Próximo filme de 007 vai chegar aos cinemas em 2019
A MGM anunciou a data de lançamento do próximo filme do agente secreto James Bond. 007 volta outra vez em 8 de novembro de 2019. A história da produção, ainda sem título, será escrita por Neal Purvis e Robert Wade, dupla responsável pelos seis últimos longas, que, com o novo lançamento, completarão 20 anos à frente da franquia – desde “007 – O Mundo Não É o Bastante”, de 1999. O filme também será o 25º da franquia oficial. E estes são os únicos detalhes confirmados pelo estúdio. Ainda não há definição do diretor, elenco, nem mesmo quem distribuirá o longa, após o final da parceria da MGM com a Sony. Após muitos rumores tentarem escalar um novo 007 após a estreia de “007 Contra Spectre” (2015), o mais provável é que Daniel Craig retorne ao papel principal. Seus filmes foram os mais bem-sucedidos nas bilheterias de toda a franquia.
Molly Peters (1942 – 2017)
Molly Peters, primeira bond girl a aparecer nua num dos filmes da franquia “007”, morreu na terça-feira (30/5). A atriz estava com 75 anos e a causa da morte não foi informada. Peters interpretou a enfermeira Patricia Fearing e contracenou com Sean Connery em “007 contra a Chantagem Atômica”(Thunderball), de 1965. A participação no filme de James Bond foi seu primeiro longa-metragem, após estrear num curta como modelo de nus artísticos. O diretor Terence Young a descobriu nesse trabalho, intitulado “Peter Studies Form” e lançado um ano antes, em 1964. Mas sua transformação em Bond girl veio acompanhada de muita controvérsia na época. Sua nudez quase levou a produção a ser restrita para maiores no Reino Unido e duas de suas cenas precisaram ser cortadas, por exigência do comitê britânico responsável pela classificação etária. Apesar do frisson em torno de sua presença em “007 contra a Chantagem Atômica”, a carreira da atriz não prosperou, limitando-se a mais três filmes nos anos 1960, sendo um deles para a TV alemã e todos em papéis muito pequenos. O último foi “Um Golpe das Arábias”, que Jerry Lewis filmou em Londres em 1968. De acordo com os extras do DVD de “007 contra a Chantagem Atômica”, lançado nos anos 1990, o fim da carreira de Peters como atriz se deveu a sérios desacordos entre ela e seu agente, mas os detalhes nunca foram conhecidos.
De Sean Connery a Daniel Craig, intérpretes de 007 homenageiam Roger Moore nas redes sociais
Os antigos e o atual intérprete de James Bond usaram as redes sociais para prestar homenagens a Roger Moore, falecido na terça-feira (23/5). Sean Connery, primeiro intérprete do espião, a quem Moore substituiu na franquia, escreveu em seu Twitter: “Minhas condolências à família de Roger Moore. Um grande homem e encantador cidadão do mundo. Sentirei sua falta”. Timothy Dalton, que foi o substituto imediato de Moore nos anos 1980, também usou seu Twitter para homenagear o ator. “Minhas condolências para a família Moore com a partida do grande Roger Moore”, escreveu ele. Pierce Brosnan usou sua página no Instagram para dizer que estava de coração partido com a morte o ator. “Você foi um magnífico James Bond. O mundo sentirá fata de você e de seu senso de humor único”, escreveu. Por fim, Daniel Craig se manifestou na página oficial de James Bond no Twitter. “Ninguém foi melhor do que ele. Com amor, Daniel.” Além dos quatro, George Lazenby também viveu James Bond, em um único filme de 1969, enquanto outros atores, como David Niven e Peter Sellers, interpretaram o personagem fora da franquia oficial.
