Estreias de cinema: “Invocação do Mal 4” é principal destaque da semana
Terror que promete encerrar a franquia tem lançamento mais amplo no circuito, que também recebe comédia de Leandro Hassum e filme que venceu o Festival de Toronto passado
“Tieta” vai ganhar nova versão
Romance de Jorge Amado será recontado nos cinemas em releitura feminina, com roteiro e atuação de Suzana Pires
Cacá Diegues morre aos 84 anos no Rio de Janeiro
O cineasta, um dos fundadores do Cinema Novo, dirigiu clássicos como "Ganga Zumba", "Xica da Silva" e "Bye Bye Brasil"
Avô de Drew Barrymore foi o “verdadeiro” Quincas Berro D’Água
A atriz Drew Barrymore confirmou que seu avô foi o “verdadeiro” Quincas Berro D’Água, ao revelar que John Barrymore, célebre astro da era de ouro de Hollywood, participou de uma festa depois de morto. Falando no canal do YouTube “Hot Ones”, ela diz ter verificado a história de que os amigos mais próximos do avô, incluindo os atores WC Fields e Errol Flynn, roubaram seu cadáver do necrotério no dia seguinte à sua morte, em 1942, para levá-lo para “uma última festa”. Este é o enredo de um livro do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado 16 anos depois, em 1958 – “A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água”. Essa premissa também embala as comédias americanas “S.O.B. — Nos Bastidores de Hollywood” (1981) e “Um Morto Muito Louco” (1989). Embora Drew diga que “não tem certeza” se a história de John Barrymore inspirou “Um Morto Muito Louco”, ela garantiu que “S.O.B. — Nos Bastidores de Hollywood” foi, sim, baseada na festa além-túmulo de seu avô. O filme acompanhava um produtor (Richard Mulligan) desesperado para salvar o seu último filme do fracasso – culminando em uma sequência que lembra bastante a história do avô de Drew. A atriz, porém, não deve conhecer a “versão” brasileira dessa história. Vale avisá-la que o livro de Jorge Amado também virou filmes – na TV em 1978, com Paulo Gracindo, e no cinema em 2010, com Paulo José. Na entrevista, ela ainda aproveitou para fazer um pedido aos amigos, para que mantenham a tradição da família. “Para te dizer a verdade, eu espero que meus amigos façam o mesmo por mim. Este é o tipo de espírito que eu apoio. Levantem o meu velho corpo e vamos dar mais umas voltas por aí. Eu acho que a morte vem com muita tristeza, o que é compreensível – mas seria ótimo, pelo menos para mim, se todo mundo pudesse simplesmente der uma festa quando eu morrer”, disse a atriz. Veja o vídeo com a entrevista de Drew abaixo. Ela fala sobre o avô aos 5 minutos de sua participação no programa. Vale observar que a história é contada sob o impacto de pimentas ardidas – o mote do programa são entrevistas apimentadas, “Hot Ones”.
