Netflix prepara projeto documental sobre Anitta
A Netflix está produzindo um projeto em forma de documentário sobre a vida e a carreira de Anitta. Em fase inicial, o projeto está sendo desenvolvido com participação da cantora, que teria decidido mostrar tanto seu lado pessoal quanto artístico. As assessorias envolvidas ainda não abriram maiores detalhes, mas em fevereiro uma equipe da Netflix já tinha sido vista registrando um pocket show de Anitta em Miami. Veja o vídeo abaixo. O documentário representa mais uma investida de Anitta em outros formatos de entretenimento. Na última terça-feira (3/4), ela estreou “Anitta Entrou no Grupo”, seu novo programa no canal Multishow, após comandar o “Música Boa Ao Vivo”. Mas como sua agenda é corrida, o novo programa terá só quatro edições. Anitta também estaria negociando protagonizar um filme policial, do mesmo autor de “Tropa de Elite”, mas quando esta notícia veio à tona em janeiro, ela ainda receava dar esse passo. ? É AGORA O DOCUMENTÁRIO!!! Aparentemente a Netflix estava gravando o show da Anitta esta madrugada na boate LIV, em Miami. pic.twitter.com/WmnGd0VRP4 — Central Anitta PT ?? (@CentralAnittaPT) February 23, 2018
Valesca Popozuda se veste como Uma Linda Mulher em novo clipe de funk
Valesca Popozuda teve uma noite de Julia Roberts na produção do clipe de “Desce um Gin”. No vídeo da música, gravada em parceria com MC TH, ela aparece com o figurino da atriz no clássico “Uma Linda Mulher”. O filme de 1990 é um dos favoritos da funkeira carioca, que se inspirou na garota de programa Vivian, interpretada por Roberts, da peruca até a ajeitadinha na calcinha que marcou a personagem. Gravado na Vila Mimosa, no Rio de Janeiro, uma das mais famosas áreas de prostituição do Brasil, o clipe traz Valesca passando a noite em uma boate e resistindo às investidas de MC TH, deixando bem claro que “não é não” – frase escrita em seu braço. “Comecei 2018 com o pé direito, gravando meu clipe ‘Desce um Gin’ com inspiração em um famoso filme de Hollywood!”, escreveu Valesca nas redes sociais. “Quando tivemos a ideia de fazer o clipe na Vila Mimosa, a primeira coisa que me veio à cabeça foi ‘Uma Linda Mulher’. É o meu filme favorito até hoje, e eu sempre quis fazer algo baseado nele. Foi incrível recriar o figurino, me senti a própria Julia Roberts dos novos tempos”, ela explicou, sobre a produção. Dirigido por Fred Ouro Preto (sobrinho do cantor do Capital Inicial), as gravações duraram cerca de 14h e contaram com a participação dos funcionários da boate Mosaico, do comediante David Brazil (“Vai que Cola: O Filme”) e de cerca de 15 figurantes. A produção também disponibilizou um “making of”. Confira abaixo, também, a comparação entre o visual da cantora e da atriz no filme de 1990.
