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    A Assassina é belíssima, mas difícil de ser enquadrada

    2 de junho de 2016 /

    Não é uma obra fácil, com enredo intrincado e motivações dúbias dos personagens. “A Assassina”, no entanto, é um dos filmes mais belos dos últimos anos e um presente para cinéfilos, especialmente pela oportunidade de trazer ao circuito local o talentoso cineasta chinês Hou Hsiao-Hsien, cujo último longa-metragem, “A Viagem do Balão Vermelho” (2007), era até então seu único lançamento no Brasil. Como Hsiao-Hsien é um cineasta que privilegia a encenação e o movimento dos atores no quadro, “A Assassina” demonstra um cuidado excepcional para trazer mais delicadeza ao gênero wuxia, de artes marciais, que já foi apropriado de maneira artística por outros mestres asiáticos como Wong Kar-Wai, Ang Lee e Zhang Yimou. A diferença marcante no trabalho de Hsiao-Hsien é que suas coreografias de lutas estão em segundo plano diante da cenografia, fotografia e figurinos. O visual da obra deixa o espectador tão encantado que fica difícil reclamar da ação, da trama e dos personagens, com seus dilemas morais ou sentimentais. De todo modo, o grande dilema pertence à personagem-título, Yinniang, interpretada por Shu Qi, estrela do primeiro “Carga Explosiva” (2002). Ela é uma assassina habilidosa, mas sensível, o que a impede, por exemplo, de matar um homem na presença de seu filho pequeno. Como forma de punir essa bondade, sua mestra a envia para o lugar onde nasceu, a distante província de Weibo, a fim de matar o governador local, primo dela, que também é o homem com quem ela deveria ter se casado. O filme não facilita na hora de explicar os detalhes do passado da assassina e desse homem, embora faça isso à sua maneira – diferente da narrativa didática dos longas de ação de Hollywood. O diretor mantém um aspecto importante do wuxia, que é a harmonia do homem com a natureza, fotografada com uma beleza estupenda. Mas, por outro lado, enquadra sua trama sem a grandiloquência épica do gênero. Chamar de simplicidade o que ele faz seria um erro, até pelo esmero do trabalho. Numa das experiências criativas do cineasta, Yinniang perscruta como um fantasma, que ignora o obstáculo das paredes, a mansão do governador e de sua família, e nesses momentos há muitas cenas em que um véu cobre a tela, mostrando o olhar da protagonista em câmera subjetiva. Há quem vá achar, sob tantas firulas estéticas, o filme muito frio, sem envolvimento emocional, mas isso não deixa de ser um aspecto da essência e dos valores dos personagens. O mais curioso, porém, é a forma com que o cineasta evita sequências de morte e violência, fazendo as cenas de luta serem interrompidas bruscamente, numa antítese do que se espera do gênero. “A Assassina” é realmente diferente, uma obra difícil de ser enquadrada.

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    Estreias incluem comédia do Dia das Mães com Julia Roberts

