Piratas do Caribe: Vingança de Quem? Fãs se revoltam com título nacional do quinto filme da franquia
Ao divulgar o primeiro teaser do quinto filme da franquia “Piratas do Caribe”, a Disney revelou que o longa será chamado de “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar” no Brasil. O título original, em inglês, é “Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales” e os fãs nacionais ficaram loucos com a entrada do tal Salazar na história que morto não conta, exigindo, nas redes sociais, que o nome seja mudado para a tradução literal: Piratas do Caribe: Os Mortos Não Contam Histórias. “De Homens Mortos Não Contam Histórias pra A Vingança de Salazar. A tradução no Brasil tá cada vez ‘melhor’”, protestou um fã no Facebook. “PAREM DE SUBESTIMAR O BRASILEIRO COM ESSES TÍTULOS”, gritou outro fã no Twitter, com letras maiúsculas. “A VINGANÇA DE SALAZAR COMO ASSIM GENTE PQ NÃO DEIXOU HOMENS MORTOS NÃO CONTAM HISTÓRIAS???? TAVA BEM MAIS LEGAL”, considerou mais um na rede social. “A vingança de Salazar” kkjkjkjkkjjjjjkkkkk parece nome de episódio do Chaves”, debochou outra. “Que Salazar? O Sonserina?”, zoou mais um, lembrando “Harry Potter”. E assim por diante. E teve até um otimista que propôs campanha no Facebook. “Se o publico se mobilizar eles trocam! O Capitão America: Soldado Invernal originalmente ia ser o Retorno do Primeiro Vingador, todo mundo reclamou e eles trocaram…” Enfim, o Salazar do título é interpretado por Javier Bardem, que parece se deliciar em viver vilões, como demonstrou em “007 – Operação Skyfall”. No quinto filme da franquia, ele será a antagonista do personagem de Johnny Depp, que escapa do Triângulo do Diabo determinado a acertar contas. O elenco ainda conta com os veteranos da franquia Geoffrey Rush, Kevin McNally, Stephen Graham e Orlando Bloom, além das adições de Brenton Thwaites (“Deuses do Egito”), Kaya Scodelario (“Maze Runner: Correr ou Morrer”), David Wenham (trilogia “O Senhor dos Anéis”), Golshifteh Farahani (“Êxodo: Deuses e Reis”) e Paul McCartney (ele mesmo). O roteiro foi escrito por Jeff Nathanson (“Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”) e a direção é dos cineastas noruegueses Joachim Rønning e Espen Sandberg (ambos de “Expedição Kon Tiki”). A estreia está marcada para 25 de maio no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Piratas do Caribe: Veja o primeiro teaser do quinto filme da franquia
A Disney divulgou o pôster e o primeiro teaser do quinto “Piratas do Caribe”, que não traz o Capitão Jack Sparrow, mas destaca Salazar. Quem? O filme vai se chamar “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”, ainda que Salazar não tenha aparecido em nenhum dos filmes anteriores da franquia. De todo modo, ele quer vingança. E é bastante claro ao ameaçar outro personagem nunca antes visto, com um recado para Sparrow. E mesmo que ninguém saiba quem, maldição, é Salazar, os efeitos visuais tenebrosos que compõem o seu rosto deixam claro que ele não vem só de além-mar, mas também de além do túmulo. O quinto filme da franquia trará o personagem de Johnny Depp novamente às voltas com maldições e piratas fantasmas, desta vez liderados por um velho inimigo, que escapa do Triângulo do Diabo determinado a acertar contas. Salazar é interpretado por Javier Bardem, que parece se deliciar em viver vilões, como demonstrou em “007 – Operação Skyfall”. Já o moleque que se borra em sua presença é Brenton Thwaites (“Deuses do Egito”), que, dizem os rumores, vive o filho de Will Turner (o personagem de Orlando Blum na trilogia original). O elenco ainda conta com os veteranos da franquia Geoffrey Rush, Kevin McNally, Stephen Graham e, claro, Bloom, além das adições de Kaya Scodelario (“Maze Runner: Correr ou Morrer”), David Wenham (trilogia “O Senhor dos Anéis”), Golshifteh Farahani (“Êxodo: Deuses e Reis”) e Paul McCartney (ele mesmo). O roteiro foi escrito por Jeff Nathanson (“Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”) e a direção é dos cineastas noruegueses Joachim Rønning e Espen Sandberg (ambos de “Expedição Kon Tiki”). Um detalhe curioso é que o título em inglês é “Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales”. A tradução literal, Piratas do Caribe: Os Mortos Não Contam Histórias daria um monte de letras no cartaz. “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar” é bem menor, ainda que não saiba quem, maldição, é Salazar. A estreia está marcada para 25 de maio no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Paterson: Elogiado drama de Jim Jarmusch com Adam Driver ganha 20 fotos e primeiro trailer