Roger Moore (1927 – 2017)
O ator britânico Roger Moore, famoso por interpretar o agente secreto James Bond em sete filmes, morreu nesta terça-feira (23/5), aos 89 anos. Segundo a família, Moore faleceu na Suíça, “após uma brava luta contra o câncer”. “Obrigado, papai, por ter sido você, e por ter sido tão especial para tanta gente. Com o coração pesado, compartilhamos a péssima notícia de que nosso pai, Sir Roger Moore, morreu nesta terça-feira. Estamos devastados”, disseram os três filhos do ator, em comunicado publicado no Twitter. Moore atuou em dezenas de filmes ao longo de mais de 70 anos de carreira na TV e no cinema, mas será sempre lembrado como o ator que melhor substituiu Sean Connery no papel de James Bond — ele foi o terceiro intérprete do agente secreto no cinema. Sua filmografia começou quando ele tinha apenas 18 anos, como um legionário romano no filme “César e Cleópatra” de 1945, estrelado por Claude Rains e Vivien Leigh. E após meia dúzia de outras figurações, ele conseguiu passar num teste da RADA (Academia Real de Artes Dramáticas) para estudar como virar um ator profissional. Entre as aulas, conheceu sua primeira esposa. Mas a convocação para o serviço militar interrompeu provisoriamente seus planos. Depois de três anos no exército, Moore tentou retomar a carreira, mas só conseguiu novas figurações e trabalho como modelo fotográfico de revistas de moda. Sem desistir, resolveu se mudar para Nova York em 1953 com a segunda esposa, a cantora Dorothy Squires, para tentar a sorte na televisão americana. E após três telefilmes, chamou atenção da MGM, que lhe deu seu primeiro contrato. Ironicamente, o ator inglês foi se destacar em Hollywood, antes de ser reconhecido em sua terra natal. Sua breve passagem americana incluiu papéis nos clássicos “A Última Vez que Vi Paris” (1954) e “Melodia Interrompida” (1955). Mas o que chamou mais atenção foi sua bem-sucedida carreira de herói da TV, a começar pelo papel de Ivanhoé na série homônima de 1958. Ele também teve um papel recorrente na série de western “Maverick”, aparecendo em 16 episódios como o primo britânico do personagem-título, vivido por James Garner. A popularidade crescente o levou de volta à Europa para desempenhar seu primeiro papel de protagonista, como Romulus, fundador de Roma no épico italiano “O Rapto das Sabinas” (1961). E finalmente o conduziu ao personagem que lhe permitiu explorar o charme cínico que marcaria sua carreira: Simon Templar, o ladrão herói da série britânica “O Santo”. Moore estrelou “O Santo” por mais de 100 episódios, entre 1962 e 1969, chamando atenção pelo carisma demonstrado na tela. Basicamente um Robin Hood moderno, o Santo era um ladrão britânico elegante, que roubava criminosos em nome de boas causas, daí seu apelido. Mas claro que ele também enriquecia e se divertia com as femme fatales enquanto ajudava os oprimidos. A série foi um fenômeno tão popular que conseguiu projeção internacional, algo ainda raro para as produções britânicas dos anos 1960. Seu final fez o ator ser disputado para vários projetos, mas ele preferiu protagonizar um filme, “O Homem Que Não Era” (1970), que lhe rendeu vários elogios. Entretanto, foi um novo papel televisivo que determinou seu futuro. Os produtores comemoraram quando ele topou viver o playboy aristocrata Lord Brett Sinclair em “Persuaders!”, contracenando com o americano Tony Curtis. A série era inspirada nos filmes leves de ação da época, envolvendo grandes golpes em tom de comédia. Na trama, ambos eram playboys, mas de temperamentos e origens diferentes. A motivação da dupla para solucionar crimes “que a polícia não conseguia resolver” era se divertir. O inegável atrativo dos dois astros parecia destinado a transformar a atração em outro sucesso. Mas “Persuaders!” teve apenas uma temporada, exibida entre 1971 e 1972. Porque, em 1973, Roger Moore virou James Bond. Os produtores da franquia 007 se viram em apuros quando Sean Connery desistiu de viver o espião pela segunda vez – após a primeira substituição, com George Lazenby, não ser bem-recebida pelos fãs, a ponto de implorarem para Connery retornar. A solução se mostrou óbvia quando o nome de Roger Moore entrou no páreo. Ele já era um protótipo de James Bond, como Simon Templar e como Brett Sinclair. E tudo o que precisaria para assumir o papel era dizer Bond, James Bond. Moore estreou como James Bond em “Com 007 Viva e Deixe Morrer” (1973), introduzido por uma música-tema inesquecível de Paul McCartney. Foram sete filmes como o espião britânico com licença para matar, até “007 – Na Mira