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    Barbara Harris (1935 – 2018)

    21 de agosto de 2018 /

    A atriz Barbara Harris, pioneira do teatro do improviso e indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pela comédia “O Inimigo Oculto” (1971), morreu nesta terça-feira (21/8), aos 83 anos, após uma batalha contra o câncer de pulmão. Harris morava na cidade de Scotsdale, Arizona, e não aparecia nas telas desde 1997, quando atuou em “Matador em Conflito”, com John Cusack e Minnie Driver. Estrela da Broadway, ela venceu o Tony, o prêmio máximo do teatro americano, em 1967, pela peça “The Apple Tree”, após se destacar em esquetes de improviso, como integrante dos grupos pioneiros do gênero The Compass Players, co-fundado e dirigido por seu marido Paul Sills, e seu sucessor, The Second City, de onde saiu da geração original do programa “Saturday Night Live”. Não por acaso, ela começou sua carreira cinematográfica como protagonista de adaptações de comédias teatrais, casos dos três primeiros trabalhos de sua filmografia, “Mil Palhaços” (1965), “Coitadinho do Papai, Mamãe Pendurou Você no Armário e Eu Estou Muito Triste” (1967) e “Hotel das Ilusões” (1971). E logo em seguida desempenhou o papel que lhe rendeu reconhecimento em Hollywood, como uma mulher que pode ser responsável pelo surto de um cantor pop suicida, interpretado por Dustin Hoffmann na comédia dramática “O Inimigo Oculto”. Apesar de ser reconhecida por seu talento de comediante, Harris era uma artista completa e não cansava de surpreender com sua versalidade. Um desses momentos de aparente escalação inusitada acabou resultando numa obra-prima: o clássico “Nashville” (1975), de Robert Altman. No papel da cantora aspirante Albuquerque, a atriz tinha uma cena memorável na produção, na qual acalmava a plateia de um show após um tiroteio, tocando uma música – “It Don’t Worry Me”. Harris também estrelou o último filme da carreira do cineasta Alfred Hitchcock, “Trama Macabra” (1976), na pele de Blanche Tyler, uma vidente psíquica e namorada de Bruce Dern. Mas seu filme mais famoso foi uma produção da Disney, em que encarnou uma trama que é reciclada até hoje, em remakes oficiais e “inspirações” nacionais. Em “Um Dia Muito Louco” (1976), ela contracenou com a então adolescente Jodie Foster, encarnando a mãe que trocar de lugar – e corpo – com a filha, por um dia inteiro de magia cinematográfica. Ela continuou a fazer filmes memoráveis nos anos 1980, como “Peggy Sue, Seu Passado a Espera” (1986), de Francis Ford Coppola, e “Os Safados” (1988), ao lado de Steve Martin e Michael Caine. Mas logo após este filme, saiu de cena, voltando apenas para se despedir, nove anos depois, com uma pequena participação em “Matador em Conflito”. Há poucos anos, Harris esclareceu os motivos de seu sumiço. “Eu costumava tentar fazer pelo menos um filme por ano, mas sempre escolhia aqueles que achava que iam fracassar, porque não queria lidar com a fama”, comentou, em entrevista ao jornal Phoenix New Times. Mesmo avessa à fama, ela acabou encontrando muito sucesso. A atriz passou os seus últimos anos ensinando atuação em Scotsdale. “Eu não sinto falta de atuar”, disse. “Eu acho que a única coisa que me fazia querer atuar era o grupo de pessoas com quem trabalhei no começo da minha carreira”, contou, referindo-se ao teatro de improviso. “Eu gostava mais do ensaio do que das filmagens. Eu amava o processo, e ressentia ter que apresentar uma performance para o público. Não era interessante”.

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    Arthur Hiller (1923 – 2016)

