar de Melhor Filme Internacional
O filme “Argentina, 1985”, de Santiago Mitre, emplacou nomeação na lista dos cinco finalistas de Melhor Filme Internacional do Oscar 2023. Com a indicação do filme premiado no Globo de Ouro 2023, a Argentina chega favorita à sua oitava disputa nessa categoria. O número também dá à Argentina o dobro exato de indicações conquistadas pelo Brasil na história da premiação. Mais que isso: a Argentina já levou para casa dois Oscars na categoria, que até recentemente era denominada de Melhor Filme em Língua Estrangeira, com “A História Oficial” em 1986 e com “O Segredo dos Seus Olhos” em 2010. O Brasil nunca venceu essa disputa. Os finalistas do Brasil foram “O Pagador de Promessas” (1962), “O Quatrilho (1995), “O que É Isso, Companheiro?” (1997) e “Central do Brasil” (1998). Já os argentinos se fizeram representar por “A Trégua” (1974), “Camila” (1984), “A História Oficial” (1985), “Tango” (1998), “O Filho da Noiva” (2001), “O Segredo dos Seus Olhos” (2009), “Relatos Selvagens” (2014) e agora “Argentina, 1985” (2022). Vale apontar que o ator Ricardo Darín estrela todos os quatro últimos indicados argentinos. A trama de “Argentina, 1985” é inspirada na luta real dos promotores Julio Strassera e Luis Moreno Ocampo, que ousaram investigar e processar a ditadura militar do país no ano de 1985. Sem se deixar intimidar pela influência dos militares, que continuava poderosa na nova democracia a ponto de amedrontar os profissionais do Ministério Público, os dois reuniram uma equipe jurídica de jovens, que, sem ter carreira para perder, viraram heróis improváveis na luta contra a impunidade. Sob constante ameaça a si mesmos e suas famílias, eles enfrentaram tudo até trazer justiça às vítimas da junta militar – ao contrário do que aconteceu no Brasil, onde não houve punições de assassinos e torturadores estatais. O elenco repleto de estrelas destaca Ricardo Darín e Peter Lanzani (“O Clã”) como Strassera e Ocampo. O filme de Santiago Mitre vai enfrentar na disputa pelo Oscar o alemão “Nada de Novo no Front”, o belga “Close”, o polonês “EO” e o irlandês “A Menina Silenciosa”. Dos títulos em competição, “Argentina, 1985” pode ser visto na Amazon Prime Video e “Nada de Novo no Front” na Netflix. Os demais ainda são inéditos no Brasil. A cerimônia do Oscar 2023 está marcada para 12 de março no Dolby Theater em Los Angeles, EUA.
Lenda dos filmes adultos, Ron Jeremy escapa de 300 anos de prisão ao desenvolver demência
A Justiça de Los Angeles, nos EUA, decidiu que o ex-astro pornô Ron Jeremy é oficialmente incompetente para ser julgado por várias acusações de estupro. Em uma audiência realizada na terça (17/1) no Tribunal Superior de Los Angeles, o juiz Ronald S. Harris declarou que o ator de quase 70 anos está em um “declínio neurocognitivo incurável”. Referindo-se ao réu por seu nome real de Ronald Jeremy Hyatt, ele disse as avaliações dos peritos concluíram que o estado cognitivo de Jeremy “provavelmente não seria restaurável”. Se Jeremy tivesse ido a julgamento e fosse considerado culpado, ele tinha a expectativa de enfrentar uma sentença de mais de 300 anos de prisão. Atualmente detido numa Penitenciária Twin Towers, Jeremy terá seu futuro determinado em uma audiência em 7 de fevereiro. Nesta data, o juiz vai decidir a sentença, que agora será limitada a se ele deverá ser colocado numa unidade de saúde mental e por quanto tempo. Preso em junho de 2020, por não conseguir pagar a fiança de US$ 6,6 milhões, Jeremy chegou a se declarar inocente de 33 acusações de estupro e agressão sexual. “Ron, ao longo dos anos, por ser quem é, foi amante de mais de 4 mil mulheres. Alegar que ele é um estuprador é ir longe demais… Quero dizer, as mulheres se jogavam em cima dele”, afirmou seu advogado no começo do caso. Atualmente com 69 anos, Jeremy já apareceu em mais de 1.700 filmes adultos desde a década de 1970. Com seu bigode característico, ele foi uma das estrelas mais reconhecidas da indústria de filmes adultos, chegando a participar até de “filmes sérios”, graça ao status de celebridade pornô. A maioria das suas participações em Hollywood se resumiu a figurações. Chegou a superar Stan Lee nesse quesito, sendo visto por alguns segundos em filmes cultuados e até em grandes sucessos, como “Pânico na Escola” (2011), com Josh Hutcherson, “Adrenalina 2” (2009), com Jason Statham, “Todo Poderoso” (2003), com Jim Carrey, “Detroit, a Cidade do Rock” (1999), com a banda Kiss, “Studio 54” (1998), com Salma Hayek, “Tromeo & Juliet” (1996), escrito por James Gunn, “Rotação Máxima” (1994), com Charlie Sheen, “Parceiros do Crime” (1993), com Eric Stoltz, e, acredite se quiser, “O Poderoso Chefão III” (1990)!