dos Assassinos” (1985), desta vez com trilha do Duran Duran, para demonstrar como o mundo mudou desde que ele assumiu o papel. Sua interpretação moldou Bond, dando-lhe mais características de playboy e sedutor, além de uma leveza que deixou suas aventuras bem-humoradas. Os filmes ganharam títulos que refletiam essa mudança, como “007 – O Espião Que Me Amava” (1977), “007 – Somente Para Seus Olhos” (1981) e “007 Contra Octopussy” (1983). As Bond girls se tornaram cada vez mais sexy e importantes, ao mesmo tempo em que a ação foi se aproximando do ridículo, como em “007 Contra o Foguete da Morte” (1979), que teve cenas rodadas no Rio de Janeiro, com James Bond lutando contra o vilão Dentes de Aço no alto do bondinho do Pão de Açúcar, além da infame caminhada por uma lagoa infestada de jacarés, utilizando os bichos como “ponte”. Numa entrevista, ele explicou que sua abordagem mais cômica do personagem se devia ao fato de James Bond não ser um bom espião. “Você não pode ser um espião de verdade após fazer questão que todos saibam qual é seu nome e sua bebida favorita. Isso é apenas engraçado demais.” Apesar do tom leve, durante a filmagem de “Octopussy” na Índia, Moore teve sua visão de mundo mudada pelo contato com a miséria, e a partir daí resolveu usar sua popularidade para ajudar a combater a pobreza extrema. Por conta disso, tornou-se embaixador da Unicef, participando de eventos em todas as partes do mundo. Seu trabalho humanitário o levou a ser nomeado Cavaleiro do Império Britânico. James Bond foi seu personagem mais marcante, mas Moore precisou deixá-lo de lado aos 58 anos, quando passou a ser considerado velho demais para se insinuar para garotas de biquíni. Durante o período em que estrelou a franquia, também foi protagonista de filmes de ação, encabeçando produções de grande elenco, como “Selvagens Cães de Guerra” (1978), “Fuga para Athena” (1979) e “Resgate Suicida” (1980), além de ter feito uma bem-sucedida incursão pela comédia, com “Quem Não Corre, Voa” (1981), ao lado de Burt Reynolds. Entretanto, após deixar de viver 007, sua carreira estagnou. Até uma parceria com Michael Caine, a comédia “Ladrão de Ladrão” (1990), falhou em encantar. O que o levou a contracenar e ser dirigido por Jean-Claude Van Damme em “O Desafio Mortal” (1996). Depois disso, ainda fez uma aparição no musical “O Mundo das Spice Girls” (1997) e coadjuvou no besteirol americano “Cruzeiro das Loucas” (2002), que seus fãs preferem esquecer. Em 2016, Moore chegou a fazer uma participação no piloto de um revival de “O Santo”, que acabou não virando série. Por conta disso, seus últimos papéis foram como o personagem que mais marcou sua vida. Não James Bond, mas Roger Moore. Ele viveu a si mesmo em seus dois últimos filmes, ambos comédias: o francês “Incompatibles” (2013) e o britânico “The Carer” (2016). Em sua autobiografia de 2008, “My Word Is My Bond”, ele resumiu sua carreira como a arte de interpretar a si mesmo. “Passei a vida interpretando heróis porque parecia ser um”, escreveu. “Praticamente, todos os papéis que me ofereceram exigiam apenas que me parecesse comigo mesmo. Mas a verdade é que adoraria ter podido interpretar um verdadeiro vilão”.
Diretor de Victor Frankenstein estaria cotado para assumir a franquia 007
O próximo filme de James Bond pode ter encontrado seu diretor, segundo o site Indiewire. Após a saída de Sam Mendes, os produtores executivos da franquia, Barbara Broccoli e Michael Wilson, estariam cogitando a contratação de Paul McGuigan (“Victor Frankenstein”) para o cargo. McGuigan é um diretor que valoriza o aspecto visual, mas seus thrillers nunca ultrapassaram o patamar da mediocridade. Dos sete filmes de sua filmografia avaliados no site Rotten Tomatoes, seis são considerados “podres”. Apenas o mais antigo, “Os Gângsteres” (2000), tem avaliação positiva. Enfrentando forte rejeição da crítica, o cineasta escocês vinha desenvolvendo trabalhos para a TV, como episódios de “Luke Cage” e o piloto de “Designated Survivor”. O detalhe é que, atualmente, McGuigan está realizando “Film Stars Don’t Die In Liverpool”, um longa romântico estrelado por Annette Bening, que tem como produtores justamente Barbara Broccoli e Michael Wilson, e ambos estariam impressionados com o “talento” do diretor. Além da indefinição na direção, Daniel Craig também ainda não se comprometeu a voltar ao papel de James Bond pela quinta vez. O ator britânico viveu o agente secreto em “007 – Cassino Royale” (2006), “007 – Quantum of Solace” (2008), “007 – Operação Skyfall” (2012) e “007 Contra Spectre” (2016).