    17 de agosto de 2016 /

    Morreu o cineasta Arthur Hiller, que em sua longa carreira foi capaz de levar o público às lágrimas, com “Love Story – Uma História de Amor” (1970), e ao riso farto, com muitas e muitas comédias. Ele também presidiu a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas nos anos 1990, e veio a falecer nesta quarta-feira (17/8) de causas naturais aos 92 anos de idade. Nascido em 22 de novembro de 1923, em Edmonton, no Canadá, Hiller começou sua carreira de diretor com “Se a Mocidade Soubesse” (1957), um drama romântico moralista, sobre jovens de diferentes classes sociais que querem se casar após o primeiro encontro, estrelado pelo então adolescente Dean Stockwell. E, durante seus primeiros anos na profissão, alternou sua produção cinematográfica com a direção de múltiplos episódios de séries clássicas, como “Alfred Hitchcock Apresenta”, “Os Detetives”, “Cidade Nua”, “Rota 66”, “O Homem do Rifle”, “Gunsmoke”, “Perry Mason” e “A Família Addams”. A situação só foi mudar a partir do sucesso de suas primeiras comédias românticas, “Simpático, Rico e Feliz” (1963) e “Não Podes Comprar Meu Amor” (1964), ambas estreladas por James Garner. Após repetir as boas bilheterias com “A Deliciosa Viuvinha” (1965), com Warren Beatty, e “Os Prazeres de Penélope” (1966), com Natalie Wood, ele passou a se dedicar exclusivamente ao cinema. Hiller se especializou em comédias sobre casais atrapalhados, atingindo o auge com “Forasteiros em Nova York” (1970), escrito por Neil Simon, em que a mudança de Jack Lemmon e Sandy Dennis para Nova York dá hilariamente errada, mas também soube demonstrar desenvoltura em outros gêneros, enchendo de ação o clássico de guerra “Tobruk” (1967), com Rock Hudson e George Peppard, e, claro, fazendo chover lágrimas com “Love Story” (1970). “Love Story” foi um fenômeno digno de “Titanic” (1997), com filas, cinemas lotados e muito choro. A história do casal apaixonado, vivido por Ali MacGraw e Ryan O’Neal, é considerada uma das mais românticas do cinema (entrou no Top 10 do American Film Institute), mas também uma das mais trágicas. Opostos em tudo, O’Neal vivia Oliver, um estudante atlético e rico de Direito, enquanto MacGraw era Jenny, uma estudante de Música pobre. Os dois se conhecem na faculdade e conseguem ver, além das diferenças óbvias, tudo o que tinham em comum para compartilhar. Mas o casamento não é bem visto pela família rica do noivo, que corta Oliver de sua herança, deixando o casal desamparado quando ele descobre que Jenny tem uma doença terminal – leuquemia. A popularidade do filme também rendeu reconhecimento a Hiller, que foi indicado ao Oscar de Melhor Direção. Mas ele não quis se envolver com o projeto da continuação, “A História de Oliver” (1978). Em vez disso, preferiu rir das histórias de doença em sua obra seguinte, “Hospital” (1971), que lhe rendeu o Prêmio Especial do Juri no Festival de Berlim. A comédia acabou vencendo o Oscar de Melhor Roteiro, escrito por Paddy Chayefsky, considerado um dos melhores roteiristas de Hollywood, com quem o diretor já tinha trabalhado no começo da carreira, em “Não Podes Comprar Meu Amor”. A melhor fase de sua carreira também contou com “Hotel das Ilusões” (1971), seu segundo longa escrito pelo dramaturgo Neil Simon, “O Homem de la Mancha” (1972), versão musical de “Dom Quixote”, com Peter O’Toole e Sofia Loren, e o polêmico drama “Um Homem na Caixa de Vidro” (1975), sobre um nazista procurado que se disfarça de judeu rico em Nova York – que rendeu indicação ao Oscar de Melhor Ator para o austríaco Maximilian Schell. Mas apesar dos desvios, comédias continuaram a ser seu gênero preferido. Ele chegou, por sinal, a lançar uma das mais bem-sucedidas duplas cômicas de Hollywood, juntando Gene Wilder e Richard Pryor em “O Expresso de Chicago” (1976). O cineasta voltou a dirigir a dupla em outro grande sucesso, a comédia “Cegos, Surdos e Loucos” (1989), e perfilou um verdadeiro “quem é quem” do humor em filmes como “Um Casamento de Alto Risco” (1979), com Peter Falk e Alan Arkin, “Uma Comédia Romântica” (1983), com Dudley Moore, “Rapaz Solitário” (1984), com Steve Martin, “Que Sorte Danada…” (1987), com Bette Midler, e “Milionário num Instante” (1990), com Jim Belushi. Hiller, que também dirigiu cinebiografias (“Frenesi de Glória”, em 1976, e “Ânsia de Viver”, em 1992) e até um filme de horror (“Terrores da Noite”, em 1979), deixou muitas marcas no cinema, inclusive em produções nem tão famosas. Exemplo disso é “Fazendo Amor” (1982), um dos primeiros filmes a mostrar de forma positiva um gay que sai do armário e termina seu casamento para procurar encontrar o amor com outros homens. Após dominar as bilheterias das décadas de 1970 e 1980, o diretor conheceu seus primeiros fracassos comerciais nos anos 1990. O período coincidiu com seu envolvimento com a organização sindical da indústria. Ele presidiu o Sindicato dos Diretores de 1989 a 1993 e a Academia de 1993 a 1997. E não foram poucos fracassos, a ponto de fazê-lo desistir de filmar. A situação tornou-se até tragicômica por conta de “Hollywood – Muito Além das Câmeras” (1997), longa sobre os bastidores de um filme ruim, que explorava a conhecida prática de Hollywood de creditar ao pseudônimo Alan Smithee qualquer filme renegado por seu diretor. Pois Hiller renegou o trabalho, escrito pelo infame Joe Eszterhas (“Showgirls”), que virou metalinguisticamente a última obra de Alan Smithee no cinema – depois disso, o Sindicato dos Diretores proibiu que a prática fosse mantida. Ele ganhou um prêmio humanitário da Academia em 2002, em reconhecimento a seu trabalho junto à indústria cinematográfica, e a volta à cerimônia do Oscar o animou a interromper sua já evidente aposentadoria para filmar um último longa-metragem, nove anos após seu último fracasso. Estrelado pelo roqueiro Jon Bon Jovi, “Pucked” (2006), infelizmente, não pôde ser creditado a Alan Smithee. Hiller teve uma vida longa e discreta, estrelando sua própria love story por 68 anos com a mesma mulher, Gwen Hiller, com quem teve dois filhos. Ela faleceu em junho. Ele morreu dois meses depois.

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