La La Land: Ryan Gosling se apaixona por Emma Stone em trailer de musical
A Lionsgate divulgou o primeiro trailer do filme “La La Land”, dirigido por Damien Chazelle. Como em “Whiplash” (2014), o filme de estreia do cineasta, a trama também é focada num músico de jazz, mas com uma embalagem de musical hollywoodiano. A prévia mostra elementos característicos do gênero, como a dança que se transforma em fantasia com efeitos de animação, além de cenas de interpretação musical, em que é possível ver John Legend, vencedor do Oscar 2015 de Melhor Canção por “Glory” (do filme “Selma”), tocando guitarra com o personagem vivido por Ryan Gosling (“Dois Caras Legais”). Na trama, Gosling vive um pianista que se apaixona por uma atriz aspirante (Emma Stone, de “O Espetacular Homem-Aranha”). Além do casal, que volta a contracenar pela terceira vez, o elenco também conta com participação de J.K. Simmons, vencedor do Oscar 2015 de Melhor Ator Coadjuvante justamente por “Whiplash”. O filme foi selecionado para abrir o Festival de Veneza em 31 de agosto, mas só terá estreia comercial em 16 de dezembro nos EUA, na reta final de qualificação para o Oscar 2017. O lançamento no Brasil está marcado para 12 de janeiro.
Café Society: Nova comédia de Woody Allen terá lançamento antecipado no Brasil
A nova comédia dramática de Woody Allen, “Café Society”, teve sua estreia antecipada em dois meses no Brasil. O filme iria estrear no dia 27 de outubro deste ano, mas o lançamento foi adiantado para 25 de agosto. Ainda assim, chegará mais de um mês depois de passar pelos cinemas americanos, em 15 de julho. Filme de abertura do Festival de Cannes 2016, “Café Society” se passa entre os estúdios da era de ouro de Hollywood e a atmosfera boêmia dos cafés nova-iorquinos dos anos 1930. Na trama, Jesse Eisenberg (“Batman vs. Superman”) vai visitar os parentes em Los Angeles, entre eles um tio produtor de cinema (Steve Carell, de “A Grande Aposta”), que vive num mundo de festas frequentadas por celebridades. O elenco também destaca Kristen Stewart (“Acima das Nuvens”) como a assistente do tio produtor, encarregada de ciceronear o jovem turista, e Blake Lively (“A Incrível História de Adaline”) como uma bela fã de jazz que ele encontra ao retornar a Nova York.
La La Land: Novo filme do diretor de Whiplash abrirá o Festival de Veneza
O filme “La La Land”, segundo longa do cineasta Damien Chazelle (“Whiplash”), foi selecionado para abrir a a 73ª edição do Festival de Veneza. Assim como “Whiplash”, o filme é focado num músico de jazz, mas a trama pretende ser também um olhar para as pessoas que tentam entrar no mundo artístico de Los Angeles. Na trama, um pianista (Ryan Gosling, de “Dois Caras Legais”) se apaixona por uma atriz aspirante (Emma Stone, de “O Espetacular Homem-Aranha”). Além do casal, o elenco também contará com participação do músico John Legend, vencedor do Oscar 2015 de Melhor Canção por “Glory” (do filme “Selma”), e J.K. Simmons, que venceu o Oscar 2015 de Melhor Ator Coadjuvante justamente por “Whiplash”. “La La Land” também é um musical, que presta tributo à era de ouro do gênero em Hollywood, e inclui muitas cenas de dança. O Festival de Veneza acontece de 31 de agosto a 10 de setembro na Itália. Já a estreia comercial do longa de Chazelle está marcada para 16 de dezembro nos Estados Unidos e 12 de janeiro no Brasil.
