Ator de “Succession” fará série baseada em “Os Meninos do Brasil”
Jeremy Strong interpretará caçador de nazistas na adaptação escrita pelo criador de "The Crown"
Ethan Hawke desenvolve remake do western clássico “O Matador”
O ator e cineasta, fã declarado do filme estrelado por Gregory Peck, vai escrever o roteiro da nova adaptação
Buddy Van Horn (1928–2021)
Wayne “Buddy” Van Horn, dublê veterano que trabalhou com Clint Eastwood em mais de 30 filmes, três deles como diretor, morreu em 11 de maio aos 92 anos. A notícia só veio à público nesta segunda (31/5). Algumas vezes creditado como Wayne, outras como Buddy Van Horn, ele “nasceu nos fundos do Universal Studios”, de acordo com o obituário publicado pelo Los Angeles Times. Seu pai havia trabalhado no estúdio como veterinário dos cavalos usados em vários filmes, por isso Van Horn montou seu primeiro pônei ainda criança nos sets de filmagens e se tornou um cavaleiro habilidoso, conseguindo emprego como figurante e dublê de westerns. Um de seus primeiros trabalhos foi como dublê de Guy Williams na série “Zorro” (1957-59), da Disney. Na década de 1960, seu talento como cavaleiro serviu para deixar atores como Gregory Peck, Lee Marvin e Jeremy Stewart “bem na foto” de vários westerns famosos. Isso levou ao trabalho como dublê de Eastwood, que começou a carreira como cowboy de filmes passados no Velho Oeste. A parceria iniciou durante as filmagens de “Meu Nome É Coogan” (1968), segundo filme da produtora de Eastwood, a Malpaso Productions, e o ator gostou tanto de trabalhar com Van Horn que o promoveu a coordenador de dublês no quarto lançamento de sua empresa, “Os Abutres Têm Fome” (1970). Os dois filmes foram dirigidos por Don Siegel, que também assinou o longa que marcou uma nova fase da carreira de Van Horn, longe dos cavalos. A mudança ocorreu a partir de “Perseguidor Implacável” (1971), que lançou a franquia “Dirty Harry” e o personagem mais famoso de Eastwood. Van Horn também acompanhou Eastwood em sua transformação em diretor, a partir de seu segundo longa na função, “O Estranho sem Nome” (1973). Neste filme, Eastwood ainda o escalou como ator, explorando suas semelhanças físicas para dar um toque sobrenatural à trama, como o delegado assassinado que o recém-chegado personagem-título vinga. O sucesso da parceria continuou por décadas, incluindo o filme vencedor do Oscar “Menina de Ouro” (2004), até ser encerrada em 2011 com “J. Edgar”, devido a problemas de saúde do antigo dublê. A amizade e confiança também permitiu que Van Horn se tornasse diretor de filmes de Eastwood. Ele comandou três sucessos do astro nos anos 1980, “Punhos de Aço: Um Lutador de Rua” (1980), “Dirty Harry na Lista Negra” (1988) e “Cadillac Cor-de-Rosa” (1989).