Cinco estúdios disputam direito de lançar o próximo filme de 007
Cinco estúdios estão brigando pelo direito de distribuir o próximo filme da franquia “007”. Como os dez anos de contrato de comercialização assinado pela Sony acabaram, a Eon Productions e a MGM, donos dos direitos, receberam ofertas de empresas rivais para não renovarem com o estúdio. Segundo o jornal The New York Times, a Sony enfrenta competição da Warner Bros., Universal Pictures, 20th Century Fox e até do estúdio indie Annapurna Pictures. Dos grandes, só Paramount — que vive um momento conturbado, com definição de um novo presidente — e Disney – repleto de blockbusters – não demonstraram interesse na produção. Mas a Sony vai se esforçar para manter a franquia, ressaltando seu profundo conhecimento sobre o universo de James Bond e suas ideias para ampliar o alcance da franquia. A seu favor conta o aumento significativo da bilheteria dos filmes do espião britânico nos dez anos de distribuição do estúdio, que coincidiram com a estreia de Daniel Craig no papel. A parceria entre a Sony e a MGM inciou-se em “007 – Cassino Royale” (2006) e totalizou quatro longas até “007 Contra Spectre” (2015). A decisão de manter ou substituir o atual ator Daniel Craig como James Bond dependerá do estúdio que concretizar a aquisição dos direitos. A Sony quer manter Craig. A definição deve acontecer em breve.
Consumidora processa MGM e Fox por fraude na venda de coleção de DVDs de James Bond
A MGM e a 20th Century Fox Home Entertainment estão sendo processadas por uma consumidora que se sentiu lesada após comprar um box de DVDs anunciado como a coleção completa de todos os filmes de James Bond. Mary Johnson foi à justiça em Washington para reclamar que foi enganada pela propaganda impressa na caixa do produto, que afirma: “Todos os filmes de James Bond reunidos pela primeira vez”. Após abrir a caixa, ela reparou que faltavam dois filmes: “Cassino Royale” (1967) e “007 – Nunca Mais Outra Vez” (1983). Esses dois filmes, é claro, não são considerados integrantes oficiais da filmografia de 007. O “Cassino Royale” dos anos 1960 foi uma paródia estrelada por, entre outros, Woody Allen, Peter Sellers, David Niven, Ursula Andress e Orson Welles. E era uma produção da Columbia Pictures, não da Eon Productions, que detém os direitos da franquia, nem teve participação da MGM, estúdio responsável pelos filmes oficiais. A história de “007 – Nunca Mais Outra Vez” é ainda mais nebulosa, pois resultou de uma disputa de direitos entre a MGM, a Danjaq/Eon e o roteirista Kevin McClory. McClory, que trabalhou com Ian Fleming, criador de James Bond, no esboço do primeiro roteiro de cinema do personagem, foi escanteado quando 007 chegou às telas. Para completar, o roteiro que ele escreveu foi publicado como livro por Fleming, sem lhe dar créditos. A disputa foi parar na justiça e o roteirista acabou sendo considerado autor do romance que, mais tarde, originou o filme “007 Contra a Chantagem Atômica” (1965). Desde então, ele brigou pelos direitos do personagem, querendo fazer seus próprios filmes de Bond, e nos anos 1980 um tribunal de Londres deu-lhe ganho de causa. Na mesma época em que Roger Moore estrelou “007 Contra Octopussy” (1983), a empresa de McClory lançou “007 – Nunca Mais Outra Vez”, com o atrativo de trazer o ator Sean Connery, primeiro intérprete cinematográfico de James Bond, de volta ao papel – e com ninguém menos que Kim Basinger como Bond Girl. Depois disso, a MGM buscou acordos e, inclusive, já recuperou os direitos dos dois filmes que a consumidora reclama estarem faltando na caixa, o que complica ainda mais o caso. Em seu processo, Johnson alega ter havido uma violação da Lei de Proteção ao Consumidor, citando como parâmetro uma ação movida contra uma empresa fabricante de chips, que anunciava em suas embalagens que seu produto tinha um peso, quando na verdade tinha menos. Se a justiça de Washington der ganho de causa à consumidora, todos os que compraram a caixa nos EUA poderiam requisitar compensação financeira. Em declaração feita à revista The Hollywood Reporter, a MGM chamou o processo de “frívolo”. “As coleções de DVD e Blu-ray de James Bond, que listam claramente os filmes incluídos, têm sido apreciadas por milhões de consumidores satisfeitos em todo o mundo. Pretendemos nos defender vigorosamente contra essas reivindicações frívolas”. Veja abaixo a propaganda anexada ao processo, como prova de que a coleção alega conter todos os filmes de 007, sem exceção.