    5 de maio de 2016 /

    Com “Capitão América: Guerra Civil” monopolizando as salas de cinema do país, as distribuidoras disputam as poucas telas remanescentes com filmes de menor potencial comercial. O lançamento mais amplo vai chegar em pouco mais de 200 salas. Trata-se de “Heróis da Galáxia – Ratchet e Clank”, animação made in Hong Kong que adapta personagens de videogame e que fracassou nos EUA, onde estreou na semana passada em 7º lugar, com apenas 18% de aprovação no site Rotten Tomatoes. A segunda maior estreia é “O Maior Amor do Mundo”, que leva a 143 salas a terceira comédia romântica consecutiva do diretor Garry Marshall (“Noite de Ano Novo”) sobre uma data comemorativa – os títulos originais são bem claros, embora os tradutores brasileiros tentem disfarçar o truque. Desta vez, Marshall comemora o Dia das Mães, que cai neste fim de semana. O elenco é uma armadilha para espectadores da Sessão da Tarde, com Julia Roberts, Jennifer Aniston e Kate Hudson, mas o longa não passa de outro refugo das bilheterias americanas – implodiu em 4º lugar e com ridículos 8% de aprovação nos EUA na semana passada. Completa a programação dos shoppings o dispensável remake do terror “Martyrs”, em 118 salas. O filme de 2008, do francês Pascal Laugier, é considerado um dos exemplares mais radicais do subgênero “torture porn”. Já a versão americana (com Troian Bellissario, da série “Pretty Little Liars”) é basicamente uma refilmagem quadro a quadro, que mesmo assim dilui a violência impactante da obra original. Eviscerado pela crítica americana, o filme tem míseros 7% de aprovação no Rotten Tomatoes. Em circuito intermediário, o drama nacional “Prova de Coragem”, de Roberto Gervitz (“Feliz Ano Velho”), chega a 60 salas com Mariana Ximenes (“Zoom”) e Armando Babaioff (“Sangue Azul”). O filme gira em torno da crise de um casal egoísta, que não muda seus planos mesmo diante de uma gravidez de risco. Foi exibido no Festival de Brasília, de onde saiu sem nenhum prêmio. Há dois outros lançamentos brasileiros no circuito limitado. Mais amplo, o documentário “O Começo da Vida”, de Estela Renner (“Muito Além do Peso”), é uma coprodução internacional, que faz uma reflexão sobre a importância da infância, em 22 salas. Por sua vez, “Ralé”, de Helena Ignez (“Luz nas Trevas: A Volta do Bandido da Luz Vermelha”), ocupa três salas em São Paulo, uma em Salvador e outra no Rio. O drama se passa nos bastidores de uma filmagem e foi apresentado no Festival do Rio. A lista ainda inclui estreias sul-americanas, por coincidência com duas tramas sobre choque cultural. A comédia “O Décimo Homem”, do veterano cineasta argentino Daniel Burman (“Abraço Partido”), leva a 20 salas a história de um economista que, após levar uma vida bem-sucedida em Nova York, surpreende-se ao reencontrar sua família tradicional. E o drama “Os Inimigos da Dor”, do estreante uruguaio Arauco Hernández Holz (cinematógrafo de “Gigante”), narra a jornada de uma alemão que, ao chegar ao Uruguai, perde sua mala e fica sem rumo. Coprodução brasileira, o filme tem o menor alcance da semana, com exibição em apenas uma sala de São Paulo. A estreia na direção da atriz Natalie Portman (“Thor”), “De Amor e Trevas”, também entra em cartaz, mas sem divulgar o número de salas. De forma a surpreender quem relaciona a atriz a Hollywood, trata-se de um drama israelense, falado em hebraico e baseado nas memórias do escritor Amos Oz, que cresceu com uma mãe suicida (vivida pela própria Portman) e sob a sombra do conflito com a Palestina, durante os anos de formação do Estado de Israel. Completamente invisível, sem salas identificadas, mas com distribuição confirmada pela distribuidora, ainda há uma preciosidade perdida. “Maravilhoso Bocccaccio” é um encanto visual, dirigido pelos irmãos Taviani, que adapta cinco histórias do “Decamerão”, de Giovanni Boccaccio, um dos maiores clássicos da literatura erótica medieval. Embora as tramas pareçam pudicas quando comparadas às adaptações de Pasolini, suas imagens impressionam pela capacidade de evocar pinturas renascentistas. A cenografia e o figurino concorreram ao David di Donatello (o Oscar italiano). Por fim, “A Assassina”, do mestre chinês Hou Hsiao-Hsien (“A Viagem do Balão Vermelho”), reserva a cinco salas, exclusivamente em São Paulo e no Rio, o melhor filme da programação. Repleto de ação, artes marciais e uma fotografia deslumbrante, o longa acompanha uma assassina profissional da dinastia Tang (618-907 a.C.), que se apaixona por seu alvo. A beleza da obra fez de “A Assassina” o filme mais premiado da Ásia em 2015, vencedor de inúmeros troféus, inclusive o de Melhor Direção no Festival de Cannes do ano passado.

