HBO Max cancela série de Pedro Cardoso após briga nos bastidores
A série “Área de Serviço”, criada por Pedro Cardoso (“A Grande Família”) e sua mulher, Graziella Moretto (“O Signo da Cidade”), foi cancelada pela HBO Max. Oficialmente, o motivo foi o mesmo que levou ao cancelamento de “Batgirl”: uma reavaliação geral do conteúdo, visando contenção de despesas após a fusão da Warner e a Discovery. Assim como “Batgirl”, a produção estava bastante adiantada. Todos os episódios já tinham sido gravados visando uma estreia em 2023. Mas seus bastidores eram os mais tumultuados da empresa, com Cardoso chegando a acusar produtores e funcionários da Warner de “roubar” a série. Em agosto passado, o ator publicou um vídeo no Instagram em que disse que ele e Moretto tiveram “a liderança da autoria da série roubada pela Dueto Produções com a conivência de funcionários da WarnerMedia”. No vídeo longo, de 13 minutos, Cardoso afirmou que ele e a esposa haviam convidado a Dueto para atuar como coprodutora de “Área de Serviço”, que tira sarro de diferenças sociais. No entanto, acusa Monique Gardenberg, sócia da Dueto, de alijá-lo do projeto e se promover a diretora-geral da série, com direito ao corte final, após negociação secreta com a empresa proprietária da HBO Max. O casal teria sido reduzido a meros atores no projeto, sem maior participação criativa na série que, segundo Cardoso, eles próprios haviam criado. “Graziella e eu nos tornamos empregados do trabalho que nós tínhamos feito. Já não é isso um roubo?”, diz o ator no vídeo. O ator cita Silvia Fu, diretora sênior de conteúdo na Warner, e os diretores Homero Olivetto, Olivia Guimarães e Dani Braga, contratados pela Dueto, como os responsáveis pela “destruição da série” ao cortarem cenas, não entenderem o jogo entre os personagens e perderem tempo com “inutilidades”. O ator afirma ainda que tem provas das denúncias que faz e não hesitará em trazê-las a público. “Área de Serviço” deveria acompanhar Jacinto, brasileiro criado em Portugal, que volta ao país e se hospeda na mansão de uma tia, onde passa a conviver com os empregados dela e vive situações inusitadas. Cardoso descreve a série como “um projeto em defesa da democracia e uma denúncia das razões maiores do eterno fascismo brasileiro”. “É um crime que esse projeto tenha sido destruído. Um crime contra Graziella e contra mim, mas também um crime contra o interesse público”, acrescentou o ator de 60 anos no vídeo, afirmando que esses problemas poderiam antecipar sua aposentadoria. Ele não disse se pretende ir à Justiça para reaver os direitos de “Área de Serviço”. O detalhe é que esta não foi a única confusão envolvendo a série. Em maio, a coluna de Patricia Kogut, no jornal O Globo, revelou que parte da equipe havia se demitido após o envio de uma carta aberta denunciando “situações de abuso no set que foram se intensificando ao longo de semanas” e que, apesar de apelos, não foram resolvidas. No Instagram, Cardoso não abordou o ocorrido, mas disse que certamente seus opositores o acusarão de despotismo. A produção de “Área de Serviço” começou em novembro do ano passado. As gravações dos episódios, por sua vez, iniciaram em janeiro e foram concluídas. Após o ataque de Cardoso à Dueto, a produtora Monique Gardenberg afirmou em comunicado que se manifestaria sobre as acusações “na instância judicial”. “Foi o carinho que tínhamos por Pedro e Graziella que nos fez abraçar a série. Em 40 anos de história, a Dueto construiu uma trajetória de sucesso, credibilidade e respeito e jamais se envolveu em qualquer litígio. Pelo nível de agressão e desrespeito conosco e membros da equipe, não nos manifestaremos publicamente. Nossa manifestação se dará na instância judicial, onde Pedro terá oportunidade de expor suas alegações”, disse em nota. Cardoso e Graziella ainda não se manifestaram sobre o cancelamento oficial de “Área de Serviço”.