Cannes: Woody Allen traz glamour à abertura do festival
O Festival de Cannes não poderia ter escolhido um filme mais glamouroso para abrir sua 69ª edição. “Café Society” tem a leveza de “Meia-Noite em Paris”, que abriu o evento em 2011. E exibe algumas das imagens mais belas da carreira do diretor Woody Allen, cortesia do veterano cinematógrafo Vittorio Storaro (“O Último Imperador”) e da fotogenia da estrela Kristen Stewart (“Acima das Nuvens”), dois ícones cinematográficos completamente distintos e com quem ele nunca tinha trabalhado antes. Comédia romântica de época, na linha do recente “Magia ao Luar” (2014), “Café Society” traz Jesse Eisenberg (“Batman vs. Superman”) como alterego de Allen. O cineasta já tinha dirigido o ator em “Para Roma, com Amor” (2012) e aproveita o reencontro para projetar no jovem a nostalgia por sua própria juventude, evocando paixões numa Hollywood glamourosa e numa Nova York igualmente retratada sob as luzes da estilização, durante a década de 1930. “Sempre me achei um cara romântico, embora essa opinião não seja necessariamente compartilhada pelas mulheres com quem convivi ao longo da minha vida”, brincou Allen, com seu célebre humor autodepreciativo, durante a entrevista coletiva com a imprensa internacional. “Cresci assistindo a filmes de Hollywood, que tiveram influência sobre mim, e é assim que me vejo. Tendo a ser romântico quando tento fazer filmes de amor. ‘Match Point’, por exemplo, não foi um filme romântico. Quando faço um filme de amor, ele tende a ser como ‘Café Society’, porque é um reflexo da minha formação”, explicou. No filme, Jesse Eisenberg vive Bobby, um jovem judeu de Nova York que, entendiado com os rumos de sua vida, vai tentar um recomeço em Los Angeles, com a ajuda do tio Phil (Steve Carell, de “A Grande Aposta”), poderoso agente de talentos de Hollywood. Mas, ao se apaixonar pela bela Vonnie (Kristen), secretária do tio, parte o coração e decide voltar para a Costa Leste. A experiência com as celebridades continua com seu envolvimento num nightclub frequentado por ricos e famosos, referência ao Café Society do título, que é administrado por seu irmão mafioso (Corey Stoll, de “Homem-Formiga”). Neste novo cenário, ele também conhece a paixão, ao encontrar Veronica (Blake Lively, de “A Incrível História de Adaline”). Entretanto, o romantismo de Woody Allen não é exatamente edulcorado. Ao final, há uma reviravolta melancólica. “Em filmes, tendemos a ver a vida como algo divertido. Mesmo quando vemos marido traindo a mulher, ou cônjuges mantendo relacionamentos misteriosos. Mas, analisando seriamente, tudo isso é muito triste, porque vemos pessoas sendo traídas, tendo casos, destruindo famílias e relacionamentos. Filmes adotam uma perspectiva cômica da crueldade da vida”, ele comentou, a respeito da trama de “Café Society”. “Dá vertigem, porque é como acontece na vida: você sempre pergunta se tomou as decisões corretas”, comentou Kristen Stewart, presente – e platinada! – à entrevista, a respeito da história escrita por Allen. Apesar do tom nostálgico nas lembranças da velha Hollywood e da romantização boêmia de Nova York, a recriação de época de “Café Society” contou com a incorporação de tecnologia de ponta. Pela primeira vez, e com excelentes resultados, Woody Allen trabalhou com câmeras digitais. “Para mim não mudou nada. Tenho ali a câmera e o elenco que precisa ser iluminado. O processo, para mim, é o mesmo que tenho feito com película. O digital oferece mais opções quando o filme está pronto. Mas não comprometi o meu modo de filmar por causa desse detalhe”, ele ponderou. A facilidade que a tecnologia propicia ao trabalho de pós-produção, entretanto, é vital para um cineasta que mantém um ritmo intenso, lançando um filme por ano desde 1982, apesar da idade avançada. “Eu mesmo não acredito que cheguei aos 80 anos!”, comentou Allen, divertindo a imprensa, antes de retomar seu humor mórbido, que continua desconcertante. “Minha mãe morreu com quase 100 anos, meu pai passou disso. Mas um dia, tenho certeza, acordarei pela manhã e terei um derrame, e vou parar em uma cadeira de rodas. Aí as pessoas vão apontar para mim na rua e dizer: ‘Lembra dele? Costumava fazer filmes. Agora ela faz isso (treme a mão, simulando um descontrole motor)’”. Woody Allen já lançou 14 filmes em Cannes, sempre fora de competição, porque não concorda que filmes possam ser comparados e que o trabalho de um cineasta deva ser considerado melhor que o de outro. “Café Society” será distribuído nos EUA com exclusividade pelo Amazon Studios, que pretende realizar um lançamento limitado nos cinemas em julho, antes de disponibilizá-lo na internet. No Brasil, a estreia está marcada apenas para 27 de outubro.
