Academia responsável pelo Oscar inocenta seu presidente de acusação de assédio
A queixa de assédio sexual contra John Bailey, presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, foi rejeitada e ele continuará a servir como presidente da organização responsável pelo Oscar. “O Comitê decidiu por unanimidade que este assunto não merece nenhuma ação adicional”, disse a Academia em comunicado emitido na noite de terça (27/3). “Os resultados e recomendações do comitê foram reportados à Diretoria, que endossou sua recomendação. John Bailey permanece Presidente da Academia”. A declaração refere-se a uma investigação realizada por um comitê formado após uma queixa de assédio sexual ter sido apresentada contra o presidente da Academia. Enquanto a Academia disse que “levou a acusação muito a sério”, o comitê não encontrou nada que a comprovasse, nem outras reclamações de assédio, embora a revista Variety tenha mencionado três acusações. Bailey foi figura importante nos últimos meses por defender as vítimas de assédio e abuso sexual em Hollywood, inclusive expulsando da Academia o produtor Harvey Weinstein, acusado de assédio e estupro por mais de uma centena de mulheres, e por administrar a substituição do ator Casey Affleck, que também foi denunciado por assédio, na entrega do Oscar 2018 de Melhor Atriz neste ano. Em dezembro, a Academia divulgou um código de conduta apontando que os membros da organização poderiam ser expulsos por abuso, assédio e discriminação. Caso as acusações sejam acatadas pela Academia, o presidente será julgado pelo Conselho dos Governadores, composto por 51 pessoas responsáveis pela visão estratégica da organização. O atual presidente da Academia viveu seu auge como diretor de fotografia nos anos 1980, em filmes como “Gente Como a Gente” (1980), “Gigolô Americano” (1980), “A Marca da Pantera” (1982), “O Reencontro” (1983), “Mishima: Uma Vida em Quatro Tempos” (1985) e “A Encruzilhada” (1986). Ele nunca recebeu indicação ao Oscar, mas venceu um prêmio especial do Festival de Cannes, de Contribuição Artística por “Mishima”.
Presidente da Academia, responsável pelo Oscar, nega acusações de assédio
Investigado por assédio sexual, o presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, John Bailey se defendeu em um comunicado interno da instituição. No texto, que circulou na sexta (23/3) e foi obtido pela revista americana Variety, Bailey negou a acusação. “Houve uma única queixa relacionada a um alegado encontro ocorrido há mais de uma década, no qual eu alegadamente teria tentado tocar uma mulher de forma inapropriada enquanto ambos estávamos sendo transportados em uma van no set de um filme”, escreveu Bailey, refutando a história. “Nada disso aconteceu”. No último dia 16, a Variety havia divulgado que Bailey estava sendo investigado não por uma, mas por “múltiplas” denúncias de assédio sexual. Ainda segundo a revista, um comitê criado pela Academia foi encarregado pela investigação. Bailey foi figura importante nos últimos meses por defender as vítimas de assédio e abuso sexual em Hollywood, inclusive expulsando da Academia o produtor Harvey Weinstein, acusado de assédio e estupro por mais de uma centena de mulheres, e por administrar a substituição do ator Casey Affleck, que também foi denunciado por assédio, na entrega do Oscar 2018 de Melhor Atriz neste ano. Em dezembro, a Academia divulgou um código de conduta apontando que os membros da organização poderiam ser expulsos por abuso, assédio e discriminação. Caso as acusações sejam acatadas pela Academia, o presidente será julgado pelo Conselho dos Governadores, composto por 51 pessoas responsáveis pela visão estratégica da organização. O atual presidente da Academia viveu seu auge como diretor de fotografia nos anos 1980, em filmes como “Gente Como a Gente” (1980), “Gigolô Americano” (1980), “A Marca da Pantera” (1982), “O Reencontro” (1983), “Mishima: Uma Vida em Quatro Tempos” (1985) e “A Encruzilhada” (1986). Ele nunca recebeu indicação ao Oscar, mas venceu um prêmio especial do Festival de Cannes, de Contribuição Artística por “Mishima”.
Presidente da Academia, responsável pelo Oscar, é investigado por abuso sexual
O cinematógrafo John Bailey, presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, que entrega o Oscar, está sendo investigado por abuso sexual. A Academia recebeu três acusações na última quarta-feira (14/3) e imediatamente começou a averiguar o caso, informaram fontes próximas a revista Variety. Bailey foi figura importante nos últimos meses por defender as vítimas de assédio e abuso sexual em Hollywood, inclusive expulsando da Academia o produtor Harvey Weinstein, acusado de assédio e estupro por mais de uma centena de mulheres, e por administrar a substituição do ator Casey Affleck, que também foi denunciado por assédio, na entrega do Oscar 2018 de Melhor Atriz neste ano. Em dezembro, a Academia divulgou um código de conduta apontando que os membros da organização poderiam ser expulsos por abuso, assédio e discriminação. Caso as acusações sejam acatadas pela Academia, o presidente será julgado pelo Conselho dos Governadores, composto por 51 pessoas responsáveis pela visão estratégica da organização. Bailey viveu seu auge como diretor de fotografia nos anos 1980, em filmes como “Gente Como a Gente” (1980), “Gigolô Americano” (1980), “A Marca da Pantera” (1982), “O Reencontro” (1983), “Mishima: Uma Vida em Quatro Tempos” (1985) e “A Encruzilhada” (1986). Ele nunca recebeu indicação ao Oscar, mas venceu um prêmio especial do Festival de Cannes, de Contribuição Artística por “Mishima”.
