Tom Hardy vai estrelar filme da guerra do diretor de Ghost in the Shell
O astro Tom Hardy (“Mad Max: Estrada da Fúria”) vai liderar um elenco grandioso num novo filme sobre a Guerra do Vietnã com direção de Rupert Sanders (“A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell”). Intitulado “The Things They Carried”, o filme também tem produção de Hardy e contará com as participações dos atores Tye Sheridan (“X-Men: Fênix Negra”), Stephan James (“Se a Rua Beale Falasse”), Bill Skarsgard (“It – A Coisa”), Pete Davidson (“O rei de Staten Island”), Ashton Sanders (“Moonlight”), Martin Sensmeier (“Sete Homens e um Destino”), Moises Arias (“A Cinco Passos de Você”) e Angus Cloud (“Euphoria”), entre outros ainda não anunciados. A trama vai adaptar o livro homônimo de Tim O’Brien, um veterano do Vietnã que reuniu na obra várias histórias sobre um pelotão de jovens soldados e suas experiências na linha de frente da guerra. O livro ganhou o National Book Critics Circle Award em 1990, foi nomeado o Livro do Século do New York Times e um de seus contos já rendeu um filme anteriormente, “A Queridinha do Soldado”, estrelado por Kiefer Sutherland em 1998. A adaptação está a cargo do escritor Scott B. Smith (“Um Plano Simples”), que também está desenvolvendo uma nova série sci-fi para a Amazon em parceria com o casal Jonathan Nolan e Lisa Joy (criadores de “Westworld”), chamada “The Peripheral”. “’The Things They Carried’, de Tim O’Brien é sua obra-prima seminal – uma experiência literária crua, inabalável e emocionalmente verdadeira filtrada por um caleidoscópio de memória – e é impossível não ser profundamente comovido por ela”, disseram Hardy e seu parceiro produtor Dean Baker, num comunicado em conjunto. “Estamos todos profundamente apaixonados e honrados por ter a sorte de trabalhar ao lado de Tim para trazer seu clássico vital para as telas – e junto com nosso elenco incrível, Rupert (Sanders), Scott (B. Smith) e David (Zander, produtor de ‘Spring Breakers’) – estamos ansiosos para criar o que sentimos que será um filme importante. ” Sanders também se manifestou sobre o projeto, chamando “The Things They Carried” de “uma obra lindamente elaborada e um dos livros mais visceralmente evocativos que já li”. “Para mim, ele transcende o tema dos jovens em guerra e explora a paisagem de profundas emoções humanas que residem dentro de todos nós. Vivemos em tempos turbulentos, e os temas de amor, medo e mortalidade que Tim explorou 30 anos atrás ainda ressoam hoje, talvez com ainda mais força”, continuou o diretor. “E também estou muito entusiasmado com o elenco que montamos – não vimos tantas estrelas jovens de diferentes origens compartilhando a tela desde os dias de ‘Platoon” (1986) ou ‘The Outsiders’ (1983).” As filmagens estão planejadas para o início de 2021 na Tailândia.
The Liberator: Série animada sobre 2ª Guerra Mundial ganha novo trailer
A Netflix divulgou novos pôsteres de personagens e o segundo trailer de “The Liberator”, minissérie animada adulta e realista, baseada no aclamado livro de não-ficção de Alex Kershaw sobre a 2ª Guerra Mundial. A prévia destaca a narração dramática do protagonista, que acompanha uma animação criada com auxílio de rotoscópio, que transforma a performance dos intérpretes dos personagens em desenho. É a mesma técnica visual aplicada em “O Homem Duplo” (2006), de Richard Linklater, e na recente série “Undone”, da Amazon. O astro britânico Bradley James (o Arthur da série “Merlin”) estrela a produção como Felix Sparks, um oficial do Exército dos EUA que na vida real liderou um dos primeiros batalhões aliados a desembarcar na Itália e marchar em direção à Alemanha, onde libertou o campo de concentração de Dachau. A marcha de Sparks e seus homens durou mais de 500 dias, em meio a tiroteios traiçoeiros e explosões, e a minissérie de quatro episódios vai recriar sua árdua missão. A adaptação do livro de Krashaw foi escrita pelo veterano roteirista Jeb Stuart (“Duro de Matar”) e dirigida pelo aclamado artista de efeitos visuais Grzegorz Jonkajtys (da equipe de “Star Wars: O Despertar da Força” e “Vingadores: Guerra Infinita”). Co-estrelada por Jose Miguel Vasquez (“The Walking Dead”), Bryan Hibbard (“Cobra Kai”), Martin Sensmeier (“Westworld”) e Ross Anderson (“Predadores Assassinos”), “The Liberator” vai estrear em 11 de novembro, data em que se comemora o Dia dos Veteranos nos EUA.