Netflix anuncia produção de série brasileira criada por KondZilla
A Netflix anunciou nesta segunda-feira (12/2) a produção de uma nova série brasileira. Intitulada “Sintonia”, a série foi criada e será produzida e dirigida por KondZilla, apelido de Konrad Cunha Dantas, paulista conhecido por fazer clipes de sucesso do funk ostentação e dono do canal mais visto do YouTube, com mais de 29 milhões de inscritos. Responsável pelos vídeos de hits como “Deu Onda”, de MC G15, e “Envolvimento”, de MC Loma e as Gêmeas Lacração, KondZilla criou uma série de ficção para a plataforma. “É o projeto mais antigo da minha vida, eu sempre sonhei em criar e dirigir uma ficção. Espero que seja mais uma das minhas realizações a inspirar mais molecada de favela a persistir com seus sonhos também, nada é impossível. Favela venceu!”, disse KondZilla, no comunicado do anúncio. Ele vai trabalhar no projeto com a atriz Alice Braga (série “Queen of the South”) e roteirista Felipe Braga (série “Mandrake”), por meio da produtora da dupla, Losbragas. Felipe Braga e Guilherme Quintella (roteirista de “Meu Amigo Hindu”) também são creditados como cocriadores de “Sintonia”, ao lado de KondZilla. A produção será a segunda série dos Losbragas na Netflix. Felipe Braga também criou a comédia “Samantha!”, que deve estrear ainda neste ano. “‘Sintonia’ é um projeto extremamente relevante, pois é focado em criar uma plataforma original para talentos das favelas do Brasil – como o KondZilla – poderem contar suas próprias histórias, de seus próprios pontos de vista”, comentou a produtora Alice Braga. “Uma voz emergente que encontrou seu lugar fora da mídia tradicional, KondZilla nos mostrou uma mensagem poderosa e força criativa, estabelecendo o que se tornou um dos maiores canais de música do YouTube no mundo. ‘Sintonia’ é uma narrativa em primeira pessoa e estou honrada em ficar ao lado dele enquanto conta sua história – da periferia do Brasil para o mundo”, completou. Segundo a sinopse, a série vai acompanhar três personagens diferentes para explorar a interconexão da música, tráfico de drogas e religião em São Paulo. Doni, Nando e Rita cresceram juntos na mesma favela, onde foram influenciados pelo fascínio do funk, das drogas e da igreja. Cada um deles transforma suas experiências de infância em caminhos muito divergentes. Apesar de tentarem levar uma vida diferente de onde cresceram, percebem que as únicas pessoas que podem salvá-los de si mesmos são eles próprios. A série chegará com exclusividade na Netflix em 2019. Veja abaixo o teaser do anúncio da parceria.
Paródia de clipe de Anitta vira novo fenômeno viral de MC Melody
Fenômeno viral que já dura três anos, a menina Melody (Gabriella Abreu Severino, anteriormente conhecida como MC Melody) emplacou outro sucesso. Seu clipe de “Vai Baranga”, paródia de “Vai Malandra”, de Anitta, está em 1º lugar no ranking dos vídeos mais acessados do Brasil no YouTube. Em menos de 24 horas, o clipe atingiu mais de 800 mil visualizações na rede de vídeos do Google e 1,5 milhões no Facebook. E mantém o vírus de Melody contagioso por mais tempo que o prognosticado. Pra quem não lembra, a filha do funkeiro MC Belinho virou fenômeno ao tentar imitar um falsete de Christina Aguilera, num vídeo que viralizou em 2015. Agora com 10 anos de idade, a criança continua fazendo graça com o funk e o pop, sem abandonar o viés de empoderamento infantil e seus infames “falsetes” guinchados, que parecem freiadas de carro. Enquanto Anitta celebrava os mototáxis e o bronze na laje das favelas cariocas, em sua paródia de periferia paulista, Melody destaca os aparelhos de ginástica das praças públicas. Pegando a deixa no close das celulites de Anitta, a menina conta uma história em que é “baranga” por inteiro. Mas, influenciada pela imagem de beleza projetada pelas celebridades, entra numa dieta que troca a comida trash por peixe e proteínas, e passa a se exercitar. Como não tem grana para frequentar academias, usa os aparelhos gratuitos das praças. E no final termina “chamando atenção até dos urubus”. Apesar da historinha dar margem à discussão da sexualização precoce, o clipe usa bonecas para reproduzir o visual de biquínis de fita isolante de Anitta, lembrando que se trata de uma brincadeira de criança, e embute uma mensagem de autoafirmação que é mais importante qualquer paranoia. O vídeo é engraçado, realista em seu contexto e, de quebra, ainda ensina a importância de uma alimentação correta e exercícios físicos! Basicamente, um novo clássico do estilo “Vila Sésamo” de educar e divertir visualmente.
