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    Estreias: “Sintonia” e mais séries pra maratonar no fim de semana

    15 de julho de 2022 /

    A volta de “Sintonia” é o principal destaque da programação da Netflix nesta semana, que também traz produções das franquias “Resident Evil” e “Kung Fu Panda”. Por sinal, a série animada do Panda é uma das atrações recomendadas para as crianças aproveitarem nas férias. Mas os adultos dispõem de mais novidades, a começar por uma produção russa da Globoplay proibidíssima para menores, sobre o mundo das camgirls. Tem também Lucy Hale caçando serial killer na HBO Max e uma seleção de desenhos. Preste atenção: três das quatro séries animadas disponibilizadas não são para as crianças. Confira abaixo as 10 séries mais interessantes da semana, com trailers e mais detalhes.   | SINTONIA # 3 | NETFLIX   A série brasileira mais vista da Netflix volta a acompanhar os destinos de três amigos que cresceram juntos na mesma favela, influenciados pelo fascínio do funk, do tráfico de drogas e da fé religiosa. Cada um deles transformou suas experiências em caminhos muito divergentes. Na 3ª temporada, MC Doni (Jottapê) se torna cada vez mais popular, Rita (Bruna Mascarenhas) se engaja na política e Nando (Christian Malheiros), foragido desde o desfecho da temporada passada, vê o cerco fechar a sua volta. A atração é produzida por Kondzilla, diretor de clipes de funk e dono do canal do YouTube mais visto do Brasil, e escrita por Guilherme Quintella (também roteirista de “Insânia”).   | RESIDENT EVIL: A SÉRIE # 1 | NETFLIX   A primeira série live-action passada no universo dos jogos da Capcom é uma das adaptações mais fieis, apesar de apresentar uma história inédita na franquia, centrada nas filhas do vilão Albert Wesker, personagem do game original de 1996, que manipula os eventos por trás da saga. Mas vale apontar que a produção dividiu opiniões, dando saudades dos filmes estrelados por Milla Jovovich. A trama se desenvolve em duas cronologias paralelas. Uma parte é história de origem e acompanha as irmãs Jade e Billie Wesker aos 14 anos, quando se mudam para New Raccoon City e descobrem que o pai pode estar escondendo segredos sombrios capazes de destruir o mundo. Já a segunda parte se passa em Londres, 15 anos depois, quando o apocalipse de Wesker reduziu a população da Terra a menos de 15 milhões de habitantes – e a mais de 6 bilhões de monstros: pessoas e animais infectados pelo T-vírus. É neste mundo que Jade, agora com 30 anos, luta para sobreviver, enquanto é assombrada por segredos do passado que envolvem a irmã e o pai. Destaque do elenco, Lance Reddick, que integrou as séries “Lost”, “Fringe” e a franquia “John Wick”, é o primeiro ator negro a interpretar Albert Wesker, enquanto Ella Balinska (“As Panteras”) e Tamara Smart (de “Clube do Terror”) vivem as versões adulta e adolescente de Jade.   | RAGDOLL # 1 | HBO MAX   A nova série de Lucy Hale (a Aria de “Pretty Little Liars”) é um produção britânica de suspense. Muito suspense. Desenvolvida pelo roteirista-produtor Freddy Syborn (“Fluentes no Amor”), a atração gira em torno da investigação do assassinato de seis pessoas, que foram esquartejadas e costuradas na forma de um corpo grotesco – apelidado de “Ragdoll” (boneca de retalhos na tradução). Para complicar, o assassino provoca a polícia enviando uma lista de suas próximas vítimas. E o nome de um dos detetives encarregados do caso, Nathan Rose, é uma delas. Hale interpreta a nova recruta da unidade policial, a detetive Emily Baxter, que vai trabalha no caso com o detetive Nathan Rose (Henry Lloyd-Hughes, o Sherlock de “Os Irregulares de Baker Street”, da Netflix).   | HAPPY END # 1 | GLOBOPLAY   A série russa é a melhor surpresa da semana. Chegou sem alarde com conteúdo ousadíssimo e totalmente impróprio para menores. A trama acompanha uma jovem que decide viver como camgirl em acordo com seu namorado especialista em TI. Mas suas expectativas logo entram em colisão, conforme o comércio do sexo começa a evoluir e abrir um novo mundo para a garota. Com muita nudez, mas também humor e um enredo envolvente, a série é uma criação do cineasta Evgeniy Sangadzhiev (“Deixando o Afeganistão”) e destaca em seu elenco a corajosa Lena Tronina, já conhecida das produções de streaming por “Montanha da Morte: O Incidente na Passagem Dyatlov” (HBO Max).   | UM PASSO DE CADA VEZ | APPLE TV+   A produção infantil acompanha um menino com perna postiça, que após estudar a vida inteira em casa, tem que ir para a escola. Desenvolvida por Matt Fleckenstein, criador de “Nicky, Ricky, Dicky & Dawn” e roteirista de “iCarly”, a série é inspirada no livro de memórias do esquiador paralímpico Josh Sundquist. A trama apresenta Josh (interpretado por Logan Marmino) como uma criança 12 anos de idade, três anos depois de perder a perna para um câncer.   | UMA ADVOGADA EXTRAORDINÁRIA # 1 | NETFLIX   Já imaginou como seria “The Good Doctor” se a série fosse com advogados? Pois a nova produção sul-coreana da Netflix gira em torno de Woo Young-woo, uma advogada com transtorno do espectro autista (TEA), recém contratada por um grande escritório de advocacia. Ela tem um QI altíssimo de 164, memória excepcional e uma maneira criativa de pensar, mas sofre com baixa inteligência emocional e poucas habilidades sociais. Como resultado, muitos a enxergam como uma pessoa esquisita, gerando alguns entraves em sua vida. O papel da advogada Woo é desempenhado por Park Eun-bin, uma conhecida atriz de doramas que brilhou recentemente na série de época “O Rei de Porcelana” (The King’s Affection), também disponível na Netflix.   | SOLAR OPPOSITES # 3 | STAR+   Desenvolvida por Justin Roiland (co-criador de “Rick & Morty”), a atração animada acompanha uma família alienígena que escapou da explosão de seu mundo e vive refugiada nos subúrbios dos EUA, divididos entre achar que a Terra é horrível e impressionante. Enquanto dois deles só veem a poluição, o consumismo grosseiro e a fragilidade humana, os outros dois amam os seres humanos e toda a sua TV, junk food e coisas divertidas. O elenco de vozes destaca o próprio Roiland, Thomas Middleditch (“Silicon Valley”), Mary Mack (dubladora de “Golan the Insatiable”) e Sean Giambrone (“The Goldberg”) como os alienígenas, além de vários astros famosos como coadjuvantes, entre eles Alan Tudyk (“Patrulha do Destino”), Alfred Molina (“Homem-Aranha 2”), Amanda Leighton (“This Is Us”), Christina Hendricks (“Good Girls”), Echo Kellum (“Arrow”) e Jason Mantzoukas (“The Good Place”). A série já está renovada para a 4ª temporada. | BIRDGIRL # 2 | HBO MAX   A série animada do Adult Swim chega à 2ª temporada explorando situações cada vez mais surreais. Reciclagem adulta de personagens dos anos 1960 da produtora Hanna-Barbera, a trama acompanha as modernas aventuras empresariais da Birdgirl (ou Garota Pássaro), personagem que era uma simples coadjuvante, introduzida num episódio de 1967 do desenho do “Homem-Pássaro” (Birdman). O visual é o mesmo da época, concebido pelo mestre Alex Toth, que também criou Space Ghost e, claro, o Homem-Pássaro. Quase esquecida, a heroína foi resgatada numa das primeiras paródias do Adult Swim, “Harvey, o Advogado” (Harvey Birdman, Attorney at Law), lançada em 2000, que mostrava o Homem-Pássaro como advogado. “Birdgirl” é um spin-off daquela série, que acompanha Judy Ken Sebben, a Birdgirl, após assumir o controle da empresa de seu falecido pai. Só que o trabalho de CEO se transforma numa luta contra o mal. Isto porque a empresa que ela assume tem uma agenda maligna, obtendo seu lucro de desmatamento de florestas, envenenamento de populações e de altas tarifas de hospitais infantis. Diante do problema, Birdgirl resolve juntar um novo grupo de super-heróis para enfrentar sua mais importante missão: acabar com tudo o que a torna rica. A série foi desenvolvida por Erik Ritcher e Michael Ouweleen, criadores de “Harvey, o Advogado”, e destaca um trabalho brilhante de Paget Brewster (a Emily Prentiss de “Criminal Minds”) como a voz da heroína.   | FARZAR # 1 | NETFLIX   A nova série animada adulta de ficção científica não poupa violência, robôs, alienígenas bizarros, piadas sexuais, genitália, escatologia e um mundo em guerra, onde o grande herói é na verdade um aproveitador interessado no poder. Na trama, após libertar o planeta Farzar do malvado alienígena Bazarack, o egoísta guerreiro Renzo casou-se com a rainha idosa daquele mundo para se tornar o novo Czar. Anos depois, quando o planeta fica novamente sob ataque de alienígenas devoradores de gente, seu filho ingênuo e menos brilhante, Príncipe Fichael, acredita que deve seguir a tradição e liderar a resistência. Só que ao liderar uma equipe contra a invasão, Fichael começa a descobrir que nem tudo é o que parece e ele pode estar vivendo uma mentira. “Farzar” é uma criação da dupla Roger Black e Waco O’Guin, criadores das divertidamente infames “Brickleberry” e “Paradise PD” (esta também lançada na Netflix).   | KUNG FU PANDA: O CAVALEIRO DRAGÃO # 1 | NETFLIX   A primeira série baseada na franquia de cinema traz o comediante Jack Black (“Jumanji: Próxima Fase”) de volta ao papel-título, após dublar o panda Po em três filmes e também em curtas. O último trabalho do ator na animação tinha sido em 2016, no longa “Kung Fu Panda 3”. A trama é uma nova aventura com personagens inéditos. Para evitar que um misterioso par de doninhas roube uma coleção de quatro armas poderosas, que podem destruir o mundo, Po se alia a uma ursa britânica (dublada em inglês pela cantora Rita Ora) e embarca em uma jornada ao redor do mundo atrás de redenção e justiça.