Ator de “Liga da Justiça” se declara culpado de acusação de invasão
O ator Ezra Miller (“Liga da Justiça”) se declarou culpado da acusação de invasão e furto que enfrenta no tribunal de Vermont, nos EUA. Acusado ter invadido uma casa para furtar várias garrafas de bebida, o ator havia se declarado inocente em outubro de 2022, mas mudou a declaração com o intuito de diminuir sua pena. O caso aconteceu em 1º de maio do ano passado, quando o ator foi gravado por câmeras de segurança invadindo uma casa em Stamford, Vermont, e roubado três garrafas de bebida: gin, vodka e rum. Na ocasião, as imagens levaram a polícia até Miller. O ator, que é representado pela advogada Lisa B. Shelkrot, apresentou um pedido de acordo judicial com a Divisão Criminal do Tribunal Superior de Vermont para que as acusações de roubo e furto sejam dispensadas. Existe ainda a acusação de invasão, pela qual pagaria uma multa de US$ 692. A pena de Vermont para tal crime é ser “preso por não mais de 3 meses ou multado por não mais de US$ 500,00 ou ambos”. A multa básica de Miller vem com uma sobretaxa de US$ 192. A audiência para definir a mudança de declaração de Miller e o acordo com a promotoria está marcada para esta sexta-feira (13/1). A acusação de roubo em uma residência ocupada acarretava pena de não mais de 25 anos e/ou multa não superior a US$ 1.000. A acusação de pequeno furto acarreta uma pena não superior a um ano e/ou multa de até US$ 1.000. O ator está colecionando denúncias e problemas com a polícia desde fevereiro, quando foi acusado de tentar enforcar uma mulher num bar na Islândia. Depois disso, foi preso em março no Havaí por criar tumulto em outro bar e autuado em abril por suspeita de agressão de segundo grau numa festa em uma residência particular, também no Havaí. Em seguida, foi alvo de duas ordens de restrição. A primeira foi feita pelos pais de uma jovem de 18 anos da Reserva Indígena Standing Rock, na região de Dakota, que alegam que Miller manipulou sua filha desde que ela tinha 12 anos. Aos 18, ela abandonou a escola e fugiu de casa, indo parar na residência do ator. A jovem escreveu em seu Instagram que Miller a ajudou num momento difícil. A segunda foi feita por pais de uma criança de 12 anos em Massachusetts, após Miller supostamente entrar em um confronto agressivo com sua família, exibir uma arma e constranger a criança com abraços e comentários sobre gênero, ao descobrir que ela se definia como não binária. Para completar, em junho veio à tona a denúncia de que Miller estava abrigando uma mãe e seus filhos pequenos em sua fazenda em Vermont, em meio a condições inseguras, com armas e munição espalhadas pela propriedade. A mãe disse à publicação que o ator a ajudou a escapar de um casamento abusivo. Em agosto, Miller pediu desculpas por seu comportamento e começou um tratamento de saúde mental. “Tendo passado recentemente por um período de crise intensa, agora entendo que estou sofrendo problemas complexos de saúde mental e comecei um tratamento contínuo”, disse ele em comunicado. “Quero pedir desculpas a todos que alarmei e aborreci com meu comportamento passado. Estou comprometido em fazer o trabalho necessário para voltar a um estágio saudável, seguro e produtivo em minha vida.” O tratamento seria uma exigência da Warner Bros., que enfrentou um dilema em relação ao filme “The Flash” já concluído. Os custos para substituir o ator na produção seriam simplesmente caros demais – Miller não só está em quase todas as cenas como ainda tem papel duplo, como um Flash de outro universo. Também seria difícil arquivar o lançamento, após os gastos milionários investidos em sua produção. Mas há planos para tirá-lo do papel em próximas produções. No ano passado, Miller supostamente teve uma reunião bem-sucedida com os presidentes do estúdio Warner Bros., Michael De Luca e Pamela Abdy, para se desculpar por todos os problemas jurídicos e midiáticos que seu comportamento causou. Porém, seu futuro dentro da Warner/DC ainda é incerto, visto que a nova diretoria, formada pelo cineasta James Gunn e o produtor Peter Safran (“O Esquadrão Suicida”), não detalhou qual será o futuro do Flash.