Novo clipe de Bruno Mars homenageia programa clássico In Living Colour
O cantor Bruno Mars homenageou seu “programa de TV favorito de todos os tempos”, como ele mesmo definiu no Twitter, na gravação do clipe de “Finesse”. A produção conta com figurino, coreografia e visual colorido dos anos 1990, mas principalmente com uma recriação da abertura e do cenário do programa humorístico “In Living Colour”, que lançou as carreiras dos astros Jim Carrey, Jamie Foxx, Jennifer Lopez, irmãos Wayans e muitos outros. A música reflete a época, num remix com batidas dançantes, acompanhada por dancinhas sincronizadas e participação da rapper Cardi B (revelada no reality show “Love & Hip Hop: New York”), emulando a Mary J Blige de 25 anos atrás. O próprio Bruno Mars assina a direção da sessão nostálgica. Compare abaixo com a abertura do programa original, em 1990. E o detalhe: diversos integrantes do programa, como os irmãos Shawn, Damon, Kim e Marlon Wayans, agradeceram a homenagem no Twitter, o que fez o cantor agradecer de volta pelas boas memórias. Veja as mensagens logo após os vídeos. This video is dedicated to one my favorite T.V shows of all time — Bruno Mars (@BrunoMars) January 4, 2018 Huge S/O to @BrunoMars & @iamcardib for this In living color tribute it was hot and we appreciate the love??? #InLivingColor pic.twitter.com/kAKU3LlS3M — Shawn Wayans (@shawn_wayans) January 5, 2018 As an alumni of #inlivingcolor i must day this was doooope as fuck @brunomars @iamcardib https://t.co/6KzDIgZbkV — marlon wayans (@MarlonWayans) January 4, 2018 Dope video! S/O my brother Ivory @keeneniwayans @brunomars @iamcardib #inlivingcolor #newschool… https://t.co/1N2g3q8asj — Damon Wayans (@DamonkWayans) January 4, 2018 What an amazing tribute to # In Living Color.! Made me emotional. Thanks for the love, Bruno. I'm a big fan! https://t.co/2YVL30ZocK — Kim Wayans (@kimwayans) January 4, 2018 David Alan Grier on Bruno Mars and Cardi B’s “Finesse” video aka the perfect In Living Color tribute https://t.co/OJLuZTCV2b via @thefader — David Alan Grier (@davidalangrier) January 5, 2018 #FlashBackFriday: Last Night, Cardi B and Bruno Mars Gave Us Our Entire Lives—in Living Color https://t.co/W2BuRhqU2j — Tommy Davidson (@tommycat) January 5, 2018 In living color was it growing up. Pop culture, Comedy, Fashion, Dance & all y’all superstars. There has never been another show like it. ? https://t.co/gIWY6wXB5v — Bruno Mars (@BrunoMars) January 5, 2018
Governo carioca pega carona no novo clipe de Anitta para fazer campanhas de trânsito e saúde
O governo do estado do Rio de Janeiro aproveitou a enorme popularidade do novo clipe de Anitta para chamar atenção para alguns detalhes que não renderam a mesma polarização das bundas nas redes sociais – com ou sem celulites. O Detran carioca elogiou Anitta por servir de bom exemplo. Após criticar o apresentador Luciano Huck por publicar vídeo na garupa de uma moto sem capacete, o Twitter do órgão de trânsito publicou um trecho do clipe “Vai Malandra” em que a cantora pega carona num moto-táxi e não se esquece do assessório de segurança. “Malandra que é malandra só vai de capacete”, elogiou o tuíte, que ainda usou a hashtag #SejaEssaPessoa. Já a Secretaria de Saúde chamou a atenção para a água parada sobre a laje onde o clipe foi gravado, ideal para a proliferação de mosquitos. “Tu tá louca?! Não dá mole pra dengue, zika e chikungunya!”, criticou o Twitter da Secretaria da Saúde. Em outro tuíte, ilustrado pela foto da cantora refletida no espelho d’água da lage no Morro do Vidigal, a Secretaria frisou: “Malandro mesmo é o aedes aegypti, que, enquanto você curte distraído o novo hit da Anitta, ele aproveita essa água parada para se reproduzir”. Veja abaixo como Anitta se tornou importante para salvar o Rio de Janeiro. Anitta para governador em 2018? Malandra que é malandra só vai de capacete. #VaiMalandra #SejaEssaPessoa pic.twitter.com/rWdOFDJFjL — Detran-RJ (@DetranRJ) 18 de dezembro de 2017 Malandro mesmo é o Aedes aegypti, q, enquanto vc curte distraído o novo hit da @Anitta, ele ta aproveita essa água parada pra se reproduzir. Se liga: combatendo o mosquito, você cuida da sua saúde! Bora manter a menor taxa de mortalidade por dengue no RJ desde 2005! #VaiMalandra pic.twitter.com/8tc5TBLyS9 — Conexão Saúde RJ (@SaudeGovRJ) December 19, 2017
