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    LQ Jones: Ator dos westerns de Sam Peckinpah morre aos 94 anos

    9 de julho de 2022 /

    O ator LQ Jones, que trabalhou em dezenas de westerns, incluindo o clássico “Meu Ódio Será Sua Herança”, de Sam Peckinpah, morreu neste sábado (9/7) de causas naturais em sua casa em Hollywood Hills, aos 94 anos. Nascido Justice Ellis McQueen Jr. em 19 de agosto de 1927, na cidade de Beaumont, no Texas, ele ficou órfão muito pequeno e foi criado por parentes numa fazenda, aprendendo a andar a cavalo aos 8 anos de idade. Sua transformação em ator se deu por acaso. Enquanto estudava Direito na Universidade do Texas, foi companheiro de quarto de Fess Parker, o futuro Daniel Boone da TV. Mas enquanto o colega foi para Hollywood, ele investiu todo seu dinheiro num rancho que faliu. Sabendo da situação do amigo, Parker o convidou a fazer um teste para um projeto que ia filmar. Desenhou até um mapa de como chegar no estúdio. Jones foi aprovado pelo diretor Raoul Walsh e estreou no cinema como um soldado em “Qual Será Nosso Amanhã?” (1955), ao lado de Parker, Tab Hunter, Van Heflin, Aldo Ray e grande elenco. Seu personagem era um soldado chamado LQ Jones, e ele gostou tanto da experiência que adotou a denominação como seu nome artístico. No começo, especializou-se em filmes de guerra. Acumulou produções do tipo, incluindo alguns clássicos, como “Entre o Céu e o Inferno” (1956), de Richard Fleischer, “Os que Sabem Morrer” (1957), de Anthony Mann, “Os Deuses Vencidos” (1958), de Edward Dmytryk, “A Morte Tem Seu Preço” (1958), novamente de Walsh, e “O Inferno é para os Heróis” (1962), de Don Siegel. No meio de tanto tiro, foi aparecer pela primeira vez como cowboy, curiosamente, na estreia de Elvis Presley no cinema: “Ama-Me com Ternura” (1956). E ainda voltou a contracenar com o Rei do Rock em outro western, “Estrela de Fogo” (1960). Assim, aos poucos, foi mudando seu perfil. De soldado, virou cowboy e passou a cavalgar com Joel McCrea, Randolph Scott, Glenn Ford e Audie Murphy em filmes do Velho Oeste. Ao mesmo tempo, aproveitou que o gênero do “bangue-bangue” explodiu na TV e disparou rumo aos holofotes televisivos, fazendo múltiplas participações em séries como “Cheyenne”, “As Aventuras de Rin Tin Tin”, “Gunsmoke”, “Annie Oakley”, “Laramie”, “O Homem do Rifle”, “Caravana” (Wagon Train), “Couro Cru” (Rawhide), “Johnny Ringo”, “Big Valley” e especialmente “O Homem de Virgínia” – onde interpretou o ajudante de rancho Andy Belden por 25 episódios. Jones conheceu o diretor Sam Peckinpah numa dessas séries, “Klondike”. A produção só durou uma temporada, mas a amizade prosperou por décadas. Depois da série, o cineasta o escalou em cinco westerns de cinema. O primeiro foi “Pistoleiro do Entardecer” (1962), com Henry Fonda e Randolph Scott, seguido por “Juramento de Vingança” (1965), estrelado por Charlton Heston. E então veio o célebre “Meu Ódio Será Sua Herança” (1969). O filme que estabeleceu a estética ultraviolenta, das mortes em câmera-lenta, rendeu o papel pelo qual Jones é mais lembrado: o sádico caçador de recompensas TC, que se junta a Robert Ryan e Strother Martin na perseguição da quadrilha de assaltantes liderada por William Holden. Ele seguiu colaborando com Peckinpah em “A Morte Não Manda Recado” (1970) e “Pat Garrett e Billy the Kid” (1973). E em meio a essa parceria ainda apareceu em outros clássicos do gênero: “Nevada Smith” (1966), com Steve McQueen, “A Marca da Forca” (1968), com Clint Eastwood, e “Caçada Sádica” (1971), com Gene Hackman. Mas a carreira de Jones foi atingida em cheio quando os westerns saíram de moda em meados dos anos 1970. Até Peckinpah partiu para os thrillers. Quando faltaram trabalhos para antigos cowboys, Jones tratou de virar produtor. Ele e o colega Alvy Moore formaram a produtora LQ/JAF e fizeram quatro filmes de gêneros inesperados: terror e sci-fi. O próprio Jones dirigiu “O Quarto do Diabo” (1964), escreveu “A Irmandade de Satanás” (1971) e fez ambos em “O Menino e Seu Cachorro” (1975), que costuma ser apontado como a maior inspiração de “Mad Max”. Adaptação de um romance de Harlan Ellison, “O Menino e Seu Cachorro” acompanhava o ainda adolescente Don Johnson por uma terra devastada pelo apocalipse no distante ano de 2024. Virou cult. Mas Jones não seguiu como diretor. Em vez disso, voltou a fazer participações em séries – agora policiais – , como “As Panteras”, “CHiPs” e “Esquadrão Classe A”. Seu último trabalho atrás das câmeras foi a direção de um episódio de “O Incrível Hulk”, em 1980. Em uma longa entrevista recente para o site Camera in the Sun, ele explicou que dirigir dava muito trabalho. Atuar era bem mais fácil e, sempre que precisavam de um xerife, ainda lembravam dele. Nos anos 1980, Jones foi xerife em “The Yellow Rose” (1983-1984), série de faroeste contemporâneo, que juntava um elenco de feras – Sam Elliott, Cybill Shepherd e Chuck Connors. E até na sci-fi “O Cavaleiro do Tempo” (1982). Ele chegou a reviver a carreira cinematográfica na década seguinte, aparecendo em alguns sucessos de bilheteria, como a comédia de western “Rapidinho no Gatilho” (1994), com Paul Hogan, o thriller “No Limite” (1998), com Anthony Hopkins, o blockbuster de aventura “A Máscara do Zorro” (1998), com Antonio Banderas, e o premiado drama mafioso “Cassino” (1995), de Martin Scorsese, em que interpretou, para variar, o homem da lei que era o inimigo do gângster vivido por Robert De Niro. Sua última aparição nas telas foi como o cantor country Chuck Akers em “A Última Noite” (2006), que também foi o último filme de Robert Altman, falecido naquele ano.