Stanley Donen (1924 – 2019)
Morreu Stanley Donen, o último diretor da era de ouro de Hollywood, que assinou clássicos como “Cantando na Chuva” (1952), “Cinderela em Paris” (1957) e “Charada” (1963). Ele tinha 94 anos e nenhum detalhe adicional sobre sua morte, revelada na manhã deste sábado (23/2), foi fornecido pela família. Considerado um dos diretores mais influentes dos musicais americanos, ele foi responsável – junto com Vincent Minnelli e Busby Berkeley – por estabelecer a estética dos filmes da MGM, celebrados até hoje – e homenageados recentemente por “La La Land”. Mas, inacreditavelmente, nunca recebeu uma indicação ao Oscar e nunca venceu um troféu do Sindicato dos Diretores. Não por acaso, seu filho, que tuitou a notícia de sua morte, o descreveu como “um enorme talento muitas vezes menosprezado”. Stanley Donen nasceu em 13 de abril de 1924, na cidade de Columbia, Carolina do Sul. Apaixonado pela dança, ele começou a dançar aos 10 anos em peças de teatro locais. “Vi Fred Astaire em ‘Voando para o Rio’ quando eu tinha 9 anos e isso mudou minha vida”, ele contou para a revista Vanity Fair em 2013. “Pareceu maravilhoso e minha vida não era maravilhosa. A alegria de dançar um musical! E Fred era tão incrível, e Ginger [Rogers] – meu Deus, e Ginger!” Ele foi aprovado para a Universidade da Carolina do Sul, mas em vez de seguir os estudos resolveu mudar-se para Nova York em busca de vagas no teatro musical. Sua estreia como dançarino da Broadway aconteceu em 1940, quando entrou no elenco de apoio da montagem de “Pal Joey”, estrelada por Gene Kelly. Sua dedicação chamou atenção de Kelly, que acabou se tornando seu padrinho profissional. Ao ser contratado para coreografar a comédia musical “Best Foot Forward”, Kelly escolheu Donen para ajudá-lo como coreógrafo assistente. Na época, o futuro cineasta tinha apenas 17 anos. E conseguiu impressionar até o diretor do espetáculo, George Abbott. Em 1943, a MGM adquiriu os direitos da peça para transformá-la em filme – lançado como “A Rainha dos Corações” no Brasil. Os produtores resolveram trazer um integrante da montagem da Broadway para ajudar na transposição para o cinema, e assim começou a carreira hollywoodiana do jovem Donen, praticamente junto com sua maioridade. Nos cinco anos seguintes, o jovem trabalhou na coreografia de nada menos que 14 filmes, quatro na Columbia e o restante na MGM. Dois desses filmes foram estrelados por seu velho amigo Gene Kelly, “Modelos” (1944) e “Vida à Larga” (1947). A amizade da dupla se fortaleceu ainda mais no cinema e os dois se tornaram parceiros criativos. Juntos, coreografaram e escreveram a história do clássico musical “A Bela Ditadora” (1949), estrelado por Kelly, Frank Sinatra e Esther Williams. E a experiência foi tão positiva, que a dupla resolveu dar um novo passo, assumindo pela primeira vez a direção de um filme. Os dois estrearam juntos como diretores – co-diretores, portanto – no clássico instantâneo “Um Dia em Nova York” (1949), em que Kelly e Sinatra viveram marinheiros com um dia de folga para se divertir e se apaixonar na metrópole. Donen comandou sozinho seu trabalho seguinte, quando teve a oportunidade de dirigir o dançarino que o inspirara a seguir carreira. Ele filmou Fred Astaire num dos maiores sucessos do astro, “Núpcias Reais” (1951), criando uma das sequências mais famosas da história dos musicais – quando Astaire dança nas paredes e no teto, décadas antes de existirem efeitos especiais de computador. O diretor tinha só 27 anos e já fazia mágica cinematográfica. Mas foi seu reencontro com Gene Kelly que representou sua canonização no panteão dos deuses do cinema. Os dois retomaram a parceria em 1952, naquele que viria a ser considerado o maior musical de todos os tempos: “Cantando na Chuva”. O filme marcou época porque, ao contrário de muitos outros musicais, foi concebido especificamente para o cinema e não era uma adaptação da Broadway. Tinha danças elaboradíssimas, criadas pela dupla de diretores, e com longa duração, que incluíam movimentos acrobáticos. Também representou uma síntese da história de Hollywood, referenciando vários filmes para narrar a transição da era do cinema mudo para o “cantado”. Ao mesmo tempo, explorou de forma vanguardista uma ousadia de Donen, que foi pioneiro em tirar os musicais das encenações em palcos para