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    Mãe Só Há Uma materializa nova provocação de Anna Muylaert

    30 de julho de 2016 /

    É natural que se busque uma associação entre os dois filmes mais recentes de Anna Muylaert, “Que Horas Ela Volta?” (2015) e o novo “Mãe Só Há Uma”. Afinal, ambos tratam do tema da maternidade e da questão da identidade. Mas se havia um pouco de caricatura cômica no drama de “Que Horas Ela Volta?”, desta vez o tom é abertamente dramático, tendo como ponto de partida uma história verídica de criança roubada. O filme acompanha Pierre (o estreante Naomi Nero, sobrinho de Alexandre Nero), um rapaz que costumava ter uma vida tranquila com a mãe (Daniela Nefussi, de “É Proibido Fumar”) e sua irmã pequena (Lais Dias). Até o dia em que descobre ter sido roubado na maternidade, vê sua mãe ser presa, descobre que tem outro nome e precisa se adaptar a um novo lar com seus pais biológicos, vividos por Matheus Nachtergaele (“Trinta”) e novamente por Nefussi, numa estratégia de casting que ajuda a acentuar a confusão mental do rapaz – bem como enfatizar o próprio título “Mãe Só Há Uma”. Interessante o modo como Muyalert constrói sua narrativa, com elipses que fazem a história de convivência de Pierre e sua nova família adquirir duração indeterminada, passando a impressão de abranger semanas no espaço de enxutos 82 minutos de projeção. Aliás, a edição é tão acertada que “Mãe Só Há Uma” é daqueles filmes que não exaurem o espectador, terminando no momento certo. Também muito importante é a construção do personagem Pierre/Felipe. Seu mundo vira de cabeça pra baixo justo quando ele está no processo de descobrir sua identidade sexual, que a trama faz questão de não simplificar. Desde o começo, ele é mostrado como um rapaz que gosta de usar calcinhas e maquiagem, mas que não deixa de transar com garotas por causa disso. Ele até faz muito sucesso com elas. Uma das cenas mais interessantes acontece quando ele vai provar uma roupa com seus pais biológicos, que querem moldá-lo à maneira deles. Em determinado momento, ele fala: “é só uma roupa!”, ao procurar fazê-los entender a bobagem que é discutir sobre aquilo. O que pode incomodar um pouco os espectadores é o modo como Muylaert, mais uma vez, trata alguns personagens quase como caricaturas. Desta vez, são os pais biológicos de Pierre, que lembram um pouco os pais de Fabinho em “Que Horas Ela Volta?” . Ainda assim, esse tipo de representação pode ser encarado como uma provocação da diretora, diante do modelo tradicional da família brasileira, numa continuação do que havia sido visto em seu trabalho anterior. O que importa é que estamos diante de mais uma obra sólida e consistente de uma cineasta que se mostra muito acima da média da atual cinematografia nacional.

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    Mãe Só Há Uma: Novo filme de Anna Muylaert ganha pôster e primeiro trailer

    15 de junho de 2016 /

    A Vitrine Filmes divulgou o cartaz nacional e o primeiro trailer de “Mãe Só Há Uma”, novo filme da diretora Anna Muylaert, que volta a tratar do abismo entre mães e filhos após o sucesso de “Que Horas Ela Volta?”. Desta vez, o pano de fundo do contraste social é substituído por uma história inspirada na crônica policial brasileira, sobre um menino raptado que é reencontrado pela família legítima e tem dificuldades de aceitar a mãe biológica, enquanto ainda nutre afeto pela mulher que o roubou e o criou como filho desde criança. A crise de identidade também se estende à sexualidade do jovem, que pinta as unhas e começa a usar roupas femininas. O filme destaca o estreante Naomi Nero (sobrinho de Alexandre Nero) como protagonista e Daniela Nefussi (“É Proibido Fumar”) em dois papéis, como as mães (de criação e biológica) do menino, num artifício que visa destacar a confusão criada na cabeça do rapaz. Matheus Nachtergaele (“Trinta”), Luciana Paes (“Sinfonia da Necrópole”) e Helena Albergaria (“Que Horas Ela Volta?”) também estão no elenco. Exibido com críticas positivas no Festival de Berlim deste ano, “Mãe Só Há Uma” chega aos cinemas brasileiros no dia 21 de julho.

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