Os Simpsons: Bart vira James Bond em paródia criada para a Comic-Con
A rede americana Fox divulgou dois vídeos da série animada “Os Simpsons”, produzidos para a San Diego Comic-Con. Um deles traz Homer numa bancada de programa televisivo, ao estilo do recente episódio “ao vivo” da série, enquanto a família brinca de cosplay e Bender lança campanha pela volta de “Futurama”. Ausente deste vídeo, Bart aparece numa missão secreta na prévia seguinte, que parodia o clima dos filmes clássicos de James Bond. As referências aquáticas vêm de “007 – O Espião que me Amava” (1977) e “007 – Somente para seus Olhos” (1981), mas a trilha é uma paródia do tema de “007 Contra Goldfinger” (1964). A 28ª temporada de “Os Simpsons” estreia em 25 de setembro nos EUA. No Brasil, a série é exibida no canal pago Fox.
Sam Mendes anuncia que não filmará novo 007
O próximo filme da franquia 007 terá que encontrar um novo diretor. O cineasta Sam Mendes, que filmou os recentes “007 – Operação Skyfall” (2012) e “007 Contra Spectre” (2015), revelou que não irá filmar um terceiro filme consecutivo do espião James Bond. “Foi uma aventura incrível, amei cada segundo. Mas acho que é a vez de outra pessoa”, afirmou o cineasta inglês à agência de notícias Associated Press. “Sou um contador de histórias. E no fim das contas, quero contar histórias com novos personagens”, disse ele, que gostaria de ver um nome “inesperado” como seu substituto. Além do diretor, também se cogita uma mudança no protagonista. Boatos na internet sugerem que Daniel Craig será substituído no próximo filme. Mendes também opinou sobre o assunto, dizendo que, se isso ocorrer, o escolhido não deverá ser nenhum dos favoritos do público, como Tom Hiddleston e Idris Elba. “Não é uma democracia… Barbara Broccoli [produtora da franquia] decide quem será o novo Bond, e fim de papo”, resumiu. O próximo filme de Sam Mendes será “The Voyeur’s Motel”, adaptação do romance homônimo de Gay Talese, com produção de Steven Spielberg.
Burt Kwouk (1930 – 2016)
Morreu o ator britânico Burt Kwouk, que ficou conhecido pelo papel de Cato Fong, o fiel criado oriental do Inspetor Clouseau na franquia de comédia “A Pantera Cor de Rosa”. Ele faleceu nesta terça-feira (24/5) aos 85 anos de idade, comunicou seu agente. Nascido no norte da Inglaterra, mas criado em Xangai, na China, Kwouk iniciou sua carreira na televisão britânica nos anos 1950 e, ao longo das seis décadas seguintes, fez participações em diversas atrações famosas, como “Danger Man”, “O Santo”, “Man of the World”, “Seres do Amanhã” e “Doctor Who” chegando a estrelar, nos últimos anos, 78 episódios da longeva soup opera “Last of the Summer Wine”, entre 2002 e 2010. Ele também atuou em vários filmes, alguns considerados clássicos, como “A Morada da Sexta Felicidade” (1958), estrelado por Ingrid Bergman, “As Sandálias do Pescador” (1968), com Anthony Quinn, e “Império do Sol (1987), de Steven Spielberg, além de produções B cultuadas – “A Seita do Dragão Vermelho” (1961), “As 13 Noivas de Fu Manchu” (1966), etc – e três longas do espião James Bond, incluindo o famoso “007 Contra Goldfinger” (1964) – quatro, se também contar a sátira “Cassino Royale” (1967). Mas será sempre mais lembrado por ter estrelado seis filmes da franquia “A Pantera Cor-de-Rosa”, desde “Um Tiro no Escuro” (1964) até os filmados após a morte de Peter Sellers, como o criado que realizava ataques de surpresa nos momentos mais inesperados, seguindo a orientação de testar a prontidão do Inspetor Clouseau a qualquer momento. Sua performance rendeu alguns dos momentos mais memoráveis da franquia e entronizou Cato entre os personagens mais conhecidos do cinema.