Nelson Pereira dos Santos (1928 – 2018)
Morreu o diretor Nelson Pereira dos Santos, um dos mais importantes cineastas brasileiros, precursor do Cinema Novo, cuja trajetória reflete mais de meio século da história cultural do país. O cineasta estava internado desde a quarta-feira no hospital Samaritano, no Rio, com uma pneumonia. Na internação foi constatado um tumor no fígado, já em estágio avançado, que causou sua morte neste sábado (21/4), aos 89 anos. Nelson Pereira dos Santos assinou mais de 20 filmes, entre eles clássicos absolutos como “Vidas Secas” (1963) e “Memórias do Cárcere” (1984), ambos baseados em livros de Graciliano Ramos, e “Rio 40 Graus” (1955), a obra inspiradora do Cinema Novo. Nascido em 22 de outubro de 1928 em São Paulo, formou-se em direito, mas seguiu carreira como jornalista, tendo passagens por veículos como Diário da Noite e o Jornal do Brasil, antes de se destacar como cineasta. A paixão pelo cinema foi despertada pelo pai cinéfilo, que o levava para ver filmes ainda criança, e alimentada por uma viagem a Paris em 1949, quando frequentou a Cinemateca Francesa e se aproximou do movimento intelectual francês do pós-guerra. Ele fez seu primeiro filme logo ao retornar ao Brasil, o média metragem “Juventude”, de 1950, que pretendia exibir no Festival da Juventude, evento de propaganda do Partido Comunista, realizado em Berlim Oriental. Nelson Pereira dos Santos sempre foi comunista de carteirinha, mas este primeiro filme e outros projetos que se seguiram acabaram perdidos, sem registro, alguns nem finalizados. Para adquirir experiência, decidiu trabalhar como assistente de outros diretores, como Rodolfo Nanni, Ruy Santos e Alex Viany. E assim se mudou para o Rio de Janeiro, onde vicejava um cinema de viés populista, bem diferente das comédias e romances populares da companhia Vera Cruz, em São Paulo. Seu primeiro longa, “Rio 40 Graus” (1955), causou enorme impacto. Filmado com uma câmera emprestada e em sistema cooperativado, Nelson realizou a obra mais inovadora da época, que introduziu a estética neorealista no cinema nacional, ao mesmo tempo em que apresentou temas que seriam posteriormente adotados pelo Cinema Novo, único movimento cinematográfico brasileiro de repercussão internacional. “Rio 40 Graus” era uma antologia de cinco histórias, que retratava um Rio de Janeiro diferente do cartão postal – e de todos os filmes que se faziam no Brasil. Não era o Rio de Copacabana e do Cristo Redentor, mas o Rio da Zona Norte, dos pobres, dos negros e de um cotidiano complexo. Como resultado, o filme foi censurado. Um dos motivos alegados era que a temperatura de 40º era mentira, nunca tinha acontecido no Rio de Janeiro. A liberação só aconteceu depois da posse de Juscelino Kubitschek, o “presidente bossa nova”. O cineasta voltou ao tema do Rio profundo em “Rio Zona Norte”, seu segundo filme, mas procurando fazer uma ponte com o cinema popular da Vera Cruz, com a inclusão de elementos de chanchada e da presença do comediante Grande Otelo. O filme acompanhava a luta de um compositor (Grande Otelo) para ter uma música gravada e a necessidade de vender seu trabalho para sobreviver. Mas, mesmo com a participação da cantora Angela Maria, não obteve a repercussão imaginada. Ambicioso para um diretor iniciante, ele decidir filmar a seguir “Vidas Secas”, um dos maiores clássicos literários do país. Mas não foi fácil tirar esse projeto do papel. Quando a equipe chegou no sertão para as filmagens, deparou-se com um milagre. Nunca chovera tanto no Nordeste quanto naquele ano, criando um cenário completamente diverso do agreste desértico do livro de Graciliano Ramos. O jeito foi trocar de projeto. E assim surgiu “Mandacaru Vermelho” (1962). “Vidas Secas” só aconteceu depois de um ano. Mas valeu a espera. O filme causou uma revolução na forma de captar a iluminação natural. A iniciativa foi do diretor de fotografia Luis Carlos Barreto, que decidiu tirar todos os filtros