A Amazon divulgou 20 fotos, o pôster e o primeiro trailer de “Paterson”, novo longa do cultuado diretor indie Jim Jarmusch (“Amantes Eternos”). O filme acompanha um motorista de ônibus chamado Paterson na cidade que se chama Paterson. Mas também inclui outra peculiaridade: o motorista é interpretado por Adam Driver (driver, claro, é motorista em inglês). A redundância faz parte da estratégia do diretor, que busca apresentar a banalidade do cotidiano, de onde seu protagonista extrai poesia. Literalmente. Enquanto não dirige seu ônibus pela cidadezinha de Nova Jersey, o motorista Driver escreve poemas. E a trama é contada em estrofes, uma para cada dia da semana, ao longo de uma semana em sua vida. A escolha da locação não foi casual. Paterson foi lar dos poetas Allen Ginsberg e William Carlos Williams. Ambos tinham em comum o uso da linguagem coloquial e versos que refletiam o cotidiano. Paterson, o personagem, também escreve sobre o que vive. Mas sua vida é monótona, com uma mulher dona de casa (a iraniana Golshifteh Farahani, de “Êxodo: Deuses e Reis”), um cachorro e um emprego tedioso. Exibido no Festival de Cannes, “Paterson” arrancou muitos elogios da crítica – alguns destacados no cartaz e na prévia, que pincela o cotidiano do protagonista. A estreia está marcada para 28 de dezembro nos EUA, data final para filmes que aspiram ao Oscar, mas não há previsão de lançamento no Brasil.
Cannes: Adam Driver encarna a poesia de Jim Jarmusch em Paterson
O ator Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) é um predestinado. Seu sobrenome, em inglês, significa motorista. E a melhor interpretação de sua carreira surge nas telas do Festival de Cannes justamente com esta profissão. As coincidências em torno dos nomes não param aí. Seu personagem, Paterson, dirige um ônibus numa cidade chamada Paterson, num filme intitulado “Paterson”. A redundância faz parte da estratégia do diretor Jim Jarmusch (“Amantes Eternos), que busca apresentar a banalidade do cotidiano, de onde seu protagonista extrai poesia. Literalmente. Enquanto não dirige seu ônibus pela cidadezinha de Nova Jersey, o motorista Driver escreve poemas. E a trama é contada em estrofes, uma para cada dia da semana, ao longo de uma semana em sua vida. “O filme é uma celebração dos pequenos detalhes da vida, por mais simples que sejam”, definiu Jarmusch, na entrevista coletiva do festival. A escolha da locação não foi casual. Paterson foi lar dos poetas Allen Ginsberg e William Carlos Williams. Ambos tinham em comum o uso da linguagem coloquial e versos que refletiam o cotidiano. Paterson, o personagem, também escreve sobre o que vive. Mas sua vida é monótona, com uma mulher dona de casa (a iraniana Golshifteh Farahani, de “Êxodo: Deuses e Reis”) e um cachorro. Se William Carlos Williams trazia profundidade à descrição de um carrinho de mão vermelho, Paterson luta para que caixinhas de fósforos e cadernos encontrem rimas. Mesmo assim, sua vida seria mais banal se não fosse a poesia. Logo, ele descobre que outras pessoas da cidade também escrevem poemas. E o filme sugere que qualquer um, seja um motorista de ônibus, uma dona de casa ou um mero espectador de cinema, pode se tornar o poeta de sua vida. Outra alternativa é enlouquecer, como a mulher de Paterson, que, quando não está sonhando em virar uma cantora, pinta a casa (e a roupa e os cupcakes) em padrões de preto e branco. Jarmusch confessa-se fã de padrões. Ele já manifestou obsessão por tons de xadrez em “Coffee and Cigarettes” (2003). Agora busca a padronagem da monotonia, da vida em preto e branco. “Cada dia de nossas vidas é apenas uma pequena variação da nossa vida do dia anterior”, ele filosofou em Cannes. Mas, às vezes, quando se presta bastante atenção, a rotina pode revelar surpresas. No caso de “Paterson”, elas incluem dois passageiros inusitados no ônibus de Paterson, o casal adolescente de “Moonrise Kingdom”, de Wes Anderson. Trata-se de uma das muitas citações que Jarmusch escondeu em plena vista, na paisagem. “Sou fã de Wes Anderson. Penso