Kleber Mendonça Filho diz que manterá Aquarius na disputa por uma vaga ao Oscar
É oficial. O diretor Kleber Mendonça Filho disse que manterá a inscrição de “Aquarius” na disputa pela vaga brasileira no Oscar 2017. O cineasta pernambucano não vai aderir ao protesto que ele próprio incentivou, ao insinuar-se perseguido politicamente, e que culminou na desistência de dois de seus concorrentes, “Boi Neon”, de Gabriel Mascaro, e “Mãe Só Há Uma”, de Anna Muylaert. Mascaro e Muylaert anunciaram a retirada de seus filmes em solidariedade a Filho, que estaria sofrendo retaliações, após denunciar que “O Brasil não é mais uma democracia”, com placas contra um “golpe de estado” no país, durante o Festival de Cannes. Filho, porém, assumiu que não tem intenção de realizar o mesmo gesto. “Tenho interesse em ver o processo se completar dentro das regras democráticas”, ele afirmou ao jornal Folha de S. Paulo. Assim, se valerá da vantagem de não contar com dois de seus concorrentes mais destacados para tentar conquistar a vaga. E só não terá o caminho mais facilitado porque outros diretores optaram por não servir de tapete vermelho para seu “interesse”. Os três diretores e Roberto Berliner, que também mantém “Nise: No Coração da Loucura” na competição, protestam contra a inclusão do crítico Marcos Petrucelli na comissão que escolherá o candidato brasileiro ao Oscar. Para eles, é inadmissível que o jornalista tenha sido escolhido após emitir opinião contrária à manifestação de Filho e da equipe de “Aquarius” em Cannes, e assim decidiram denunciar a “imparcialidade questionável” da comissão, no dizer de Mascaro. É importante lembrar que os mesmos defensores da imparcialidade desta comissão do Ministério da Cultura, que perseguem e atacam um jornalista exclusivamente por conta de suas opiniões, não realizaram qualquer tipo de manifestação quando “Lula, o Filho do Brasil” foi vergonhosamente escolhido como representante do Brasil ao Oscar em 2010, em pleno governo Lula. Uma falta de ética como nunca se viu antes na história deste país. “Acho incrível o que [Mascaro e Muylaert] fizeram”, disse Filho à Folha de S. Paulo. “O governo interino não tem familiaridade com a área da cultura e com a forma como nós somos unidos.” Curiosamente, esta união parece ter limites, já que o incentivador não pretende pular no mesmo abismo, após ver a concorrência pular sozinha, de forma inocente e muito útil, por sinal. Por sua vez, o Ministério da Cultura emitiu um comunicado, reiterando sua “confiança na comissão de seleção do filme” e na “isenção do processo de escolha”. “A comissão é formada por nomes de reconhecida reputação e conhecimento técnico, que passaram, inclusive, pelo crivo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Destaca-se que a seleção do filme representante será feita à margem de critérios de natureza política, sendo inócua a criação de ambiente de pressão ou constrangimento com vistas a favorecer ou prejudicar qualquer produção. Passada a etapa de seleção, o Ministério estará engajado na torcida para que nosso filme figure entre os cinco finalistas.”