da câmera para filmar o brilho solar. A captação do verão nordestino com força luminosa e abrasiva arrancou elogios no Festival de Cannes de 1964. E o fato de ter sido exibido no festival francês juntamente com “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha, chamou atenção mundial para o cinema brasileiro. Nelson Pereira dos Santos tinha grande afinidade com Glauber, com quem já havia trabalhado, na função de editor, em “Barravento” (1962). Mas o golpe militar de 1964 tolheu as expectativas de maior integração entre os cineastas. Os filmes de denúncia social do período foram paulatinamente substituídos por produções mais experimentais. E Nelson mergulhou neste novo filão com “Fome de Amor” (1969), sobre o isolamento da esquerda, e “Azyllo Muito Louco” (1970), uma adaptação de “O Alienista”, de Machado de Assis, que usava alegorias para abordar o momento do país, do mesmo modo que “Quem É Beta?” (1974). O diretor se aproximou do tropicalismo com “Como Era Gostoso o Meu Francês” (1972), uma evocação da antropofagia que fez bastante sucesso, graças à presença de índias peladas – Ana Maria Magalhães virou sex symbol. Ele também trouxe ao cinema as religiões afrobrasileiras, no momento em que expressões de candomblé e umbanda iniciavam uma transição para o vocabulário popular, via sucessos da MPB. Filmes como “Amuleto de Ogum” (1976) e “Tenda dos Milagres” (1979), este baseado na obra de Jorge Amado, foram equivalentes cinematográficos a “Canto de Ossanha” (1963), “Oração da Mãe Menininha” (1971) e “Tributo aos Orixás” (1972), entre outros. O sucesso comercial se deu em outra frente musical. Ao filmar a cinebiografia da dupla caipira Milionário e José Rico, no filme “Estrada da Vida” (1980), o diretor conseguiu seu maior êxito popular. Entretanto, seu filme mais lembrado dos anos 1980 é outro. Ele voltou à obra de Graciliano Ramos para filmar “Memórias do Cárcere” (1984), que gerou idolatria da crítica como um dos filmes mais importantes da década. Embora retratasse uma época específica, a prisão do escritor durante a ditadura de Getúlio Vargas, nos anos 1930, o longa também refletia o Brasil de sua época, que vivia os últimos suspiros da ditadura militar. O fato de ser exibido sem censura foi exaltado como marco da “abertura democrática” e cortina final da repressão. Poucos meses depois, o Ministro da Justiça Fernando Lyra anunciou o fim da censura no Brasil. Seus filmes seguintes, “Jubiabá” (1986), outra adaptação de Jorge Amado, e “A Terceira Margem do Rio” (1995), baseado em contos de Guimarães Rosa, foram separados por quase uma década, em que o cinema nacional enfrentou sua maior crise, entre o fim da Embrafilme e a reinvenção completa, com a adoção de leis de incentivo. Nelson foi um dos primeiros cineastas a reagir à implosão cultural causada pelo governo Collor, mas teve dificuldades para se enquadrar no novo modelo de produção e viu muitos de seus projetos serem inviabilizados. Por conta disso, partiu para o documentário, mais fácil e barato de filmar. Tornou-se especialista no gênero, com trabalhos sobre Castro Alves, Sergio Buarque de Hollanda, Zé Ketti e principalmente Tom Jobim, cuja vida e obra renderam seus dois filmes finais, “A Música Segundo Tom Jobim” (2012) e “A Luz do Tom” (2013). Em meio a essa fase, ele ainda realizou uma última obra de ficção, “Brasília 18%” (2006), cujo título aludia tanto à secura do ar no Planalto Central quanto às taxas de comissão cobradas por políticos corruptos. Já naquela época, em pleno escândalo do mensalão, ele aludia ao que José Padilha batizaria 12 anos depois de “O Mecanismo”. No mesmo ano, o cineasta foi eleito para a ABL, por conta de alguns roteiros publicados, tornando-se o primeiro diretor de cinema a ocupar uma vaga na Academia Brasileira de Letras. A verdade é que é possível contar boa parte da história cultural e política do Brasil dos últimos 60 anos apenas com os filmes de Nelson Pereira dos Santos.