Academia entrega primeiros Oscars da temporada sem citar escândalos de Hollywood
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas ignorou o elefante na sala durante a entrega dos primeiros Oscars da temporada, durante o Governors Awards, realizado na noite de sábado (11/11) em Los Angeles. Durante a cerimônia, o conselho diretor da Academia homenageou quatro artistas pelas contribuições de suas carreiras sem que nenhum discurso abordasse os escândalos sexuais de Hollywood, nem no roteiro dos responsáveis pelo evento nem nos agradecimentos dos premiados. Os homenageados foram o veterano ator Donald Sutherland, que faz sucesso desde anos 1960 e continua até hoje eletrizando as novas gerações (via franquia “Jogos Vorazes”), a diretora belga Agnes Varda, que iniciou a carreira na nouvelle vague e conquistou o Leão de Ouro por “Os Renegados” (1985), o cineasta Charles Burnett, um dos mais antigos diretores afro-americanos em atividade, que conquistou o Spirit Awards (o “Oscar indie”) por “Não Durma Nervoso” (1990), e o diretor de fotografia Owen Roizman, indicado cinco vezes ao Oscar e responsável por algumas das imagens mais impressionantes do cinema, como as dos clássicos “Conexão Francesa” (1971), “O Exorcista” (1973), “As Esposas de Stepford” (1975), “Três Dias do Condor” (1975), “Rede de Intrigas” (1976) e até o “recente” “A Família Addams” (1991). Além deles, o cineasta mexicano Alejandro G. Iñárritu, que já tem dois Oscars de Melhor Direção na estante por “Birdman” (2014) e “O Regresso” (2015), foi homenageado com mais um troféu por conquistas tecnológicas de seu um documentário em curta-metragem “Carne y Arena”, sobre imigrantes mexicanos numa jornada para os Estados Unidos, todo feito em Realidade Virtual. O trabalho é tido como um dos mais sensacionais do ano. Para se ter noção é o primeiro Oscar para um projeto “visionário” desde o reconhecimento da revolução digital promovida pelo primeiro “Toy Story”, em 1996. Os cinco homenageados também participarão de um segmento da cerimônia do Oscar 2018. A seleção é um belo cartão de visitas do novo presidente da Academia. John Bailey, que é diretor de fotografia, homenageou um ídolo e projetou um Oscar em que há espaço para a demografia dos homens brancos velhos, mas também para mulheres, negros e latinos, além de inovação cinematográfica com temática social. Entretanto, o silêncio sobre o escândalo pode ter falado mais alto.
Donald Sutherland vai ganhar Oscar honorário da Academia
O veterano ator Donald Sutherland, que faz sucesso desde anos 1960 e continua até hoje eletrizando as novas gerações, via a franquia “Jogos Vorazes”, vai receber um Oscar por sua carreira. Ele foi selecionado junto da diretora belga Agnes Varda, do cineasta Charles Burnett e do diretor de fotografia Owen Roizman para receber prêmios honorários da Academia. A cerimônia, conhecida como Governors Awards, será realizada num jantar de gala em 11 de novembro, em Los Angeles. Os quatro homenageados também participarão de um segmento da cerimônia do Oscar 2018. Sutherland, de 82 anos, possui uma carreira de cinco décadas, mas apesar de participação em inúmeros clássicos – “Os Doze Condenados” (1967), “M.A.S.H” (1970), “Klute, O Passado Condena” (1971), “1900” (1976), “Casanova de Fellini” (1976), “O Clube dos Cafajestes” (1978), “Os Invasores de Corpos” (1978), “Gente Como a Gente” (1980), etc – nunca foi indicado ao Oscar. Os demais também têm carreiras notáveis. Desde que lançou o clássico da nouvelle vague “Cléo das 5 às 7” (1962), Agnes Varda foi premiada em todos os festivais europeus importantes, tendo vencido o Leão de Ouro por “Os Renegados” (1985). Charles Burnett é um dos mais antigos diretores afro-americanos em atividade, somando conquistas em festivais internacionais desde os anos 1970. Apesar de já ter vencido o Spirit Awards, considerado o “Oscar indie”, por “Não Durma Nervoso” (1990), jamais recebeu indicação ao prêmio da Academia. Owen Roizman, por sua vez, foi indicado cinco vezes ao Oscar, mas nunca venceu. Ele é responsável por algumas das imagens mais impressionantes do cinema, como as dos clássicos “Conexão Francesa” (1971), “O Exorcista” (1973), “As Esposas de Stepford” (1975), “Três Dias do Condor” (1975), “Rede de Intrigas” (1976) e até o mais recente “A Família Addams” (1991). A seleção é um belo cartão de visitas do novo presidente da Academia. Ao anunciar os homenageados, John Bailey disse que eles refletem “a amplitude do cinema internacional, independente e mainstream e são tributos a quatro grandes artistas cujos trabalhos incorporam a diversidade de nossa compartilhada humanidade”. Com a seleção, Bailey, que é um diretor de fotografia, homenageou um ídolo e projetou um Oscar em que há espaço para a demografia dos homens brancos velhos, mas também para mulheres e negros cineastas.