que seus últimos filmes estão cada vez mais belos e infantis”, ele elogiou. Porém, não quis citar outras referências do longa, que os cinéfilos se divertirão em descobrir por conta própria. Driver, que tirou uma folga das filmagens de “Star Wars: Episódio VIII” para vir à França acompanhar a première, explicou que também precisou submergir na paisagem para entronizar a rotina de Paterson. “Para me preparar, procurei apenas ouvir o som ambiente, passear pela cidade e me desligar do celular. Era parte desse personagem ser totalmente offline”, disse na coletiva. “O roteiro era muito forte, e os personagens muito transparentes. Eu tentei simplesmente não me intrometer no processo”, resumiu. Sua performance foi muito elogiada pela crítica internacional. Mas há quem aposte na premiação de outro astro do filme, o expressivo buldogue Marvin, o cachorro de Paterson, que deve ganhar a “Palma Dog” (versão da Palma de Ouro para animais). “Ele foi excelente nas improvisações. E se mostrou muito bom para escrever os seus próprios diálogos”, brincou o diretor. Jarmusch já foi selecionado diversas vezes para o Festival de Cannes, desde sua estreia, “Stranger Than Paradise”, premiada com a Câmera de Ouro em 1984, passando por “Flores Partidas”, vencedor do Prêmio do Júri em 2005, até seu longa anterior, “Amantes Eternos”, cuja première aconteceu há dois anos. “Paterson” é seu 9º filme em competição. Mas, fora da competição, ele também exibe seu 9º trabalho no festival, o documentário “Gimme Danger”, sobre Iggy Pop e os Stooges. “Os dois filmes são muito diferentes estilisticamente, mas ambos reforçam a ideia de que você pode escolher o seu caminho”, o diretor comparou. “Você pode escolher o que quer fazer de sua vida. No fundo, ‘Paterson’ é simplesmente sobre isso.”
Louis Garrel revela novo talento em Dois Amigos
Louis Garrel talvez seja o jovem ator francês de sua geração (em torno dos 30 anos de idade) de maior sucesso no mundo do cinema. Agora, além de atuar, ele dirige seu primeiro longa-metragem – e veio ao Brasil para divulgá-lo. É “Dois Amigos”, um filme sobre relacionamentos humanos que se mostram complicados, porque há segredos subentendidos, falta de sinceridade e medo, nos contatos. Na base deles está o desejo, a possibilidade do envolvimento amoroso e aquilo que, por algum motivo, não pode acontecer. A temática, claro, tem tudo a ver com a herança da nouvelle vague. O jeito de filmar, cool e próximo dos personagens, também. Afinal, Louis é filho do grande cineasta Philippe Garrel, com quem trabalhou como ator em filmes que retratam as muitas formas de vivenciar o amor e seus problemas, como “Amantes Constantes” (2005), “Fronteira da Alvorada” (2008), “Um Verão Escaldante” (2011) e “Ciúme” (2013). Ator frequente também em filmes de Christophe Honoré, Louis Garrel divide com ele o roteiro de “Dois Amigos”. Honoré costuma trabalhar com personagens em busca de amor e afeto, mas um tanto estranhos e desencontrados. Ou bizarros, para ficar num termo frequente em língua francesa. “Em Paris” (2006), “Canções de Amor” (2007), “A Bela Junie” (2008) e “As Bem-Amadas” (2011) são exemplos de filmes que Honoré dirigiu, tendo Garrel no elenco. A experiência do ator e essas influências são muito positivas no que se vê em “Dois Amigos”. O filme se centra em dois personagens masculinos bem construídos. Frágeis, carentes, dependentes um do outro e com uma alma feminina, convivem com uma mulher forte, intensa e algo misteriosa, que luta para sobreviver, enquanto aguarda sair da prisão. Já está em regime semiaberto, trabalhando fora, mas isso ainda limita muito sua vida. Além de Louis Garrel, que consegue dar conta de dirigir e atuar, também está no filme Vincent Macaigne, o amigo, em belo desempenho – ele já tinha trabalhado com Garrel em “Um Verão Escaldante”. Mas ambos giram em torno da figura marcante da jovem mulher que, na prática, comanda as ações e dá luminosidade ao filme. O papel é da atriz iraniana Golshifteh Farahani, que mostrou seu talento em obras como “Procurando Elly” (2010), no Irã, e em “Pedra de Paciência” (2014), no Afeganistão. Ela vive na França e nem pode pensar em voltar a seu país de origem, depois que posou nua para uma revista. A propósito, ela está linda e sensual em “Dois Amigos”, e é o grande destaque do filme. Uma estrela.