Joaquin Phoenix será Napoleão em novo épico de Ridley Scott
O ator Joaquin Phoenix, vencedor do Oscar por “Coringa”, vai estrelar o próximo filme de Ridley Scott (“Perdido em Marte”), chamado de “Kitbag”, no papel de Napoleão Bonaparte. A produção marca um reencontro entre o ator e o diretor após 20 anos. Eles trabalharam juntos em outro épico, “Gladiador” (2000), que rendeu a primeira indicação ao Oscar da carreira de Phoenix. Segundo o site Deadline, “Kitbag” deve ser uma “história de origem”, traçando a ascensão de Napoleão de soldado a imperador, e retratando ainda o relacionamento volátil e intenso com sua mulher, Josefina (Josephine). O roteiro está a cargo de David Scarpa, que escreveu “Todo o Dinheiro do Mundo” para Scott. O cineasta planeja rodar “Kitbag” após finalizar “Gucci”, outro drama histórico, embora em tom criminal, inspirado no assassinato do estilista Maurizio Gucci em 1995, que será estrelado por Lady Gaga. O detalhe é que ele ainda não começou “Gucci”. O diretor de 82 anos está atualmente à frente de “The Last Duel”, épico passado no século 14, que reúne Ben Affleck, Matt Damon e Adam Driver. O longa está em pós-produção e ainda não tem previsão de estreia.
The Liberator: Trailer de série animada impressiona com o realismo da guerra
A Netflix divulgou o pôster e o trailer de “The Liberator”, minissérie animada adulta e realista, baseada no aclamado livro de não-ficção de Alex Kershaw sobre a 2ª Guerra Mundial. A prévia destaca o realismo da animação, criada com auxílio de uma técnica avançada de rotoscópio, que transforma a performance dos intérpretes dos personagens em desenho, ao mesmo tempo em que demonstra uma evolução nesse estilo visual, aplicado em “O Homem Duplo” (2006) de Richard Linklater e na recente série “Undone”, da Amazon. O astro britânico Bradley James (o Arthur da série “Merlin”) estrela a produção como Felix Sparks, um oficial do Exército dos EUA que na vida real liderou um dos primeiros batalhões aliados a desembarcar na Itália e marchar em direção à Alemanha, onde libertou o campo de concentração de Dachau. A marcha de Sparks e seus homens durou mais de 500 dias, em meio a tiroteios traiçoeiros e explosões, e a minissérie de quatro episódios vai recriar sua árdua missão. A adaptação do livro de Krashaw foi escrita pelo veterano roteirista Jeb Stuart (“Duro de Matar”) e dirigida pelo aclamado artista de efeitos visuais Grzegorz Jonkajtys (da equipe de “Star Wars: O Despertar da Força” e “Vingadores: Guerra Infinita”). Co-estrelada por Jose Miguel Vasquez (“The Walking Dead”), Bryan Hibbard (“Cobra Kai”), Martin Sensmeier (“Westworld”) e Ross Anderson (“Predadores Assassinos”), “The Liberator” vai estrear em 11 de novembro, data em que se comemora o Dia dos Veteranos nos EUA.