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    Harlan Ellison (1934–2018)

    28 de junho de 2018 /

    Morreu Harlan Ellison, lendário escritor de ficção científica que criou a série “Starlost – A Estrela Perdida” e assinou alguns episódios clássicos do gênero na televisão americana. Ele morreu enquanto dormia nesta quinta-feira (28/6), aos 84 anos. Ellison teve vários contos adaptados e roteiros originais escritos para a antologia “Quinta Dimensão” (The Outer Limits), tanto na versão original da série dos anos 1960 quanto na sua reencarnação dos anos 1990. Também assinou histórias de “Viagem ao Fundo do Mar”, “O Agente da UNCLE”, “Além da Imaginação”, “Fuga das Estrelas” (Logan’s Run), “Babylon 5” e até mesmo um capítulo de “A Noviça Voadora” – porque era apaixonado por Sally Field, a estrela da série. Mas seu trabalho mais celebrado é sem dúvida o roteiro para “The City on the Edge of Forever”, de “Jornada nas Estrelas” (Star Trek). Penúltimo episódio da 1ª temporada da “Star Trek” clássica, a trama venceu o prêmio Hugo, dedicado aos melhores textos da ficção científica, e o WGA Award (do Sindicato dos Roteiristas) como Melhor Episódio de Série Dramática de 1967. A história gira em torno de uma viagem no tempo, quando a tripulação da Enterprise tenta impedir o Capitão Kirk (William Shatner) de mudar a História para salvar uma ativista (Joan Collins) dos anos 1930 por quem se apaixonou. O roteiro original, porém, foi reescrito por Gene Roddenberry, criador de “Star Trek”, e outros editores de texto da produção, porque a história de Ellison era muito cara para o orçamento televisivo. Em resposta, Ellison submeteu seu roteiro original ao Hugo e ao WGA, ignorando as “contribuições” dos demais. E foi seu texto original que acabou reconhecido. Por conta disso, Ellison e Roddenberry ficaram sem se falar durante anos, especialmente após o criador de “Star Trek” mentir que o roteiro do escritor transformava o engenheiro-chefe Scotty (James Doohan) em traficante de drogas. Não foi a única vez que Ellison teve problemas com produtores. O que deu origem a um hábito curioso. Quando não ficava satisfeito com a forma como seu trabalho era tratado, ele exigia que seu nome fosse substituído nos créditos pelo pseudônimo “Cornwainer Bird”. E fez isso com freqüência. Inclusive na série canadense “Starlost”, sua única criação televisiva, estrelada por Keir Dulea (o astro de “2001 – Uma Odisseia no Espaço”) em 1974. Ele também tinha fama de intratável, e isso desde que foi expulso da Universidade Estadual de Ohio por dar um soco em um professor que havia criticado sua escrita, em 1953. Uma das anedotas mais citadas de sua biografia lembra que, logo ao chegar no seu primeiro dia de trabalho na Disney, que foi seu primeiro emprego em Hollywood em 1962, Ellison brincou que adoraria fazer um filme pornográfico com os personagens das animações do estúdio. Roy Disney o ouviu e o demitiu no local, antes de entrar no prédio. Ellison também enviou 213 tijolos pelo correiro – e à cobrar – para uma editora que lhe deu calote e um bicho morto para outra empresa que publicava seus livros. Durante um discurso de 1969 em uma convenção de ficção científica do Texas, ele se referiu ao Corpo de Cadetes da universidade local como “a próxima geração de nazistas da América”. E também foi acusado de agredir o autor e crítico Charles Platt durante uma cerimônia de premiação da Nebula Awards. Outro de seus hábitos favoritos era abrir processos. Ele processou a CBS por direitos a uma percentagem dos lucros com seu episódio de “Jornada nas Estrelas” e recebeu uma quantia não revelada num acordo em 2009. Também acionou na justiça a rede ABC por plágio cometido com a série “Future Cop” (1977) e até James Cameron por plágio em “O Exterminador do Futuro” (1984). Graças a esse temperamento, só foi contratado para escrever um único roteiro de cinema, “Confidências de Hollywood” (1966), adaptação de um romance sobre um ator arrogante que se torna ainda mais insuportável ao ser indicado ao Oscar. Mas teve um de seus livros transformados em filme, a sci-fi distópica “O Menino e seu Cachorro”, estrelada pelo jovem Don Johnson em 1975. A obra, por sinal, está para ganhar remake. Mesmo com todas essas confusões, muitos produtores de sci-fi reconheciam seu talento e o empregaram como consultor criativo, trabalho que exerceu em algumas séries cultuadas, como “O Sexto Sentido” (1972), o remake de “Além da Imaginação” (1985–1989) e “Babylon 5” (1994-1998). Ellison chegou a aparecer em três episódios de “Babylon 5”. E foi considerado famoso o suficiente para ganhar uma versão animada num episódio de “Os Simpsons”, exibido em 2014.

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