Anna Muylaert retira Mãe Só Há Uma da disputa pela vaga brasileira no Oscar 2017
A diretora Anna Muylaert revelou que pretende seguir o gesto de Gabriel Mascaro e também retirar seu filme “Mãe Só Há Uma” da disputa pela indicação do Brasil à categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2017. Mascaro retirou “Boi Neon” para prestar solidariedade ao filme “Aquarius”, num protesto à parcialidade – ou “imparcialidade questionável”, como se expressou – com que o processo seletivo estaria sendo conduzido. A razão para as duas desistências seria a inclusão do crítico paulista Marcos Petrucelli na comissão do Ministério da Cultura que escolherá o representante brasileiro. Ele virou alvo por discordar da postura política e igualmente pública do diretor Kleber Mendonça Filho, de “Aquarius”. Com isso, já são dois cineastas que tomam para si a decisão que não foi tomada por Kleber Mendonça Filho, que se diz perseguido após a photo-op do Festival de Cannes para denunciar que “O Brasil não é mais uma Democracia”, devido a um “golpe de estado” – o processo de Impeachment de Dilma Rousseff. Em nome da defesa da liberdade de expressão da equipe de “Aquarius”, Muylaert, Mascaro e Filho lançam assim um inacreditável movimento contra a liberdade de expressão de um crítico, que discordou do uso político de verbas públicas no protesto realizado em Cannes. Como o próprio Filho assumiu, seu filme foi realizado com verbas incentivadas e sua viagem à França financiada pelo Programa de Apoio à Participação de Filmes Brasileiros em Festivais Internacionais e de Projetos de Obras Audiovisuais Brasileiras em Laboratórios e Workshops Internacionais, da Ancine. A propósito, estas são as frases do crítico, publicadas em seu Facebook, que geraram a polêmica. “Vergonha é o mínimo que se pode dizer sobre a equipe e o elenco de ‘Aquarius’”, ele opinou na data do protesto com os cartazes em Cannes. Cinco dias depois, quando saiu o anúncio dos vencedores, ele completou: “Então foi assim: filme feito com dinheiro público vai a Cannes representar o Brasil e não leva prêmio algum. Ou seja, a mentira sobre o suposto golpe no País por meio de frases em papel A4 no tapete vermelho não adiantou muito além de expor o Brasil ao ridículo.” Aparentemente, três dos nossos cineastas mais brilhantes acharam ruim que um dos eleitores do representante do Brasil no Oscar tenha feito o que se espera de sua profissão: um comentário crítico. Ou, de forma reducionista, manifestado-se publicamente a respeito de uma manifestação pública. Trata-se de um ataque mal-disfarçado à liberdade de expressão e opinião, a ponto de visar até o símbolo máximo da democracia: o direito ao voto. Não querem que um crítico vote, porque não gostarão de seu voto. É isso, simplesmente. “Achamos que este é o ano de ‘Aquarius’. É o filme certo”, disse Muylaert ao jornal Folha de S. Paulo, num prato cheio para quem gosta de teorias de conspiração e já delira com Kleber Mendonça Filho segurando placas de “Yankees Go Home” no tapete vermelho do Oscar 2017. Além da dupla de cineastas desistentes, o diretor e produtor mineiro Guilherme Fiúza Zenha, um dos nove integrantes da comissão do governo, também anunciou que não irá mais participar do comitê “por questões pessoais”. Procurado, o diretor de “O Menino no Espelho” (2014) disse que não falaria com a imprensa. Mas é pouco provável que muitos outros se juntem a eles. Ouvidos pela Folha de S. Paulo, os diretores de alguns dos filmes concorrentes mantiveram a postura de disputar a vaga. E encontram o caminho menos apinhado, com a saída de “Boi Neon” e “Mãe É Só Uma” do páreo. “Por que tirar o filme? Acredito nele. Respeito a atitude [dos outros diretores], mas não pretendo retirar. A decisão é do comitê”, disse Afonso Poyart, de “Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo”. Ele é ecoado pelo diretor David Schurmann, para quem seu filme “Pequeno Segredo” “tem uma temática que pode interessar ao Oscar”. “Investimos muito tempo e paixão para fazer um filme tecnicamente impecável e emocionante”, resumiu. Já Roberto Berliner decidiu manter “Nise: No Coração da Loucura”, mas não sem emitir um comunicado de solidariedade a Filho, dizendo que compartilha “das mesmas posições políticas”, sem esquecer de atacar o crítico em questão por suas “declarações infelizes” – em defesa da “liberdade de expressão”, é claro – , e incluindo até a um anedótico “Fora Temer!” no texto. Fazendo a ressalva que Muylaert e Mascaro preferiram ignorar, Berliner lembrou do respeito que deve “à equipe do filme, aos milhares de espectadores, aos outros jurados e demais concorrentes”, salientando a “confiança no filme que fizemos e pela importância de levar essa história ao conhecimento do maior público possível”. Mas completa propondo escorraçar o crítico da comissão, numa celebração de totalitarismo – ou, pelo menos, falta de capacidade de convívio democrático. Afinal, como se chama mesmo quem busca enquadrar opositores, calar os dissidentes e buscar impedir o direito de votar? De todo modo, o “martírio” dos colegas está sendo tratado, até aqui, com mesquinharia por Filho, que tem se aproveitado das desistências para reforçar sua posição na eleição e aparecer ainda mais na mídia. Após a desistência de Mascaro e Muylaert, em solidariedade à perseguição que o cineasta estaria sofrendo – e isto inclui a classificação etária elevada de seu filme – , ele mantém “Aquarius” na disputa.