Guy Hamilton (1922 – 2016)
Morreu o diretor inglês Guy Hamilton, responsável por alguns dos filmes mais famosos de James Bond e grandes clássicos do cinema britânico. Ele faleceu na quarta (20/4), aos 93 anos, num hospital em Palma de Maiorca, na Espanha, onde residia há quatro décadas. Apesar do passaporte britânico, Hamilton nasceu em Paris, em 16 de setembro de 1922, onde seus pais trabalhavam a serviço da Embaixada do Reino Unido. Ele começou a carreira ainda na França, aos 16 anos, como batedor de claquete de um estúdio de cinema de Nice. Mas precisou fugir quando os nazistas avançaram sobre o país. No barco em que rumava para a África formou amizade com outro “britânico parisiense” em busca de asilo, o escritor Somerset Maugham (“O Fio da Navalha”). O encontro o inspirou a se alistar na Marinha britânica e realizar diversas missões de resgate de compatriotas em fuga da França ocupada. Ele próprio se viu enrascado quando seu barco foi afundado por nazistas, e dizia que devia a vida aos heróis da resistência, especialmente à bela francesa de 18 anos Maria-Therese Calvez, inspiradora, em sua memória, de dezenas de Bond girls. Após a guerra, ele se reuniu com sua família em Londres, onde retomou seus planos de trabalhar com cinema. Logo começou a estagiar na London Film Productions, exercendo a função de diretor assistente sem receber créditos, em clássicos como “Seu Próprio Verdugo” (1947), de Anthony Kimmins, e “Anna Karenina” (1948), de Julien Duvivier, antes de ganhar o respeito de Carol Reed, que lhe deu seus primeiros créditos profissionais e se tornou seu mentor. Hamilton assistiu Reed na criação de grandes clássicos do cinema britânico, como “O Ídolo Caído” (1948), o fabuloso “O 3º Homem” (1949), estrelado por Orson Welles, e “O Pária das Ilhas” (1951), em que conheceu sua futura esposa, a atriz franco-argelina Kerima. A parceria deixou nele uma marca profunda. “Carol era basicamente meu pai”, ele observou, em entrevista ao jornal The Telegraph. “Ele me ensinou tudo o que sei. Eu o adorava.” Outra experiência marcante foi trabalhar como assistente de John Huston no clássico “Uma Aventura na África” (1951), produção estrelada por Humphrey Bogart e Katharine Hepburn, realizada entre bebedeiras e surtos de disenteria na savana africana, que serviu para demonstrar ao jovem tudo o que podia dar errado numa filmagem. Os rigores de “Uma Aventura na África” lhe encheram de confiança para iniciar sua carreira como diretor. Hamilton conseguiu convencer o produtor Alexander Korda que podia completar um filme inteiro em três semanas, e seu mentor Carol Reed aconselhou-o a estrear com um thriller de comédia, pois teria o dobro de chances de acertar, fosse na tensão ou na diversão. O resultado foi a adaptação de “O Sineiro” (1952), considerada um das melhores produções baseadas na literatura de mistério de Edgar Wallace. A boa recepção lhe rendeu convites para dirigir mais filmes do gênero. Vieram “Um Ladrão na Noite” (1953) e “Está Lá Fora um Inspetor” (1954). Mas para se firmar como grande diretor, Hamilton foi buscar inspiração em suas aventuras reais de guerra. “Escapando do Inferno” (1955) narrava a fuga de um grupo de prisioneiros de um campo de concentração nazista e foi rodada no castelo de seu título original, “The Colditz Story”. Baseado no livro de memórias de P.R. Reid (interpretado por John Mills no filme), o longa provou-se tão ressonante que sua trama acabou resgatada numa série de TV, duas décadas depois – “Colditz”, que durou três temporadas entre 1972 e 1974. O sucesso continuou com “A Clandestina” (1957), um filme incomum para a época, sobre o poder destrutivo da paixão sexual, envolvendo um capitão de navio (Trevor Howard) e uma jovem clandestina mestiça (a italiana Elsa Martinelli). E persistiu com a comédia “Quase um Criminoso” (1959), em que James Mason finge deserção para a União Soviética para processar os jornais por calúnia e sustentar seu plano de uma vida de luxo nos EUA. Os acertos sucessivos lhe renderam o convite para assumir sua primeira produção a