Anitta requebra e provoca em clima de baile funk no clipe de Vai Malandra
Anitta lançou seu aguardado clipe de “Vai Malandra”, gravado na comunidade do Vidigal em agosto. O vídeo mostra a cantora requebrando o bumbum (como diz a letra) com celulite, sobre um moto-táxi e num biquíni de fita isolante, ao som de um funk eletrônico e pesadão. E funk é realmente o que ela faz melhor. “Tive a oportunidade de mostrar minhas origens neste clipe. Um pouco do que eu mesma curtia e onde eu morava. O bronze na laje, o baile funk, o mototaxi e a alegria, claro. O clipe é pra cima, cheio de vida. O funk mora em mim e faz parte de quem eu sou”, ela afirmou antes do lançamento. A música é resultado de uma parceria com o grupo de música eletrônica Tropkillaz, do Dj Yuri Martins e Mc Zaac, e inclui batidas de samba, que traduzem para turistas o sincretismo do pop brasileiro moderno. E com direito a visita de gringo, o rapper americano Maejor. O lançamento marca o fim do projeto ChequeMate em 2017, em que Anitta prometeu divulgou uma música e um clipe novos por mês. Este evento virtual foi uma brilhante ideia de marketing, que a deixou em evidência por meses a fio. Mas escorregou no detalhe final. O clipe repleto de bumbums é típico de seu diretor, o americano Terry Richardson, conhecido por despir suas modelos em clima provocante – foi ele quem gravou Miley Cyrus nua em “Wrecking Ball”. Mas entre as gravações e a estreia do clipe, Richardson foi envolvido nos escândalos sexuais que sacodem Hollywood. Acusado de abuso sexual e chamado de “o Harvey Weinstein da moda” pelo jornal britânico The Times, perdeu diversos contratos com grifes de luxo e foi banido das publicações de moda que utilizavam seus serviços como fotógrafo. “Vai Malandra” pode ter sido seu último trabalho.
Samuel L. Jackson negocia estrelar continuação de Shaft
O novo remake de “Shaft” virou continuação. De acordo com a Variety, Samuel L. Jackson negocia retomar o papel que interpretou em 2000, no primeiro remake da franquia dos anos 1970. Além disso, Jessie T. Usher (“Independence Day: o Ressurgimento”) deve interpretar o filho do protagonista. O plano da New Line, quando adquiriu os direitos sobre a franquia, era relançá-la com um ator jovem. Segundo a Variety, isto mudou, mas nem tanto, uma vez que Usher pode herdar o protagonismo em possíveis sequências. Vale lembrar que o personagem de Jackson já não era John Shaft, mas seu sobrinho homônimo. O detetive negro John Shaft surgiu em 1971 em um filme dirigido por Gordon Parks e estrelado por Richard Roundtree. No longa original, ele era contratado por um chefão do crime para resgatar sua filha sequestrada. O filme e sua trilha antológica, assinada por Isaac Hayes, fizeram enorme sucesso e inspiraram duas continuações, além de uma série, todas estreladas por Roundtree na primeira metade dos anos 1970. Assim como os filmes originais, o remake de 2000, feito por John Singleton, se apresentava como um filme de ação, mas a nova versão prometia se distanciar bastante deste formato. Os responsáveis pelo novo filme são especialistas em comédia. O roteiro está a cargo da dupla Kenya Barris (criador da série “Black-ish”) e Alex Barnow (roteirista da série “The Goldbergs”), e a direção é de Tim Story, mais conhecido pelas franquias “Pense como Eles” e “Policial em Apuros”. Não há data de lançamento prevista para a nova produção.