Apple adquire primeiro longa dos irmãos Russo após Vingadores: Ultimato
A Apple adquiriu os direitos de exibição de “Cherry”, primeiro filme dirigido pelos irmãos Anthony e Joe Russo após baterem o recorde de bilheteria mundial do cinema com “Vingadores: Ultimato” no ano passado. Não bastassem os diretores, o filme é estrelado por um astro da Marvel: Tom Holland, o intérprete do Homem-Aranha. E esta combinação atraiu vários interessados no projeto, levando a Apple a desembolsar, segundo o site Deadline, US$ 40 milhões para oferecer o longa com exclusividade em seu serviço de streaming. A produção foi realizada pela AGBO (a pronúncia é igual a HBO, em inglês), estúdio criado pelos Russo com a fortuna obtida em seus trabalhos para a Marvel. A trama é baseada no livro de memórias de Nico Walker, um ex-médico do Exército que voltou do Iraque com estresse pós-traumático, ficou viciado em drogas e começou a roubar bancos. Ele foi capturado em 2011 e ainda está preso – mas como sua sentença vai até novembro, poderá assistir a estreia. Os irmãos Russo pagaram US$ 1 milhão e superaram a Warner e a Sony, também interessados em adaptar a obra, numa negociação longa, que levou Nico Walker a usar todos os minutos que tinha disponíveis no telefone da prisão para garantir o seu futuro como milionário. Mas o que pesou em favor dos cineastas foi o fato de também vir de Cleveland como o escritor, e terem perdido amigos para o vício, o que lhes fez querer se focar nesse problema em seu novo filme. O roteiro de “Cherry” é escrito por Jessica Goldberg, criadora da série “The Path”, e o elenco ainda inclui Bill Skarsgard (“It: A Coisa”), Ciara Bravo (“Wayne”), Jack Reynor (“Midsommar”), Thomas Lennon (“Máquina Mortífera”), Kelli Berglund (“Lab Rats”), Jeff Wahlberg (“Dora e a Cidade Perdida”) e Michael Gandolfini (“The Deuce”). A produção já está finalizada e deverá ser lançada na Apple TV+ no final do ano, tornando-se um candidato inesperado da plataforma para tentar surpreender na temporada de prêmios cinematográficos.
Diretor brasileiro filmará drama da guerra da Síria com atriz Olivia Munn
O diretor catarinense David Schurmann, responsável por “Pequeno Segredo”, filme que representou o Brasil na busca de uma vaga no Oscar de 2017, vai fazer sua estreia numa produção independente de Hollywood. Ele vai dirigir a atriz Olivia Munn (“X-Men: Apocalypse”) em “Aleppo”, drama sobre meninos refugiados e uma jornalista da ONU (Munn), que se encontram em fuga da tragédia da guerra civil da Síria. Atualmente em pré-produção, o filme escrito por Beto Dantas é uma produção da MiLu Entertainment, uma novo produtora de Los Angeles, e contará em sua equipe com a diretora de arte alemã Brigitte Broch, vencedora do Oscar por “Moulin Rouge” (2001), e com compositor brasileiro Antonio Pinto, indicado ao Globo de Ouro por “O Amor nos Tempos do Cólera” (2007). “Olivia é uma atriz principal forte e dinâmica, cuja paixão pelo projeto sob a direção de David dará vida a essa história poderosa e importante”, disse o produtor Andre L III, CEO da MiLu Entertainment, em comunicado sobre o projeto. Em seu Instagram, a atriz escreveu: “Um dos scripts mais cativantes e comoventes que já li. Muito animada por fazer parte deste filme”. Veja abaixo. “Aleppo” é o segundo filme da MiLu a entrar em pré-produção. A empresa foi lançada com o anúncio de “The Thicket”, um thriller de Elliott Lester (“Em Busca de Vingança”) que será estrelado por Peter Dinklage (“Game of Thrones”), Noomi Rapace (“Prometheus”), Sophia Lillis (“It: A Coisa”) e Charlie Plummer (“Todo o Dinheiro do Mundo”). Nenhum dos dois filmes tem previsão de estreia. Ver essa foto no Instagram One of the most captivating, heartbreaking scripts I’ve read. So excited to be part of this film. ❤️ #Aleppo Uma publicação compartilhada por Olivia Munn (@oliviamunn) em 23 de Set, 2020 às 12:40 PDT
