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    Valerian e a Cidade dos Mil Planetas é superficialmente deslumbrante

    3 de setembro de 2017 /

    Luc Besson não é o melhor dos realizadores quando o assunto é roteiro, diálogos e dramaticidade. Mesmo quando faz filmes históricos, como foi o caso de “Joana D’Arc” (1999). Seu novo filme, “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” (2017) guarda parentesco com um de seus trabalhos mais marcantes, a aventura sci-fi “O Quinto Elemento” (1997), e é puro visual, a ponto de praticamente dispensar a trama. Vinte anos separam os dois filmes, mas há muito em comum neles, principalmente a ambição e o capricho na direção de arte de espaços inventados e incrivelmente belos e coloridos. E pode-se dizer isso num momento em que efeitos digitais raramente impressionam. O filme de Besson tem imagens tão espetaculares que nem mesmo os óculos escuros do 3D conseguem atrapalhar. Ao contrário, é um dos raros exemplares em que a tecnologia soma pontos ao filme. A produção mais cara da história do cinema europeu é uma adaptação dos quadrinhos franceses do herói espacial Valerian, criado em 1967, o ano mais lisérgico do século 20. Até por isso, o filme flui como uma espécie de viagem de ácido, gerando uma das mais bonitas e interessantes experiências sensoriais dos últimos anos. O problema é a dificuldade que Besson tem em transformar seus filmes em algo um pouco mais elaborado, no que diz respeito à construção dos personagens, aos diálogos (algumas vezes constrangedores) e à narrativa em si, que é bem problemática. Por isso, o melhor é se perder na viagem, compensando com a beleza da paisagem os inúmeros problemas da produção, que já começam com a escalação de Dane DeHann (“O Espetacular Homem-Aranha 2”) no papel-título, cuja personalidade sorumbática não combina com o personagem. Por outro lado, a modelo e atriz Cara Delevingne (“Esquadrão Suicida”) está muito bem como Laureline, a parceira do herói na aventura, que chega a eclipsar o protagonista com o charme, beleza e inteligência da personagem. Mas falta química à dupla. Um dos detalhes que mais chama a atenção em “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” é sua semelhança com o universo e trama de “Star Wars”. Entretanto, desta vez não se trata de plágio. Os quadrinhos de Pierre Christin e Jean-Claude Mézières foram mesmo grande influência para a franquia de George Lucas. Há até mesmo um vilão parecidíssimo com Jabba the Hutt. Quanto às apontadas semelhanças dos Pearls com os Na’vi de “Avatar”, talvez isso tenha sido puramente acidental. Também se destaca a ação non-stop, que soma o gosto do próprio Besson pelo cinema de aventura hollywoodiano com o ritmo dos quadrinhos, que se caracterizam por dar pouco espaço para um respiro – no filme, os poucos momentos de tranquilidade são aqueles em que Valerian tenta convencer sua parceira Laureline a casar com ele. A ausência de uma construção narrativa satisfatória é compensada por essa bagunça de certa forma divertida, sustentada por um dos mais brilhantes trabalhos de direção de arte e efeitos visuais do cinema contemporâneo. O problema é que a produção dura duas horas e nem mesmo a paisagem mais linda do mundo é capaz de sustentar um fiapo de trama por tanto tempo.

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    Quadrinhos clássicos de Valerian serão relançados no Brasil antes da estreia do filme

    1 de maio de 2017 /

    Antecipando a estreia de “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” nos cinemas, os quadrinhos clássicos que inspiraram o filme vão ganhar relançamento no Brasil. Criação do escritor Pierre Christin e do artista Jean-Claude Mézières, as aventuras de “Valerian” acompanham o personagem-título, um viajante espacial do século 28, que atravessa o tempo e o espaço ao lado da sua companheira Laureline, uma camponesa francesa do século 11, que ele salvou em sua primeira missão no passado. Considerado um dos maiores clássicos sci-fi dos quadrinhos europeus e contemporâneo de “Barbarella”, o herói espacial estreou nas páginas da revista Pilote em 1967 e, desde então, rendeu 21 álbuns (graphic novels), sendo o último publicado em 2010. Ao todo, o personagem já vendeu mais de 10 milhões de exemplares e foi traduzido para 21 línguas, tornando-se um marco nas histórias em quadrinhos europeias e da cultura pop. Sua influência, tanto de enredos quanto de design, pode ser sentida em diversos filmes de ficção científica, de “Guerra nas Estrelas” (1977), de George Lucas, a “Avatar” (2009), de James Cameron, passando por “O Quinto Elemento” (1997), de Luc Besson, responsável pela atual adaptação cinematográfica dos quadrinhos. “Eu escrevi duas vezes para o George Lucas em 40 anos. E nunca obtive uma resposta. Ninguém tampouco o ouviu mencionar a influência de ‘Valerian’ uma única vez”, reclamou Mézières, em entrevista ao jornal O Globo. “Se hoje se comenta sobre a influência dos meus desenhos em ‘Star Wars’, é porque eu e alguns amigos jornalistas falamos sobre isso. Mas não passo a vida assistindo a filmes e me perguntando ‘o que roubaram do meu trabalho?’. Sei que foi usado muitas vezes. Mas… Vamos em frente”. Entre as inspirações de “Valerian” em “Star Wars” podem ser citados desde o vilão Darth Vader até a neve Millennium Falcon, sem esquecer o aprisionamento em carbonita de Han Solo. Mas “Valerian” também foi inovador pela forma como abordava certos temas. Dois anos antes da Apolo 11 pousar na Lua, os quadrinhos do herói espacial já incluíam uma preocupação grande com o meio ambiente, antecipando a temática do desenvolvimento sustentável. Sem esquecer a importância de Laureline para o empoderamento feminino. A heroína que não baixava a cabeça e respondia desaforos com arma em punho inspirou milhares de pais a batizarem suas filhas com o nome da personagem, que foi inventado pelos quadrinhos e não existia antes na língua francesa. As histórias clássicas serão disponibilizadas no Brasil em sete volumes, que trarão todas as 21 graphic novels publicadas. O primeiro volume chega às livrarias agora em maio e a a expectativa é que mais dois volumes estejam disponíveis ainda em 2017, em lançamento da editora Sesi-SP. Nos cinemas, Valerian e Laureline serão vividos, respectivamente, por Dane DeHaan (“O Espetacular Homem-Aranha 2”) e Cara Delevingne (“Esquadrão Suicida”). A estreia de “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” está marcada para 10 de agosto no Brasil. Clique aqui para ver o trailer legendado.

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