Dona Flor e Seus Dois Maridos é tão distinto do filme original quanto uma telenovela
É difícil, diante desta nova adaptação do clássico romance de Jorge Amado, não se lembrar da primeira versão de “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, a de Bruno Barreto, lançada nos cinemas em 1976. Ambas são reflexos e produtos de seu tempo. O filme de Bruno Barreto foi produzido em um momento em que o erotismo no cinema brasileiro já estava se encaminhando para o seu auge da ousadia, que ocorreria na primeira metade dos anos 1980. É também um filme que tenta ser um pouco mais livre do texto do escritor baiano e talvez por isso flua melhor. Ter Sônia Braga como Flor e José Wilker como Vadinho também ajudou bastante. A nova versão, dirigida por Pedro Vasconcelos, que tem no currículo vários trabalhos para a televisão, inclusive a última telenovela das nove da Rede Globo, é também produto de nosso tempo, muito mais comportado no quesito sexo e nudez – em parte, devido a maior consciência sobre a chamada objetificação do corpo da mulher, mas também porque diminuiu bastante o impacto de se ir ao cinema para ver a estrela da novela nua nas telas – , embora Juliana Paes apareça sim sem roupa, de maneira tímida. Outra questão atual que o filme recoloca em pauta é a violência contra a mulher, vista em uma sequência rápida, mas bastante incômoda de Vadinho (Marcelo Faria), que agride a esposa para conseguir dinheiro para o jogo. É apenas um aspecto mais sombrio da personalidade do personagem, mas que depõe muito contra a figura outrora simpática do malandro brasileiro. O personagem recupera sua simpatia em outras passagens posteriores, mas não deixa de parecer uma espécie de encosto depois de morto: ao mesmo tempo em que traz prazer físico e sexual para Flor, também a escraviza, de certo modo. É uma abordagem um pouco mais pesada do que a dos anos 1970, nesse aspecto. As diferenças também se estendem aos aspectos formais, onde o “remake” se mostra mais parecido com uma novela. Pedro Vasconcelos e seu diretor de fotografia até procuram disfarçar as deficiências, mas sem conseguir convencer. O jogo de luz e sombras usado para compor os interiores, assim como um ou outro ângulo que tenta distanciar a obra de uma telenovela, parecem um tanto forçados. Mas mesmo estes esforços caem por terra diante de alguns cacoetes, como a repetição de temas musicais, algo próprio de programa televisivo. A produção não buscou nem mesmo escolher canções menos manjadas. O roteiro também opta por dar a Flor um protagonismo tão forte que torna seus dois maridos bastante secundários. Não que isso seja um problema em si, mas talvez o personagem do segundo marido, Teodoro (Leandro Hassum), merecesse ser mais do que um paspalhão, longe da nobreza que perpassava o personagem quando vivido por Mauro Mendonça. Leandro Hassum, com seu humor físico típico, parece ter perdido muito da graça depois da cirurgia bariátrica, mas continua apostando no que costumava fazer. O foco do filme passa a ser, então, o esforço de Flor de se distanciar do espírito de Vadinho, ao mesmo tempo que não consegue se livrar da tentação do desejo que a consome, e que não é nem de longe satisfeito por Teodoro. Porém, o modo como o filme estica os diálogos entre os dois também faz com a adaptação pareça – não exatamente uma novela, mas – um antigo teleteatro. O próprio Marcelo Faria fez o Vadinho na montagem teatral por alguns anos e está acostumado com o personagem. Isso poderia ser bom, mas no filme não parece resultar em algo positivo, mesmo com o esforço do ator e de Juliana Paes. Se o primeiro filme marcou o cinema brasileiro com impacto de blockbuster, o segundo chega de mansinho, sem fazer alarde, com uma abertura limitada ao Nordeste, antes de se estender para o resto do Brasil.
Remake de Dona Flor e Seus Dois Maridos com Juliana Paz ganha primeiro trailer