Diretor tira Boi Neon da disputa da vaga brasileira ao Oscar 2017
O cineasta pernambucano Gabriel Mascaro anunciou que retirou seu filme “Boi Neon” da disputa pela indicação do Brasil à categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2017. A decisão foi feita em protesto pela parcialidade – ou “imparcialidade questionável” – com que o processo seletivo estaria sendo conduzido. Seu comunicado é sucinto. “Decidimos tornar pública a nossa decisão de não submeter o filme ‘Boi Neon’ à comissão brasileira que indica o representante nacional ao Oscar 2017. É lamentável que o Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual, endosse na comissão de seleção um membro que se comportou de forma irresponsável e pouco profissional ao fazer declarações, sem apresentação de provas, contra a equipe do filme ‘Aquarius’, após o seu protesto no tapete vermelho de Cannes. ‘Aquarius’ foi o único filme latino-americano na competição oficial de Cannes, tendo sido aclamado pela crítica internacional. Diante da gravidade da situação e contrários à criação de precedentes desta ordem, registramos nosso desconforto em participar de um processo seletivo de imparcialidade questionável”. Mascaro tomou a decisão depois que o diretor de “Aquarius”, Kleber Mendonça Filho atacou o crítico citado, convidado pelo Ministério Público para participar da comissão de seleção. Já o filme “Aquarius”, claro, é a produção que motivou a photo-op em Cannes para denunciar que “O Brasil não é mais uma Democracia”, devido ao “golpe” conhecido como processo de Impeachment de Dilma Rousseff. Com prêmios nos festivais de Veneza, Toronto e muitos outros, “Boi Neon” foi também o grande vencedor do último Festival do Rio. Era o único filme brasileiro que fazia sombra a “Aquarius” no exterior. Sua desistência, teoricamente, estende o tapete vermelho para “Aquarius” conquistar a vaga, além de tirar a oportunidade dos intérpretes, técnicos e profissionais variados do filme, que não poderão incluir no currículo uma provável representação do país no Oscar. Claro que a revolta terceirizada, de um segundo diretor em relação a uma situação que supostamente atinge apenas um terceiro, não deixa de criar uma saia justa para o próprio terceiro. Afinal, como fica agora Filho, que vê seu principal rival à indicação sair da disputa, numa demonstração de solidariedade a seu discurso de perseguido político? Filho vai usar essa vantagem para garantir a classificação de “Aquarius” ou tomará a atitude ética de, para dar sentido às consequências de sua retórica e em nome do “fair play”, anunciar também sua desistência? Sempre é válido lembrar que não houve nenhuma revolta ou manifestação sobre “imparcialidade questionável” quando, há apenas seis anos, “Lula, o Filho do Brasil” foi selecionado pelo Ministério da Cultura do governo de Luis Inácio Lula da Silva como candidato do Brasil à mesma vaga. Não foi ético em 2010. E agora veremos o que é considerada uma atitude ética em 2016.
Sonia Braga é premiada como Melhor Atriz no Festival de Lima, no Peru
A atriz Sonia Braga foi premiada como Melhor Atriz do 20º Festival de Cinema de Lima, no Peru, por sua interpretação no filme “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho. Ausente do evento, ela agradeceu o troféu em seu Facebook. “Que honra ser premiada na América Latina”, postou em seu perfil. No filme, a atriz resiste à tentativa de uma incorporadora de comprar seu apartamento para derrubar o velho prédio e construir um novo edifício na praia de Boa Viagem, no Recife. “Aquarius” também recebeu o Prêmio Especial do Júri, que foi encabeçado pelo cineasta Ciro Guerra (“O Abraço da Serpente”). Mas não foi o único longa brasileiro premiado no evento. O drama “Boi Neon”, de Gabriel Mascaro, também foi celebrado, vencendo a categoria de Melhor Fotografia. Já o grande vencedor do troféu de Melhor Filme foi o colombiano “Oscuro Animal”, de Felipe Guerrero.