Academia pode mudar regras para incluir ou vetar filmes da Netflix e Amazon no Oscar
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pela premiação do Oscar, pode mudar suas regras para favorecer ou vetar produções de plataformas de streaming como Netflix e Amazon. A revelação foi feita pelo novo Presidente da instituição, o diretor de fotografia John Bailey, que foi eleito em agosto e comandará a cerimônia do Oscar 2018. “A nossa realidade é que a Netflix e a Amazon se tornaram os estúdios que têm a coragem de fazer os filmes que ninguém mais faz”, disse Bailey, em entrevista contundente ao site IndieWire, durante o Festival de Telluride, no Colorado. “Eles pagam alto para ter grandes cineastas, mas não estão investidos no negócio dos cinemas físicos”. Bailey citou o documentário “Wormwood”, exibido no festival, como exemplo. “Se a Netflix não conseguir um lançamento, mesmo que limitado, nos cinemas, ele não será elegível para o Oscar. Por quê? É um filme extraordinário”, apontou, mesmo diante do fato de a produção ter sido concebida como uma minissérie de quatro capítulos, embora tenha sido projetada como um filme de cerca de quatro horas em Telluride. “Regras mudam todos os anos. Ainda não houve uma conversa profunda sobre isso dentro da Academia. Tudo foi feito com finalidades distintas para resolver situações individuais. Esta é uma das prioridades da nossa lista, algo com o qual nós temos que nos engajar para encontrar uma definição. Como a Academia poderá tomar a frente e lidar com a realidade do streaming?”, ponderou. Para resolver a questão, Bailey convocou o produtor Albert Berger para criar um grupo de profissionais da indústria que terão a missão de definir novas regras para a Academia. “Temos que redefinir o que se qualifica para um Oscar. Como definimos o que a Academia pode considerar elegível? Mais do que isso, o que define e o que pode ser definido como um filme, hoje em dia?”, questionou. Em suma, um filme precisa ser exibido numa sala de cinema para ser considerado filme? Se assim for, deve-se assumir que o ambiente de exibição é mais importante que as próprias imagens exibidas? “Vamos abordar tudo isso”, ele garante, diante dos exemplos. A discussão, de fato, já está atrasada diante da tecnologia atual e avança, via Oscar, na direção oposta da sinalizada pelo Festival de Cannes, que após protestos dos exibidores cinematográficos da França, diante da inclusão de dois filmes da Netflix em sua edição de 2017, mudou as regras para proibir que filmes lançados em streaming disputem a Palma de Ouro a partir do ano que vem. A 90º cerimônia de premiação da Academia americana será realizada no dia 4 de março. O anúncio oficial dos indicados está marcado para 23 de janeiro.
Novo presidente da Academia é diretor de fotografia que nunca foi indicado ao Oscar
O veterano diretor de fotografia John Bailey foi eleito para substituir Cheryl Boone Isaacs na presidência da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. Ele irá comandar a organização responsável pela cerimônia do Oscar durante um ano. Bailey nunca foi indicado para concorrer ao Oscar, mas recebeu uma homenagem pela carreira da Sociedade Americana dos Cinematógrafos, em 2015. Prestes a completar 75 anos, ele trabalhou como diretor de fotografia em produções conhecidas e premiadas pela Academia, como “Gigolô Americano” (1980), “A Marca da Pantera” (1982), “Feitiço do Tempo” (1993), “Melhor É Impossível” (1997), “Quatro Amigas e um Jean Viajante” (2004) e “Ele Não Está Tão a Fim de Você” (2009). Seu filme mais recente é o fraco “Como se Tornar um Conquistador”, lançado há duas semanas no Brasil. Ele também participava do comitê da Academia há 14 anos, ocupando atualmente a vice-presidência da instituição. Por sinal, os novos vice-presidentes serão: o maquiador Lois Burwell, a produtora Kathleen Kennedy, que é chefe da Lucasfilm, o editor musical Michael Tronick e a produtora Nancy Utley, presidente da Fox Searchlight. Cheryl Boone Isaacs deixará o cargo após quatro anos, o máximo permitido pelo regulamento. Ela foi a primeira mulher negra a presidir a Academia, e a terceira mulher a liderar a organização. A primeira foi a atriz Bette Davis, em 1941, seguida por Fay Kanin, entre 1979 e 1983. Seu substituto representa a Hollywood masculina, branca e idosa que o mandato de Isaacs buscou superar, abrindo filiações para mais mulheres, jovens e representantes de diferentes raças.




