Principais jornais dos EUA boicotam Disney após estúdio impedir críticos do LA Times em seus filmes
A decisão da Disney de proibir que jornalistas do Los Angeles Times tenham acesso às sessões de imprensa de seus filmes uniu os críticos de cinema e a imprensa americana contra o estúdio. Após quatro associações de críticos anunciarem boicote ao estúdio, críticos dos jornais New York Times e Washington Post, dois dos mais importantes veículos de comunicação dos Estados Unidos, anunciaram que não irão mais escrever sobre filmes da Disney, até o estúdio reverter sua posição. O New York Times assumiu a decisão de forma editoral, divulgando um comunicado. “Uma empresa poderosa punir uma empresa de notícias por causa de uma reportagem que eles não gostaram gera um efeito arrepiante”, diz o texto. “Este é um precedente perigoso, que não é de interesse público”. Além dos jornais, o conselho executivo da Associação de Críticos de Televisão emitiu um comunicado em que critica a “ação punitiva” da Disney contra os jornalistas do Times. “Condenamos qualquer circunstância em que uma empresa tome medidas punitivas contra os jornalistas por fazer seu trabalho”, afirma a nota. A polêmica começou quando após o Los Angeles Times publicar denúncias contra o parque da Disneylândia na Califórnia. O jornal entrevistou uma série de autoridades do governo municipal e cidadãos da cidade de Anaheim, onde fica o parque, que se mostraram indignados com a forma como a Disney vem “sugando” incentivos e subsídios oferecidos pela cidade, a ponto de drenar a economia local muito mais do que a incentiva. A Disney justificou seu veto a jornalistas do Times ao afirmar, em nota, que a reportagem “mostrou um desprezo total por padrões jornalísticos básicos”. “Apesar de compartilhar inúmeros fatos indiscutíveis com o repórter, vários editores e a editoria ao longo de vários meses, o Times avançou com uma reportagem tendenciosa e imprecisa, inteiramente motivada por uma agenda política”, disse a Disney em comunicado. Para os jornalistas americanos, a discussão deveria ter sido tratada publicamente e não com retaliações contra o trabalho da imprensa.
Spielberg reúne destaques das séries americanas no elenco de seu próximo filme
O cineasta Steven Spielberg fechou o elenco de seu próximo filme. E os papéis coadjuvantes de “The Post”, drama de época que será estrelado por Tom Hanks (“Ponte de Espiões”) e Meryl Streep (“A Dama de Ferro”), foram preenchidos por destaques de algumas das séries mais premiadas da TV americana recente. A seleção de talentos inclui Sarah Paulson (série “American Crime History – The People Vs. O.J Simpson”), Bob Odenkirk (série “Better Call Saul”), Carrie Coon (série “The Leftovers”), Alison Brie (série “Community”), David Cross (série “Arrested Development”), Bruce Greenwood (série “American Crime History – The People Vs. O.J Simpson”), Tracy Letts (série “Homeland”), Jesse Plemons (séries “Breaking Bad” e “Fargo”), Matthew Rhys (série “The Americans”), Michael Stuhlbarg (série “Fargo”), Bradley Whitford (série “Transparent”) e Zach Woods (série “Silicon Valley”). “The Post” vai dramatizar o escândalo dos “Papéis do Pentágono”, um documento ultra-secreto de 14 mil páginas do governo dos Estados Unidos sobre o envolvimento americano na Guerra Vietnã. O título é uma referência ao jornal The Washington Post. Hanks, que voltará a ser dirigido por Spielberg após quatro filmes, viverá o editor do jornal, Ben Bradlee, enquanto Streep, que trabalhou anteriormente com o cineasta em “A.I. – Inteligência Artificial” (2001), terá o papel da publisher Kay