Vida do ator herói Audie Murphy vai virar série
A vida do ator Audie Murphy (1924–1971), que estrelou quase 50 filmes, a maioria westerns feitos nos anos 1950, vai virar uma série. A produção vai contar como ele ganhou projeção a partir de seus atos de heroísmo na 2ª Guerra Mundial, quando se tornou o soldado mais condecorado dos EUA, homenageado inclusive com a Medalha de Honra do Congresso e pelos governos da França e da Bélgica, até sua transformação em cowboy de Hollywood e sua morte precoce, aos 46 anos, num acidente de avião. Parte desta história já foi contada no cinema e estrelada pelo próprio Audie Murphy. Ele viveu a si mesmo no filme “Terrível como o Inferno” (1955), que contou sua experiência na guerra. Os produtores da série, Arthur E. Friedman (“Uma Vida sem Limites”) e Steven Jay Rubin (“Perdendo a Esportiva”), dizem que a trama dará profundidade ao relato de 1955, mostrando os traumas causados pelos combates na Europa, em que Murphy matou mais de 240 inimigos. “Quando eles fizeram ‘Terrível como o Inferno’, com Audie interpretando a si mesmo, eles contaram apenas parte de sua história”, disse Friedman, em comunicado. “O que transforma um garoto de fazenda de 16 anos do Texas, 56 quilos e rosto de bebê em uma máquina de matar na guerra e o que acontece quando ele passa de guerreiro da vida real a estrela de cinema… é tema para um drama envolvente.” Rubin acrescentou: “Hoje contamos histórias de maneira diferente e nossa intenção é apresentar este herói célebre como um homem, não como uma figura mítica. Somos inspirados por filmes realistas como ‘O Resgate do Soldado Ryan’ e minisséries como ‘Band of Brothers’.” Para o projeto, a dupla adquiriu os direitos da biografia de Murphy, “No Name on the Bullet”, escrita por Don Graham, e agora buscam por um escritor para a adaptação. Ainda em fase inicial, a produção não tem canal ou plataforma definida para sua realização.
Ator chora por reclamar de Chadwick Boseman em Destacamento Blood
A luta secreta de Chadwick Boseman contra o câncer fez o ator trabalhar em algumas produções enquanto estava fazendo tratamento quimioterápico. Um destes filmes foi o recente “Destacamento Blood”, de Spike Lee. Ao lembrar das filmagens nesta segunda (31/8), o veterano ator Clarke Peters (“His Dark Materials”) chorou em uma entrevista ao programa “Good Morning Britain”, arrependido de tê-lo criticado por receber tratamento especial durante a produção. “Minha esposa me perguntou como o Chadwick era, porque eu estava muito animado em trabalhar com ele. Eu disse que ele era tratado como alguém ‘especial’, porque estava sempre cercado de gente ao seu redor para bajulá-lo”. Peters não conteve as lágrimas ao falar sobre como se arrependia de pensar aquilo. “Ele tinha uma pessoa chinesa que lhe fazia massagens nas costas quando ele saía do set, uma moça que massageava seus pés, sua namorada segurando sua mão. E eu achando que talvez o lance do ‘Pantera Negra’ tivesse subido à sua cabeça. Hoje me arrependo desses pensamentos. Eles estavam cuidando dele…”, contou o ator, que ainda lembrou como ele não aparentava cansaço nas cenas de ação, carregando equipamento pesado sob o sol escaldante do Vietnã. “Aquele cara jovem… Peço desculpas”, disse, emocionado. O filme Spike Lee acompanhava veteranos da Guerra do Vietnã, que voltavam ao país décadas depois do conflito. Na história, Boseman era o líder heroico do destacamento, que não sobreviveu ao conflito. O elenco também contava com Delroy Lindo (“The Good Fight”), Norm Lewis (“Scandal”), Isiah Whitlock Jr. (“Infiltrado na Klan”) e Jonathan Majors (“A Rebelião”) , entre outros. Boseman morreu na sexta-feira (28/8), em casa, ao lado da esposa que poucos sabiam que ele tinha. Veja a entrevista de Peters abaixo.