levá-los às ruas. No caso de “Cantando na Chuva”, ruas cenográficas, mas esburacadas e cheias de poças d’água, que faziam parte da coreografia. No ano em que a Academia premiou o ultrapassado “O Maior Espetáculo da Terra” (1952), “Cantando na Chuva” foi esnobado pelo Oscar. Sua vingança foi se tornar inesquecível, presente em todas as listas importantes de Melhores Filmes da História, influenciando novas e novíssimas gerações, dos responsáveis por “Os Guarda-Chuvas do Amor” (1964) a “O Artista” (2011) e “La La Land” (2016). A dupla ainda voltou a se reunir em “Dançando nas Nuvens” (1955), mas o fato da ex-mulher de Donen (a atriz Jeanne Coyne) se envolver com Kelly acabou afastando os dois amigos. De todo modo, o diretor acabou se destacando mais na carreira solo a partir de “Sete Noivas para Sete Irmãos” (1954), que foi indicado ao Oscar de Melhor Filme. Em 1957, ele fez o fantástico “Cinderela em Paris”, reunindo-se novamente com Fred Astaire e iniciando sua parceria com a deslumbrante Audrey Hepburn. O filme teve grande impacto na moda, consagrando sua estrela como musa fashion – ela vive uma modelo existencialista, que prefere usar o pretinho básico. Mas também na dança e no cinema, graças ao passo seguinte da ousadia de Donen. Desta vez, ele organizou uma grande coreografia do casal ao ar livre – e à luz do dia – , à beira de um lago real. Os musicais nunca mais foram os mesmos. Donen ainda dividiu créditos de direção com seu antigo diretor da Broadway, George Abbott, em “Um Pijama para Dois” (1957), filme que avançou ainda mais as coreografias ao ar livre, ao transformar um piquenique numa grande dança. A dupla também assinou o bem-sucedido “O Parceiro de Satanás” (1958). Foram muitos outros musicais, até que o gênero começou a sair de moda, levando o diretor a levar sua ousadia para novas vertentes. Ao filmar “Indiscreta” (1958), chegou a desafiar os censores com uma cena em que mostrou Cary Grant na cama com Ingrid Bergman. Para burlar a proibição da época, ele editou a sequência de forma a mostrar os dois simultaneamente numa tela dividida – sua justificativa para demonstrar que eles não estavam juntos no cenário íntimo, embora aparecessem juntos na mesma cena. O cineasta ainda reinventou-se à frente de thrillers filmados em technicolor vibrante, que combinavam suspense e aventura delirante. Com filmes como “Charada” (1963), estrelado por Audrey Hepburn e Cary Grant, e “Arabesque” (1966), com Sophia Loren e Gregory Peck, Donen se tornou o mais hitchcockiano dos diretores americanos de sua época, aperfeiçoando a fórmula de “Ladrão de Casaca” (1955) e “Intriga Internacional” (1959) – clássicos de Alfred Hitchcock que, por sinal, foram estrelados por Cary Grant. Ele ainda dirigiu comédias de sucesso, como “Um Caminho para Dois” (1967), novamente com Audrey Hepburn, e “O Diabo É Meu Sócio” (1967), com Dudley Moore. Também foi responsável pela adorada adaptação do livro infantil “O Pequeno Príncipe” (1974). Mas fracassou com “Os Aventureiros do Lucky Lady” (1975) e ao se aventurar pela ficção científica em “Saturno 3” (1980), despedindo-se de Hollywood com a comédia “Feitiço do Rio” (1984), estrelada por Michael Caine. Dois anos depois, surpreendeu o mundo ao dirigir um clipe musical, no começo da era da MTV. Ele assinou o célebre vídeo de “Dancing in the Ceiling” (1986), em que o cantor Lionel Ritchie aparecia dançando no teto, de cabeça para a baixo – uma citação direta de seu clássico “Núpcias Reais”. Seus últimos trabalhos foram um episódio da série “A Gata e o Rato” (Moonlighting) em 1986 e o telefilme “Cartas de Amor” (1999). Em 1998, Donen finalmente foi homenageado pela Academia, que lhe concedeu um Oscar honorário pela carreira, “em apreciação a uma obra marcada pela graça, elegância, inteligência e inovação visual”. Ele recebeu sua estatueta das mãos de Martin Scorsese e, então, docemente cantarolou a letra da música “Cheek to Cheek”: “O céu, eu estou no céu, meu coração bate de modo que mal posso falar…” Ao longo da vida, o diretor teve seis relacionamentos amorosos importantes, casando-se cincoo vezes: com a dançarina, coreógrafa e atriz Jeanne Coyne (que o trocou por Kelly), a atriz Marion Marshall, a condessa inglesa Adelle Beatty, a atriz Yvette Mimieux e a vendedora Pamela Braden. Ele vivia, desde 1999, com a cineasta Elaine May.