cores, “O Discípulo do Diabo” (1959), drama de época que havia perdido seu diretor em meio a choques com os egos de seus astros, Burt Lancaster, Kirk Douglas e Laurence Olivier. Ainda que o filme tenha representado seu primeiro fracasso comercial, o fato de Hamilton conseguir trabalhar/domar as feras foi tido como um feito, que lhe abriu o mercado internacional – seguiram-se a produção italiana “O Melhor dos Inimigos” (1961), estrelada por David Niven, e a coprodução americana “As Duas Faces da Lei” (1964), com Robert Mitchum. Quando os produtores Albert R. Broccoli e Harry Saltzman adquiriram os direitos de James Bond, Hamilton foi sua primeira opção para estrear o personagem nos cinemas. Mas o cineasta tinha a agenda ocupada, e a oportunidade foi agarrada por Terence Young. Dois anos depois, porém, Hamilton não voltou a recusar o convite, que considerou uma oportunidade de superar seu maior desgosto. Ele estava arrasado após filmar “The Party’s Over”, que foi proibido pelo comitê de censura por conter cenas polêmicas, como uma orgia envolvendo necrofilia. Foram meses de trabalho perdido – o longa só veio à tona muito depois e com inúmeros cortes. Com a censura atravessada na garganta, Hamilton resolveu ousar na franquia de espionagem e acabou realizando aquele que até hoje é o longa mais cultuado de James Bond, “007 Contra Goldfinger” (1964). Para começar, decidiu aumentar a temperatura sexual, apresentando, logo de cara, uma mulher nua coberta de ouro – a morte mais brilhante, literalmente, nas cinco décadas da série. A trama também destacava a Bond girl de nome mais chamativo, Pussy Galore (Honor Blackman), e a melhor ameaça a laser, apontada exatamente entre as pernas de um cativo 007. As tiradas do vilão também marcaram época – “Não, Sr. Bond, eu espero que você morra!”. Sem esquecer da música tema de Shirley Bassey, “Goldfinger”, uma das canções mais famosas do cinema, que Hamilton brigou com os produtores para incluir na abertura – “Eu não sei se vai fazer sucesso, Harry, mas dramaticamente funciona”, ele disse a Saltzman. Foi ainda “007 Contra Goldfinger” que estabeleceu os elementos mais icônicos dos filmes de James Bond, ao apresentar Sean Connery dirigindo seu Aston Martin repleto de armas secretas, seduzindo vilãs até torná-las aliadas, tomando martíni para flertar com o perigo e fumando com charme antes de explodir uma bomba. O longa rendeu o dobro de bilheteria dos dois filmes anteriores de 007. O que colocou Hamilton na mira de um rival, o agente secreto Harry Palmer. O cineasta filmou em seguida “Funeral em Berlim” (1966), o segundo filme da trilogia do espião que usava óculos, vivido por Michael Caine. Ele completou sua década vitoriosa com “A Batalha da Grã-Bretanha” (1969), recriação meticulosa e em escala épica do esforço da RAF (força aérea britânica) para impedir a invasão nazista ao Reino Unido. A produção talvez seja seu trabalho mais elogiado pela crítica, que resiste até hoje como um dos grandes clássicos de guerra. A ambiciosa realização de “A Batalha da Grã-Bretanha” confirmou que Hamilton era o diretor mais indicado para comandar a franquia 007, que começava a dar sinais de decadência, com o desastre representado pela falha de George Lazenby em substituir Connery em 1969. Convencidos disto, os produtores o trouxeram de volta para três filmes consecutivos, de modo a garantir uma transição tranquila entre Sean Connery, que voltou à saga oficial para se despedir pela segunda vez com “007 – Os Diamantes São Eternos” (1971), e Roger Moore, o novo James Bond a partir de “Com 007 Viva e Deixe Morrer” (1973). Para emplacar Moore, Hamilton contou até com a ajuda de um Beatle, Paul McCartney, que compôs “Live and Let Die” como tema da estreia do ator. Mas foi o filme seguinte, “007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro” (1974), que soube explorar melhor a mudança de intérprete, apresentando um Bond mais divertido, relaxado e simpático. A franquia praticamente renasceu com a adoção de elementos cômicos, que Hamilton já considerava um diferencial em “Goldfinger”, além de se tornar mais extravagante, com carrões, jatos e mulheres sempre lindas. James Bond virou um playboy. Depois de três “007” seguidos, Hamilton voltou à guerra. Foi dirigir Harrison Ford, recém-consagrado pelo sucesso de “Guerra nas Estrelas” (1977), em “O Comando 10 de Navarone” (1978), continuação do clássico “Os Canhões de Navarone” (1961). Mas, acostumado a blockbusters, ele entendeu o sucesso moderado obtido pela produção como hora de mudar de estilo. Quis mudar tudo, diminuir o ritmo, e optou por trocar a ação intensa pelas tramas cerebrais de mistério que lançaram sua carreira. Assim, realizou duas adaptações consecutivas de Agatha Chistie. “A Maldição do Espelho” (1980) registrou a última aparição da personagem Miss Marple no cinema, vivida por Angela Lansbury, enquanto “Assassinato num Dia de Sol” (1982) foi o penúltimo filme com Peter Ustinov no papel do detetive Hercule Poirot. Filmada nas ilhas de Maiorca, esta produção acabou tendo impacto na vida pessoal do cineasta, que, impressionado pela locação, convenceu-se a abandonar sua residência na Inglaterra para passar o resto de sua vida no litoral espanhol com sua esposa. Hamilton já fazia planos de aposentadoria e não filmava há três anos quando foi convencido pela MGM a fazer sua tardia estreia em Hollywood. O projeto era basicamente lançar um 007 americano, baseado num personagem igualmente extraído de uma franquia literária de ação. Só que a crítica não perdoou a tentativa apelativa. Estrelado por Fred Ward como um agente secreto a serviço da Casa Branca, “Remo – Desarmado e Perigoso” (1985) foi considerado um James Bond de quinta categoria. E a produção, que ia inaugurar uma franquia, se tornou o maior fracasso da carreira do diretor. Resignado, ele decidiu encerrar a carreira. Mas nos seus termos, lembrando o conselho precioso de Carol Reed. Se tinha começado com um thriller de comédia, também sairia de cena com chances de motivar meio riso ou meia aflição. E deixou a cortina cair com “De Alto Abaixo” (1989). Deu sua missão por comprida, e gentilmente recusou a proposta da Warner para, novamente, ajudar a lançar uma franquia de ação em Hollywood. Guy Hamilton disse não a “Batman” (1989).
Christoph Waltz pode voltar a viver vilão da franquia 007
O ator Christoph Waltz, que interpretou o vilão de “007 Contra Spectre”, pode voltar à franquia. Segundo o jornal inglês Mirror, Waltz assinou contrato para mais dois filmes. Apesar disso, o retorno não é garantido devido a fatores que fogem ao controle do ator. “Ele seria um ótimo personagem fixo para a franquia, mas somente poderia contracenar com Daniel Craig, devido à continuidade”, disse uma fonte da produção ao jornal, que ainda se referiu ao personagem de Waltz pelo nome: Blofeld. Antes de “007 Contra Spectre”, Ernst Stavro Blofeld já tinha enfrentado James Bond em sete filmes – embora muitas vezes tenha sido apenas uma silhueta nas sombras. A princípio, porém, os produtores tentaram negar que Waltz interpretaria o personagem, inspirando-se na ideia equivocada de “Além da Escuridão – Star Trek” de esconder a verdadeira identidade de Khan. Blofeld não aparecia nos cinemas desde “007 – Nunca Mais Outra Vez” (1983), um dos raros filmes de 007 produzidos fora da franquia principal. Dentro da franquia, sua última luta contra James Bond foi em “007 – Somente Para Seus Olhos” (1981). Ele também inspirou a criação do vilão Dr. Evil na trilogia “Austin Powers”. Se o mistério sobre a presença do vilão foi mal-conduzido, a participação de Daniel Craig no próximo filme da franquia permanece indefinida. Seu contrato para estrelar a franquia é um segredo que nenhum agente secreto da imprensa ainda teve acesso. Há quem garanta que ele já teria encerrado sua participação na franquia, especialmente após dizer que preferia “cortar os pulsos” a voltar a viver James Bond. Alguns sugerem a possibilidade de pelo menos mais um longa-metragem. E há, ainda, os que enxergam no contrato de Waltz uma pista para a extensão do compromisso de Craig: mais dois filmes.