Graham. Os dois desafiaram o governo federal sobre o direito de publicar os documentos secretos em 1971. Os papéis trouxeram à tona revelações embaraçosas sobre a ofensiva americana no Vietnã, que tinham sido omitidas pelo governo, desmascarando mentiras deslavadas e afetando a opinião publica. Além das consequências políticas da publicação das reportagens, os Papéis do Pentágono também geraram um debate sobre a liberdade de imprensa que chegou até a Suprema Corte dos EUA. Graças às denúncias, o então Presidente Nixon desistiu dos planos de ampliar a participação dos EUA no conflito. Três anos depois, ele precisou renunciar à presidência dos EUA, envolvido em outro escândalo: Watergate, também revelado pelo Washington Post. Mas só em 1975 as tropas americanas foram retiradas do Vietnã, numa derrota humilhante. O projeto foi trazido à Spielberg pela produtora Amy Pascal (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”), que recebeu o roteiro original especulativo de Liz Hannah, uma estagiária e assistente de produção da série “Ugly Betty” e de filmes como “Encontro às Cegas” (2007) e “Reine Sobre Mim” (2007). A prioridade dada à “The Post” tirou da frente a produção de “The Kidnapping of Edgardo Mortara”, que seria o próximo longa-metragem do diretor e acabou escanteado. Spielberg está atualmente dando retoques na pós-produção da sci-fi “Ready Player One”, que estreia em 5 de abril de 2018.
Spielberg acelera produção de seu filme com Tom Hanks e Meryl Streep para tentar o Oscar 2018
Envolvido em várias produções, o cineasta Steven Spielberg decidiu priorizar “The Post”, drama político de época que será estrelado por Tom Hanks (“Ponte de Espiões”) e Meryl Streep (“A Dama de Ferro”). As filmagens foram adiantadas e marcadas para começar em maio. Com isso, o diretor pretende realizar um lançamento em dezembro, visando qualificar o longa para o Oscar 2018. “The Post” vai dramatizar o escândalo dos “Papéis do Pentágono”, um documento ultra-secreto de 14 mil páginas do governo dos Estados Unidos sobre o envolvimento americano na Guerra Vietnã. O título é uma referência ao jornal The Washington Post. Hanks, que voltará a ser dirigido por Spielberg após quatro filmes, viverá o editor do jornal, Ben Bradlee, enquanto Streep, que trabalhou anteriormente com o cineasta em “A.I. – Inteligência Artificial” (2001), terá o papel da publisher Kay Graham. Os dois desafiaram o governo federal sobre o direito de publicar os documentos secretos em 1971. Os papéis trouxeram à tona revelações embaraçosas sobre a ofensiva americana no Vietnã, que tinham sido omitidas pelo governo, desmascarando mentiras deslavadas e afetando a opinião publica. Graças às denúncias, o então Presidente Nixon desistiu dos planos de ampliar a participação dos EUA no conflito. Três anos depois, Nixon renunciou, envolvido em outro escândalo: Watergate, também revelado pelo Washington Post. Até que, em 1975, as tropas americanas foram retiradas do Vietnã, numa derrota humilhante. O projeto foi trazido à Spielberg pela produtora Amy Pascal (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”), que recebeu o roteiro original especulativo de Liz Hannah, uma estagiária e assistente de produção da série “Ugly Betty” e de filmes como “Encontro às Cegas” (2007) e “Reine Sobre Mim” (2007). A prioridade dada à “The Post” fará com que a produção de “The Kidnapping of Edgardo Mortara”, que seria o próximo longa-metragem do diretor, seja adiada. Ele está atualmente dando retoques na pós-produção da sci-fi “Ready Player One”, que estreia em 5 de abril de 2018, e se prepara para filmar.