Cineastas protestam contra nomeação do diretor do Cine PE para a Secretaria do Audiovisual
Cineastas de associações de Pernambuco, como a Associação Brasileira de Documentaristas, Curta-metragistas e Cineastas de Pernambuco (ABD-PE), a Associação Pernambucana de Cineastas (Apeci) e a Federação Pernambucana de Cineclubes (Fepec), divulgaram nas redes sociais uma nota de repúdio à nomeação de Alfredo Bertini para a Secretaria do Audiovisual, ligada ao Ministério da Cultura. O ministro Marcelo Calero anunciou a nomeação de Bertini em 31 de maio. Diretor e idealizador do Cine PE, o empresário recifense é autor de livros como “Economia da Cultura” e foi presidente do Fórum Nacional dos Organizadores de Festivais Audiovisuais Brasileiros. Mesmo com sua experiência no setor, cineastas como Claudio Assis, João Vieira Jr., Gabriel Mascaro, Marcelo Lordello, Aly Muritiba e Hilton Lacerda assinam a nota que diz que Bertini “não tem nenhuma representatividade e interlocução com os trabalhadores do audiovisual”. “Repudiamos a nomeação do produtor Alfredo Bertini para a Secretaria Nacional do Audiovisual. Como diversos nomes que compõem atualmente o governo golpista, Bertini não tem nenhuma representatividade e interlocução com os trabalhadores do audiovisual e com nenhum movimento social representativo”, diz a nota, assinada por cerca de 150 profissionais, que também ataca o festival Cine PE. “Em seus 20 anos de existência, o Cine PE demonstrou, ano após ano, a ausência de qualquer ligação efetiva de seus gestores com o campo profissional e de pesquisas do audiovisual, não havendo, portanto, credibilidade e representatividade mínima para assumir o cargo.” “Essa opinião deles é por mim sabida, cabendo-me respeitá-la. Entendo as distintas razões de pensamento. Só não posso ignorar é qualquer tentativa de minorar minha qualificação profissional”, rebateu Bertini, por email enviado ao jornal O Globo. Bertini refere-se a ataque anterior sofrido pelo festival Cine PE pelas mesmas entidades do atual protesto, que emitiram outro abaixo-assinado em abril contra o evento. Meses antes, em outubro, cineastas de Pernambuco realizaram um evento em favor da presidente Dilma Rousseff (foto acima), em frente ao Cine São Luis, local em que acontece o Cine PE.
Festival de Havana premia Sandra Kogut com troféu de Melhor Direção por Campo Grande
O cinema brasileiro foi o grande vencedor do 37º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano de Havana. Embora o troféu de Melhor Filme tenha ido para o chileno “O Clube”, de Pablo Larraín, o Brasil foi o país que mais teve filmes premiados: cinco, no total. A principal consagração individual foi para Sandra Kogut, que venceu o troféu de Melhor Direção por “Campo Grande”, filme sobre crianças abandonadas na porta de um prédio de classe média de Ipanema. “Campo Grande” ainda venceu o prêmio paralelo Signis, conferido por uma associação católica. Além disso, o país também conquistou três prêmios especiais do júri, conferidos para a ficção “Boi Neon”, de Gabriel Mascaro, o documentário “A Paixão de JL”, de Carlos Nader, e a animação “Guida”, de Rosana Urbes. Completa a lista o Prêmio da Crítica para “Paulina”, coprodução com a Argentina, dirigida pelo argentino Santiago Mitre. Tanto o cinema colombiano quanto o mexicano também tiveram bons desempenhos, com cinco troféus, mas divididos entre quatro produções – mais premiados, o mexicano “Te Prometo Anarquia” venceu como Melhor Roteiro (do cineasta Julio Hernández Cordón) e Ator (prêmio compartilhado por Diego Calva e Eduardo Eliseo Martínez), e o colombiano “O Abraço da Serpente” em duas categorias técnicas. Por sua vez, o cinema argentino emplacou quatro troféus, com destaque para o Prêmio do Público, conferido a “O Clã”, atualmente em cartaz no Brasil. [symple_toggle title=”Clique aqui para conferir a lista completa dos premiados” state=”closed”] Vencedores do Festival de Havana 2015 [symple_column size=”one-half” position=”first” fade_in=”false”] FICÇÃO Prêmio Coral de Melhor Filme O Clube (Chile) Prêmio Especial