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    Jean-Louis Trintignant (1930–2022)

    17 de junho de 2022 /

    O ator Jean-Louis Trintignant, um dos maiores intérpretes do cinema francês, morreu nesta sexta-feira (17/6) aos 91 anos. Ele tinha câncer e sua mulher, Mariane Hoepfner Trintignant, informou que ele morreu “pacificamente, de velhice, esta manhã em casa no Gard, cercado por seus entes queridos”, de acordo com o jornal Le Monde. Ao longo de quase 70 anos de carreira e mais de 130 filmes – sem contar dezenas de peças de teatro – , ele foi dirigido pelos principais mestres do cinema europeu, demonstrando enorme versatilidade ao encarar de dramas artísticos da nouvelle vague a comédias comerciais, épicos históricos e até western spaghetti. Originalmente, Trintignant queria ser diretor. Mas para pagar o curso na escola de cinema IDHEC em Paris começou a assumir pequenos papéis na tela. Até que chamou atenção em 1956 como um dos três homens envolvidos com Brigitte Bardot no famoso filme “E Deus Criou a Mulher” (1956), de Roger Vadim. O cineasta ficou com ele mente, mesmo que Trintignant ainda não levasse a carreira de ator à sério, especialmente pelas condições da época – após filmar o clássico de Vadim, ele foi convocado pelo serviço militar e levado a lutar na Guerra da Argélia. Após três anos, Vadim o reencontrou para integrar o elenco de sua adaptação de 1959 de “Ligações Perigosas”, de Choderlos de Laclos – lançada no Brasil como “Ligações Amorosas” – , onde contracenou com Jeanne Moreau e Boris Vian. E a partir daí Trintignant não parou mais. No mesmo ano, fez seu primeiro papel de protagonista naquele que também foi seu primeiro trabalho estrangeiro: o drama de guerra “Verão Violento”, filmado na Itália por Valerio Zurlini. E em seguida foi integrar o elenco internacional de seu primeiro épico, um filme de Napoleão com o especialista Abel Gance, “Com Sangue se Escreve a História” (Austerliz, 1960), ao lado de estrelas de Hollywood (Jack Palance, Orson Welles, Leslie Caron), da Cinecittà (Claudia Cardinale, Vittorio de Sica) e compatriotas (Jean Marais, Pierre Mondy, Martine Carol). O sucesso dos dois longas o tornou requisitado tanto na França quanto na Itália, fazendo sua filmografia inflar. Nos cinco anos seguintes, fez nada menos que 20 filmes, incluindo “Paixões e Duelo” (1962), de Alain Cavallier, como um terrorista casado com Romy Schneider, e duas comédias muito populares com Vittorio Gassman: “Aquele Que Sabe Viver” (1962), de Dino Risi, e “Minha Esposa é um Sucesso” (1963), de Mauro Morassi. Também estrelou coproduções entre França e Itália, como “Castelos na Suécia” (1963), dirigido por Roger Vadim e coestrelado por Monica Vitti, e a aventura romântica “Maravilhosa Angélica” (1964), de Bernard Borderie. Trintignant ainda estrelou o primeiro de seus filmes com Costa Gavras, “Crime no Carro Dormitório” (1965), antes de embarcar no papel que o projetou como nenhum outro, “Um Homem, uma Mulher” (1966), de Claude Lelouch. Considerado um dos filmes românticos mais famosos de todos os tempos, a história de amor vivida pelo ator e Anouk Aimée venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes e dois Oscars – Melhor Filme em Língua Estrangeira e Melhor Roteiro. O filme foi tão marcante que resultou num reencontro entre o casal e o diretor na continuação “Um Homem, uma Mulher: 20 Anos Depois”, lançada em 1986. Seu alcance mundial também transformou Trintignant num dos maiores astros do cinema francês. Por isso, mesmo aumentando a pilha de projetos, ele passou a aparecer em filmes cada vez mais importantes. A lista é enorme, destacando o drama de guerra “Paris Está em Chamas?” (1966), de René Clement, que disputou dois Oscars, o célebre filme lésbico “As Corças” (1968), de Claude Chabrol, premiado no Festival de Berlim, o politizado “Z” (1969), de Costa Gavras, vencedor do Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, o romântico “Minha Noite com Ela” (1969), de Éric Rohmer, indicado ao Oscar de Melhor Roteiro, o icônico “O Conformista” (1970), de Bernardo Bertolucci, também indicado ao Oscar e responsável por um dos melhores desempenhos de Trintignant, entre muitos, muitos outros. Com tantos trabalhos marcantes, o próprio ator começou a receber prêmios, a partir de “O Homem que Mente” (1968), de Alain Robbe-Grillet, que lhe rendeu o Urso de Prata no Festival de Berlim. No ano seguinte, foi a