Spielberg vai dirigir Tom Hanks e Meryl Streep em filme sobre escândalos da Guerra do Vietnã
Steven Spielberg reuniu uma dupla de peso para estrelar seu próximo filme: os atores Tom Hanks e Meryl Streep. Intitulado “The Post”, o filme vai dramatizar o escândalo dos “Papéis do Pentágono”, um documento ultra-secreto de 14 mil páginas do governo dos Estados Unidos sobre o envolvimento americano na Guerra Vietnã. O título “The Post” é uma referência ao jornal The Washington Post. Hanks, que voltará a ser dirigido por Spielberg após quatro filmes, viverá o editor do jornal, Ben Bradlee, enquanto Streep, que trabalhou anteriormente com o cineasta em “A.I. – Inteligência Artificial” (2001), terá o papel da publisher Kay Graham. Os dois desafiaram o governo federal sobre o direito de publicar os documentos secretos no jornal em 1971. Os papéis trouxeram à tona revelações embaraçosas sobre a ofensiva americana no Vietnã, que tinham sido omitidas pelos governo, inclusive mentiras deslavadas, e acabaram afetando a opinião publica, pressionando o então Presidente Nixon a desistir de ampliar a participação dos EUA no conflito. Três anos depois, Nixon renunciou, envolvido em outro escândalo: Watergate, também revelado pelo Washington Post. E em 1975 as tropas americanas foram retiradas do Vietnã, numa derrota humilhante. O projeto foi trazido à Spielberg pela produtora Amy Pascal (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”), que recebeu o roteiro original especulativo de Liz Hannah, uma estagiária e assistente de produção da série “Ugly Betty” e de filmes como “Encontro às Cegas” (2007) e “Reine Sobre Mim” (2007). Spielberg está atualmente dando retoques na pós-produção da sci-fi “Ready Player One”, que estreia em 5 de abril de 2018, e se prepara para filmar “The Kidnapping of Edgardo Mortara”.
Com direção de Fernando Meirelles, abertura das Olimpíadas do Rio recebe elogios do mundo inteiro
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio, dirigida pelo cineasta Fernando Meirelles (“Cidade de Deus”), encantou o mundo e foi coberta de elogios pela imprensa internacional, especialmente pela criatividade, relevância e capacidade de tirar o máximo de seus recursos. O jornal americano USA Today chegou a chamar atenção para a diferença de orçamento em relação às Olimpíadas de Londres e Pequim, que contaram, respectivamente, com 12 e 20 vezes mais dinheiro para tentar impressionar o público. “Quem precisa de dinheiro quando você tem consciência?”, questionou a publicação ao destacar que a cerimônia brasileira focou em temas sustentáveis, como aquecimento global e reflorestamento. Ainda segundo a jornalista norte-americana Christine Brennan, que assinou o texto, a cerimônia focada em responsabilidade social foi “uma das mais belas” que ela já viu dentre as 17 edições olímpicas em que trabalhou. O também americano The New York Times aproveitou o momento em que Jorge Ben Jor interpretava “País Tropical” para apontar: “Você vê que as fantasias e o cenário não são tão luxuosos como os de outras cerimônias, mas isto realmente não importa quando você tem uma energia como esta.” O jornal inglês The Guardian destacou que a abertura foi “um interessante contraste com as últimas duas cerimônias de abertura”. “O tema de Pequim 2008 foi a China é grande, o de Londres 2012 foi a Grã-Bretanha FOI grande. O tema de hoje? É melhor nós começarmos a fazer algo sobre o meio-ambiente ou talvez não tenhamos muitas Olimpíadas para celebrar no futuro”. Também dos Estados Unidos, o jornal Boston Globe afirmou: “Se você estava em dúvida sobre assistir à cerimônia de abertura, vale a pena! Uma apresentação visualmente deslumbrante.” O espanhol El País avaliou que cerimônia foi “um êxito para o Brasil”, que “deixou de lado as diversas crises que vive o país”. Apesar de toda a tensão, “durante mais de três horas, o Brasil se deu um respiro”. “A crise política e a recessão econômica ficaram de fora no Maracanã”, afirma a análise. “Houve orgulho, muito