Spock tem grande destaque nos trailers da 2ª temporada de Star Trek: Discovery
A plataforma CBS All Access divulgou o pôster e dois novos trailers da 2ª temporada de “Star Trek: Discovery”. Repletos de ação e efeitos visuais, os vídeos mostram muitas novidades, mas nenhuma maior que o destaque dado ao jovem Spock. Ele surge barbudo e domina as prévias – está até no pôster oficial – , interpretado por Ethan Peck (série “10 Coisas que Eu Odeio em Você”), neto do grande ator Gregory Peck, vencedor do Oscar por “O Sol É para Todos” (1962). Outro destaque é o novo capitão da Discovery, Christopher Pike, que também é um personagem clássico de “Star Trek” – foi o capitão da Enterprise no primeiro piloto da série, antes de James Kirk, e sua história foi integrada na cronologia oficial em 1966. Ele é interpretado por Anson Mount (o Raio Negro na série dos Inumanos) e vem acompanhado de outra personagem da sua Enterprise, a primeira oficial conhecida como Número 1, que é vivida por Rebecca Romijn (a Mística da trilogia original dos “X-Men”). No piloto original de 1964, Pike comandava a Enterprise, a Número 1 era seu primeiro oficial e Spock já fazia parte da tripulação. Os novos episódios vão começar justamente com o encontro entre as naves Discovery e Enterprise (versão 1964), conforme o gancho deixado no final do último capítulo do ano inaugural. Para completar, há o retorno de Philippa Georgiou, a personagem de Michelle Yeoh, foragida da dimensão Espelho, que mais uma vez cruza o caminho da tripulação da Discovery. A 2ª temporada de “Star Trek: Discovery” estreia em 17 de janeiro. No Brasil, ela é disponibilizada semanalmente pela Netflix, com um dia de diferença em relação à exibição americana.
Atriz de Star Trek: Discovery revela foto com mudanças no visual klingon
A atriz Mary Chieffo divulgou no Twitter como será seu novo visual na 2ª temporada de “Star Trek: Discovery”. Na foto (acima), sua personagem L’Rell aparece com cabelos longos, bem diferente do visual klingon da temporada inaugural. Ela ainda acrescentou na legenda que L’Rell virou chanceler de sua raça. A 2ª temporada de “Star Trek: Discovery” terá muitas outras novidades, incluindo personagens da série clássica, como o Capitão Pike, interpretado por Anson Mount (o Raio Negro na série dos Inumanos), a primeira oficial da Enterprise conhecida como Número 1, vivida por Rebecca Romijn (a Mística da trilogia original dos “X-Men”), e até o jovem Spock, papel de Ethan Peck (série “10 Coisas que Eu Odeio em Você”), neto do grande ator Gregory Peck (vencedor do Oscar por “O Sol É para Todos” em 1963). A estreia está marcada para 17 de janeiro na plataforma americana CBS All Access. No Brasil, a série é disponibilizada pela Netflix.
Trailer da 2ª temporada de Star Trek: Discovery revela o jovem Spock
A plataforma CBS All Access divulgou o pôster, fotos e o trailer da 2ª temporada de “Star Trek: Discovery”. Repleto de ação e efeitos visuais, o vídeo mostra muitas novidades, mas nenhuma maior que a aparição do jovem Spock. Ele surge barbudo por breves segundos ao final da prévia, interpretado por Ethan Peck (série “10 Coisas que Eu Odeio em Você”), neto do grande ator Gregory Peck, vencedor do Oscar por “O Sol É para Todos” (1962). Outro destaque da prévia é o novo capitão da Discovery, Christopher Pike, que também é um personagem clássico de “Star Trek” – foi o capitão da Enterprise no primeiro piloto da série, antes de James Kirk, e sua história foi integrada na cronologia oficial em 1966. Ele é interpretado por Anson Mount (o Raio Negro na série dos Inumanos) e vem acompanhado de outra personagem da sua Enterprise, a primeira oficial conhecida como Número 1, que é vivida por Rebecca Romijn (a Mística da trilogia original dos “X-Men”). Os novos episódios vão começar justamente com o encontro entre as naves Discovery e Enterprise (a versão do piloto de 1964), conforme o gancho deixado no final do último capítulo do ano inaugural. Para completar, há o retorno de Philippa Georgiou, a personagem de Michelle Yeoh, foragida da dimensão Espelho, que mais uma vez cruza o caminho da tripulação da Discovery. A 2ª temporada de “Star Trek: Discovery” também ganhou data de estreia: 17 de janeiro. No Brasil, ela é disponibilizada pela Netflix.