O que Eu Fiz para Merecer Isso? mostra a graça do cinema de Patrice Leconte
“O que Eu Fiz para Merecer Isso?” questiona, já em seu cartaz original, o egoismo do personagem de Christian Clavier (o Astérix de “Astérix e Obélix contra César”). Mas é muito fácil se colocar nos sapatos de Michel, o personagem, principalmente se você gosta muito de alguma forma de arte e valoriza o que pessoas mais pragmáticas consideram ter pouca importância. Michel é um sujeito de meia-idade, fã de jazz, e que por acaso encontrou em uma loja um disco raro de um artista de quem gosta muito. Tudo que ele mais deseja naquele instante é um momento de tranquilidade para poder escutar com calma e com prazer aquela preciosidade. Mas, no meio caminho para a satisfação pessoal, encontra um cliente chato, e a lista de pessoas que o interrompem começa a aumentar em proporção geométrica, assim que ele adentra o prédio onde mora. A própria mulher, vivida pela ainda bela Carole Bouquet (quem não lembra dela em “Esse Obscuro Objeto do Desejo”, de Luis Buñuel?), traz um assunto delicado à tona. Que ele, claro, quer adiar em pelo menos uma hora. A direção de “O que Eu Fiz para Merecer Isso?” é de Patrice Leconte, conhecido realizador que já chegou a ser considerado um dos expoentes do novo cinema francês, graças a filmes como “Um Homem Meio Esquisito” (1989) e “O Marido da Cabeleireira” (1990). Não que ele tenha deixado de fazer filmes, mas suas obras não têm chegado com frequência em nosso circuito. Só por isso, a distribuidora merece parabéns por trazer esta deliciosa comédia. E é curioso como há várias subtramas que também enriquecem o filme, embora a questão básica seja a principal, quase como numa obra de Buñuel, abordando a incapacidade ou a impotência de um homem frente a uma situação – lembrando novamente de “Esse Obscuro Objeto do Desejo” (1977), mas também de “O Anjo Exterminador” (1962). Nas tais subtramas, temos a questão da infidelidade do casal central e uma somatória de personagens secundários que se agigantam mesmo em papéis pequenos, como a almodovariana Rossy de Palma (“Abraços Partidos”), no papel da empregada da casa, os bombeiros que trabalham na reforma de um quarto do apartamento, o vizinho chato que quer saber mais da vida do protagonista e o filho (Sébastien Castro, de “Beijei uma Garota”) com quem ele não consegue ter uma sintonia. É uma comédia leve, inconsequente, baseada numa peça (de Florian Zeller), mas feita com esmero, e que se torna mais e mais interessante à medida em que sua trama evolui, e também à medida em que pensamos nela. Afinal, seu mote é a confirmação sartriana de que o inferno são os outros. Curiosamente, Leconte vem fazendo comédias como essas há bastante tempo – desde os anos 1970, na verdade. No entanto, o que acabou chegando ao nosso circuito foram seus dramas, com um ar mais característico de filmes de arte.
Café Society: Veja o primeiro trailer do novo filme de Woody Allen
A distribuidora Mars Films divulgou o primeiro trailer de “Café Society”, novo filme de Woody Allen, para o mercado francês, antecipando sua première mundial como filme de abertura do Festival de Cannes 2016. A prévia apresenta a ambientação na Hollywood dos anos 1930, o tom de comédia e a função do personagem de Jesse Eisenberg (“Batman vs. Superman”) como condutor da narrativa. Ele interpreta um jovem que vai visitar os parentes em Los Angeles, entre eles um tio produtor de cinema (Steve Carell, de “A Grande Aposta”), que vive num mundo de festas frequentadas por celebridades. O elenco também destaca Kristen Stewart (“Acima das Nuvens”) como a assistente do tio, encarregada de ciceronear o jovem turista, e Blake Lively (“A Incrível História de Adaline”) como uma bela fã de jazz que ele encontra ao voltar a Nova York. “Café Society” vai estrear nos cinemas franceses junto do Festival de Cannes, em 11 de maio, mas ainda levará alguns meses para chegar a outros países. Ele será distribuído nos EUA com exclusividade pelo Amazon Studios, que pretende realizar um lançamento limitado nos cinemas em julho, antes de disponibilizá-lo na internet. O Amazon também disponibilizou o primeiro pôster da produção, que pode ser conferido logo abaixo. No Brasil, a estreia está marcada apenas para 27 de outubro.