Ator de “That ’70s Show” vai enfrentar novo julgamento por estupro
O ator Danny Masterson (“That ’70s Show”) vai enfrentar um segundo julgamento por estupro após o júri do seu julgamento anterior não conseguir chegar a uma conclusão. A informação sobre o novo julgamento foi anunciada pelos promotores do caso na terça-feira (10/1). “Nosso escritório decidiu julgar novamente este caso”, disse o procurador distrital Reinhold Mueller ao tribunal. Masterson é acusado de estuprar à força três mulheres em sua casa em Hollywood Hills, entre 2001 a 2003. Seu primeiro julgamento aconteceu em novembro. Embora não tenham conseguido chegar a um veredicto, os jurados inclinaram-se para a absolvição, com votos de 10-2, 8-4 e 7-5 nas três acusações. O advogado de defesa, Philip Cohen, argumentou que era improvável que qualquer júri votasse unanimemente para condenar o ator. Ele disse que o primeiro júri examinou minuciosamente as evidências e que nenhuma nova evidência provavelmente mudaria o resultado. “Não é que as coisas que Mueller considera importantes ou significativas foram ignoradas”, disse Cohen. “É que as coisas foram discutidas e não consideradas importantes para a tomada de decisões por alguns dos jurados.” Apesar dos apelos da defesa, a juíza Charlaine Olmedo negou o pedido para arquivar o caso e marcou a data de 29 de março para a seleção do júri para o novo julgamento. “Parece que há muitas outras testemunhas que a promotoria poderia escolher convocar ou diferentes argumentos que poderia apresentar”, argumentou Olmedo. “Um resultado diferente em um novo julgamento é pelo menos uma possibilidade.” Duas das mulheres que testemunharam no julgamento – identificadas como Jane Doe 2 e Jane Doe 3 – emitiram uma declaração dizendo que estavam felizes com a realização de outro julgamento. “Estamos satisfeitos que Danny Masterson não tenha permissão para simplesmente escapar da responsabilidade criminal”, disseram elas, que foram acompanhadas na declaração por uma terceira mulher que não testemunhou, assim como pelo marido de Jane Doe 3. “Apesar dos anos de sofrimento de intimidação e assédio, estamos totalmente comprometidos em participar do próximo julgamento criminal na medida solicitada pelos promotores e novamente testemunhar sobre o comportamento depravado do Sr. Masterson”. O julgamento de Masterson chamou atenção para a Igreja da Cientologia, que foi acusada de tentar encobrir as acusações do ator. Os promotores alegaram que o sucesso de Masterson deu a ele um alto status dentro da igreja e que ele se sentia “no direito” de fazer sexo com as mulheres independentemente do consentimento delas. Cada uma das mulheres que depôs no julgamento falou sobre as agressões e as duras consequências que enfrentaram por terem trazido o caso a público. Essas mulheres disseram que temem ser excomungadas da igreja por terem ido à polícia. O escritório da promotoria inicialmente se recusou a abrir um processo contra o ator em 2004, depois que a primeiro acusadora apresentou uma queixa à polícia de Los Angeles. No final de 2016, as três acusadoras se encontraram e o denunciaram coletivamente. Os promotores acabaram apresentando as acusações três anos depois, sob a lei de crimes sexuais da Califórnia, que acarreta uma sentença máxima de 15 anos a prisão perpétua para cada acusação. Todas as três mulheres testemunharam que os ensinamentos da igreja tornavam difícil para elas conceituarem as agressões que sofriam como sendo “estupros”. Duas delas disseram ainda que falaram com as autoridades da igreja e foram desencorajados a irem à polícia. O advogado de Masterson argumentou que a Cientologia era irrelevante para o caso e procurou minimizar qualquer menção da Igreja. Em seu argumento final, ele disse que a palavra “Cientologia” foi mencionada mais de 700 vezes ao longo do julgamento. O advogado concentrou sua defesa nas discrepâncias entre os vários relatos que as mulheres deram aos investigadores e argumentou que as alegações estavam repletas de “invenções”. Na conclusão do primeiro julgamento, Philip Cohen questionou a credibilidade das mulheres, afirmando que este era um fator-chave na contagem dos votos a favor da absolvição. Agora, ele reforça que o testemunho deu origem a “uma série de novas questões” e que novas investigações sobre as mulheres serão feitas por sua equipe.