The Killers volta à ativa com clipe dançante gravado em Las Vegas
A banda The Killers voltou à ativa, cinco anos após o lançamento de seu último disco, e em grande estilo com “The Man”, uma música funkeada, a mais dançante da banda, com influências de Kool & The Gang, Talking Heads e David Bowie – um sample de “Fame”, de Bowie, é evidente na canção. O single ganhou um clipe cinematográfico assinado por Tim Mattia, diretor em alta demanda, que já fez vídeos para Linkin Park, The 1975, The Pretty Reckless, Chris Stapleton e Halsey. Gravado em Las Vegas, o clipe traz o cantor Brandon Flowers como um macho alfa, desfilando em roupas brilhantes e coloridas feito um pavão, apenas para ser humilhado e perder tudo, tanto numa mesa de jogo quanto nos bastidores de um show. A música faz parte de “Wonderful Wonderful”, quinto álbum dos Killers, que começou a ser gravado em setembro do ano passado e só deve chegar às lojas em setembro deste ano.
Novo clipe de Karol Conka faz ode ao sexo oral feminino
A rapper Karol Conka divulgou seu novo clipe, “Lalá”, uma ode ao sexo oral feminino, que usa flores como metáfora visual e explora a ineficácia masculina na hora do “lalá”. Isto é, de lamber lá. “Não sabe a diferença de um clitóris para um ovário”, canta Karol, de forma crítica. “Escrevi essa música na intenção de informar as pessoas da necessidade da prática e da técnica do sexo oral na mulher. Tive a ideia de fazer um clipe com uma equipe toda formada por mulheres de forte posicionamento”, explicou a artista no release que acompanha o lançamento. “Tivemos ideias coletivas que mostram o universo feminino de uma maneira doce e ao mesmo tempo divertida. A intenção é passar a mensagem quebrando o tabu de maneira informativa e criativa.” A letra, que trata do assunto de forma direta e sem pudor, ganhou um vídeo lúdico dirigido por Vera Egito (roteirista de “Elis” e diretora de “Amores Urbanos” e “Restless Love”) e Camila Cornelsen (cinematógrafa de “Restless Love”), na mesma linha colorida, repleta de figurinos e glitter, que tem marcado os clipes da nova geração de funkeiras. O detalhe é que, para ilustrar com línguas e virilhas a mensagem de empoderamento, o vídeo empregou uma alarmante quantidade de atores de pele clara em sua produção, deixando Karol como a única pessoa de pele escura falando sobre igualdade de direitos e prazeres. Pois é.