Gato Barbieri (1932 – 2016)
Morreu Gato Barbieri, saxofonista argentino que ficou mundialmente conhecido pela trilha do filme “O Último Tango em Paris” (1972). Ele faleceu no sábado (2/4) aos 83 anos, de pneumonia num hospital em Nova York, depois de recentemente ter sido submetido a uma cirurgia por causa de uma trombose. Leandro “Gato” Barbieri nasceu em Rosário, na Argentina, em 28 de Novembro de 1932, em uma família de músicos, e decidiu virar jazzista depois de ouvir Charlie Parker. Começou tocando clarinete e só aos 18 anos, quando se mudou para Buenos Aires, é que se dedicou ao saxofone. A opção definitiva pelo instrumento aconteceu durante uma excursão com o pianista argentino Lalo Schifrin (criador do tema de “Missão Impossível”) nos anos 1950. Ele se tornou conhecido como “Gato” neste período, devido à forma como saltava de clube em clube em Buenos Aires, acompanhado pelo seu saxofone para tocar com diversos artistas. Seu relação com o cinema começou logo em seguida, compondo trilhas para o cinema argentino. Uma de suas primeiras composições deu ritmo e melodia à adaptação de Julio Cortázar “El Perseguidor” (1965). Na vidada da década, ele desenvolveu uma forte ligação com o Brasil, passando meses no país. O período acabou registrado nos cinemas. Barbieri tocou seu sax em três filmes brasileiros. Juntou-se a Lenny Gordin e Naná Vasconcelos como músico de “Pindorama” (1970), de Arnaldo Jabor, serviu como diretor musical da comédia “Minha Namorada” (1970), de Armando Costa e Zelito Viana, e compôs a trilha sonora de “Na Boca da Noite”, de Walter Lima Jr, em parceria com as feras do jazz Ron Carter e James Spaulding. Após um começo influenciado por John Coltrane e outros saxofonistas do free jazz, Barbieri passou, a partir de então, a fundir a música tradicional sul-americana em seu estilo, do tango ao samba. A guinada coincidiu com a obra que lhe deu maior visibilidade, a trilha sonora de “O Último Tango em Paris”, de Bernardo Bertolucci. “Foi como um casamento entre o filme e a música”, descreveu Barbieri em uma entrevista de 1997 para a agência de notícias Associated Press. “Bernardo me disse: ‘Eu não quero que a música seja muito Hollywood ou muito europeia, que é mais intelectual. Quero um tom mediano.'” Foi o que levou ao tango e a redescoberta de sua alma argentina. “O tango sempre é uma tragédia”, ele explicou. “A mulher deixa o homem ou o mata. É como uma ópera, mas se chama tango… e é muito sensual.” O álbum derivado do filme rendeu-lhe um prêmio Grammy e impulsionou sua adoção de um estilo mais latino, levando-o a se consagrar como pioneiro do chamado “alma-jazz” ou jazz latino. O ponto alto desta transformação se deu com o sucesso comercial da gravação de “Europa (Earth’s Cry Heaven’s Smile)”, de Carlos Santana, em 1976. Preferindo se concentrar no universo musical, Barbieri acabou deixando de lado o cinema. Seguiram-se poucos trabalhos cinematográficos, como as trilhas de “Poder de Fogo” (1979), de Michael Winner, e “Uma Estranha Paixão” (1983), de Matthew Chapman. Mas a morte de sua esposa Michelle o levou a se retirar até do circuito jazzista durante um longo período. Ele foi reemergir em duas trilhas realizadas para cineastas iranianos nos anos 1990, “Manhattan by Numbers” (1993), de Amir Naderi, e “Seven Servants” (1996), de Daryush Shokof, suas últimas composições para o cinema. Os trabalhos ajudaram a devolver-lhe a energia e preparam terreno para o lançamento de um de seus discos mais populares, “Que Pasa”, que atingiu o 2º lugar da parada de jazz da revista Billboard em 1997. Apesar de afastado das trilhas, ele permaneceu ativo com gravações e shows nos últimos anos. Desde 2013, fazia apresentações regulares no tradicional clube de jazz nova-iorquino Blue Note, que