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    Autor de novelas é condenado a indenizar filha de Jardel Filho por difamação

    3 de agosto de 2023 /

    O autor de novelas Carlos Lombardi foi condenado a pagar uma indenização de R$ 5 mil a Tânia Boscoli, filha do falecido ator Jardel Filho (1928-1983). A decisão é da 14ª Câmara Cível de Direito Privado do Rio de Janeiro.   Declarações polêmicas A condenação ocorreu devido a declarações feitas por Lombardi em entrevista aos jornalistas André Bernardo e Cíntia Lopes, para o livro “A Seguir Cenas do Próximo Capítulo”. Na entrevista, o autor de “Vereda Tropical” e “Pé na Jaca” afirmou que Jardel Filho “fazia programas na praia” quando foi descoberto pelo diretor Ziembinski, que teria se apaixonado por ele.   Retirada do livro de circulação Além da indenização, a Justiça também determinou que a editora retire o livro de circulação até que a entrevista de Lombardi seja removida, sob pena de multa de R$ 10 mil.   Defesa de Lombardi A defesa de Lombardi comentou o caso, afirmando que a decisão se deu em segunda instância e que, portanto, um novo recurso só poderia ser feito para instâncias superiores. A equipe de advogados de Lombardi também ressaltou que houve uma descontextualização do que foi dito pelo autor de novelas, mas que respeita a decisão do judiciário.   Entendimento da Justiça A Justiça entendeu que a fala de Lombardi violou a memória de Jardel Filho, “causando sofrimento e angústia à demandante [Tânia], fatos que ensejam a obrigação de indenizar”. A decisão judicial afirmou que, se Lombardi quis dizer outra coisa, não foi isso que pareceu, sendo certo que todos os leitores interpretarão tal declaração como se o falecido ator fizesse programas sexuais na praia e apenas tivesse ingressado na carreira de ator porque o diretor Ziembinsky por ele se apaixonou. Apesar da vitória, o pedido de majoração da indenização foi negado. Tânia Boscoli entrou com recurso, pedindo uma indenização de R$ 30 mil, mas a Justiça manteve o valor da causa em R$ 5 mil.   A carreira de Daniel Filho Filho do compositor e letrista Jardel Jercolis e de Lídia Bôscoli, Jardel Filho foi um dos atores mais conhecidos do Brasil entre meados dos anos 1960 e o começo dos 1980. Após estrear no teatro em 1948, na peça “Desejo”, de Eugene O’Neill, ele foi para a televisão quatro anos depois, integrando o elenco da novela “A Muralha”, da TV Tupi. Mais foi na Globo que sua carreira estourou. Sua estreia na emissora aconteceu em 1969, na novela “A Ponte dos Suspiros”. Ele atuou em mais de 50 novelas e minisséries, entre elas “O Bem-Amado”, “O Homem que Deve Morrer”, “Coração Alado”, “Fogo sobre Terra”, “Brilhante” e “Sol de Verão”. Além disso, estrelou alguns dos maiores clássicos do cinema brasileiro, como “Arrastão” (1967), “Terra em Transe” (1967), “Macunaíma” (1969), Batalha dos Guararapes” (1978) e “Pixote: A Lei do Mais Fraco (1980).

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    O Bem-Amado volta em streaming para mostrar que Brasil virou Sucupira

    15 de fevereiro de 2021 /

    A clássica novela “O Bem-Amado” estreou em streaming nesta segunda (15/2), disponibilizada pelo Globoplay. E seu retorno, quase meio século após sua exibição original, surpreendeu público e imprensa pela atualidade de sua trama. Em seus capítulos, a antiga Sucupira de Odorico Paraguaçu ressurge quase como uma premonição sobre o Brasil atual de Jair Bolsonaro. Adaptação feita por Dias Gomes de sua própria peça “Odorico, O Bem-Amado e Os Mistérios do Amor e da Morte” (1962), a obra foi exibida originalmente em 1973 como a primeira novela à cores da Globo. Foi também a primeira exportada e a primeira a conquistar premiação internacional. Marcou época por muitos motivos, mas principalmente graças à fantástica interpretação de Paulo Gracindo no papel do prefeito corrupto Odorico Paraguaçu. O personagem fez tanto sucesso que depois ainda rendeu uma série e permaneceu culturalmente relevante a ponto de ganhar um filme recente (de 2010) com Marco Nanini no papel principal. “O Bem-Amado” também lançou as carreiras da atriz Sandra Brea e até de Lima Duarte como ator da Globo – ele tinha sido contratado como diretor, um ano antes. Ela vivia a filha de Odorico e ele interpretou o matador Zeca Diabo. A história criticava o Brasil do regime militar, satirizando o cotidiano da cidade fictícia de Sucupira. Mas mesmo enfrentando censura – a ditadura proibiu que se falasse em “coronéis”, entre outras coisas – , pintou um retrato da política nacional que se revela extremamente atual no Brasil de Bolsonaro. Candidato a prefeito de Sucupira, o corrupto Odorico Paraguaçu era considerado um mito pela maior parte da população que acreditava em suas mentiras. Ele se elege com a promessa de inaugurar o primeiro cemitério na cidade, mas, como não morria ninguém, resolveu permitir o retorno do matador Zeca Diabo, com a esperança de que ele matasse alguém. Só que Zeca Diabo virou crente e prometeu nunca mais matar ninguém. A esperança do prefeito se volta então para uma epidemia de tifo, na metade da trama, que o levar a querer atrapalhar uma campanha de vacinação (do médico vivido por Jardel Filho) que pode impedir as mortes. Esta não é a única possível coincidência com a realidade atual. Odorico também reagiu com um sonoro “E daí?” ao ser informado sobre a ameaça à saúde da população de Sucupira, disse que não admitia que um adversário político fosse reconhecido por providenciar vacinas e afirmou que iria interceptar os imunizantes para distribuir ele mesmo num posto de saúde que iria inaugurar, ficando com as glórias pelo esforço alheio. O personagem também vivia fazendo trapaças e espalhando mentiras (fake news) para derrotar seus adversários, era aliado das fanáticas religiosas locais, as irmãs Cajazeiras (Ida Gomes, Dorinha Durval e Dirce Migliaccio), defensoras da moral e dos bons costumes, queria controlar a polícia e enxergava a imprensa como sua maior inimiga, perseguindo o principal jornalista da cidade (vivido por Carlos Eduardo Dolabella) por denunciar seus desmandos. Confira abaixo uma cena que confirma como a trama de quase meio século atrás tornou-se extremamente atual.

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