Ricardo Darín comemora Globo de Ouro de “Argentina, 1985” em clima de Copa do Mundo
O filme “Argentina, 1985” venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme Não Falado em Inglês na madrugada desta quarta-feira (11/1). E o astro Ricardo Darín (“O Segredo de Seus Olhos”) comemorou a conquista ainda no clima da Copa do Mundo do Catar, conquistada pela Argentina. “Depois da Copa do Mundo, é uma grande alegria”, diz o ator, protagonista do longa, no discurso de agradecimento, proferido em espanhol. O filme dirigido por Santiago Mitre (“Paulina”) também é finalista do Oscar na categoria de Filme Internacional e venceu o Prêmio da Crítica (Fipresci) no Festival de Veneza. Sua trama histórica é inspirada na luta real dos promotores Julio Strassera e Luis Moreno Ocampo, que ousaram investigar e processar a ditadura militar da Argentina no ano de 1985. Sem se deixar intimidar pela influência dos militares, que continuava poderosa na nova democracia a ponto de amedrontar os profissionais do Ministério Público, os dois reuniram uma equipe jurídica de jovens, que, sem ter carreira para perder, viraram heróis improváveis na luta contra a impunidade. Sob constante ameaça a si mesmos e suas famílias, eles enfrentaram tudo até trazer justiça às vítimas da junta militar – ao contrário do que aconteceu no Brasil, onde a “anistia” escondeu os crimes da ditadura brasileira. O elenco repleto de estrelas destaca Ricardo Darín e Peter Lanzani (“O Clã”) como Strassera e Ocampo. “Argentina, 1985” pode ser visto na Amazon Prime Video. Confira o trailer abaixo.
Lenda dos filmes adultos, Ron Jeremy tem demência e não será julgado por crimes sexuais
O ex-ator pornô Ron Jeremy foi diagnosticado com “demência grave” e será declarado inapto para ser julgado por estupro, de acordo com um promotor do condado de Los Angeles em um e-mail obtido pelo jornal Los Angeles Times. Jeremy – cujo nome legal é Ronald Jeremy Hyatt – foi acusado em junho de 2020 de estuprar quatro mulheres que conheceu em bares e clubes de West Hollywood. Mas a partir das primeiras denúncias, o caso cresceu rapidamente com dezenas de mulheres alegando que o ex-rei da pornografia havia abusado delas por décadas em festas e convenções de filmes adultos ou nos próprios sets das produções. Como resultado, Jeremy foi indiciado por mais de 30 acusações de agressão sexual decorrentes de alegações feitas por 20 mulheres. Mas semanas antes do julgamento começar no ano passado, seu advogado de defesa, Stuart Goldfarb, disse que seu cliente não tinha noção do que estava acontecendo nem conseguia reconhecê-lo. O juiz George Lomeli ordenou uma avaliação psiquiátrica. E o resultado foi comunicado no e-email obtido pelo jornal de Los Angeles, em que especialistas em saúde mental da acusação e da defesa concluíram que Jeremy não está fingindo demência. Ele está mentalmente incapacitado e tem poucas chances de recuperação. “Como resultado do acordo entre os especialistas, o réu será considerado incompetente para enfrentar o julgamento. Seu prognóstico de melhora não é bom”, escreveu o promotor distrital do condado de Los Angeles, Paul Thompson, no e-mail obtido pelo jornal. “Se ele não melhorar, não poderemos julgá-lo por seus crimes. Como o processo criminal é suspenso se ele for incompetente, também não podemos fazer com que ele se declare culpado ou discuta outras medidas para trazer justiça para as vítimas neste caso.” Preso desde o início das primeiras denúncias em junho de 2020, por não conseguir pagar a fiança de US$ 6,6 milhões, Jeremy chegou a se declarar inocente de todas as acusações. Atualmente com 69 anos, Jeremy já apareceu em mais de 1.700 filmes adultos desde a década de 1970. Com seu bigode característico, ele foi uma das estrelas mais reconhecidas da indústria de filmes adultos, chegando a participar até de “filmes sérios”, graça ao status de celebridade pornô. A maioria das suas participações em Hollywood se resumiu a figurações. Chegou a superar Stan Lee nesse quesito, sendo visto por alguns segundos em filmes cultuados e até em grandes sucessos, como “Pânico na Escola” (2011), com Josh Hutcherson, “Adrenalina 2” (2009), com Jason Statham, “Todo Poderoso” (2003), com Jim Carrey, “Detroit, a Cidade do Rock” (1999), com a banda Kiss, “Studio 54” (1998), com Salma Hayek, “Tromeo & Juliet” (1996), escrito por James Gunn, “Rotação Máxima” (1994), com Charlie Sheen, “Parceiros do Crime” (1993), com Eric Stoltz, e, acredite se quiser, “O Poderoso Chefão III” (1990)! “Ron, ao longo dos anos, por ser quem é, foi amante de mais de 4 mil mulheres. Alegar que ele é um estuprador é ir longe demais… Quero dizer, as mulheres se jogavam em cima dele”, afirmou seu advogado no começo do caso.