emitiu uma nota lamentando seu falecimento. “Hoje perdemos um ícone, um pioneiro e um querido amigo. A contribuição significativa do Gato para a música e para as artes foram uma inspiração para todos nós.” Com um estilo geralmente definido como “torrencial e quente”, Barbieri era considerado um dos grandes saxofonistas contemporâneos e, para muitos, o segundo maior músico argentino do jazz moderno, atrás apenas de Lalo Schifrin, em cuja orquestra também tocou. Em 2015, Barbieri recebeu um prêmio pela carreira do Grammy Latino, em reconhecimento a seu talento, que cobriu “virtualmente toda a paisagem do jazz”.
Born to Be Blue: Ethan Hawke vive o jazzista Chet Baker em trailer, cenas e fotos da cinebiografia
A IFC Films divulgou o pôster duas cenas e o trailer de “Born to Be Blue”, cinebiografia do jazzista Chet Baker, estrelada por Ethan Hawke (“Boyhood”). A prévia destaca como o ator se entrega ao papel. Além de uma abertura metalinguística, em que Hawke interpreta Baker vivendo Baker num filme, há a recriação da gravação clássica de “My Funny Valentine” em estúdio. O filme acompanha sua luta para superar o vício em drogas e as sequelas de uma briga, que prejudicaram sua técnica, focando-se em sair da rota autodestrutiva para retomar sua carreira no final da década de 1960, quando atingiu novos picos de popularidade. A direção é do canadense Robert Budreau, que já dirigiu um curta sobre a morte de Baker, “The Deaths Of Chet Baker” (2009), e o elenco conta com Carmen Ejogo (“Selma”), Callum Keith Rennie (“Cinquenta Tons de Cinza”), Stephen McHattie (série “The Strain”) e Kevin Hanchard (série “The Expanse”). Exibido nos festivais de Toronto e Tóquio, “Born to Be Blue” chega aos cinemas americanos em 11 de março, mas ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
Produtor de Nina diz que criticar Zoë Saldaña por “não ser negra o suficiente” também é racismo
O produtor Robert L. Johnson, proprietário do estúdio RLJ Entertainment, resolveu responder às críticas contra a escalação de Zoë Saldaña para viver a cantora Nina Simone no cinema. Desde que a atriz, de origem afro-latina, foi anunciada como protagonista da cinebiografia “Nina”, pessoas ligadas ao espólio da cantora tem reclamado de que ela “não é negra o suficiente” para interpretar Nina Simone, que, além de gravar discos maravilhosos de jazz/soul, participou ativamente do movimento pelos direitos civis nos EUA. A manifestação mais dura veio do perfil de Nina Simone no Twitter, que mandou Zoë tirar “o nome de Nina da boca”. Em resposta, o produtor de “Nina” aponta que estas críticas são um resquício da mentalidade da época da escravidão. “É muito triste que afro-americanos falem sobre o assunto de uma forma que nos remete à forma como éramos tratados quando éramos escravos”, disse Johnson ao site The Hollywood Reporter. “Os senhores dos escravos separavam os que tinham pele clara daqueles com pele mais escura, e parte desse DNA social ainda existe hoje entre a comunidade negra”. Além da família de Nina Simone, a escolha de Zoë também foi criticada por India Arie, que viveu a cantora na série “American Dreams”, em 2003. Em 2012, ela já havia escrito uma carta aberta criticando a decisão de escurecer artificialmente a pele da atriz e usar uma prótese em seu nariz para que ela assumisse feições mais negras. Na ocasião, ela defendeu que Nina Simone fosse interpretada por Viola Davis, que havia acabado de vencer o Oscar por “Histórias Cruzadas” (2011). Em uma entrevista recente ao The Hollywood Reporter, India Arie lembrou que a pele escura foi determinante para Nina Simone. “Ela teria tido uma carreira diferente se fosse mais parecida com Lena Horne ou Dorothy Dandridge. Ela poderia ter sido a primeira pianista negra, famosa em todo o