The Eight Hundred: China emplaca maior blockbuster internacional do ano
A China emplacou seu primeiro blockbuster pós-pandemia neste fim de semana. O lançamento do épico brutal de guerra “The Eight Hundred” (Ba Bai) rendeu US$ 82,6 milhões, mas, acrescentando cinco dias de pré-estreias pagas, somou ao todo US$ 116 milhões nas bilheterias chinesas. Os valores representam a maior estreia do ano no mercado internacional, apesar das restrições em vigor, como a diminuição na capacidade das salas, que foram implantadas na China para conter a pandemia de coronavírus. O filme do diretor Guan Hu (“Sr. Seis”) se passa em 1937, e acompanha a luta de quatro dias de 800 soldados chineses completamente cercados pelo exército japonês em um armazém, no meio do campo de batalha de Xangai. O sucesso demonstra que, em lugares onde a contaminação está mais controlada, as pessoas estão voltando aos cinemas. Um dos motivos que leva a Warner a manter o lançamento de “Tenet” nos cinemas é justamente esse desempenho chinês. O filme de Christopher Nolan estreia na China em 4 de setembro, um dia depois do lançamento dos EUA. Veja abaixo o trailer impressionante de “The Eight Hundred”.
Trini López (1937 – 2020)
O cantor, guitarrista e ator Trini López, que integrou o elenco do clássico de guerra “Os Doze Condenados” (1967), morreu nesta terça (11/8) em Palm Springs, na Califórnia, de complicações da covid-19, aos 83 anos. Trinidad López III nasceu no Texas, representando a primeira geração americana de uma família mexicana. Aos 15 anos já era roqueiro e, em 1958, seu grupo The Big Beats assinou com a Columbia Records. A banda gravou com o produtor de Buddy Holly, Norman Petty, mas Trini logo se lançou em carreira solo. O sucesso veio durante uma apresentação na boate PJ’s de Los Angeles, onde Frank Sinatra viu seu show e o contratou para sua gravadora, Reprise Records, em 1963. No mesmo ano, ele estourou com uma versão ao vivo de “If I Had a Hammer”, clássico folk de Peter Seeger, que se destacou pela energia do acompanhamento do público, marcando o ritmo com palmas. A música virou febre e liderou as paradas de sucesso em vários países. E vieram muitos outros hits, como “La Bamba” (gravada anos antes por Ritchie Valens) e “Lemon Tree”. Foi tanto sucesso que ele teve até cover brasileiro, Prini Lorez (na verdade, o cantor baiano José Gagliardi Jr.) durante a Jovem Guarda. Trini também era um guitarrista virtuoso e sua popularidade levou a fábrica de instrumentos Gibson a pedir que projetasse uma linha de guitarras. A Trini Lopez Standard e a Lopez Deluxe foram produzidas de 1964 a 1971 e hoje valem fortunas entre os colecionadores. Ele estreou no cinema em 1965, ao aparecer como si mesmo na comédia “Vamos Casar Outra Vez” (1965), estrelada por seu chefe, Frank Sinatra. Bisou a experiência um ano depois, no drama criminal “O Ópio também é Uma Flor” (1966). Mas a estreia como ator de verdade só veio em “Os Doze Condenados” (1967), quando viveu Pedro Jiminez – também conhecido como prisioneiro Número 10. O grande filme de ação de Robert Aldrich foi o primeiro “Esquadrão Suicida” do cinema. A trama girava em torno de um grupo de 12 soldados condenados pelos mais diversos crimes, que ganhariam a chance de limpar a ficha e recuperar a liberdade se aceitassem participar de um missão possivelmente suicida: passarem-se por alemães para adentrar as linhas inimigas e invadir uma festa repleta de oficiais nazistas de alta patente para exterminá-los num único golpe. Lee Marvin vivia o oficial encarregado de selecionar a equipe, que incluía Charles Bronson, Jim Brown, John Cassavetes, Clint Walker, Telly Savalas e Donald Sutherland. Trini foi o primeiro a morrer desse grupo, logo no começo, durante a descida de paraquedas na França ocupada. Com participação ainda de Ernest Borgnine e George Kennedy, “Os Doze Condenados” foi um sucesso imenso, ganhou sequências e inspirou dezenas de cópias, impactando a cultura pop a ponto de sua premissa virar um certa publicação de quadrinhos da DC Comics. Depois disso, ele voltou a viver um soldado no telefilme de guerra “The Reluctant Heroes” (1971) e teve seu grande destaque como protagonista em “Antonio” (1973), que ele próprio produziu. Mas o drama latino não fez o sucesso que Trini estava acostumado e encerrou sua curta carreira cinematográfica. O cantor ainda apareceu em dois episódios da série “Adam-12” e num capítulo de “The Hardy Boys/Nancy Drew Mysteries”, que marcou sua despedida da atuação em 1977. Recentemente, ele virou tema de um documentário, intitulado “My Name Is Lopez”, que inclui entrevistas com celebridades como o ator Jim Brown, a cantora Dionne Warwick e o guitarrista do ZZ Top Billy Gibbons. Atualmente em pós-produção, o filme ainda não tem previsão de estreia. Relembre abaixo o grande sucesso musical de Trini Lopez.