vez do Festival de Cannes saudá-lo por “Z”. Mas o César, considerado o Oscar francês, só passou a considerá-lo numa fase mais madura de sua carreira. Na década de 1970, embarcou em novos projetos artísticos do diretor Robbe-Grillet (os cultuados “Deslizamentos Progressivos do Prazer” e “O Jogo com o Fogo”), retomou sua química com Romy Schneider em outros romances (“O Último Trem”, “Escalada ao Poder”), fez mais uma colaboração sensacional com o diretor Valerio Zurlini (“O Deserto dos Tártaros”) e até estreou em Hollywood, contracenando com Burt Reynolds e a conterrânea Catherine Deneuve em “Crime e Paixão” (1975), de Robert Aldrich. Depois de consagrado e rico, o grande astro ficou ainda mais exigente, o que compactuou com sua longevidade artística. Escolhendo a dedo seus projetos, ele só não viveu um renascimento nas décadas seguintes porque sua carreira nunca decaiu. Vieram três parcerias consecutivas com Ettore Scola: “O Terraço” (1980), premiado no Festival de Cannes, “Paixão de Amor” (1981) e “Casanova e a Revolução” (1982), vencedores de vários prêmios David di Donatello (o Oscar italiano). Veio seu melhor filme americano: “Sob Fogo Cerrado” (1983), de Roger Spottiswoode, indicado ao Oscar e vencedor da categoria de Melhor Filme Estrangeiro no David di Donatello. Veio a protelada colaboração com o mestre François Truffaut: “De Repente num Domingo” (1983), indicado ao César e ao BAFTA (o Oscar britânico). E, principalmente, veio a primeira indicação ao César de Trintignant, como Ator Coadjuvante em “A Mulher de Minha Vida” (1986), de Régis Wargnier. Mas ele ainda estava só começando. Com mais de 60 anos, passou a acumular indicações ao César como Melhor Ator: por “A Fraternidade é Vermelha” (1994), de Krzysztof Kieslowski, “Fiesta” (1995), de Pierre Boutron, e “Os que Me Amam Tomarão o Trem” (1998), de Patrice Chéreau. Mostrando-se disposto a se revigorar, passou a trabalhar com uma nova geração de cineastas de visões originais, com destaque para Enki Bilal, um artista de quadrinhos transformado em diretor de ficção científica, com quem filmou três filmes: “Bunker Palace Hotel” (1989), “Tykho Moon” (1996) e “Immortal” (2004). Também fez dobradinha com Jacques Audiard (“O Declínio dos Homens” e “Um Herói Muito Discreto”) e participou de uma das melhores fantasias de Marc Caro e Jean-Pierre Jeunet, dublando um cérebro falante em “Ladrão de Sonhos” (1995). Essa dedicação ao cinema foi recompensada com outro papel importante no fôlego final de sua carreira. Trintignant viveu o marido octogenário e solitário, que opta pela morte misericordiosa de sua esposa (Emmanuelle Riva), após ela sofrer derrame em “Amor” (2012). O filme do austríaco Michael Haneke venceu a Palma de Ouro e o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. E rendeu ao astro veterano o César de Melhor Ator, que tantas vezes escapou de seu alcance. Sobre o filme, o ator disse ao Le Journal du Dimanche: “O personagem me emocionou enormemente. Como ele, estou no fim da minha vida. E como ele, penso muito em suicídio. Qualquer que seja o papel que Haneke queira me escalar a seguir, eu vou aceitar.” De fato, ele voltou a atuar para Haneke em “Happy End” (2014), antes de se despedir das telas com um último drama. O ator foi casado com a atriz Stéphane Audran, que o trocou pelo diretor Claude Chabrol – e depois os três filmaram juntos “A Corsas”. Sua segunda esposa, Nadine Marquand, também foi atriz, roteirista e diretora – e dirigiu o marido em alguns filmes. Eles tiveram três filhos: o diretor Vincent Trintignant, Pauline (que morreu no berço em 1969) e Marie Trintignant, que se tornou uma atriz de sucesso, antes de ser assassinada pelo namorado em 2003, aos 41 anos. Em 2018, Trintignant anunciou que tinha sido diagnosticado com câncer de próstata e não procuraria tratamento. Seu velho amigo, Claude Lelouch, o procurou na ocasião para fazer um filme-homenagem, “Os Melhores Anos de Uma Vida”, título perfeito para o reencontro final de um homem, uma mulher e um diretor. Em sua despedida das telas, Trintignant voltou a contracenar com Ainouk Aimée como um idoso tentando lembrar o grande amor de sua vida, com direito a flashbacks de cenas em que todos eram jovens encantados. “Envelhecer é apenas uma série de problemas”, disse ele em entrevista recente. “Mas, no final, foi bom eu ter permanecido vivo por tanto tempo. Eu pude conhecer muitas pessoas interessantes.”