Pedro Cardoso acusa produtora de roubar série que ele criou para HBO Max
O ator Pedro Cardoso (“A Grande Família”) publicou um vídeo no Instagram acusando produtores e funcionários da Warner de “roubar” a série “Área de Serviço”, que ele e a esposa, a atriz Graziella Moretto (“O Signo da Cidade”), criaram para a plataforma de streaming HBO Max. Carsoso diz que ele e Moretto tiveram “a liderança da autoria da série roubada pela Dueto Produções com a conivência de funcionários da WarnerMedia”. Apesar da citação, a WarnerMedia é atualmente a empresa Warner Bros. Discovery. No vídeo longo, de 13 minutos, Cardoso afirma que ele e a esposa haviam convidado a Dueto para atuar como coprodutora de “Área de Serviço”, que tira sarro de diferenças sociais. No entanto, acusa Monique Gardenberg, sócia da Dueto, de alijá-lo do projeto e se promover a diretora-geral da série, com direito ao corte final, após negociação secreta com a empresa proprietária da HBO Max. O casal teria sido reduzido a meros atores no projeto, sem maior participação criativa na série que, segundo Cardoso, eles próprios haviam criado. “Graziella e eu nos tornamos empregados do trabalho que nós tínhamos feito. Já não é isso um roubo?”, diz o ator no vídeo. O ator cita Silvia Fu, diretora sênior de conteúdo na Warner, e os diretores Homero Olivetto, Olivia Guimarães e Dani Braga, contratados pela Dueto, como os responsáveis pela “destruição da série” ao cortarem cenas, não entenderem o jogo entre os personagens e perderem tempo com “inutilidades”. O ator afirma ainda que tem provas das denúncias que faz e não hesitará em trazê-las a público. “Área de Serviço” deveria acompanhar Jacinto, brasileiro criado em Portugal, que volta ao país e se hospeda na mansão de uma tia, onde passa a conviver com os empregados dela e vive situações inusitadas. Cardoso descreve a série como “um projeto em defesa da democracia e uma denúncia das razões maiores do eterno fascismo brasileiro”. “É um crime que esse projeto tenha sido destruído. Um crime contra Graziella e contra mim, mas também um crime contra o interesse público”, acrescenta o ator de 60 anos, afirmando que esses problemas podem antecipar sua aposentadoria. Ele não disse se pretende ir à Justiça para reaver os direitos de “Área de Serviço”. Em maio, a coluna de Patricia Kogut, no jornal O Globo, revelou que parte da equipe da série havia se demitido após o envio de uma carta aberta denunciando “situações de abuso no set que foram se intensificando ao longo de semanas” e que, apesar de apelos, não foram resolvidas. No Instagram, Cardoso não abordou o ocorrido, mas disse que certamente seus opositores o acusarão de despotismo. A produção de “Área de Serviço” começou em novembro passado. As gravações, iniciadas em janeiro, já foram concluídas. Monique Gardenberg afirmou em comunicado que se manifestará sobre as acusações de Cardoso “na instância judicial”. “Foi o carinho que tínhamos por Pedro e Graziella que nos fez abraçar a série. Em 40 anos de história, a Dueto construiu uma trajetória de sucesso, credibilidade e respeito e jamais se envolveu em qualquer litígio. Pelo nível de agressão e desrespeito conosco e membros da equipe, não nos manifestaremos publicamente. Nossa manifestação se dará na instância judicial, onde Pedro terá oportunidade de expor suas alegações”, diz a nota. Também em nota, a HBO Max disse que não comentar “sobre assuntos internos de seus colaboradores e talentos”. “A HBO Max informa que todas as produções e parcerias com as produtoras brasileiras são realizadas em comum acordo com todas as partes envolvidas, respeitando e cumprindo as exigências legais. Valorizamos e cultivamos relações de confiança com nossos talentos, criadores e colaboradores, e o cumprimento dos requisitos legais entre todas as partes envolvidas em nossas produções. Cabe ressaltar que a companhia não comenta sobre assuntos internos de seus colaboradores e talentos, assim como estratégias de lançamento”, resume a nota. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Pedro Cardoso (@pedrocardosoeumesmo)
HBO anuncia seis novas produções brasileiras
A HBO anunciou seis novos projetos brasileiros, incluindo três séries originais que já estão em desenvolvimento: a comédia “Área de Serviço”, o drama “O Amor Segundo Buenos Aires” e a fantasia “O Beijo Adolescente”. O pacote anunciado pela HBO Brasil se completa com três coproduções documentais. Criada e escrita pelos atores Pedro Cardoso (o Agostinho de “A Grande Família”) e Graziella Moretto (“Cidade de Deus”), “Área de Serviço” pretende abordar a relação entre diferentes classes sociais. A trama vai girar em torno de Jacinto, um brasileiro criado em Portugal, que volta ao Brasil em busca de informações sobre a mãe que não conheceu. Hospedado na mansão de uma tia, ele passa a conviver com os numerosos empregados que ali trabalham, passando por situações inusitadas. A direção dos episódios está a cargo da cineasta Monique Gardenberg (“Paraíso Perdido”), que também participa do desenvolvimento da produção. Baseado no livro do jornalista brasileiro Fernando Scheller, “O Amor Segundo Buenos Aires” acompanha Hugo, um brasileiro que se muda para Buenos Aires acompanhando a namorada, que vai estudar dança. À medida que o romance esfria, Hugo vai se apaixonando pela cidade e conhecendo as histórias de outras pessoas. Sheller integra a equipe de produção. Inspirada pelos quadrinhos de Rafael Coutinho (ilustração acima), “O Beijo Adolescente” se passa em um mundo em que os adultos não têm cor e apenas os jovens são coloridos. Nessa realidade, certos adolescentes manifestam um tipo de superpoder ao dar o primeiro beijo. A fantasia conta com a consultoria do próprio autor. Já as três coproduções documentais são “Odilon, Réu de Si Mesmo”, sobre o juiz federal Odilon de Oliveira, responsável pelas condenações de Fernandinho Beira-Mar e Juan Carlos Abadia, “Coisa de Menino”, com direção de Guto Barra e Tatiana Issa (que já fizeram a série “Fora do Armário” para a HBO), sobre as origens da “masculinidade tóxica” na infância, e “Bobiography”, que abordará o ídolo brasileiro do skate Bob Burnquist. “Nestes últimos meses, estivemos trabalhando com produtoras brasileiras no desenvolvimento de novo conteúdo nacional, para levar ainda mais histórias originais e inovadoras ao público de todo o mundo”, disse Roberto Rios, vice-presidente Corporativo de Produções Originais da HBO Latin America, em comunicado. “O conteúdo brasileiro é muito bem recebido também internacionalmente e nossas produções foram inclusive incluídas na nova plataforma HBO Max, nos Estados Unidos. Para continuar com esse trabalho, estamos focados neste momento na análise de novos projetos e no desenvolvimento de roteiros”, acrescentou o executivo.