Destacamento Blood ajuda a ampliar debate sobre racismo
Nos dias atuais, certas mensagens e certos filmes que desejam passar mensagens, especialmente políticas, precisam ser bastante claros. Didáticos, até. A fim de expressar sem sombra de dúvidas aquilo que se deseja dizer. Em tempos de ascensão de uma extrema direita com claros vínculos com o fascismo, uma extrema direita que tem jogado com mensagens cifradas para confundir, isso se torna ainda mais necessário. “Destacamento Blood” é dirigido por um dos cineastas mais ativistas dos últimos 30 anos e se torna ainda mais pertinente pelo timing de seu lançamento, após a morte de George Floyd e das manifestações antirracistas que isso desencadeou não apenas nos Estados Unidos, mas em muitos países do mundo. O novo filme de Spike Lee, que seria o presidente do júri do Festival de Cannes 2020, cancelado por conta da pandemia, deveria ter recebido première no festival. Mesmo sendo uma produção da Netflix, em outras circunstâncias poderia ter sessões especiais nos cinemas, como ocorreu com “Roma”, “O Irlandês”, “Os Miseráveis” e “Atlantique”, por exemplo. De todo modo, ter a visibilidade propiciada pela Netflix acabou sendo positivo neste momento, permitindo que uma quantidade enorme de pessoas possa apreciá-lo mundialmente. Claramente um produto do momento, mas interligado a várias outras décadas, em especial aos tempos da Guerra do Vietnã, “Destacamento Blood” é um autêntico manifesto antirracista. Lee sempre fez questão de aproveitar o seu espaço no cinema para enaltecer a cultura e a luta negras, e aqui insere não apenas Muhammad Ali e Malcolm X, que aparecem em imagens de arquivo; ele embute a questão racial em cada fotograma, com referências aos atletas Tommy Smith e John Carlos, à ativista Angela Davis, ao ano de 1619, quando foram trazidos os primeiros africanos escravizados ao solo americano, e a outros fatos marcantes. Discute-se até como um herói branco feito Rambo foi escolhido para representar o fracasso da Guerra do Vietnã, quando o cinema poderia ter destacado muitos jovens negros mortos em combate como exemplo da fatalidade do conflito. E falando em herói, chega a ser simbólico ver o ator Chadwick Boseman, o intérprete do Pantera Negra, como a figura mítica da história, pelo menos entre os seus amigos e parceiros do chamado “Da 5 Bloods”, o destacamento do título original. Ele é um exemplo de alguém que tinha a sabedoria de entender a situação dos negros diante de um mundo desigual e a melhor maneira de travar a luta. Como um deles diz: Norman era “nosso Malcolm (X) e o nosso Martin (Luther King)”. A trama segue os quatro amigos sobreviventes da Guerra do Vietnã, que voltam ao país do conflito para cumprir uma nova missão. Ou duas. Uma delas tem a ver com uma mala cheia de barras de ouro encontrada nos anos 1970, quando estavam em ação – e que foi enterrada em algum lugar do campo de batalha. A outra tem a ver com o corpo do companheiro perdido na guerra (Boseman). Cada um desses quatro homens lida com o presente de maneira muito particular. Um deles se destaca, vivido por Delroy Lindo, por ser o único que, para vergonha dos demais, votou em Donald Trump e até usa um boné com o lema “Make America Great Again”. Na missão de procurar o ouro, como é de se esperar, ocorre um conflito de interesses