Warner japonesa critica postagens de “Barbenheimer” do Twitter oficial de “Barbie”
A Warner Bros. do Japão emitiu um comunicado criticando a matriz norte-americana por alimentar a febre “Barbenheimer” nas redes sociais. A conta oficial do Twitter do filme “Barbie” nos Estados Unidos tem interagido positivamente com algumas postagens de fãs sobre “Barbenheimer”, uma referência aos lançamentos simultâneos de “Barbie” e do filme “Oppenheimer” da Universal. Além de estrearem juntos, os dois filmes têm sido um programa duplo para muitos espectadores, o que impulsionou as bilheterias de cinema a atingir recordes históricos. “Extremamente lamentável” Em declaração publicada no Twitter de “Barbie” no Japão, o estúdio japonês expressou sua insatisfação com a iniciativa da sede. “Consideramos extremamente lamentável que a conta oficial da sede americana para o filme ‘Barbie’ tenha reagido às postagens nas redes sociais dos fãs de ‘Barbenheimer'”, diz a declaração. “Levamos essa situação muito a sério. Estamos pedindo à sede dos EUA que tome medidas apropriadas. Pedimos desculpas àqueles que se sentiram ofendidos por essa série de reações inconsideradas”, diz o texto, assinado pela Warner Bros do Japão. A reclamação se refere à reação da conta oficial da “Barbie” nos EUA a uma arte de fã de “Barbenheimer”, que mostra Barbie, interpretada por Margot Robbie, sentada nos ombros de J. Robert Oppenheimer, interpretado por Cillian Murphy, em frente a uma nuvem de cogumelo atômico em chamas. A conta @barbiethemovie reagiu à postagem com a frase: “Vai ser um verão para lembrar”. Para piorar, o Twitter, agora chamado X, adicionou uma nota à postagem explicando o contexto histórico da imagem da nuvem de cogumelo. Contexto histórico “Ao 8:15 da manhã de 6 de agosto de 1945 (Showa 20), uma bomba atômica foi lançada em Hiroshima pela primeira vez na história humana”, lê-se na nota do Twitter. “A natureza particular do dano causado pelas bombas atômicas é que a destruição em massa e o assassinato em massa ocorreram instantaneamente e indiscriminadamente.” Críticas no Japão A febre “Barbenheimer” tem sido criticada no Japão por fazer pouco caso da destruição em massa causada pelas bombas atômicas. A hashtag #NoBarbenheimer tem sido tendência no país nos últimos dias. A Warner Bros. americana não comentou a situação. It's going to be a summer to remember 😘💕 — Barbie Movie (@barbiethemovie) July 21, 2023 pic.twitter.com/2SYdD6Bxva — 映画『バービー』公式 (@BarbieMovie_jp) July 31, 2023
Diretor de True Detective negocia filmar história da explosão nuclear em Hiroshima
O diretor americano Cary Fukunaga (série “True Detective” e “Beasts of No Nation”), que é descendente de japoneses, negocia dirigir um filme sobre a destruição nuclear de Hiroshima para o estúdio Universal. Segundo o site Deadline, o projeto é uma adaptação do livro “Shockwave: Countdown to Hiroshima”, de Stephen Walker, sobre os dias que antecederam o ataque nuclear ao Japão. A trama acompanha três semanas na vida dos cientistas do projeto Manhattan, que criaram a arma nuclear isolados no deserto do Novo México, e dos moradores japoneses de Hiroshima, incluindo entre seus personagens o presidente dos EUA, Harry S. Truman, e os pilotos do Enola Gay, o avião que lançou a bomba, responsável pela morte de 100 mil pessoas. A adaptação está a cargo do roteirista Hossein Amini (“Drive”). Diretor e roteirista já trabalharam juntos, desenvolvendo a série “The Alienist” para o canal pago TNT. Antes de embarcar nessa tragédia, Fukunaga ainda vai dirigir a série “Maniac”, com Jonah Hill e Emma Stone, que deve ser gravada entre agosto e novembro, para a Netflix.

