Green Room: Patrick Stewart aterroriza uma banda punk em pôster e teaser de suspense
A Broad Green Pictures divulgou o pôster britânico e o primeiro teaser do suspense “Green Room”. A prévia é marcada pela presença ameaçadora de Patrick Stewart (“X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”), que aterroriza uma banda punk trancada num camarim (também conhecido como green room, em inglês), após testemunhar um assassinato. Os jovens são cercados por skinheads e racistas, que pretendem eliminar todas as testemunhas de seu crime durante um show de rock. O clima é extremamente tenso e atual, especialmente após os assassinatos cometidos durante o show do Eagles of Death Metal em Paris. O elenco também inclui Anton Yelchin (“Star Trek”), Imogen Poots (“A Hora do Espanto”), Alia Shawkat (série “Arrested Development”), Callum Turner (“Queen and Country”), Joe Cole (série “Peaky Blinders”), Macon Blair (“Blue Ruin”) e Mark Webber (“Scott Pilgrim Contra o Mundo”). Escrito e dirigido por Jeremy Saulnier (do elogiado suspense “Blue Ruin”), “Green Room” foi exibido em vários festivais, inclusive no Rio, e estreia em 15 de abril nos EUA. Ainda não há previsão para seu lançamento comercial no Brasil.
Um Amor a cada Esquina é comédia à moda antiga de um mestre do cinema
“Um Amor a cada Esquina” marca o retorno ao cinema de Peter Bogdanovich, um dos nomes mais importantes da chamada Nova Hollywood, responsável por clássicos como “Na Mira da Morte” (1968) e “A Última Sessão de Cinema” (1971). Com a carreira voltada nos últimos anos para a televisão, seus filmes são cada vez mais raros. Tanto que, após “Um Sonho, Dois Amores” (1993), só tinha dirigido um longa, “O Miado do Gato” (2001). O retorno pode não ser o mais glorioso, mas é muito difícil ver “Um Amor a cada Esquina” sem dar boas gargalhadas ou ficar sorrindo com as situações, que parecem mesmo tiradas de comédias antigas, como as tramas malucas das produções da década de 1930, por exemplo. O começo do filme, ao som de jazz dessa época, reforça a referência. Embora se passe nos dias de hoje, o estilo é mesmo de filme velho, embora muita gente o compare com o tipo de humor que Woody Allen ainda faz – o que não deixa de ser uma comparação válida, já que ambos são contemporâneos e compartilham as mesmas influências. A personagem central da trama é uma moça chamada Isabella, interpretada por Imogen Poots (“Need for Speed”), que tem um tipo físico que parece agradar Bogdanovich, semelhante ao de Samantha Mathis, de “Um Sonho, Dois Amores”, e Kirsten Dunst em “O Miado do Gato”, justamente os dois últimos longas do diretor. Isabella é uma moça de família humilde que sonha virar atriz, mas, enquanto isso não é possível, vai ganhando a vida como garota de programa. Um dia, a jovem encontra um diretor de teatro da Broadway (Owen Wilson, que também estrelou “Depois da Meia-Noite”, de Woody Allen) e ele simpatiza tanto com ela que lhe paga uma boa quantia em dinheiro para largar aquela vida. Como o jogo de coincidências é o combustível desta comédia, ao decidir seguir seu sonho Isabella vai parar justamente na audição de uma peça do tal diretor, para interpretar, claro, uma prostituta. Ela encanta a todos da equipe com sua capacidade de encarnar a personagem. Até a esposa do diretor (Kathryn Hahn, de “A Vida Secreta de Walter Mitty”) a vê como a atriz perfeita para o papel. Aquela situação também se mostra ideal para que o ator principal da peça, vivido por Rhys Ifans (“O Espetacular Homem-Aranha”), possa se valer do que sabe para dar em cima da esposa do diretor. Nessa ciranda de amores e confusões, muita coisa acontece, e há até uma participação interessante de Jennifer Aniston (“Família do Bagulho”) como uma psicóloga meio maluca. Engraçado como a atriz tem se especializado nesse tipo de papel – lembra, por exemplo, a dentista de “Quero Matar Meu Chefe”, o que passa uma sensação de que já vimos isso antes. No mais, é um filme tão despretensioso que poderia ser facilmente esquecido se não tivesse a assinatura de Bogdanovich, capaz de reunir esse bom elenco.