e a ambição passa a envenenar o espírito coletivo. As referências ao clássico “O Tesouro de Sierra Madre” (1948), de John Huston, são claras e passam, inclusive, na admissão de que este é um dos filmes favoritos de Lee. A parte técnica também é muito interessante, como a utilização de três formatos diferentes de tela – o início em scope, as cenas no passado em formato 4:3, e em seguida a proporção 1,85:1, quando se inicia a missão. Há também uma brincadeira acertada com as cores na fotografia e a escolha de uma trilha sonora relevante, com faixas cantadas por Marvin Gaye, que famosamente questionou a época com seu clássico “What’s Going On”. Particularmente curiosa é a decisão estilística de incluir os atores idosos nos flashbacks – em vez de elencar outros intérpretes, mais jovens, para contracenar com Boseman – , como se Lee buscasse demonstrar que, mesmo já sessentões, eles ainda teriam fôlego e coragem para enfrentar uma missão mortal. De fato, a missão que eles empreendem é muito mais perigosa do que imaginam. Ainda há minas, mas felizmente também há pessoas especializadas em localizar e desativar essas minas, como a bem-vinda personagem de Mélanie Thierry – atriz que brilhou recentemente no drama de guerra “Memórias da Dor”, de Emmanuel Finkiel. Aqui ela é uma jovem francesa chamada Hedy, em homenagem à estrela hollywoodiana Hedy Lammar, outra das inúmeras referências cinematográficas do filme. Nesta lista, ainda chama atenção o uso da “Cavalgada das Valquírias”, ópera que se tornou indissociável de “Apocalypse Now”, de Francis Ford Coppola. No filme de Lee, a inclusão da música de Richard Wagner ganha um ar de deboche. Para completar, um drama pessoal de um dos personagens acentua a questão do racismo, dessa vez no Vietnã. O veterano vivido por Clarke Peters reencontra um amor do passado, uma mulher vietnamita, descobre que tem uma filha com ela e fica sabendo, com dor, o quanto a garota foi maltratada pela sociedade por causa de sua cor. Ou seja, a violência do racismo se amplia no cinema de Spike Lee, não apenas nos Estados Unidos, aparecendo também em um país do outro lado do mundo. Nada mais justo que ampliar esse debate para o mundo. Pois é isso que está acontecendo, por meio do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam). Disponível na Netflix
Ghosts of War: Astros de Titãs enfrentam nazistas e fantasmas em trailer de terror
A Vertical Entertainment divulgou dois pôsteres e o trailer do terror “Ghost of War”, estrelado por dois atores da série “Titãs”. Passada na Europa, durante a 2ª Guerra Mundial, a trama acompanha cinco soldados americanos que se abrigam numa mansão para se proteger de ataques nazistas, sem saber que o local é mal-assombrado e que os fantasmas representam uma ameaça maior às suas vidas. O elenco traz Brenton Thwaites (o Robin de “Titãs”), Alan Ritchson (o Rapina de “Titãs”), Theo Rossi (o Shades de “Luke Cage”), Skylar Astin (“A Escolha Perfeita”) e Kyle Gallner (“Sniper Americano”) como os soldados, além de Shaun Toub (“Homeland”) e Billy Zane (“Titanic”). “Ghost of War” é o segundo longa escrito e dirigido por Eric Bress, responsável pelo cultuado “Efeito Borboleta” (2004) e criador da série “Kyle XY”. A estreia está marcada para 17 de julho nos EUA – nos cinemas que estiverem abertos e em VOD.