do Júri Boi Neon (Brasil) Melhor Direção Sandra Kogut, por Campo Grande (Brasil) Melhor Atriz Jana Raluy, por Sociedade Indiferente (México) Melhor Ator Diego Calva e Eduardo Eliseo Martínez, por Te Prometo Anarquia (México) Melhor Edição O Abraço da Serpente (Colômbia) Melhor Trilha Sonora Original O Abraço da Serpente (Colômbia) Melhor Som Yo (México) Melhor Roteiro Te Prometo Anarquia (México) Melhor Fotografia Luz Incidente (Argentina) Melhor Direção de Arte Luz Incidente (Argentina) Prêmio do Público O Clã (Argentina) Prêmio da Crítica Paulina (Argentina/Brasil) [/symple_column] [symple_column size=”one-half” position=”last” fade_in=”false”] DIRETORES ESTREANTES Melhor Primeiro Filme Desde Allá (Venezuela) Prêmio Especial do Júri Magallanes (Peru) Prêmio Coral de Contribuição Artística Mãos Sujas (Colômbia) DOCUMENTÁRIOS Melhor Longa Casa Blanca (Cuba) Melhor Curta Tripido (Colômbia) Prêmio Especial do Júri A Paixão de JL (Brasil) Menção Honrosa Los Impunes (França) ANIMAÇÕES Melhor Média Las Aventuras de Juan Quin Quin (Cuba) Melhor Curta Los Ases del Corral (México) Prêmio Especial do Júri Guida (Brasil) CURTAS Melhor Curta La Nube (Cuba) Menção Honrosa Camino del Agua (Colômbia) [/symple_column] [/symple_toggle]
Gabriel Mascaro é o Melhor Diretor do Festival de Marrakesh
O cineasta pernambucano Gabriel Mascaro venceu o prêmio de Melhor Diretor, com o filme “Boi Neon”, no Festival de Cinema de Marrakesh, que terminou neste sábado (12/12) no Marrocos. O brasileiro foi eleito por um júri presidido pelo lendário Francis Ford Coppola (“O Poderoso Chefão”), e que também contou com os cineastas Anton Corbijin (“O Homem Mais Procurado”), Jean Pierre Jeunet (“Uma Viagem Extraordinária”), Naomi Kawase (“O Segredo das Águas”) e a atriz Olga Kurylenko (“Oblivion”). O troféu de Melhor Filme, por sua vez, ficou com “Very Big Shot”, do diretor libanês Mir-Jean Bou Chaaya. Os prêmios de interpretação foram para o islandês Gunnar Jonsson, por “Virgin Mountain”, e a jovem francesa Galatea Bellugi, por “Keeper”. E, excepcionalmente, o Prêmio do Júri foi compartilhado entre os 15 concorrentes, numa decisão que Coppola confessou não ter sido unânime, mas que premiava o amor ao cinema de cada candidato. Consagrado também nos festivais do Rio, Veneza (Itália), Toronto (Canadá), Adelaide (Austrália), Nantes (França) e Hamburgo (Alemanha), “Boi Neon” se passa no Nordeste do Brasil, acompanhando o drama particular da família de um vaqueiro (Juliano Cazarré, de “Serra Pelada”), que viaja acompanhando vaquejadas, mas cujo sonho é trabalhar com moda, confeccionando vestidos. O longa é o segundo trabalho de ficção do pernambucano Gabriel Mascaro – o primeiro, “Ventos de Agosto”, ganhou menção especial no Festival de Locarno do ano passado -, e tem estreia comercial marcada para o dia 14 de janeiro no Brasil. [symple_toggle title=”Clique aqui para conferir o trailer de Boi Neon” state=”closed”] Clique no link para conferir o trailer de “Boi Neon” [/symple_toggle]
Boi Neon: Filme brasileiro mais premiado do ano ganha primeiro trailer
Filme brasileiro mais premiado de 2015, “Boi Neon” ganhou seu primeiro trailer e pôster. A prévia lista a coleção de troféus e participações em festivais internacionais, além de elogios da imprensa americana, mas convence mesmo pelas qualidades que permite vislumbrar, como as belas imagens e a sensibilidade que Juliano Cazarré (“Serra Pelada”) demonstra no papel principal. Consagrado nos festivais do Rio, Veneza (Itália), Toronto (Canadá), Adelaide (Austrália), Nantes (França) e Hamburgo (Alemanha), “Boi Neon” se passa no Nordeste do Brasil, acompanhando o drama particular da família de um vaqueiro, que viaja acompanhando vaquejadas, mas cujo sonho é trabalhar com moda, confeccionando vestidos. Segundo longa de ficção do pernambucano Gabriel Mascaro – o primeiro, “Ventos de Agosto”, ganhou menção especial no Festival de Locarno do ano passado -, também destaca Maeve Jinkins (“O Som ao Redor”) no elenco central. A estreia comercial está marcada para o dia 14 de janeiro.