Star Trek: Discovery define neto de Gregory Peck como o novo Sr. Spock
Encerrando especulações sobre como Spock apareceria em “Star Trek: Discovery”, o serviço de streaming CBS All Access escalou o ator Ethan Peck para interpretar a nova versão do personagem icônico, introduzido na série “Jornada das Estrelas” original. Isto significa que Spock não aparecerá como criança, como chegou a ser especulado, mas como jovem adulto. Peck se tornou conhecido na série derivada do filme “10 Coisas que Eu Odeio em Você”, que foi ao ar entre 2009 e 2010, e pertence a uma família célebre do cinema. Ele é neto do grande ator Gregory Peck, vencedor do Oscar por “O Sol É para Todos” (1962). Na trama de “Star Trek: Discovery”, a protagonista Michael Burnham (Sonequa Martin-Green) é irmã adotiva de Spock, mas apesar de seus pais aparecerem na série, o irmão caçula tinha sido apenas mencionado na 1ª temporada. Interpretado por Leonard Nimoy na série original e nos filmes que a sucederam, Spock era o Oficial de Ciências e segundo em comando na nave Enterprise, abaixo do Capitão James T. Kirk (William Shatner). Mesmo com o reboot dos novos filmes de “Star Trek”, em que o ator Zachary Quinto assumiu o papel, Nimoy ainda continuou aparecendo como uma versão mais velha – e original – do personagem. Ele faleceu em 2015. O cocriador e showrunner de “Discovery”, Alex Kurtzman, detalhou a “missão impossível” de encontrar um novo ator para encarnar o personagem vulcano. “Precisávamos de um ator que encarnasse as melhores qualidades de Spock, além de sua lógica: empatia, intuição, compaixão, confusão e aspiração. Ethan Peck mostrou tudo isso em seu teste. Ele tem muita consciência de sua responsabilidade ao assumir esse papel, e quer encarar de frente esse desafio. Estamos animados em dar as boas-vindas a ele na nossa família”, comentou. Vale lembrar que os antigos showrunners, demitidos em meio à produção dos novos episódios, tinham dito que não pretendiam escalar outro ator como Spock. A participação do personagem como adulto pode ser considerada controvertida, porque traz à tona questões cronológicas da série. Originalmente, a trama de “Discovery” se passava uma década antes dos eventos do filme “Star Trek” (2009), mas uma viagem inesperada para outra dimensão fez com que a nave avançasse no tempo, retornando, no penúltimo episódio da 1ª temporada, nove meses depois para o Sistema Solar. Isto aproximou um pouco mais a cronologia da série das tramas cinematográficas. Mas há um detalhe que impediria a presença de Spock. Enquanto a série clássica mostrou o personagem como Oficial de Ciências da Enterprise, desde a época em que ela era comandada pelo Capitão Pike (que também vai aparecer em “Discovery”), ele ainda seria adolescente ou, no máximo, estudante da Academia da Frota Estelar na época da série atual, de acordo com a nova cronologia estabelecida pelo reboot de 2009. Assim, um Spock adulto sugere que “Discovery” é um prólogo da série “Jornada nas Estrelas” (1966-1969) e não do filme “Star Trek”, que zerou a cronologia original. Para explicar melhor essa dualidade, é preciso lembrar que Spock foi o único personagem que sobreviveu ao piloto original de “Jornada nas Estrelas”, que foi recusado em 1964. A série clássica só foi ao ar dois anos depois com todo o resto do elenco substituído. Mas as cenas gravadas em 1964 ressurgiram num episódio duplo da 1ª temporada, como um flashback da tripulação “original” da Enterprise – com o Capitão Christopher Pike (Jeffrey Hunter), Spock (Leonard Nimoy) e a Número Um (Majel Barrett), entre outros. Pike também era o capitão da Enterprise no começo do filme “Star Trek”, vivido por Bruce Greenwood. Ele será interpretado por Anson Mount (o Raio Negro na série dos Inumanos) em “Discovery”. A 2ª temporada vai começar justamente com o encontro das naves Discovery e Enterprise, conforme o gancho deixado no final do último episódio do ano inaugural. Os novos capítulos devem estrear apenas em 2019. No Brasil, “Star Trek: Discovery” é disponibilizada pela Netflix.