Harvey Weinstein é considerado culpado por estupro em novo julgamento
O produtor de cinema Harvey Weinstein foi considerado culpado em três novas acusações de estupro. O veredicto foi revelado nesta segunda (19/12), após julgamento que durou dois meses em um tribunal de Los Angeles nos EUA. O júri entendeu que ele deveria ser responsabilizado penalmente pelos crimes de estupro, cópula oral forçada e penetração sexual por objeto estranho, cometidos contra uma das quatro acusadoras, que não tiveram os nomes revelados no julgamento – são identificadas no processo como Jane Doe. Entretanto, o júri considerou Weinstein inocente em outra acusação e não conseguiu chegar a um veredito nos demais casos, inclusive no caso da Jane Doe 3, que durante o julgamento se identifico como sendo a Primeira Dama da Califórnia, Jennifer Siebel Newsom. O júri retornará na terça-feira (13/12) para ouvir os argumentos sobre fatores agravantes para chegar a uma pena. Weinstein deve pegar a pena máxima de 18 anos de prisão, que pode chegar a 24 anos, dependendo de como o júri decidir sobre esses fatores. Weinstein já cumpre na prisão uma sentença anterior de 23 anos, também por estupro, resultante de um julgamento em Nova York. O atual julgamento na Califórnia ficou marcado pela tática grosseira do advogado de Weinstein, Mark Werksman, que resolveu chamar as vítimas dos abusos do produtor de “vagabundas”. Tentando justificar os atos do seu cliente, ele pediu que o júri considerasse que assédios sexuais fazem parte da cultura de Hollywood. Segundo Werksman, o que Weinstein cometeu não foi estupro, mas “sexo transacional”, algo que ele afirmou ser comum na indústria do cinema dos EUA. “Durante o julgamento, os advogados de Weinstein usaram sexismo, misoginia e táticas de intimidação para atacar, rebaixar e ridicularizar nós, sobreviventes. Este julgamento foi um forte lembrete de que nós, como sociedade, temos trabalho a fazer. Para todos os sobreviventes – vejo vocês, ouço vocês e estou com vocês”, disse Siebel Newsom em um comunicado sobre o veredito. As primeiras denúncias contra Weinstein renderam recentemente um filme, “Ela Disse”, que entrou em cartaz há menos de duas semanas nos cinemas do Brasil.
Advogados de Amber Heard pedem novo julgamento contra Johnny Depp
Os advogados da atriz Amber Heard entraram com um pedido para um novo julgamento do processo de difamação contra o ex-marido Johnny Depp. Eles alegam que o julgamento anterior, que resultou em vitória de Depp, ocorreu no estado errado e criticaram a decisão da juíza de desconsiderar evidências favoráveis a Heard. A petição foi ajuizada pelos representantes da atriz na semana passada. Entre as evidências descartadas no processo e que ajudariam Heard a provar ter sido vítima de violência estão documentos assinados por médicos atestando a prática de abusos por Depp. “O tribunal impediu indevidamente que o júri considerasse várias instâncias separadas nas quais Heard denunciou o abuso de Depp a um profissional médico”, argumentam os advogados. A equipe da atriz peticionou para que o veredito do júri seja revertido com a rejeição às alegações de Depp ou que um novo julgamento aconteça. O veredito de junho deste ano no tribunal do estado de Virginia condenou Heard a uma indenização de US$ 10 milhões como medidas compensatórias por difamar Depp e mais US$ 5 milhões como medidas punitivas. Este último valor foi reduzido, ao final da leitura do veredito, pela juíza Penney Azcarate. Seguindo o teto máximo para indenizações de caráter punitivo no estado, o valor caiu para US$ 350 mil. Além disso, Depp também foi condenado em US$ 2 milhões por difamar a ex-esposa por meio de seu antigo advogado. Dessa forma, o valor de US$ 15 milhões devido por Heard se viu reduzido a US$ 8,35 milhões. O julgamento aconteceu porque Depp se sentiu difamado por uma artigo escrito por Heard no jornal The Washington Post, no qual ela afirmou ser vítima de violência doméstica, sem mencioná-lo. O ator alegou que isso prejudicou sua reputação.