mundo”, disse ela. Mas para Robert L. Johnson, essa discussão sobre pigmentação serve apenas para aumentar o racismo e colocar os negros uns contra os outros. “Muitos que estão discutindo o assunto não percebem suas implicações”, ele pondera. “Imagine se eu fosse fazer uma cinebiografia sobre Lena Horne, que obviamente tinha a pela clara, ou sobre Dorothy Dandridge. Seria justo colocar um aviso dizendo ‘não aceitamos negras’? Seria ridículo”. Recentemente, a filha de Nina Simone veio a público reclamar dessa discussão, defendendo Zoë Saldaña, ao mesmo tempo em que observou que o problema não estava na atriz, mas nos responsáveis pelo filme, especialmente a diretora e roteirista Cynthia Mort (roteirista do thriller “Valente”), que teria inventado quase toda a história e não recebido aprovação para as filmagens. “É lamentável que Zoë Saldaña esteja sendo atacada de forma tão visceral”, disse Lisa Simone Kelly. “Ela claramente trouxe o melhor de si para o projeto e, infelizmente, está sendo atacada por algo que não é sua culpa, pois não é responsável pelas mentiras do roteiro”. A produção também é acusada de privilegiar o período de decadência da cantora, quando ela enfrentava internações hospitalares por seu alcoolismo e o desinteresse do mercado. No Facebook, a conta de Nina Simone chega a sugerir um boicote ao longa-metragem, pedindo aos fãs para fazerem suas próprias homenagens, ficando em casa no dia da estreia nos cinemas. “Nós podemos usar esta data como mais uma oportunidade de celebrar a vida e a música de Nina, vamos fazer de um negativo um positivo, nos juntando e reconhecendo a verdadeira Nina Simone”, conclama a publicação. “Nina” tem estreia marcada para 22 de abril nos cinemas norte-americanos e ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
Filha de Nina Simone defende Zoë Saldaña após críticas contra cinebiografia virarem ódio
A atriz Zoë Saldaña voltou a ser alvo de críticas por sua escalação para o papel de Nina Simone, após a divulgação do trailer da cinebiografia “Nina”. Mas, desta vez, a própria filha da cantora saiu em sua defesa. Acusada de não se parecer com a cantora, por ter descendência latina e tom de pele mais claro, a atriz adotou maquiagem e uma prótese no nariz para assumir a aparência da diva no cinema. Mas os perfis oficiais de Nina Simone nas redes sociais, supostamente controlados por sua família, consideraram que ficou pior. No Twitter, a conta de Nina Simone chegou a interpelar uma postagem de Zoë com uma citação da cantora, dizendo a ela que “tirasse o nome de Nina da sua boca pelo resto da vida”. Após essa reação odiosa, Lisa Simone Kelly, única filha da cantora, disse ao site da revista Times que desconhece quem administra o perfil oficial de Nina Simone, lamentando a escolha do alvo e se solidarizando com a atriz. “É lamentável que Zoë Saldaña esteja sendo atacada de forma tão visceral”, disse Lisa após ver o trailer e a reação do perfil. “Ela claramente trouxe o melhor de si para o projeto e, infelizmente, está sendo atacada por algo que não é sua culpa, pois não é responsável pelas mentiras do roteiro”. Lisa, porém, mantém o tom crítico em relação à produção, que foi realizada sem sua aprovação. Segundo ela, os protestos e o ultraje deveriam ser dirigidos à roteirista e diretora Cynthia Mort (roteirista do thriller “Valente”), responsável pela história e pela escalação do elenco. “O filme é sobre uma relação entre minha mãe e Clifton Henderson que nunca aconteceu. Eles nunca tiveram uma relação amorosa”, ela argumenta, acrescentando que Henderson (o assistente que vira empresário, vivido por David Oyelowo, de “Selma”) era gay. “O projeto está manchado desde seu início. Claramente, não é a verdade sobre a vida da minha mãe e todos sabem disso. E não é