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    A Assassina é eleito melhor filme do ano pela revista Sight & Sound

    27 de novembro de 2015 /

    A revista Sight & Sound, mais tradicional publicação britânica de cinema, abriu a enxurrada de listas com os melhores filmes do ano. E o 1º lugar de sua seleção coube ao épico de artes marciais “A Assassina”, representante de Taiwan na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira do Oscar 2016. Estrelado por Shu Qi (“Carga Explosiva”), o longa acompanha uma assassina profissional, que começa a questionar a sua atividade quando se apaixona pelo homem que deveria matar, durante a dinastia Tang (618-907 a.C.). O pódio ainda inclui “Carol”, romance lésbico de época, protagonizado por Cate Blanchett (“Blue Jasmine”) e Rooney Mara (“Millennium – O Homem que Não Amava as Mulheres”), seguido pela sci-fi de ação “Mad Max – Estrada da Fúria”. Apesar do Top 3 incluir duas produções americanas, a publicação reserva em sua lista bastante espaço para produções internacionais, premiadas no circuito dos festivais, como “As Mil e uma Noites”, do português Miguel Gomes, “Cemetery of Splendour”, do tailandês Apichatpong Weerasethakul, “O Filho de Saul”, do húngaro Laszlo Nemes, e “No Home Movie”, da belga Chantal Akerman, recentemente falecida. Mesmo assim, nenhum representante latino-americano foi lembrado. Por outro lado, o terror “Corrente do Mal” (12º lugar) e a animação “Divertida Mente” (16º lugar) também figuram na seleção completa. Entre as produções britânicas, o drama “45 Anos” (7º lugar), de Andrew Haigh, e o documentário “Amy” (9º lugar), de Asif Kapadia, foram as mais bem votadas. Publicada desde 1932, a Sight & Sound é a revista oficial do British Film Institute, instituição que possuiu o maior arquivo cinematográfico do mundo, salas de cinema e organiza o Festival de Londres. Por sua vez, a revista é bastante conhecida por suas listas, sendo responsável pela elaboração da mais famosa lista de melhores filmes do mundo, atualizada a cada década. A seleção dos destaques de 2015 foi realizada por meio da votação de 168 críticos, a maior parte do Reino Unido – a repetição de posições, na lista abaixo, reflete sucessivos empates no resultado. Vale lembrar que alguns filmes, que poderiam aparecer na lista, só serão lançados no exterior no final de dezembro e não foram vistos ainda pela crítica – casos, por exemplo, de “O Regresso”, de Alejandro González Iñárritu, “Os Oito Odiados”, de Quentin Tarantino, e “Joy”, de David O. Russell. Sight & Sound Top 20: Melhores Filmes de 2015 [symple_column size=”one-half” position=”first” fade_in=”false”] [/symple_column] [symple_column size=”one-half” position=”last” fade_in=”false”] 1. A Assassina, de Hou Hsiao-hsien 2. Carol, de Todd Haynes 3. Mad Max: Estrada da Fúria, de George Miller 4. As Mil e Uma Noites, de Miguel Gomes 5. Cemetery of Splendour, de Apichatpong Weerasethakul 6. No Home Movie, de Chantal Akerman 7. 45 Anos, de Andrew Haigh 8. O Filho de Saul, de Laszlo Nemes 9. Amy, de Asif Kapadia 9. Vício Inerente, de Paul Thomas Anderson 11. Anomalisa, de Charlie Kaufman e Duke Johnson 11. Corrente do Mal, de David Robert Mitchell 13. Phoenix, de Christian Petzold 14. Garotas, de Céline Sciamma 14. Hard to Be a God, de Aleksei German 14. Divertida Mente, de Pete Docter 14. Tangerine, de Sean Baker 14. Táxi Teerã, de Jafar Panahi 19. Cavalo Dinheiro, de Pedro Costa 19. O Olhar do Silêncio, de Joshua Oppenheimer [/symple_column]

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