orgulho por parte de um país que tem tido poucos motivos para isso nos últimos meses”. Outro inglês, o Telegraph opinou: “É como se alguém tivesse apertado o botão e ligado as pessoas. De repente, tudo é esplêndido.” “Espetacular, espetacular, espetacular”, repetiu várias vezes o chileno La Tercera. Mas talvez a melhor análise tenha sido de uma publicação voltada à cobertura cinematográfica. A revista The Hollywood Reporter fez uma crítica consagradora, centrada no trabalho de Fernando Meirelles, contrapondo a tecnologia de última geração utilizada nas duas últimas olimpíadas com o que classificou de “uma abertura análoga refrescante, definida pela rica humanidade, calor exuberante e espírito de resiliência infatigável” dos brasileiros. O texto lembrou que a palavra chave do espetáculo foi “gambiarra”, a capacidade de “fazer algo especial com poucos recursos”. “A abertura do Rio foi uma demonstração emocionalmente impactante dessa capacidade, cujo espírito tem mais a ver com o prazer coletivo e a sensação de triunfo que costuma ser mais associada às cerimônias de encerramento. Energia juvenil, otimismo e inclusão social baniu o cinismo, a corrupção e a ansiedade desses tempos tão divisivos. Foi algo de grande beleza para se testemunhar”. A recepção do público para a delegação dos refugiados, que só tiveram menos aplausos que a delegação nacional, também foi saudada. “Como um reflexo do nossa brutalmente dividido mundo contemporâneo, o momento falou volumes e foi profundamente comovente”. O jornalista da revista, David Rooney, ainda elogiou o repertório musical e o cenário, que evocava favelas. “Ao reconhecer que a pobreza é uma parte inegável do tecido social da cidade, Meirelles fez desta uma abertura para toda a população, ricos e pobres. As vozes sedutoras da estrela contemporânea Anitta ladeada pelos adorados veteranos Gilberto Gil e Caetano Veloso também ajudaram a abranger gerações”. E citando o tema do reflorestamento, elogiou: “É impossível não concluir que o Brasil, pelo menos por esta noite, conseguiu superar os problemas do mundo. Agora, o que eles vão fazer como ato de encerramento?” Além de Meirelles, o espetáculo também foi assinado pelos diretores Andrucha Waddington (“Os Penetras”) e Daniela Thomas (“Insolação”), e a coreógrafa Deborah Colker (“Veja Esta Canção”).
Impeachment de Collor vai virar filme
Os produtores de cinema e séries começa a reagir ao ambiente político brasileiro. Depois do projeto de um filme sobre o Plano Real e de uma série sobre a operação Lava Jato, a RT Features anuncia a produção de um longa-metragem focado no impeachment do presidente Fernando Collor de Melo, em 1992. Segundo informou o jornal Folha de S. Paulo, a RT Features comprou os direitos do livro “Notícias do Planalto”, escrito por Mário Sérgio Conti, para fazer a versão cinematográfica. A produtora, responsável por filmes como “Alemão”, “Tim Maia”, “Frances Ha” e “A Bruxa”, deve começar as filmagens apenas no segundo semestre de 2017 e, no momento, busca um ator para viver Collor. Eleito em 1989, na primeira eleição direta a presidente do Brasil após o período da ditadura militar, Fernando Collor de Melo começou o governo cercado de esperanças, mas logo após sua posse lançou o Plano Collor, que confiscou a poupança dos brasileiros e aprofundou a recessão econômica, sem debelar a inflação na casa de 1200%. A situação se deteriorou com as denúncias de corrupção envolvendo seu tesoureiro, Paulo César Farias, reformas milionárias em sua residência, presentes de empresários e uma entrevista bombástica de seu irmão, Pedro Collor de Melo, à revista Veja. Horas antes de ser julgado no Senado, o político alagoano renunciou à Presidência da República, deixando o cargo para o mineiro Itamar Franco. Ao recuperar seus direitos políticos, elegeu-se senador por Alagoas e se aliou ao presidente Lula, voltando a participar da corrupção federal, flagrado durante a operação Lava-Jato no escândalo conhecido como Petrolão.