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    Mostra de Cinema de São Paulo terá vencedores de Cannes, Toronto e quase 400 filmes

    7 de outubro de 2017 /

    A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo divulgou neste sábado (7/10) a lista de filmes de sua 41ª edição. Entre os destaques estão o filme vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, “The Square”, de Ruben Östlund, o vencedor do troféu de Melhor Direção do Festival de Berlim, “O Outro Lado da Esperança”, de Aki Kaurismaki, o novo drama de Michael Haneke, “Happy End”, e muito, muito mais. Ao contrário do Festival do Rio, que diminuiu sua seleção como reflexo da crise econômica, a Mostra ampliou a quantidade de títulos exibidos em 2017, programando quase 400 filmes. Também diferente da opção carioca, o evento paulista não buscou enfatizar o cinema autoral mais óbvio – e comercial – , deixando Hollywood de lado para se focar num cinema, como diz sua denominação, internacional. Por isso, traz nada menos que 13 títulos que disputam vagas no Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira: o argentino “Zama”, o sul-coreano “O Motorista de Táxi”, “Scary Mother” da Geórgia, o iraniano “Respiro”, o irlandês “Granito”, o islandês “A Sombra da Árvore”, o neozelandês “Mil Cordas”, o tcheco “Mães no Gelo”, o russo “Loveless”, o suíço “Mulheres Divinas”, o venezuelano “El Inca”, além do sueco “The Square” e o austríaco “Happy End”, já citados. Isto não significa que o cinema americano foi ignorado. O grande vencedor do Festival de Toronto e fortíssimo candidato ao Oscar 2018, “Três Anúncios Para um Crime”, de Martin McDonagh, será exibido na programação. Mas há mais ousadia. Basta verificar a grande quantidade de filmes sem distribuição assegurada no país em sua seleção com que a lista do Festival do Rio, cuja divulgação foi acompanhada por diversos releases de distribuidoras informando que a maioria estará em breve nos cinemas. Para o cinéfilo, isto é a chave do paraíso. Em comum com o Festival do Rio, e reflexo de uma tendência mundial, há uma forte presença de cineastas femininas na seleção. Do total dos 394 títulos, 98 são dirigidos por mulheres, sendo 18 de brasileiras. Um dos filmes que tende a gerar as maiores filas, por seu perfil absolutamente cult, é sobre e de uma mulher: “Nico, 1988”, de Susanna Nicchiarelli, cinebiografia da modelo, atriz e cantora da banda Velvet Underground, que venceu a seção Horizontes do Festival de Veneza. Este ano, a Mostra será aberta com a projeção de “Human Flow” (2017), documentário do artista plástico chinês Ai Weiwei sobre a crise mundial dos refugiados. Weiwei também assina o cartaz da Mostra e estará presente ao evento, assim como os outros homenageados: a cineasta belga Agnès Varda (“As Duas Faces da Felicidade”), que vai receber o Prêmio Humanidade e ganhará uma retrospectiva de onze longas, o diretor italiano Paul Vecchiali (“O Estrangeiro”), que também ganha retrospectiva e vem ao festival para receber o Prêmio Leon Cakoff, e o ator Paulo José (“Quincas Berro d’Água”), que será homenageado com documentários sobre sua trajetória e também receberá o troféu que leva o nome do criador da Mostra. Haverá também uma retrospectiva do cinema suíço, pouquíssimo conhecido no Brasil, com destaque para a obra do diretor Alain Tanner (“Jonas Que Terá Vinte e Cinco Anos no Ano 2000”), e exibições especiais, como uma projeção da obra-prima do cinema mudo “O Homem Mosca” (1923), grande sucesso de Harold Lloyd, ao ar livre no parque do Ibirapuera, e de clássicos do cinema brasileiro no vão livre do MASP, na Avenida Paulista. A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo acontece entre os dias 19 de outubro e 1 de novembro, e a venda dos ingressos já começa no próximo dia 14. A lista completa dos filmes será disponibilizada em breve no site oficial da Mostra.

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    Michael Haneke filma burguesia para falar de crise humanitária em Cannes