com mentiras que você quer que seus entes queridos sejam lembrados.” A produção também é acusada de privilegiar o período de decadência da cantora, quando ela enfrentava internações hospitalares por seu alcoolismo e o desinteresse do mercado. No Facebook, a conta de Nina Simone chega a sugerir um boicote ao longa-metragem, pedindo aos fãs para fazerem suas próprias homenagens, ficando em casa no dia da estreia nos cinemas. “Nós podemos usar esta data como mais uma oportunidade de celebrar a vida e a música de Nina, vamos fazer de um negativo um positivo, nos juntando e reconhecendo a verdadeira Nina Simone”, conclama a publicação. “Nina” tem estreia marcada para 22 de abril nos cinemas norte-americanos e ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
Zoë Saldaña se transforma em Nina Simone no primeiro trailer de cinebiografia
A RLJ Entertainment divulgou o pôster e o primeiro trailer de “Nina”, cinebiografia em que Zoë Saldaña (“Guardiões da Galáxia”) dá vida à cantora Nina Simone. A prévia acompanha a história pela perspectiva de Clifton Henderson, vivido por David Oyelowo (“Selma”), que se tornou seu assistente e depois seu empresário, ajudando-a a superar o vício em álcool no momento mais difícil de sua carreira. O vídeo também revela que sua trajetória será narrada em flashbacks, mostrando seu envolvimento com os movimentos civis dos anos 1960, que usaram suas músicas como inspiração, centrando-se mais no seu retorno aos palcos, no final de sua vida. A produção demorou quatro anos para sair do papel e, mesmo assim, seu anúncio foi recebido com protestos. Quando Zoë Saldaña foi anunciada, uma petição online pediu sua substituição “por uma atriz que se pareça realmente com Nina Simone”. Nas entrelinhas da reclamação, estaria o tom de pele mais claro de Saldaña, que seria mais aceitável para Hollywood que a cor natural de Simone. Entretanto, no trailer a atriz aparece mais negra que o habitual, além de usar uma prótese que torna seu nariz mais grosso. É uma transformação e tanto, que a deixa bastante parecida com a diva. E a incorporação se completa com um potencial show de interpretação. Mesmo assim, a filha de Nina Simone insistiu, em comunicado, que lamenta a escolha da atriz, destacando ainda que se trata de uma biografia não autorizada e a mais completa ficção, uma vez que Clifton Henderson era gay e jamais teve qualquer envolvimento romântico com sua mãe. Escrito e dirigido por Cynthia Mort (roteirista do thriller “Valente”), “Nina” tem estreia marcada para 22 de abril nos cinemas norte-americanos e ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
Miles Ahead: Don Cheadle vive Miles Davis surtado em trailer de cinebiografia
A Sony Pictures Classics divulgou o primeiro trailer do filme “Miles Ahead”, cinebiografia do jazzista Miles Davis. O longa é escrito, dirigido e estrelado por Don Cheadle (“Homem de Ferro 3”), e se concentra num período conturbado na carreira do músico, passando-se em Nova York nos anos 1970. Com drogas alimentando seu temperamento explosivo, a prévia mostra surtos de violência e a rapidez no gatilho do trompetista, narrando a saga surreal de Miles e um jornalista da Rolling Stone (Ewan Mcgregor, de “Álbum de Família”) em busca de uma gravação perdida com suas músicas inéditas. Algumas cenas são impagáveis, como quando Miles recebe o jornalista com um soco na cara e as diversas trocas do tiros do jazzista. Em paralelo a este clima caótico, ainda são exibidos flashbacks românticos do início de sua carreira. O elenco também inclui Michael Stuhlbarg (“Um Homem Sério”), Keith Stanfield (“Temporário 12”) e Austin Lyon (“O Diário de uma Adolescente”). O filme estreia nos EUA em 1º de abril e ainda não tem previsão de lançamento nos cinemas brasileiros.









