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    Jean-Pierre Mocky (1933 – 2019)

    8 de agosto de 2019 /

    O cineasta Jean-Pierre Mocky, um dos diretores mais irreverentes do cinema francês, morreu nesta quinta-feira (8/8) aos 86 anos. Diretor de mais de 60 filmes, Mocky foi definido como um “franco-atirador” numa retrospectiva que a Cinemateca Francesa lhe dedicou em 2014, porque foi do cinema comercial ao mais marginal, sendo underground e também popular, quando não foi simplesmente ignorado. Filho de imigrantes poloneses, nasceu em Nice com o nome de Jean-Paul Mokiejewski, e virou pai pela primeira vez aos 13 anos de idade. Ele mesmo dizia ter perdido as contas de quantos filhos tinha, mas estimava algo como 17. Ele estreou no cinema como figurante em filmes franceses, mas se destacou mais como ator em produções italianas, entre elas “Os Vencidos” (1953), de Michelangelo Antonioni, e “Sedução da Carne” (1954), de Luchino Visconti. Ao virar diretor, aproximou-se mais do cinema sexual italiano da época do que da nouvelle vague, filmando os jogos sexuais da sua geração em “Os Libertinos” (1959) e “As Virgens” (1963), ambos estrelados por Charles Aznavour. Mas em seguida foi fazer filmes assumidamente comerciais, como a comédia “O Piedoso Ladrão” (1963), o primeiro de três trabalhos seguidos com o comediante Bourvil. Também se colocou na condição de ator de seu próprio filme “Solo” (1970), um drama criminal alternativo que abriu uma espécie de trilogia sobre a França que surgiu dos protestos de maio de 1968. Alternando-se na frente e atrás das câmeras, chegou a atuar ainda num clássico de Jean-Luc Godard, “Carmen de Godard” (1983), antes de lançar seus maiores sucessos comerciais, a comédia “Ladrão de Milagres” (1987) e “Agente Problema” (1987), com Catherine Deneuve. Os filmes comerciais fizeram a crítica se desinteressar por sua obra, e isso o impulsionou a seguir na direção oposta, fazendo produções tão pouco comerciais que acabou abandonado também pelo público. Com problemas para convencer o circuito a exibir seus filmes, teve a ideia de comprar um cinema para projetar seus próprios filmes – originando o cine Le Desesperado, em Paris. Ao mesmo tempo, passou a realizar produções cada vez mais baratas, sem apoio financeiro de grandes estúdios, mas realizadas com uma velocidade impressionante, que permitiam vários lançamentos por ano – chegou a estrear cinco longas em 2015. Também fechou contrato para desenvolver uma série na TV, “Myster Mocky Présente”, produzindo uma profusão de curtas entre 2007 e 2019. Ativo até o fim, ele tinha começado a pós-produção de seu último filme, “Tous Flics!”, previsto para 2020.

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    Stéphane Audran (1932 – 2018)

    27 de março de 2018 /

    Morreu a atriz francesa Stéphane Audran, uma das musas da nouvelle vague. Ela faleceu nesta terça-feira (27/3) aos 85 anos. “Minha mãe estava doente há algum tempo. Ela foi hospitalizada há dez dias e voltou para casa. Ela partiu pacificamente esta noite por volta das duas da manhã”, anunciou seu filho Thomas Chabrol à AFP. Nascida Colette Suzanne Dacheville, em 8 de novembro de 1932 na cidade de Versalhes, ela foi casada com o ator Jean-Louis Trintignant entre 1954 e 1956, antes dele se tornar famoso. Mas só virou atriz depois da separação. Em 1959, o cineasta Claude Chabrol a escalou na comédia “Os Primos” e foi amor à primeira vista. Os dois se casaram na vida e no cinema, criando 20 filmes juntos. Entre eles, estão alguns clássicos da nouvelle vogue, como “Entre Amigas” (1960), “A Mulher Infiel” (1969), “Amantes Inseparáveis” (1973) e especialmente “As Corças” (1968), sobre um relacionamento à três, em que ela encarnou uma bela bissexual. Pelo papel, a atriz venceu o Urso de Prata no Festival de Berlim. Stéphane também venceu o César por “Violette” (1978), e o BAFTA por “Ao Anoitecer” (1971), ambos dirigidos por Chabrol. Ela também estrelou inúmeros clássicos de outros cineastas, como “O Signo do Leão” (1962), de Éric Rohmer, “A Garota no Automóvel com Óculos e um Rifle” (1970), de Anatole Litvak, o vencedor do Oscar “O Discreto Charme da Burguesia” (1972), de Luis Buñuel, “Agonia e Glória” (1980), de Samuel Fuller, e o popular “A Festa de Babette” (1987), de Gabriel Axel, que também venceu o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O casamento com Chabrol acabou em 1980, mas não a parceria, que perdurou até os anos 1990. Após encerrar a carreira em 2008, num pequeno papel em “A Garota de Mônaco”, de Anne Fontaine, ela retornou recentemente para completar filmagens de um longa inacabado de Orson Welles, “The Other Side of the Wind”, que permanece inédito. “Stéphane era uma atriz muito boa. Era ótima para interpretar mulheres livres e independentes, como era na vida”, reagiu o diretor Jean-Pierre Mocky, que havia dirigido a atriz em “Les Saisons du Plaisir” em 1988.

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