    23 de maio de 2017 /

    Apresentado como um drama sobre a crise da imigração na Europa, o novo filme de Michael Heneke (“Amor”), que compete no Festival de Cannes, foca o tema apenas de forma ambígua, como um elemento secundário. Na verdade, “Happy End” é um drama sobre uma família burguesa de Calais, no Norte da França, onde existiu um dos maiores campos de refugiados europeus. Mas, segundo o diretor, o que não se vê destacado na tela é que é importante. E ele explicou porquê, durante a entrevista coletiva do festival. Em “Happy End”, a atriz Isabelle Huppert (“Elle”), que realiza seu quarto filme com o diretor, vive a chefe da família Laurent, administrando a empresa construtora do pai (Jean-Louis Trintignant, de “Amor”), um viúvo octogenário que não quer mais viver. Uma curiosidade da trama é que os personagens de ambos parecem ser os mesmos de “Amor”. Mas o tom, entretanto, é de ódio. As tensões entre os membros da família se tornam cada vez mais evidentes, envolvidos com negócios, divórcios, filhos negligenciados, ao mesmo tempo em que o filme ressalta seus privilégios de classe. Já a crise humanitária é sugerida apenas levemente, pela presença dos serviçais da família e os imigrantes que perambulam pelas ruas da cidade. Segundo o diretor, isso é proposital e reflete a forma como os personagens veem o mundo. “Essa história poderia acontecer em qualquer lugar do mundo, não é sobre a situação em Calais, especificamente. O que o ambiente do filme pode fornecer é a ideia do quanto nos tornamos alheios à realidade à nossa volta”, apontou Haneke, na entrevista coletiva do festival. “Não é tão óbvio quanto parece, porque na realidade não há grandes surpresas nem artifícios em ‘Happy End’. Mas, sim, queria que ficassem claras as linhas que sobrevoam o argumento. Minha aposta é mostrar o menos possível para que seja a imaginação do espectador que complete o filme”. Mesmo assim, ele não reforça nenhum ponto com esclarecimentos necessários. “Não quero responder sobre os imigrantes, porque é você quem tem que responder a essa pergunta. Eu coloco pistas para o espectador e ele tem que encontrar suas respostas”, disparou, diante da tentativa de se criar um esboço mais claro de suas intenções. Mas Haneke não quer deixar nada claro. Ele busca provocar a imaginação desde as primeiras cenas de “Happy End”, que são perturbadoras, criadas pelo diretor de 75 anos com imagens de aplicativos de telefone. A opção também visou ressaltar que o excesso de informação da vida moderna não ensina nada sobre como se deve viver. “Há uma certa amargura no tipo de vida que levamos”, ele observou. “Somos constantemente inundados por informações, mas continuamos sem aprender nada com elas. A única coisa que conhecemos vem das nossas experiências pessoais.” Diante disso, torna-se inevitável questionar o título. Afinal, qual é o final feliz da história? Assim como todo o filme, Jean-Louis Trintignant explicou que o desfecho é propositalmente ambíguo. “Michael decidiu que seria assim, e, por isso, eu também estou contente”.

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    Primeiras fotos do novo filme de Michael Haneke volta a juntar atores de Amor

    7 de maio de 2017 /

    Surgiram as primeiras imagens do novo filme de Michael Haneke, “Happy End”, selecionado para o Festival de Cannes 2017. A produção será a quarta colaboração entre o diretor alemão e a atriz francesa Isabelle Huppert e o seu segundo trabalho com o veterano Jean-Louis Trintignant. Ambos trabalharam com Haneke no premiado drama “Amor” (2012), e aparecem lado a lado numa das fotos, que reúne outros integrantes do elenco, como Mathieu Kassovitz (“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”), Fantine Harduin (“Le Voyage de Fanny”) e o inglês Toby Jones (série “Wayward Pines”) Passada na cidade portuária de Calais, a produção irá retratar o drama dos refugiados e a crise migratória na Europa contemporânea. A estreia comercial está marcada para outubro na Europa e ainda não há previsão de lançamento no Brasil.

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    Michael Haneke vai filmar drama sobre a crise dos refugiados com atores de Amor

    1 de janeiro de 2016 /

    O diretor Michael Haneke vai voltar a trabalhar com os astros de “Amor” (2012), Isabelle Huppert e Jean-Louis Trintignant, em seu próximo filme, informou o site Deadline. Intitulado “Happy End”, a produção irá retratar o drama dos refugiados e a crise migratória na Europa contemporânea. O tema já fez Haneke assinar um abaixo-assinado com outros 3 mil membros da indústria europeia de cinema, pedindo ajuda internacional para a situação dos imigrantes. “Happy End”, por sinal, será a quarta parceria do cineasta com a atriz Isabelle Huppert, com quem já trabalhou em “A Professora do Piano” (2001), “O Tempo do Lobo” (2003) e no recente “Amor” As filmagens estão previstas para o início deste ano na região de Calais, no norte da França. De acordo com a imprensa francesa, a expectativa é que “Happy End” seja lançado no Festival de Cannes de 2017.

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