Série mais cara da Netflix, The Get Down é cancelada após uma temporada
A Netflix cancelou a série “The Get Down”, criada pelo cineasta Baz Luhrmann (“O Grande Gatsby”), após a disponibilização da segunda metade de sua temporada inaugural sem muita fanfarra. Considerada a mais cara produção do serviço de streaming, a série despertou grande expectativa, mas se revelou bem diferente do que se esperava. Prometida como um relato da origem do hip-hop, a atração se revelou fantasiosa e coreografada como um grande musical. Mesmo acompanhando personagens fictícios, a produção incorporou fatos e personagens históricos, como Grandmaster Flash, pioneiro do hip-hop e lenda-viva da discotecagem mundial. Por sinal, Flash era um dos produtores, ao lado do rapper Nas e do crítico e escritor Nelson George, que trabalharam junto com Luhrmann para garantir a autenticidade da recriação da época. Passada no berço do hip-hop em meados dos anos 1970, a trama girava em torno de um grupo de adolescentes maltrapilhos de South Bronx, em Nova York, que começam a se destacar com ritmo, poesia, passos de dança e latas de spray, indo dos cortiços para a cena artística de Manhattan. A história também tinha uma trama paralela, envolvendo uma cantora de discoteca filha de um pastor evangélico. O elenco incluía uma nova geração de atores negros e latinos, mas também nomes conhecidos como Jimmy Smits (“Sons of Anarchy”), Giancarlo Esposito (série “Breaking Bad”), Jaden Smith (“Depois da Terra”), Skylan Brooks (“The Inevitable Defeat of Mister & Pete”), Shameik Moore (“Dope”) e Justice Smith (“Cidades de Papel”). Segundo o instituto de pesquisa Symphony Advanced Media, a primeira parte da temporada de estreia, lançada em agosto do ano passado, foi vista por 3,2 milhões de pessoas nos Estados Unidos em seus primeiros 31 dias no ar — menos de um quinto do registrado por “Orange is the New Black” em sua 4ª temporada. O fracasso é ainda maior considerando os altos custos de produção — um total de US$ 120 milhões, sendo US$ 7,5 milhões por episódio, maior orçamento de uma série da plataforma — e as várias paralisações na produção, que atrapalharam o andamento do projeto, criando a necessidade de dividir a temporada em duas partes – a segunda metade foi disponibilizada em abril. De acordo com a revista Variety, “The Get Down” teve a produção interrompida e reiniciada tantas vezes que a equipe passou a apelidá-la de “The Shut Down” (“Desligada”, em inglês). Relatos falam em bastidores tumultuados pelo perfeccionismo de Luhrman, que não teria se adaptado ao formato de produção em série. Durante as gravações, Luhrman chegou a se declarar sobrecarregado e considerou abandonar o projeto, mas decidiu ao menos terminar uma temporada completa.
Ludmilla faz seu high school musical com o clipe de “Cheguei”
Quem tirar o som do novo clipe de Ludmilla pode achar que se trata de um lançamento americano. Afinal, o vídeo de “Cheguei” é uma verdadeira high school musical. Lá estão os indefectíveis armários de colégio americano, camisetas que só trazem frases em inglês, cheerleaders com uniforme azul, vermelho e com estrelas brancas… E, em vez de futebol, o esporte que essa juventude feliz prestigia é o de Zac Efron no telefilme colegial da Disney. Pelo excesso de cor-de-rosa, a ideia seria uma recriação de outro filme, “Meninas Malvadas”. A diferença é que a turma popular da historinha não é a das loiras, lindas e ricas, e sim o pessoal que geralmente fica de lado nessas produções. Os esquisitos, as drags, os trans, as carecas, os nerds, os goths e outras opções estilosas, que põem todo mundo para dançar. Alguns dos coadjuvantes são “celebridades da internet” e drag queens conhecidas, como Lia Clark. No cenário do clipe, também é possível ver vários cartazes com mensagens de inclusão, como “ser gay é ok”, “machistas não passarão”, “não ao bullying” e “girl power”. Por conta disso, dá para relevar o fato de o elenco ser claramente velho demais para frequentar o ensino médio, ainda que esse detalhe cause desconforto. De resto, a letra é uma coleção de frases feitas que todo jovem diz pelo menos uma vez por semana. Parece durar para sempre, mas tem só três estrofes, repetidas ad nauseum. Melhor tirar o som e imaginar tudo em inglês mesmo. “Cheguei” é o terceiro single do mais recente álbum de Ludmilla, “A Danada Sou Eu”, lançado em outubro de 2016, e a direção do clipe é de Felipe Sassi, que já tinha feito “24 Horas Por Dia” para a cantora.