O remake de “Dona Flor e Seus Dois Maridos” ganhou pôster e seu primeiro trailer. A nova versão traz Juliana Paes (“A Casa da Mãe Joana”) no papel eternizado por Sonia Braga. E a prévia já demonstra como cada produção é resultado de sua época, detalhe que nem a trilha retrô do vídeo é capaz de disfarçar. O longa de 1976, um dos maiores sucessos do cinema brasileiro, veio em meio ao boom da pornochanchada e fazia da nudez de seus protagonistas seu principal chamariz. Já o remake chega numa época de muitos besteiróis pudicos e parece centrar a trama em piadas sobre falta de potência sexual, apoiadas no humorista Leandro Hassum (“Até que a Sorte nos Separe”), que parece ter mais falas e destaque que Mauro Mendonça no original. O elenco ainda traz Marcelo Faria (“O Carteiro”) como Vadinho, o marido fogoso, papel vivido com grande desinibição por José Wilker. Desde elenco, Marcelo Faria é o único já habituado ao papel, que interpretou há anos no teatro. Por sinal, a nova versão tem direção de Pedro Vasconcelos, diretor de novelas da Rede Globo e responsável também pela versão teatral. No cinema, ele só assinou um filme, justamente um besteirol: “O Concurso” (2013). Ou seja, não é um Bruno Barreto. Já Juliana Paes assume pela segunda vez um papel que foi eternizado por Sonia Braga. Em 2012, ela protagonizou o remake da novela “Gabriela”. Tanto Dona Flor quanto Gabriela são personagens criadas pelo escritor Jorge Amado. O romance de Dona Flor foi publicado em 1966 e se passa na década de 1940, acompanhando uma professora de culinária de Salvador dividida entre dois amores, seu primeiro marido boêmio, já morto, e o atual, bastante conservador. A situação ganha ares de realismo fantástico quando o espírito do falecido passa a visitar sua cama, sem que mais ninguém consiga vê-lo. A versão filmada por Bruno Barreto levou 10,735 milhões de pessoas aos cinemas brasileiros e, durante 34 anos, manteve-se como o filme nacional mais visto de todos os tempos. Atualmente, ele ocupa o terceiro lugar no ranking das produções brasileiras com maior público, atrás de “Os Dez Mandamentos” (11,215 milhões) e “Tropa de Elite 2” (11,146 milhões). “Dona Flor e seus Dois Maridos” também já foi minissérie na televisão, em 1998, com Giulia Gam, Edson Celulari e Marco Nanini nos papeis principais. O novo longa-metragem estreia em 2 de novembro, em circuito limitado ao Nordeste.
Dona Flor e Seus Dois Maridos vai ganhar remake com Juliana Paes e Leandro Hassum
Um dos maiores sucessos do cinema brasileiro vai ganhar remake. “Dona Flor e Seus Dois Maridos” terá uma refilmagem estrelada por Juliana Paes (“A Casa da Mãe Joana”), Marcelo Faria (“O Carteiro”) e Leandro Hassum (“Até que a Sorte nos Separe”). O elenco é bem diferente do trio original, formado por Sonia Braga, José Wilker e Mauro Mendonça, especialmente no que se refere à qualidade da filmografia de cada um. Juliana viverá Dona Flor, Marcelo o boêmio Vadinho e Leandro o marido Teodoro. Desde elenco, Marcelo Faria é o único já habituado ao papel, que interpreta há anos no teatro. Por sinal, a nova versão terá como diretor Pedro Vasconcelos, diretor de novelas da Rede Globo responsável também pela versão teatral. No cinema, ele só assinou um filme, o fraco besteirol “O Concurso” (2013). Ou seja, não é um Bruno Barreto. Já Juliana Paes assumirá pela segunda vez um papel que foi eternizado por Sonia Braga. Em 2012, ela protagonizou o remake de “Gabriela” e por isso as comparações já não lhe preocupam. “Acho que já vou estar cascuda para encarar as comparações”, ela disse, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Quem tá na chuva é pra se molhar. Topou fazer? As comparações vão vir, claro”, completou. O projeto do remake existe há pelo menos quatro anos, quando Humberto Martins (“Reza a Lenda”) viveria Vadinho e Vanessa Giácomo (“Divã a 2”) a famosa Dona Flor. Marcelo Faria já estava escalado desde então. Adaptação do romance clássico de Jorge Amado, publicado em 1966, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” se passa na década de 1940 e conta a história de uma professora de culinária de Salvador dividida entre dois amores, seu primeiro marido boêmio, já morto, e o atual, bastante conservador. A situação ganha ares de realismo fantástico quando o espírito do falecido passa a visitar sua cama, sem que mais ninguém consiga vê-lo. O filme original de Bruno Barreto levou 10,735 milhões de pessoas aos cinemas brasileiros e, durante 34 anos, manteve-se como o filme nacional mais visto de todos os tempos. Atualmente, ele ocupa o terceiro lugar no ranking das produções brasileiras com maior público, atrás de “Os Dez Mandamentos” (11,215 milhões) e “Tropa de Elite 2” (11,146 milhões). “Dona Flor e seus Dois Maridos” também já foi minissérie na televisão, em 1998, com Giulia Gam, Edson Celulari e Marco Nanini nos papeis principais. O novo longa-metragem começará a ser rodado no dia 1º de julho, com locações em Salvador e no Rio de Janeiro.







